Wikiversidade ptwikiversity https://pt.wikiversity.org/wiki/P%C3%A1gina_principal MediaWiki 1.44.0-wmf.6 first-letter Multimédia Especial Discussão Utilizador Utilizador Discussão Wikiversidade Wikiversidade Discussão Ficheiro Ficheiro Discussão MediaWiki MediaWiki Discussão Predefinição Predefinição Discussão Ajuda Ajuda Discussão Categoria Categoria Discussão TimedText TimedText talk Módulo Módulo Discussão Introdução ao Jornalismo Científico/Conteúdos dinâmicos 0 21603 167700 165078 2024-12-05T18:56:21Z Daniela Feriani 39853 Tarefa final módulo 5 167700 wikitext text/x-wiki {| class="wikitable" ! Identificador ! Texto ! Referência ! Aula ! Último(a) editor(a) ! Editar |- |id="1" | 1 |id="texto_1" | Em 2021, os dez países que mais investiram seu Produto Interno Bruto (PIB) em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) foram, respectivamente, Israel (5,6%), Coréia do Sul (4,9%), Estados Unidos (3,5%), Bélgica (3,4%), Suécia (3,4%), Suíça (3,4%), Japão (3,3%), Áustria (3,3%), Alemanha (3,1%) e Finlândia (3%). O Brasil aparece em 35° lugar, com 1,1%<ref><code>“Data Page: Research & development spending as a share of GDP”. Our World in Data (2024). Data adapted from UNESCO Institute for Statistics. Retrieved from <nowiki>https://ourworldindata.org/grapher/research-spending-gdp</nowiki> [online resource]</code></ref>. Em 2019, o total foi de 2,4 trilhões de dólares, em pesquisa e desenvolvimento, sendo que dez países representam 80% desse total.<ref>https://ncses.nsf.gov/pubs/nsb20225/cross-national-comparisons-of-r-d-performance</ref> Ainda em 2020, a UNESCO publicou o relatório de ciências "A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente". O documento mostra que nove em dezenove países ainda destinam menos de 1% do seu PIB à pesquisa. Em 2018, com 4.5% do seu PIB, a Coréia do Sul liderava o mundo em investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), seguido pelo Japão com 3.2% e Alemanha com 3.09%.<ref>https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> [[File:Investimento em pesquisa e desenvolvimento em trilhões de PPC$ de 2018.png|thumb|Investimento em pesquisa e desenvolvimento em trilhões de PPC$ de 2018]] Os Estados Unidos investiram aproximadamente 2,8% do seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em 2013. Deste total, 0,8% do PIB foram investimentos em P&D realizados pelo governo federal norte-americano, metade dos quais foram realizados no setor de Defesa . Tanto o percentual da P&D total em relação ao PIB quanto a participação da P&D no setor de Defesa têm se mantido razoavelmente estáveis desde meados da década de 1970.https://economia.saude.bvs.br/base_ecos/resource/?id=biblioref.referenceanalytic.1014892 <references /> O documento aponta, no entanto, que o investimento mundial em pesquisa aumentou em 19,2% entre 2014 e 2018, ultrapassando o crescimento da economia global (14,8%). Em alguns casos, a quantidade de pesquisadores cresce mais rápido do que os gastos correspondentes, deixando menos financiamento disponível para cada pesquisador. O Brasil em 2021 reduziu investimento em ciência, enquanto mundo avançou em 19%.<nowiki>https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-enquanto-mundo-avanca-em-19/</nowiki> ·  '''Investimentos Globais em P&D''': Em 2021, o investimento global em P&D atingiu aproximadamente 2,7 trilhões de dólares, com um crescimento contínuo em áreas de tecnologia e saúde. As principais economias continuam a liderar, com a China se aproximando dos Estados Unidos em termos de investimento total. Fonte: OECD Science, Technology and Innovation Outlook 2021 ·  '''Desafios de Financiamento''': A situação no Brasil continua a ser preocupante, com cortes significativos em P&D desde 2020. Um estudo da UNESCO de 2022 destacou que a maioria dos países em desenvolvimento ainda destina menos de 1% do PIB para pesquisa, um reflexo de prioridades orçamentárias em outras áreas. Fonte: UNESCO Science Report 2022 ·  '''Crescimento do Número de Pesquisadores''': O aumento no número de pesquisadores continua a ser um desafio, com o crescimento do número de pesquisadores superando muitas vezes o aumento do financiamento, resultando em menos recursos disponíveis por pesquisador. Fonte: National Science Board, Science and Engineering Indicators 2022 |id="ref_1" | <ref name=":0">https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> |id="aula_1" | 1 |id="user_1" | AdrianaFarias09 |id="botao_1" |{{/Editar}} |- |id="2" | 2 |id="texto_2" | O desempenho global de P&D está concentrado nas seguintes regiões geográficas, segundo dados de 2019: Leste-Sudeste e Sul da Ásia (gastos combinados de 955 bilhões de dólares, ou uma parcela de 39% do P&D mundial), América do Norte (706,1 bilhões de dólares, ou 29%) e Europa (529,6 bilhões de dólares, ou 22%). Todas as outras regiões combinadas são responsáveis ​​por 10% da produção global de P&D. Os Estados Unidos e a China lideram, respondendo conjuntamente por metade dos gastos com pesquisa e desenvolvimento a nível mundial. Os Estados Unidos investiram 668,4 bilhões (28%) em P&D. A China veio em seguida, com 525,7 bilhões (22%).<ref name=":7" /> O próximo nível de melhores desempenhos em P&D inclui o Japão (7% da P&D global), a Alemanha (6%) e a Coreia do Sul (4%), cada um com despesas em P&D superiores a bilhões de dólares. Juntamente com os Estados Unidos e a China, esses países foram responsáveis por dois terços da P&D mundial em 2019. A França, a Índia e o Reino Unido constituem o terceiro nível de países com melhor desempenho em P&D, cada um com despesas superiores a 50 bilhões de dólares, ou cerca de 2% a 3% do total global de P&D. O quarto nível inclui a Rússia, Taiwan, Itália e Brasil, cada um com despesas em P&D entre 36 bilhões e 45 bilhões de dólares, ou 1,5%–2,0% do total global em P&D. Seguem-se Canadá, Espanha, Turquia, Países Baixos e Austrália, com despesas em P&D entre 22 bilhões e 30 bilhões de dólares, ou cerca de 1% do total global de P&D cada. Esses 17 países com melhor desempenho em P&D correspondem a um investimento total de 87% da P&D global em 2019. As despesas globais em P&D mais do que triplicaram entre 2000 (725 bilhões de dólares) e 2019 (2,4 bilhões de dólares). O aumento anual da P&D total global foi, em média, de 6,9% durante o período 2000 a 2010 e de 6,2% entre 2010 e 2019. A China foi responsável por 29% (US$ 492,8 bilhões) do aumento global em P&D desde 2000. Os Estados Unidos foram responsáveis ​​por 24% (US$ 399,8 bilhões), e os países-membros da UE-27 foram responsáveis ​​por 17% (US$ 281,5 bilhões). Os aumentos de vários outros grandes executores asiáticos de P&D também foram notáveis: a Coreia do Sul e o Japão foram responsáveis, em conjunto, por 9% do aumento (US$ 158,3 bilhões). A concentração global do desempenho de P&D continua a mudar da América do Norte e Europa para as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia. A P&D realizada na América do Norte foi responsável por 40% do total global de P&D em 2000, mas apenas 29% em 2019. A Europa foi responsável por 27% do total global de P&D em 2000, mas caiu para 22% em 2019. Em contraste, as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia foram responsáveis ​​por 25% do total global de P&D em 2000, e sua participação global aumentou para 39% em 2019.<ref>https://www.brasildefato.com.br/2021/06/14/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-e-fica-abaixo-da-media-global-aponta-unesco#:~:text=Os%20gastos%20globais%20com%20ci%C3%AAncia,valoriza%C3%A7%C3%A3o%20da%20ci%C3%AAncia%20%C3%A9%20desigual.</ref> |id="ref_2" | <ref name=":7" /> <ref name=":0" /> |id="aula_2" | |id="user_2" | AdrianaFarias09 |id="botao_2" |{{/Editar}} |- |id="3" | 3 |id="texto_3" |Contudo, o líder mundial de investimento em pesquisa é Israel, que segundos dados mais atualizados da agência [[wikipedia:Israel_Innovation_Authority|''Israel Innovation Authority'']], o país investiu cerca de 5,44% do PIB em P&D<ref> Como Israel financia e faz governança de recursos para inovação?:https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/inovacao-e-tecnologia/como-israel-financia-e-faz-governanca-de-recursos-para-inovacao/</ref>, seguida pela Coreia do Sul (4,53%, valor correspondente a 1,725 trilhão de dólares. <ref> https://data.worldbank.org/indicator/GB.XPD.RSDV.GD.ZS?locations=KR </ref> <ref> https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD?locations=KR </ref>) e Suécia (3,31%). <ref> https://portal.fgv.br/noticias/pesquisa-aponta-caminhos-transformacao-economica-brasil-meio-capacidade-tecnologica </ref> Na década passada, o Brasil alcançou um investimento em P&D de 1,3% do PIB, sendo maior do que alguns países com renda per capta mais elevada. <ref>http://uis.unesco.org/sites/default/files/documents/fs59-global-investments-rd-2020-en.pdf</ref> Em 2023 esse valor caiu para 1,17% do PIB brasileiro.<ref name=":8" /> <ref>Brasil investe, em média, 1% do PIB em ciência e tecnologia:https://valor.globo.com/patrocinado/dino/noticia/2022/09/26/brasil-investe-em-media-1-do-pib-em-ciencia-e-tecnologia.ghtml</ref> |id="ref_3" | <ref name=":0" /> |id="aula_3" | 5.1 |id="user_3" | Fideliscelso |id="botao_3" |{{/Editar}} |- |id="4" | 4 |id="texto_4" | Nos EUA, instituições privadas, como empresas e universidades, representam 66% do investido, mesma parcela que na Alemanha. Na China e na Índia, os números são 75% e 69%, respectivamente. No mesmo Relatório de Ciências da UNESCO de 2021 citado anteriormente foi divulgado que 80% dos países do mundo investem menos de 1% de seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).<ref name=":1">https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> |id="ref_4" | <ref name=":1" /> |id="aula_4" | 5.5 |id="user_4" | Alebasi24 |id="botao_4" |{{/Editar}} |- |id="5" | 5 |id="texto_5" | Em 2021, o Brasil bateu recorde negativo no investimento em pesquisa. De 2020 para 2021, o valor destinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi de 11,8 bilhões de reais para 8,3 bi. Contudo, a quantia destinada à "despesas discricionárias" , isto é aquelas que vão efetivamente para investimentos em pesquisa, ficou em R$ 2,7 bilhões. Esse valor representa 15% a menos do que em 2020 e uma queda de 58% com relação à 2015. <ref> https://jornal.usp.br/ciencias/orcamento-2021-compromete-o-futuro-da-ciencia-brasileira/</ref>Nos anos de 2022, 2023 e 2024 houve um aumento no investimento em pesquisa por parte do governo federal. De acordo com o portal da transparência da controladoria-geral da união, o orçamento atualizado para a área de atuação ciência e tecnologia no ano de 2022 foi de R$ 11,38 bilhões e de R$14,73 bilhões em 2023, sendo, no ano de 2023, R$ 5.160.155. 388,83 referentes aos valores pagos nas subfunções associadas à função Ciência e Tecnologia e R$ 1.479.143.676,38 referentes aos valores pagos nas subfunções '''não''' associadas à função Ciência e Tecnologia.<ref name=":3">https://portaldatransparencia.gov.br/funcoes/19-ciencia-e-tecnologia?ano=2023</ref> Em 2023 o governo anunciou que as bolsas de pesquisa (iniciação científica, mestrado, doutorado, pos-doutorado) tiveram reajustes que foram de 25 a 75% <ref>https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/governo-federal-anuncia-reajuste-de-bolsas-do-cnpq-e-da-capes</ref> |id="ref_5" | <ref name=":3" /> |id="aula_5" | |id="user_5" |Thalesfig |id="botao_5" |{{/Editar}} |- |5 |Além do aumento no valor, teve também uma expansão do número de bolsas. Em 2023, teve um aumento 5,3 mil bolsistas, chegando a 93,2 mil. Já o Pibid e o Residência Pedagógica agora têm mais 31 mil bolsas, e o número total passa para 88,9 mil, um aumento de 54%<ref name=":4">[https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/noticias/aumento-no-valor-das-bolsas-marca-acoes-da-capes]</ref>. |<ref name=":4" /> |5.5 |Thalesfig | |- |id="6" | 6 |id="texto_6" | O setor privado investiu 38,1 bilhões de reais, ou 0,64% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados. A partir de dados coletados pela Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC), realizada pelo IBGE, referente ao ano de 2017, houve uma queda, em termos nominais, dos dispêndios em atividades inovadoras das empresas brasileiras: uma diminuição de cerca de R$ 80 bilhões em 2014 para R$ 67 bilhões em 2017. Os investimentos em P&D (interno + externo) também caíram, em termos nominais, de R$33,6 bilhões para R$32,6 bilhões. Ao atualizar a porcentagem inicialmente informada nesse item, tem-se que o investimento da iniciativa privada em NeuroMat caiu em três anos, diminuindo em termos percentuais de 0,61% do PIB, em 2014, para 0,5% do PIB, em 2017. <ref> https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/pubpreliminar/210825_publicacao_preliminar_nt_politicas_publicas_para_ciencia_e_tecnoogia.pdf </ref> |id="ref_6" | |id="aula_6" | |id="user_6" | Sallescarolina |id="botao_6" |{{/Editar}} |- |id="7" | 7 |id="texto_7" | De acordo com o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento, o SIOP, no ano de 2013, antes do início da sequência de cortes na ciência, foram destinados 15,4 bilhões de reais pelo governo federal à área. Em 2019, o último ano antes da pandemia, o valor foi de apenas 6,7 bilhões. Fazendo uma redução de orçamento diretamente relacionado ao CNPq, o valor investido em 2013 foi de pouco mais de 3 bilhões de reais, enquanto em 2019 foi somente 1,4 bilhão. Situação semelhante passou a Capes: no ano de 2015, o último antes da aprovação da PEC dos Gastos, que também ajudou a restringir ainda mais os investimentos em ciência no Brasil, a verba destinada ao programa foi de 9,4 bilhões de reais. Em 2019, foi de apenas 3,9 bilhões, representando uma redução de quase 60% em 4 anos. |id="ref_7" | <ref>https://www.ufrgs.br/jornal/cortes-no-investimento-em-ciencia-prejudicam-resposta-a-pandemia-no-brasil/</ref> |id="aula_7" | |id="user_7" | CamillaTsuji |id="botao_7" |{{/Editar}} |- | O governo federal bloqueou R$ 116 milhões do orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) previstos para 2023. De acordo com a presidente do órgão, Mercedes Bustamante, a Capes passou por um contingenciamento de verbas no valor de R$ 86 milhões em agosto de 2023. Outros R$ 30 milhões também foram cortados da pasta nos últimos meses de 2023.O bloqueio de verbas deve atingir a Diretoria de Programas e Bolsas (DPB), a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) e os programas de formação de professores da educação básica. O valor representa 2% do orçamento previsto para este ano, de R$ 5,4 bilhões (o maior valor nos últimos sete anos). <ref>Governo federal bloqueia R$ 116 milhões previstos para orçamento da Capes em 2023</ref> https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/governo-federal-bloqueia-r-116-milhoes-previstos-para-orcamento-da-capes-em-2023/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20presidente,valor%20nos%20%C3%BAltimos%20sete%20anos). |id="8" | 8 |id="texto_8" | No Brasil, cientistas, pesquisadores e engenheiros estão concentrados em instituições governamentais, tanto federais quanto estaduais. A maioria, 73%, trabalha em universidades como docentes de dedicação exclusiva ou integral, enquanto apenas 11% trabalha para empresas. De acordo com o INEP, através do Censo da educação superior 2022, em 2022, havia 362.116 docentes em exercício na educação superior no Brasil. Deste total, cerca de 51% tinham vínculo com Instituição de Ensino Superior privada e cerca de 49%, com IES pública. A maioria dos docentes nas universidades tem doutorado (77,3%). Em relação ao regime de trabalho, os docentes em tempo integral são mais de 97,4% nos IFs(Institutos Federais) e Cefets(Centro Federal de Educação Tecnológica). <ref>https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados</ref> |id="ref_8" | <ref>https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/01/24/teto-salarial-e-valorizacao-da-carreira-docente</ref> <ref>https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados</ref> |id="aula_8" | |id="user_8" | Luis Henrique dos Santos |id="botao_8" |{{/Editar}} |- |id="9" | 9 |id="texto_9" | Acontece justamente o oposto nos países líderes em P&D, onde as taxas de cientistas empregados na indústria podem ser até superiores a 60%. Enquanto no Brasil, de acordo com o CGEE, apenas 11,4% dos doutores trabalham em empresas, nos EUA, 42% deles vão para a iniciativa privada. Como exemplo de empresas que contratam funcionários altamente especializados temos o Google, em que 30% dos seus funcionários têm um PhD. |id="ref_9" | <ref>https://vocesa.abril.com.br/economia/as-raizes-do-retrocesso-por-que-o-brasil-falha-em-inovacao</ref> |id="aula_9" | |id="user_9" | Agnessa Kling Nóbrega |id="botao_9" |{{/Editar}} |- |id="10" | 10 |id="texto_10" | Há casos por aqui que evidenciam a importância do investimento de empresas em P&D, como o caso da Natura, que coloca 3% de sua receita em P&D, ou a Embraer, que destina 10% da receita à Pesquisa e Desenvolvimento. Desde 2025, a chamada Lei do Bem (11.196/2005)<ref>https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/lei-do-bem/paginas/lei-do-bem#:~:text=Lei.%C2%BA%2011.196%2C%20de%2021,pesquisa%20tecnol%C3%B3gica%20e%20desenvolvimento%20de</ref> instituiu a utilização de incentivos fiscais por pessoas jurídicas que realizam pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. Para cada real de incentivo fiscal concedido por meio da lei, R$ 4,60 são investidos pelas companhias. Até o anos de 2024, foram investidos R$ 205 bilhões em P&D por empresas privadas em pesquisa, desenvolvimento e inovação de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em 2022, foram aplicados mais de R$ 35 bilhões. Segundo os dados do relatório Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação, publicado pelo MTCI em 2023, ainda que o Brasil lidere o Índice Global de Inovação na América Latina, o país investiu apenas 1,14% do PIB no setor em 2020.<ref>https://brasil61.com/n/lei-do-bem-empresas-incentivadas-investiram-r-205-bi-em-pesquisa-e-inovacao-pind244489</ref> Globalmente, o Índice Global de Inovação (IGI) de 2023, publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em colaboração com o Instituto Portulans, posiciona a Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Singapura como as economias mais inovadoras do mundo. O relatório deste ano analisa mais de 130 economias, utilizando 80 indicadores para monitorar tendências de inovação, e reflete um cenário de lenta recuperação econômica, aumento das taxas de juros e conflitos geopolíticos<ref>https://www.wipo.int/publications/en/details.jsp?id=4679</ref>. O Brasil consolidando-se como a economia mais inovadora da América Latina (posicão ocupada até então pelo Chile), ocupando a 50ª posição no ranking global. O Brasil apresentou melhorias contínuas em seu desempenho no IGI nos últimos anos e, neste ano, avançou cinco posições em relação ao ano anterior <ref>https://www.wipo.int/publications/en/details.jsp?id=4679</ref>.. |id="ref_10" | <ref>https://valor.globo.com/brasil/noticia/2018/07/05/com-50-da-receita-gerada-por-criacoes-recentes-embraer-e-campea-pelo-3o-ano.ghtml</ref> <ref>https://www.natura.com.br/inovacao</ref> |id="aula_10" | |id="user_10" | {{Usuário|Aarrigo}} |id="botao_10" |{{/Editar}} |- |id="11" | 11 |id="texto_11" | O levantamento de 2023 mostra que o número de mestres e doutores cadastrados era de 1.008.272, dos quais 558.925 com título de mestrado e 449.347 com título de doutorado. |id="ref_11" | <ref> https://painel-lattes.cnpq.br/#/pages/dashboard </ref> |id="aula_11" | 5.5 |id="user_11" | Kris Herik de Oliveira |id="botao_11" |{{/Editar}} |- |id="12" | 12 |id="texto_12" | Entre os mestres, 44.337 eram mulheres e 38.984 eram homens. A situação se inverte entre os doutores: 70.567 são homens e 63.853 são mulheres. Segundo o Institute for Scientific Information (ISI), em 2021, a maior produção científica provinha dos EUA (32,7%), Japão (8,5%), Alemanha (8,4%), Inglaterra (7,4%) e China (6,7%).<ref>http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-regulacao-e-supervisao-da-educacao-superior-seres/180-estudantes-108009469/pos-graduacao-500454045/6694-sp-2111739356#:~:text=No%20topo%20do%20ranking%20est%C3%A3o,China%20com%206%2C7%25.</ref>. Mas os desafios das mulheres ainda é alto. As pesquisadoras sentem dificuldades em avançar na carreira científica. Um estudo feito de forma sistemática verificando quem foram os primeiros autores das publicações, verificou que as mulheres se sentem mais pressionadas, e o artigo ainda relata situações de violência verbal, assédio, sobrecarrega de trabalho, dificuldades para conciliar o trabalho doméstico e de cuidado com a família, concluindo que a desigualdade de gênero ainda alta no contexto da ciência no Brasil<ref>Ibarra, A.C.R., Ramos, N.B. e Oliveira, M.Z. (2020) Desafios das mulheres na carreira científica no Brasil: uma revisão sistemática. https://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/25273/2/Desafios_das_Mulheres_na_Carreira_Cientfica_Uma_Reviso_Sistemtica.pdf</ref>. Esse é também o tema de um estudo que mostrou que ao longo do tempo, a participação das mulheres nas carreiras científicas se manteve restrita<ref>DE BARROS, R. L. . Ciência, tecnologia e gênero: a inserção da mulher no campo científico-tecnológico. Revista Brasileira de Pós-Graduação, ''[S. l.]'', v. 18, n. especial, p. 1–21, 2023. DOI: 10.21713/rbpg.v18iespecial.1891. Disponível em: <nowiki>https://rbpg.capes.gov.br/rbpg/article/view/1891</nowiki>. Acesso em: 4 nov. 2024.</ref>. |id="ref_18" | <ref name=":19">https://static.poder360.com.br/2021/07/377250por.pdf</ref> |id="aula_12" | 5 |id="user_12" | Luís Enrique Cazani Júnior |id="botao_12" |{{/Editar}} |- | |Desde 2010 vem crescendo a proporção de mulheres com pós-graduação no Brasil. De acordo com informações da Plataforma Lattes, até 2021, as mulheres são 72,7% dos novos mestres e 53,1% dos novos doutores são mulheres<ref name=":5">[https://www.nexojornal.com.br/grafico/2023/03/07/Mulheres-s%C3%A3o-a-maioria-entre-novos-mestres-e-doutores-no-Brasil]</ref>. |<ref name=":5" /> |5.5 |Thalesfig | |- |id="13" | 13 |id="texto_13" | Dura 12 meses e o contemplado recebe mensalmente uma bolsa de R$ 100,00, mais R$ 1.000,00 referentes a uma única parcela paga à família.<ref name=":2">Bolsa de Iniciação Científica Júnior: https://www.gov.br/cidadania/pt-br/auxilio-brasil/copy_of_beneficiocompensatorio</ref> |id="ref_13" | <ref name=":2" /> <ref>https://revistapesquisa.fapesp.br/o-tamanho-da-aposta-na-ciencia/</ref> |id="aula_13" | 5.6 |id="user_13" | Rogério Bordini |id="botao_13" |{{/Editar}} |- |id="14" | 14 |id="texto_14" | Durante a Pandemia do COVID-19, a corrida por vacinas e medicamentos contra o vírus impulsionou os investimentos em ciência e tecnologia ao redor do mundo. Países como Alemanha e Canadá criaram fundos de investimento com o intuito de apoiar empresas de inovação que trouxessem iniciativas visando a diminuição do impacto do Covid. Já países como EUA e Reino Unido investiram diretamente em ciência. Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou que o Canadá destinou cerca de 11,8% de seu orçamento federal em P&D para ações em pesquisa e inovação contra o novo coronavírus. O Reino Unido, 10,8%, a Alemanha, 6,3%, e os Estados Unidos, 4,1%. Já os recursos aplicados pelo Brasil não chegam a 2%, ou seja, um "valor ainda pequeno quando comparado ao de outros países. É preciso ter investimentos agressivos e rápidos em tecnologia para combater os efeitos do vírus ou, ao menos, mitigá-los", afirma a economista e pesquisadora do Ipea Fernanda De Negri. |id="ref_14" | <ref>https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=35588/</ref> |id="aula_14" | |id="user_14" | Barbaramaiap |id="botao_14" |{{/Editar}} |- |id="15" | 15 |id="texto_15" | Em 2009, o governo federal investiu 19 bilhões em ciência e tecnologia. Pouco mais de uma década depois, os recursos aplicados nesse setor estratégico – cada vez mais decisivo para o desenvolvimento – baixou para R$17,2 bilhões, em valores corrigidos pela inflação do período. Publicada como nota técnica preliminar do IPEA, a análise assinala que, no atual governo, o declínio foi agravado pela retenção de parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) – bloqueio que, mesmo proibido pelo Congresso, continua impedindo a injeção de cerca de R$ 2,7 bilhões no setor. Os cortes geram desde “problemas pontuais, como a pane da plataforma Lattes” até danos no longo prazo, “como a perda de competitividade da economia”, que, por sua vez, prejudica o desenvolvimento socioeconômico do país. |id="ref_15" | <ref>Lobo, Flavio. IPEA. Investimento federal em C&T retrocede mais de uma década, aponta estudo do CTS. Publicado em 26/08/2021. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/noticias/noticias/282-investimento-federal-em-c-t-retrocede-mais-de-uma-decada-aponta-estudo-do-cts</ref> |id="aula_15" | |id="user_15" | Wilma Barrionuevo |id="botao_14" |{{/Editar}} |- | |Em abril de 2024 o governo Federal sinalizou que pretende investir na repatriação de cientistas brasileiros, como forma de melhorar a pesquisa científica do país. Para tal, tem planos de separar R$ 1 bilhão a serem gastos com pesquisadores que estão atuando fora do Brasil, tanto em bolsas como também na forma de auxílios e compra de equipamentos. O novo programa é uma iniciativa do CNPq, e os recursos financeiros virão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científicos Tecnológico (FNDCT). [31] No entanto, entidades relacionadas à pesquisa criticaram a medida. Entre elas, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pela falta de maiores informações sobre como esse dinheiro será empregado. Uma vez que em muitas das instituições de pesquisa e universidades do país há uma falta de infraestrutura básica para a realização dos projetos, o que faz com que muitos desses pesquisadores procurem oportunidades fora do Brasil. [32] |<ref>https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/fixacao-de-pesquisadores-no-pais-nota-do-cnpq</ref> <ref>https://portal.sbpcnet.org.br/noticias/governo-federal-precisa-dar-detalhes-sobre-como-sera-o-programa-de-repatriacao-de-cientistas-afirma-vice-presidente-da-sbpc/</ref> | |Mariacarolinahr |Em outubro de 2024, o Governo Federal sinalizou que vai investir R$ 3,1 bilhões em medidas para incentivar a ciência, tecnologia e inovação no Brasil. O objetivo é promover a formação de redes multi-institucionais e interdisciplinares dedicadas à investigação científica em temáticas estratégicas e enfrentamento a grandes desafios nacionais, sendo que 30% dos recursos serão destinados para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. <ref>Governo Federal investe R$ 3,1 bilhões para incentivo à ciência e à inovação no Brasil</ref> https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202410/governo-federal-investe-r-3-1-bi-para-incentivo-a-ciencia-e-a-inovacao-no-brasil |- |id="16" | 16 |id="texto_16" | Em 2023, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um plano de reajustes e recomposição das bolsas de estudo, pesquisa e formação de professores, o que não ocorria desde 2013. No caso do mestrado, o valor sairá de R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, o valor passa de R$ 2.200 para R$ 3.100. Para as bolsas de pós-doutorado, o salto é de R$ 4.100 para R$ 5.200. Segundo o presidente, “esse país quer ser exportador de conhecimento, quer ser exportador de alta tecnologia, quer ser exportador de inteligência. E para isso nós temos que investir na Educação. E para isso nós temos que investir em pesquisa”. Em 2024, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) realizou um reajuste nos valores de bolsas em até 45%. Segundo Vahan Agopyan, então secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, o reajuste deve-se à preocupação da agência de fomento com a desmotivação dos jovens para a pesquisa científica e com a sensível fuga de cérebros do país. A bolsa de mestrado subir de R$ 2.741,70 para R$ 3.300,00, as de doutorado de R$ 4.710,30, para R$ 6.810,00, e de pós doutorado de R$ 9.318,90 para R$ 12.000,00.<ref>https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/fapesp-anuncia-reajuste-nos-valores-de-bolsas-em-ate-45-a-partir-de-1o-de-agosto/</ref> Tal aumento aprofundou a diferença de valores pagos entre as bolsas federais e consedidas pela FAPESP, e consequentemente aprofundando as desigualdades regionais em ciência, tecnologia e inovação no Brasil.<ref>https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1470/1/TD_1574.pdf</ref> |id="ref_16" | <ref>Lula reajusta bolsas de estudo e pesquisa e reforça: "Educação é o melhor investimento". Data de publicação: 17/02/2023. Disponível em: [https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2023/02/lula-reajusta-bolsas-de-estudo-e-pesquisa-e-reforca-201ceducacao-e-o-melhor-investimento201d#:~:text=E%20para%20isso%20n%C3%B3s%20temos%20que%20investir%20em%20pesquisa%E2%80%9D%2C%20defendeu,%24%202.200%20para%20R%24%203.100. https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2023/02/lula-reajusta-bolsas-de-estudo-e-pesquisa-e-reforca-201ceducacao-e-o-melhor-investimento201d#:~:text=E%20para%20isso%20n%C3%B3s%20temos%20que%20investir%20em%20pesquisa%E2%80%9D%2C%20defendeu,%24%202.200%20para%20R%24%203.100.]</ref> |id="aula_16" | |id="user_16" | Jubdevito |id="botao_16" |{{/Editar}} |- |id="17" | 17 |id="texto_17" | A proposta do novo governo eleito em 2023, do presidente Lula, juntamente com a Ministra indicada, Luciana Santos, é de que os investimentos em ciência e tecnologia sejam priorizados. Vivenciando um cenário de desmonte a partir principalmente de 2018, juntamente com a pandemia da COVID-19 e os cortes decorrentes dela, o setor e as universidades sofreram diversos cortes, comprometendo seu funcionamento e a continuidade do desenvolvimento das pesquisas. Além do corte de bolsas para pesquisadores e o esvaziamento dos programas de pós-graduação por todo o pais. Citando a ministra: "Luciana pontuou a necessidade de formar mão de obra especializada em tecnologia da informação e comunicação (TIC). Ao citar o caso do Porto Digital do Recife, que possui mais de 2 mil vagas em aberto para atender demandas de prestação de serviço tecnológico, ela demonstrou a importância de formar profissionais para atuar no setor." |id="ref_17" | <ref>https://www.terra.com.br/noticias/nova-gestao-promete-que-ciencia-sera-priorizada-no-brasil,9ae992c4ea3ab8049e64942073a4f581kc9ussq6.html</ref> |id="aula_17" | 5 |id="user_17" | Giudenari |id="botao_17" |{{/Editar}} |- |id="18" | 18 |id="texto_18" | Com relação à inclusão de mulheres na ciência brasileira, é possível observar na maioria das áreas de pesquisa o “efeito tesoura”, ou seja, a redução da participação do gênero feminino na medida em que a carreira acadêmica progride, do mestrado ao doutorado e do doutorado à docência. Em cerca de 90% das disciplinas, a proporção de mulheres que se tornam professoras de pós-graduação é menor que a sua proporção entre tituladas no doutorado. Os dados, relativo ao quadriênio 2017-2020, são do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA/IESP-UERJ). Uma em cada três cientistas são mulheres, ou seja, os homens ainda são maioria. Grupos de mulheres vêm sendo criados e o movimento para aumentar a participação da ciência é crescente. As implicações dessa transformação são importantes para diversas áreas do conhecimento, tais como: '''efeitos da mudança climática''', que reforçam a necessidade de repensar os atos e ter uma abordagem de '''desenvolvimento''', e nesse sentido as biólogas têm papel fundamental. Como até as novas pesquisas que tem abordagam na '''inteligência artificial''' (IA). https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2024/02/o-dia-internacional-das-mulheres-e-meninas-na-ciencia-em-numeros-qual-e-a-situacao-das-cientistas-hoje |id="ref_18" | <ref>https://pp.nexojornal.com.br/opiniao/2023/Como-anda-a-inclus%C3%A3o-de-mulheres-na-ci%C3%AAncia-brasileira-Tr%C3%AAs-modos-de-observar-os-dados1</ref> |id="aula_18" | 5.5 |id="user_18" | [[Utilizador:FSaldanha|FSaldanha]] ([[Utilizador Discussão:FSaldanha|discussão]]) |id="botao_18" |{{/Editar}} |- |1 |Em 2022, segundo a OCDE, os investimentos dos dois maiores investidores em pesquisa e desenvolvimento, Estados Unidos e China ultrapassaram $709 milhões e $620 milhões, respectivamente<ref name=":6">[https://data.oecd.org/rd/gross-domestic-spending-on-r-d.htm]</ref>. E a China lidera com larga vantagem o número de pesquisadores vinculados com o governo, com quase 340 mil cientistas (a Rússia, que é segunda colocada, tem aproximadamente 120 mil)<ref name=":6" />. |30 |1 |Thalesfig |- |id="19" | 19 |id="texto_19" | Em dados de 2020, o Brasil investiu 1,14% do PIB ou 87,1 bilhões de reais, dos quais 0,62% foram dispêndios públicos repassados pela União e pelos estados por meio de agências de fomento, como o [[:w:pt:CNPQ|Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)]], a [[:w:pt:Capes|Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES)]] e as fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs). O setor privado investiu 0,53% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados.<ref name=":34">https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2023/05/mcti-elabora-retrato-mais-recente-da-ciencia-tecnologia-e-inovacao-no-brasil</ref> |id="ref_34" | <ref name=":34" /> |id="aula_19" | 5.1 |id="user_19" | Luis Forte Rasmussem |id="botao_19" |{{/Editar}} |- |id=20 | 20 |id="texto_20" | Em 2024 o aumento do orçamento destinado ao MCTI se manteve, atingindo a marca de R$ 19,02 bilhões. Dos 3,39 bilhões executados até julho de 2024, 2,4 bilhões foram destinados à area de atuação de Ciência e Tecnologia. <ref name=":39">https://portaldatransparencia.gov.br/orgaos-superiores/24000?ano=2024</ref> |id="ref_20" | <ref name=":39" /> |id="aula_20" | 5.1 |id="user_20" | Clarissa Viana |id="botao_20" |{{/Editar}} |- |id=21 | 21 |id="texto_20" | Segundo dados do painel Mestres e Doutores 2024, produzido pelo Serviço de Informações de RH para CT&I, as mulheres passaram a ser maioria entre os titulados em cursos de mestrado no Brasil desde 1997. A maioria também se aplica aos títulos de doutorado obtidos no país, marca alcançada desde 2003. Em 2021, 56,8% dos títulos de mestrado foram concedidos a mulheres. Já de doutorado, o percentual foi de 55,6% de títulos obtidos por mulheres. [[File:Evolução do percentual de mulheres entre os titulados com Mestrado e Doutorado no Brasil (1996 a 2021).png|thumb|Gráfico elaborado com dados do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE. Brasil: Mestres e Doutores 2024. Tabelas de dados. Brasília, DF. Disponível em: https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/dados]] <ref name=":40">https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/-/5.1-participacao-mulheres-titulados</ref> |id="ref_21" | <ref name=":40" /> |id="aula_20" | 5.5 |id="user_20" | Clarissa Viana |id="botao_20" |{{/Editar}} |- |id=22 | 22 |id="texto_22" | Dados do Banco Mundial indicam que os países africanos gastam uma média de apenas 0,45% do seu PIB em P&D, ficando bem abaixo da média global de 1,7%. Correspondentemente, a participação da África nas patentes globais continua desproporcionalmente baixa, o que implica em inovação e avanços tecnológicos originários do continente insuficientes. Esse subinvestimento dificulta a transformação do capital intelectual da África em produtos, tecnologias e serviços tangíveis que poderiam impulsionar o crescimento econômico, os meios de subsistência e o bem-estar. Enquanto financiadores internacionais e organizações filantrópicas apoiam a pesquisa e a inovação lideradas pela África, a pandemia da COVID-19 destacou a necessidade de mais fontes de financiamento nacionais, especialmente evidentes na fabricação e no acesso a vacinas durante a pandemia. <ref name=":41">https://www.weforum.org/agenda/2023/11/innovative-approaches-for-unlocking-research-and-development-funding-in-africa</ref> A produção de publicações de artigos científicos por acadêmicos e cientistas africanos aumentou quase dez vezes, de 13.470 artigos em 2003 para 128.076 artigos em 2022. Aprofundando mais sobre tendências na produção de publicações, um ponto positivo é o aumento de artigos colaborativos com países fora da África: 58% de todos os artigos em 2022 foram artigos de autoria múltipla com pelo menos um autor africano, em comparação com 34% em 2003. Os artigos em que todos os autores são de países africanos aumentaram ligeiramente de constituir 1% de todos os artigos para 3% em 2022. Embora seja promissor, não é sensato focar apenas no aumento da colaboração estrangeira (medida pela autoria múltipla), já que a tendência está ligada ao enorme investimento de financiadores internacionais. Como exemplo vemos que o aumento nas colaborações estrangeiras é proporcional a um declínio nos artigos colaborativos nacionais (dentro dos países), de 38% em 2003 para 34% em 2022. <ref name=":42">https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20231122073213618</ref> |id="ref_22" | <ref name=":41">https://www.weforum.org/agenda/2023/11/innovative-approaches-for-unlocking-research-and-development-funding-in-africa</ref> <ref name=":42">https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20231122073213618</ref> |id="aula_22" | 5.1 |id="user_22" | Paulo Carneiro de Oliveira |id="botao_22" |{{/Editar}} |- <!-- Copie o código abaixo e cole na linha acima. Altere <n+1> pelo número correspondente, onde 'n' é o número id da última linha da tabela --><!-- |id="<n+1>" | <n+1> |id="texto_<n+1>" | <texto> |id="ref_<n+1>" | <ref> |id="aula_<n+1>" | <aula> |id="user_<n+1>" | ~~~ |id="botao_<n+1>" |{{/Editar}} |- <!-- O código a ser copiado começa em '|id="<n+1>"' e termina em '|-' --> |} {{referências}} o7jor0ux1rwv8fkpubs2cf02s4w3c8j 167701 167700 2024-12-05T19:07:08Z Daniela Feriani 39853 Tarefa final módulo 5 167701 wikitext text/x-wiki {| class="wikitable" ! Identificador ! Texto ! Referência ! Aula ! Último(a) editor(a) ! Editar |- |id="1" | 1 |id="texto_1" | Em 2021, os dez países que mais investiram seu Produto Interno Bruto (PIB) em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) foram, respectivamente, Israel (5,6%), Coréia do Sul (4,9%), Estados Unidos (3,5%), Bélgica (3,4%), Suécia (3,4%), Suíça (3,4%), Japão (3,3%), Áustria (3,3%), Alemanha (3,1%) e Finlândia (3%). O Brasil aparece em 35° lugar, com 1,1%<ref><code>“Data Page: Research & development spending as a share of GDP”. Our World in Data (2024). Data adapted from UNESCO Institute for Statistics. Retrieved from <nowiki>https://ourworldindata.org/grapher/research-spending-gdp</nowiki> [online resource]</code></ref>. Em 2019, o total foi de 2,4 trilhões de dólares, em pesquisa e desenvolvimento, sendo que dez países representam 80% desse total.<ref>https://ncses.nsf.gov/pubs/nsb20225/cross-national-comparisons-of-r-d-performance</ref> Ainda em 2020, a UNESCO publicou o relatório de ciências "A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente". O documento mostra que nove em dezenove países ainda destinam menos de 1% do seu PIB à pesquisa. Em 2018, com 4.5% do seu PIB, a Coréia do Sul liderava o mundo em investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), seguido pelo Japão com 3.2% e Alemanha com 3.09%.<ref>https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> [[File:Investimento em pesquisa e desenvolvimento em trilhões de PPC$ de 2018.png|thumb|Investimento em pesquisa e desenvolvimento em trilhões de PPC$ de 2018]] Os Estados Unidos investiram aproximadamente 2,8% do seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em 2013. Deste total, 0,8% do PIB foram investimentos em P&D realizados pelo governo federal norte-americano, metade dos quais foram realizados no setor de Defesa . Tanto o percentual da P&D total em relação ao PIB quanto a participação da P&D no setor de Defesa têm se mantido razoavelmente estáveis desde meados da década de 1970.https://economia.saude.bvs.br/base_ecos/resource/?id=biblioref.referenceanalytic.1014892 <references /> O documento aponta, no entanto, que o investimento mundial em pesquisa aumentou em 19,2% entre 2014 e 2018, ultrapassando o crescimento da economia global (14,8%). Em alguns casos, a quantidade de pesquisadores cresce mais rápido do que os gastos correspondentes, deixando menos financiamento disponível para cada pesquisador. O Brasil em 2021 reduziu investimento em ciência, enquanto mundo avançou em 19%.<nowiki>https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-enquanto-mundo-avanca-em-19/</nowiki> ·  '''Investimentos Globais em P&D''': Em 2021, o investimento global em P&D atingiu aproximadamente 2,7 trilhões de dólares, com um crescimento contínuo em áreas de tecnologia e saúde. As principais economias continuam a liderar, com a China se aproximando dos Estados Unidos em termos de investimento total. Fonte: OECD Science, Technology and Innovation Outlook 2021 ·  '''Desafios de Financiamento''': A situação no Brasil continua a ser preocupante, com cortes significativos em P&D desde 2020. Um estudo da UNESCO de 2022 destacou que a maioria dos países em desenvolvimento ainda destina menos de 1% do PIB para pesquisa, um reflexo de prioridades orçamentárias em outras áreas. Fonte: UNESCO Science Report 2022 ·  '''Crescimento do Número de Pesquisadores''': O aumento no número de pesquisadores continua a ser um desafio, com o crescimento do número de pesquisadores superando muitas vezes o aumento do financiamento, resultando em menos recursos disponíveis por pesquisador. Fonte: National Science Board, Science and Engineering Indicators 2022 |id="ref_1" | <ref name=":0">https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> |id="aula_1" | 1 |id="user_1" | AdrianaFarias09 |id="botao_1" |{{/Editar}} |- |id="2" | 2 |id="texto_2" | O desempenho global de P&D está concentrado nas seguintes regiões geográficas, segundo dados de 2019: Leste-Sudeste e Sul da Ásia (gastos combinados de 955 bilhões de dólares, ou uma parcela de 39% do P&D mundial), América do Norte (706,1 bilhões de dólares, ou 29%) e Europa (529,6 bilhões de dólares, ou 22%). Todas as outras regiões combinadas são responsáveis ​​por 10% da produção global de P&D. Os Estados Unidos e a China lideram, respondendo conjuntamente por metade dos gastos com pesquisa e desenvolvimento a nível mundial. Os Estados Unidos investiram 668,4 bilhões (28%) em P&D. A China veio em seguida, com 525,7 bilhões (22%).<ref name=":7" /> O próximo nível de melhores desempenhos em P&D inclui o Japão (7% da P&D global), a Alemanha (6%) e a Coreia do Sul (4%), cada um com despesas em P&D superiores a bilhões de dólares. Juntamente com os Estados Unidos e a China, esses países foram responsáveis por dois terços da P&D mundial em 2019. A França, a Índia e o Reino Unido constituem o terceiro nível de países com melhor desempenho em P&D, cada um com despesas superiores a 50 bilhões de dólares, ou cerca de 2% a 3% do total global de P&D. O quarto nível inclui a Rússia, Taiwan, Itália e Brasil, cada um com despesas em P&D entre 36 bilhões e 45 bilhões de dólares, ou 1,5%–2,0% do total global em P&D. Seguem-se Canadá, Espanha, Turquia, Países Baixos e Austrália, com despesas em P&D entre 22 bilhões e 30 bilhões de dólares, ou cerca de 1% do total global de P&D cada. Esses 17 países com melhor desempenho em P&D correspondem a um investimento total de 87% da P&D global em 2019. As despesas globais em P&D mais do que triplicaram entre 2000 (725 bilhões de dólares) e 2019 (2,4 bilhões de dólares). O aumento anual da P&D total global foi, em média, de 6,9% durante o período 2000 a 2010 e de 6,2% entre 2010 e 2019. A China foi responsável por 29% (US$ 492,8 bilhões) do aumento global em P&D desde 2000. Os Estados Unidos foram responsáveis ​​por 24% (US$ 399,8 bilhões), e os países-membros da UE-27 foram responsáveis ​​por 17% (US$ 281,5 bilhões). Os aumentos de vários outros grandes executores asiáticos de P&D também foram notáveis: a Coreia do Sul e o Japão foram responsáveis, em conjunto, por 9% do aumento (US$ 158,3 bilhões). A concentração global do desempenho de P&D continua a mudar da América do Norte e Europa para as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia. A P&D realizada na América do Norte foi responsável por 40% do total global de P&D em 2000, mas apenas 29% em 2019. A Europa foi responsável por 27% do total global de P&D em 2000, mas caiu para 22% em 2019. Em contraste, as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia foram responsáveis ​​por 25% do total global de P&D em 2000, e sua participação global aumentou para 39% em 2019.<ref>https://www.brasildefato.com.br/2021/06/14/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-e-fica-abaixo-da-media-global-aponta-unesco#:~:text=Os%20gastos%20globais%20com%20ci%C3%AAncia,valoriza%C3%A7%C3%A3o%20da%20ci%C3%AAncia%20%C3%A9%20desigual.</ref> |id="ref_2" | <ref name=":7" /> <ref name=":0" /> |id="aula_2" | |id="user_2" | AdrianaFarias09 |id="botao_2" |{{/Editar}} |- |id="3" | 3 |id="texto_3" |Contudo, o líder mundial de investimento em pesquisa é Israel, que segundos dados mais atualizados da agência [[wikipedia:Israel_Innovation_Authority|''Israel Innovation Authority'']], o país investiu cerca de 5,44% do PIB em P&D<ref> Como Israel financia e faz governança de recursos para inovação?:https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/inovacao-e-tecnologia/como-israel-financia-e-faz-governanca-de-recursos-para-inovacao/</ref>, seguida pela Coreia do Sul (4,53%, valor correspondente a 1,725 trilhão de dólares. <ref> https://data.worldbank.org/indicator/GB.XPD.RSDV.GD.ZS?locations=KR </ref> <ref> https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD?locations=KR </ref>) e Suécia (3,31%). <ref> https://portal.fgv.br/noticias/pesquisa-aponta-caminhos-transformacao-economica-brasil-meio-capacidade-tecnologica </ref> Na década passada, o Brasil alcançou um investimento em P&D de 1,3% do PIB, sendo maior do que alguns países com renda per capta mais elevada. <ref>http://uis.unesco.org/sites/default/files/documents/fs59-global-investments-rd-2020-en.pdf</ref> Em 2023 esse valor caiu para 1,17% do PIB brasileiro.<ref name=":8" /> <ref>Brasil investe, em média, 1% do PIB em ciência e tecnologia:https://valor.globo.com/patrocinado/dino/noticia/2022/09/26/brasil-investe-em-media-1-do-pib-em-ciencia-e-tecnologia.ghtml</ref> |id="ref_3" | <ref name=":0" /> |id="aula_3" | 5.1 |id="user_3" | Fideliscelso |id="botao_3" |{{/Editar}} |- |id="4" | 4 |id="texto_4" | Nos EUA, instituições privadas, como empresas e universidades, representam 66% do investido, mesma parcela que na Alemanha. Na China e na Índia, os números são 75% e 69%, respectivamente. No mesmo Relatório de Ciências da UNESCO de 2021 citado anteriormente foi divulgado que 80% dos países do mundo investem menos de 1% de seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).<ref name=":1">https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> |id="ref_4" | <ref name=":1" /> |id="aula_4" | 5.5 |id="user_4" | Alebasi24 |id="botao_4" |{{/Editar}} |- |id="5" | 5 |id="texto_5" | Em 2021, o Brasil bateu recorde negativo no investimento em pesquisa. De 2020 para 2021, o valor destinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi de 11,8 bilhões de reais para 8,3 bi. Contudo, a quantia destinada à "despesas discricionárias" , isto é aquelas que vão efetivamente para investimentos em pesquisa, ficou em R$ 2,7 bilhões. Esse valor representa 15% a menos do que em 2020 e uma queda de 58% com relação à 2015. <ref> https://jornal.usp.br/ciencias/orcamento-2021-compromete-o-futuro-da-ciencia-brasileira/</ref>Nos anos de 2022, 2023 e 2024 houve um aumento no investimento em pesquisa por parte do governo federal. De acordo com o portal da transparência da controladoria-geral da união, o orçamento atualizado para a área de atuação ciência e tecnologia no ano de 2022 foi de R$ 11,38 bilhões e de R$14,73 bilhões em 2023, sendo, no ano de 2023, R$ 5.160.155. 388,83 referentes aos valores pagos nas subfunções associadas à função Ciência e Tecnologia e R$ 1.479.143.676,38 referentes aos valores pagos nas subfunções '''não''' associadas à função Ciência e Tecnologia.<ref name=":3">https://portaldatransparencia.gov.br/funcoes/19-ciencia-e-tecnologia?ano=2023</ref> Em 2023 o governo anunciou que as bolsas de pesquisa (iniciação científica, mestrado, doutorado, pos-doutorado) tiveram reajustes que foram de 25 a 75% <ref>https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/governo-federal-anuncia-reajuste-de-bolsas-do-cnpq-e-da-capes</ref> |id="ref_5" | <ref name=":3" /> |id="aula_5" | |id="user_5" |Thalesfig |id="botao_5" |{{/Editar}} |- |5 |Além do aumento no valor, teve também uma expansão do número de bolsas. Em 2023, teve um aumento 5,3 mil bolsistas, chegando a 93,2 mil. Já o Pibid e o Residência Pedagógica agora têm mais 31 mil bolsas, e o número total passa para 88,9 mil, um aumento de 54%<ref name=":4">[https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/noticias/aumento-no-valor-das-bolsas-marca-acoes-da-capes]</ref>. |<ref name=":4" /> |5.5 |Thalesfig | |- |id="6" | 6 |id="texto_6" | O setor privado investiu 38,1 bilhões de reais, ou 0,64% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados. A partir de dados coletados pela Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC), realizada pelo IBGE, referente ao ano de 2017, houve uma queda, em termos nominais, dos dispêndios em atividades inovadoras das empresas brasileiras: uma diminuição de cerca de R$ 80 bilhões em 2014 para R$ 67 bilhões em 2017. Os investimentos em P&D (interno + externo) também caíram, em termos nominais, de R$33,6 bilhões para R$32,6 bilhões. Ao atualizar a porcentagem inicialmente informada nesse item, tem-se que o investimento da iniciativa privada em NeuroMat caiu em três anos, diminuindo em termos percentuais de 0,61% do PIB, em 2014, para 0,5% do PIB, em 2017. <ref> https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/pubpreliminar/210825_publicacao_preliminar_nt_politicas_publicas_para_ciencia_e_tecnoogia.pdf </ref> |id="ref_6" | |id="aula_6" | |id="user_6" | Sallescarolina |id="botao_6" |{{/Editar}} |- |id="7" | 7 |id="texto_7" | De acordo com o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento, o SIOP, no ano de 2013, antes do início da sequência de cortes na ciência, foram destinados 15,4 bilhões de reais pelo governo federal à área. Em 2019, o último ano antes da pandemia, o valor foi de apenas 6,7 bilhões. Fazendo uma redução de orçamento diretamente relacionado ao CNPq, o valor investido em 2013 foi de pouco mais de 3 bilhões de reais, enquanto em 2019 foi somente 1,4 bilhão. Situação semelhante passou a Capes: no ano de 2015, o último antes da aprovação da PEC dos Gastos, que também ajudou a restringir ainda mais os investimentos em ciência no Brasil, a verba destinada ao programa foi de 9,4 bilhões de reais. Em 2019, foi de apenas 3,9 bilhões, representando uma redução de quase 60% em 4 anos. |id="ref_7" | <ref>https://www.ufrgs.br/jornal/cortes-no-investimento-em-ciencia-prejudicam-resposta-a-pandemia-no-brasil/</ref> |id="aula_7" | |id="user_7" | CamillaTsuji |id="botao_7" |{{/Editar}} |- | |id="8" | 8 |id="texto_8" | No Brasil, cientistas, pesquisadores e engenheiros estão concentrados em instituições governamentais, tanto federais quanto estaduais. A maioria, 73%, trabalha em universidades como docentes de dedicação exclusiva ou integral, enquanto apenas 11% trabalha para empresas. De acordo com o INEP, através do Censo da educação superior 2022, em 2022, havia 362.116 docentes em exercício na educação superior no Brasil. Deste total, cerca de 51% tinham vínculo com Instituição de Ensino Superior privada e cerca de 49%, com IES pública. A maioria dos docentes nas universidades tem doutorado (77,3%). Em relação ao regime de trabalho, os docentes em tempo integral são mais de 97,4% nos IFs(Institutos Federais) e Cefets(Centro Federal de Educação Tecnológica). <ref>https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados</ref> |id="ref_8" | <ref>https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/01/24/teto-salarial-e-valorizacao-da-carreira-docente</ref> <ref>https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados</ref> |id="aula_8" | |id="user_8" | Luis Henrique dos Santos |id="botao_8" |{{/Editar}} |- |id="9" | 9 |id="texto_9" | Acontece justamente o oposto nos países líderes em P&D, onde as taxas de cientistas empregados na indústria podem ser até superiores a 60%. Enquanto no Brasil, de acordo com o CGEE, apenas 11,4% dos doutores trabalham em empresas, nos EUA, 42% deles vão para a iniciativa privada. Como exemplo de empresas que contratam funcionários altamente especializados temos o Google, em que 30% dos seus funcionários têm um PhD. |id="ref_9" | <ref>https://vocesa.abril.com.br/economia/as-raizes-do-retrocesso-por-que-o-brasil-falha-em-inovacao</ref> |id="aula_9" | |id="user_9" | Agnessa Kling Nóbrega |id="botao_9" |{{/Editar}} |- |id="10" | 10 |id="texto_10" | Há casos por aqui que evidenciam a importância do investimento de empresas em P&D, como o caso da Natura, que coloca 3% de sua receita em P&D, ou a Embraer, que destina 10% da receita à Pesquisa e Desenvolvimento. Desde 2025, a chamada Lei do Bem (11.196/2005)<ref>https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/lei-do-bem/paginas/lei-do-bem#:~:text=Lei.%C2%BA%2011.196%2C%20de%2021,pesquisa%20tecnol%C3%B3gica%20e%20desenvolvimento%20de</ref> instituiu a utilização de incentivos fiscais por pessoas jurídicas que realizam pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. Para cada real de incentivo fiscal concedido por meio da lei, R$ 4,60 são investidos pelas companhias. Até o anos de 2024, foram investidos R$ 205 bilhões em P&D por empresas privadas em pesquisa, desenvolvimento e inovação de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em 2022, foram aplicados mais de R$ 35 bilhões. Segundo os dados do relatório Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação, publicado pelo MTCI em 2023, ainda que o Brasil lidere o Índice Global de Inovação na América Latina, o país investiu apenas 1,14% do PIB no setor em 2020.<ref>https://brasil61.com/n/lei-do-bem-empresas-incentivadas-investiram-r-205-bi-em-pesquisa-e-inovacao-pind244489</ref> Globalmente, o Índice Global de Inovação (IGI) de 2023, publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em colaboração com o Instituto Portulans, posiciona a Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Singapura como as economias mais inovadoras do mundo. O relatório deste ano analisa mais de 130 economias, utilizando 80 indicadores para monitorar tendências de inovação, e reflete um cenário de lenta recuperação econômica, aumento das taxas de juros e conflitos geopolíticos<ref>https://www.wipo.int/publications/en/details.jsp?id=4679</ref>. O Brasil consolidando-se como a economia mais inovadora da América Latina (posicão ocupada até então pelo Chile), ocupando a 50ª posição no ranking global. O Brasil apresentou melhorias contínuas em seu desempenho no IGI nos últimos anos e, neste ano, avançou cinco posições em relação ao ano anterior <ref>https://www.wipo.int/publications/en/details.jsp?id=4679</ref>.. |id="ref_10" | <ref>https://valor.globo.com/brasil/noticia/2018/07/05/com-50-da-receita-gerada-por-criacoes-recentes-embraer-e-campea-pelo-3o-ano.ghtml</ref> <ref>https://www.natura.com.br/inovacao</ref> |id="aula_10" | |id="user_10" | {{Usuário|Aarrigo}} |id="botao_10" |{{/Editar}} |- |id="11" | 11 |id="texto_11" | O levantamento de 2023 mostra que o número de mestres e doutores cadastrados era de 1.008.272, dos quais 558.925 com título de mestrado e 449.347 com título de doutorado. |id="ref_11" | <ref> https://painel-lattes.cnpq.br/#/pages/dashboard </ref> |id="aula_11" | 5.5 |id="user_11" | Kris Herik de Oliveira |id="botao_11" |{{/Editar}} |- |id="12" | 12 |id="texto_12" | Entre os mestres, 44.337 eram mulheres e 38.984 eram homens. A situação se inverte entre os doutores: 70.567 são homens e 63.853 são mulheres. Segundo o Institute for Scientific Information (ISI), em 2021, a maior produção científica provinha dos EUA (32,7%), Japão (8,5%), Alemanha (8,4%), Inglaterra (7,4%) e China (6,7%).<ref>http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-regulacao-e-supervisao-da-educacao-superior-seres/180-estudantes-108009469/pos-graduacao-500454045/6694-sp-2111739356#:~:text=No%20topo%20do%20ranking%20est%C3%A3o,China%20com%206%2C7%25.</ref>. Mas os desafios das mulheres ainda é alto. As pesquisadoras sentem dificuldades em avançar na carreira científica. Um estudo feito de forma sistemática verificando quem foram os primeiros autores das publicações, verificou que as mulheres se sentem mais pressionadas, e o artigo ainda relata situações de violência verbal, assédio, sobrecarrega de trabalho, dificuldades para conciliar o trabalho doméstico e de cuidado com a família, concluindo que a desigualdade de gênero ainda alta no contexto da ciência no Brasil<ref>Ibarra, A.C.R., Ramos, N.B. e Oliveira, M.Z. (2020) Desafios das mulheres na carreira científica no Brasil: uma revisão sistemática. https://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/25273/2/Desafios_das_Mulheres_na_Carreira_Cientfica_Uma_Reviso_Sistemtica.pdf</ref>. Esse é também o tema de um estudo que mostrou que ao longo do tempo, a participação das mulheres nas carreiras científicas se manteve restrita<ref>DE BARROS, R. L. . Ciência, tecnologia e gênero: a inserção da mulher no campo científico-tecnológico. Revista Brasileira de Pós-Graduação, ''[S. l.]'', v. 18, n. especial, p. 1–21, 2023. DOI: 10.21713/rbpg.v18iespecial.1891. Disponível em: <nowiki>https://rbpg.capes.gov.br/rbpg/article/view/1891</nowiki>. Acesso em: 4 nov. 2024.</ref>. |id="ref_18" | <ref name=":19">https://static.poder360.com.br/2021/07/377250por.pdf</ref> |id="aula_12" | 5 |id="user_12" | Luís Enrique Cazani Júnior |id="botao_12" |{{/Editar}} |- | |Desde 2010 vem crescendo a proporção de mulheres com pós-graduação no Brasil. De acordo com informações da Plataforma Lattes, até 2021, as mulheres são 72,7% dos novos mestres e 53,1% dos novos doutores são mulheres<ref name=":5">[https://www.nexojornal.com.br/grafico/2023/03/07/Mulheres-s%C3%A3o-a-maioria-entre-novos-mestres-e-doutores-no-Brasil]</ref>. |<ref name=":5" /> |5.5 |Thalesfig | |- |id="13" | 13 |id="texto_13" | Dura 12 meses e o contemplado recebe mensalmente uma bolsa de R$ 100,00, mais R$ 1.000,00 referentes a uma única parcela paga à família.<ref name=":2">Bolsa de Iniciação Científica Júnior: https://www.gov.br/cidadania/pt-br/auxilio-brasil/copy_of_beneficiocompensatorio</ref> |id="ref_13" | <ref name=":2" /> <ref>https://revistapesquisa.fapesp.br/o-tamanho-da-aposta-na-ciencia/</ref> |id="aula_13" | 5.6 |id="user_13" | Rogério Bordini |id="botao_13" |{{/Editar}} |- |id="14" | 14 |id="texto_14" | Durante a Pandemia do COVID-19, a corrida por vacinas e medicamentos contra o vírus impulsionou os investimentos em ciência e tecnologia ao redor do mundo. Países como Alemanha e Canadá criaram fundos de investimento com o intuito de apoiar empresas de inovação que trouxessem iniciativas visando a diminuição do impacto do Covid. Já países como EUA e Reino Unido investiram diretamente em ciência. Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou que o Canadá destinou cerca de 11,8% de seu orçamento federal em P&D para ações em pesquisa e inovação contra o novo coronavírus. O Reino Unido, 10,8%, a Alemanha, 6,3%, e os Estados Unidos, 4,1%. Já os recursos aplicados pelo Brasil não chegam a 2%, ou seja, um "valor ainda pequeno quando comparado ao de outros países. É preciso ter investimentos agressivos e rápidos em tecnologia para combater os efeitos do vírus ou, ao menos, mitigá-los", afirma a economista e pesquisadora do Ipea Fernanda De Negri. |id="ref_14" | <ref>https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=35588/</ref> |id="aula_14" | |id="user_14" | Barbaramaiap |id="botao_14" |{{/Editar}} |- |id="15" | 15 |id="texto_15" | Em 2009, o governo federal investiu 19 bilhões em ciência e tecnologia. Pouco mais de uma década depois, os recursos aplicados nesse setor estratégico – cada vez mais decisivo para o desenvolvimento – baixou para R$17,2 bilhões, em valores corrigidos pela inflação do período. Publicada como nota técnica preliminar do IPEA, a análise assinala que, no atual governo, o declínio foi agravado pela retenção de parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) – bloqueio que, mesmo proibido pelo Congresso, continua impedindo a injeção de cerca de R$ 2,7 bilhões no setor. Os cortes geram desde “problemas pontuais, como a pane da plataforma Lattes” até danos no longo prazo, “como a perda de competitividade da economia”, que, por sua vez, prejudica o desenvolvimento socioeconômico do país. |id="ref_15" | <ref>Lobo, Flavio. IPEA. Investimento federal em C&T retrocede mais de uma década, aponta estudo do CTS. Publicado em 26/08/2021. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/noticias/noticias/282-investimento-federal-em-c-t-retrocede-mais-de-uma-decada-aponta-estudo-do-cts</ref> |id="aula_15" | |id="user_15" | Wilma Barrionuevo |id="botao_14" |{{/Editar}} |- | |Em abril de 2024 o governo Federal sinalizou que pretende investir na repatriação de cientistas brasileiros, como forma de melhorar a pesquisa científica do país. Para tal, tem planos de separar R$ 1 bilhão a serem gastos com pesquisadores que estão atuando fora do Brasil, tanto em bolsas como também na forma de auxílios e compra de equipamentos. O novo programa é uma iniciativa do CNPq, e os recursos financeiros virão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científicos Tecnológico (FNDCT). [31] No entanto, entidades relacionadas à pesquisa criticaram a medida. Entre elas, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pela falta de maiores informações sobre como esse dinheiro será empregado. Uma vez que em muitas das instituições de pesquisa e universidades do país há uma falta de infraestrutura básica para a realização dos projetos, o que faz com que muitos desses pesquisadores procurem oportunidades fora do Brasil. [32] |<ref>https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/fixacao-de-pesquisadores-no-pais-nota-do-cnpq</ref> <ref>https://portal.sbpcnet.org.br/noticias/governo-federal-precisa-dar-detalhes-sobre-como-sera-o-programa-de-repatriacao-de-cientistas-afirma-vice-presidente-da-sbpc/</ref> | |Mariacarolinahr |Em outubro de 2024, o Governo Federal sinalizou que vai investir R$ 3,1 bilhões em medidas para incentivar a ciência, tecnologia e inovação no Brasil. O objetivo é promover a formação de redes multi-institucionais e interdisciplinares dedicadas à investigação científica em temáticas estratégicas e enfrentamento a grandes desafios nacionais, sendo que 30% dos recursos serão destinados para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. <ref>Governo Federal investe R$ 3,1 bilhões para incentivo à ciência e à inovação no Brasil</ref> https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202410/governo-federal-investe-r-3-1-bi-para-incentivo-a-ciencia-e-a-inovacao-no-brasil |- |id="16" | 16 |id="texto_16" | Em 2023, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um plano de reajustes e recomposição das bolsas de estudo, pesquisa e formação de professores, o que não ocorria desde 2013. No caso do mestrado, o valor sairá de R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, o valor passa de R$ 2.200 para R$ 3.100. Para as bolsas de pós-doutorado, o salto é de R$ 4.100 para R$ 5.200. Segundo o presidente, “esse país quer ser exportador de conhecimento, quer ser exportador de alta tecnologia, quer ser exportador de inteligência. E para isso nós temos que investir na Educação. E para isso nós temos que investir em pesquisa”. Em 2024, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) realizou um reajuste nos valores de bolsas em até 45%. Segundo Vahan Agopyan, então secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, o reajuste deve-se à preocupação da agência de fomento com a desmotivação dos jovens para a pesquisa científica e com a sensível fuga de cérebros do país. A bolsa de mestrado subir de R$ 2.741,70 para R$ 3.300,00, as de doutorado de R$ 4.710,30, para R$ 6.810,00, e de pós doutorado de R$ 9.318,90 para R$ 12.000,00.<ref>https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/fapesp-anuncia-reajuste-nos-valores-de-bolsas-em-ate-45-a-partir-de-1o-de-agosto/</ref> Tal aumento aprofundou a diferença de valores pagos entre as bolsas federais e consedidas pela FAPESP, e consequentemente aprofundando as desigualdades regionais em ciência, tecnologia e inovação no Brasil.<ref>https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1470/1/TD_1574.pdf</ref> |id="ref_16" | <ref>Lula reajusta bolsas de estudo e pesquisa e reforça: "Educação é o melhor investimento". Data de publicação: 17/02/2023. Disponível em: [https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2023/02/lula-reajusta-bolsas-de-estudo-e-pesquisa-e-reforca-201ceducacao-e-o-melhor-investimento201d#:~:text=E%20para%20isso%20n%C3%B3s%20temos%20que%20investir%20em%20pesquisa%E2%80%9D%2C%20defendeu,%24%202.200%20para%20R%24%203.100. https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2023/02/lula-reajusta-bolsas-de-estudo-e-pesquisa-e-reforca-201ceducacao-e-o-melhor-investimento201d#:~:text=E%20para%20isso%20n%C3%B3s%20temos%20que%20investir%20em%20pesquisa%E2%80%9D%2C%20defendeu,%24%202.200%20para%20R%24%203.100.]</ref> |id="aula_16" | |id="user_16" | Jubdevito |id="botao_16" |{{/Editar}} |- |id="17" | 17 |id="texto_17" | A proposta do novo governo eleito em 2023, do presidente Lula, juntamente com a Ministra indicada, Luciana Santos, é de que os investimentos em ciência e tecnologia sejam priorizados. Vivenciando um cenário de desmonte a partir principalmente de 2018, juntamente com a pandemia da COVID-19 e os cortes decorrentes dela, o setor e as universidades sofreram diversos cortes, comprometendo seu funcionamento e a continuidade do desenvolvimento das pesquisas. Além do corte de bolsas para pesquisadores e o esvaziamento dos programas de pós-graduação por todo o pais. Citando a ministra: "Luciana pontuou a necessidade de formar mão de obra especializada em tecnologia da informação e comunicação (TIC). Ao citar o caso do Porto Digital do Recife, que possui mais de 2 mil vagas em aberto para atender demandas de prestação de serviço tecnológico, ela demonstrou a importância de formar profissionais para atuar no setor." |id="ref_17" | <ref>https://www.terra.com.br/noticias/nova-gestao-promete-que-ciencia-sera-priorizada-no-brasil,9ae992c4ea3ab8049e64942073a4f581kc9ussq6.html</ref> |id="aula_17" | 5 |id="user_17" | Giudenari |id="botao_17" |{{/Editar}} |- |id="18" | 18 |id="texto_18" | Com relação à inclusão de mulheres na ciência brasileira, é possível observar na maioria das áreas de pesquisa o “efeito tesoura”, ou seja, a redução da participação do gênero feminino na medida em que a carreira acadêmica progride, do mestrado ao doutorado e do doutorado à docência. Em cerca de 90% das disciplinas, a proporção de mulheres que se tornam professoras de pós-graduação é menor que a sua proporção entre tituladas no doutorado. Os dados, relativo ao quadriênio 2017-2020, são do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA/IESP-UERJ). Uma em cada três cientistas são mulheres, ou seja, os homens ainda são maioria. Grupos de mulheres vêm sendo criados e o movimento para aumentar a participação da ciência é crescente. As implicações dessa transformação são importantes para diversas áreas do conhecimento, tais como: '''efeitos da mudança climática''', que reforçam a necessidade de repensar os atos e ter uma abordagem de '''desenvolvimento''', e nesse sentido as biólogas têm papel fundamental. Como até as novas pesquisas que tem abordagam na '''inteligência artificial''' (IA). https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2024/02/o-dia-internacional-das-mulheres-e-meninas-na-ciencia-em-numeros-qual-e-a-situacao-das-cientistas-hoje |id="ref_18" | <ref>https://pp.nexojornal.com.br/opiniao/2023/Como-anda-a-inclus%C3%A3o-de-mulheres-na-ci%C3%AAncia-brasileira-Tr%C3%AAs-modos-de-observar-os-dados1</ref> |id="aula_18" | 5.5 |id="user_18" | [[Utilizador:FSaldanha|FSaldanha]] ([[Utilizador Discussão:FSaldanha|discussão]]) |id="botao_18" |{{/Editar}} |- |1 |Em 2022, segundo a OCDE, os investimentos dos dois maiores investidores em pesquisa e desenvolvimento, Estados Unidos e China ultrapassaram $709 milhões e $620 milhões, respectivamente<ref name=":6">[https://data.oecd.org/rd/gross-domestic-spending-on-r-d.htm]</ref>. E a China lidera com larga vantagem o número de pesquisadores vinculados com o governo, com quase 340 mil cientistas (a Rússia, que é segunda colocada, tem aproximadamente 120 mil)<ref name=":6" />. |30 |1 |Thalesfig |- |id="19" | 19 |id="texto_19" | Em dados de 2020, o Brasil investiu 1,14% do PIB ou 87,1 bilhões de reais, dos quais 0,62% foram dispêndios públicos repassados pela União e pelos estados por meio de agências de fomento, como o [[:w:pt:CNPQ|Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)]], a [[:w:pt:Capes|Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES)]] e as fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs). O setor privado investiu 0,53% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados.<ref name=":34">https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2023/05/mcti-elabora-retrato-mais-recente-da-ciencia-tecnologia-e-inovacao-no-brasil</ref> |id="ref_34" | <ref name=":34" /> |id="aula_19" | 5.1 |id="user_19" | Luis Forte Rasmussem |id="botao_19" |{{/Editar}} |- |id=20 | 20 |id="texto_20" | Em 2024 o aumento do orçamento destinado ao MCTI se manteve, atingindo a marca de R$ 19,02 bilhões. Dos 3,39 bilhões executados até julho de 2024, 2,4 bilhões foram destinados à area de atuação de Ciência e Tecnologia. <ref name=":39">https://portaldatransparencia.gov.br/orgaos-superiores/24000?ano=2024</ref> |id="ref_20" | <ref name=":39" /> |id="aula_20" | 5.1 |id="user_20" | Clarissa Viana |id="botao_20" |{{/Editar}} |- |id=21 | 21 |id="texto_20" | Segundo dados do painel Mestres e Doutores 2024, produzido pelo Serviço de Informações de RH para CT&I, as mulheres passaram a ser maioria entre os titulados em cursos de mestrado no Brasil desde 1997. A maioria também se aplica aos títulos de doutorado obtidos no país, marca alcançada desde 2003. Em 2021, 56,8% dos títulos de mestrado foram concedidos a mulheres. Já de doutorado, o percentual foi de 55,6% de títulos obtidos por mulheres. [[File:Evolução do percentual de mulheres entre os titulados com Mestrado e Doutorado no Brasil (1996 a 2021).png|thumb|Gráfico elaborado com dados do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE. Brasil: Mestres e Doutores 2024. Tabelas de dados. Brasília, DF. Disponível em: https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/dados]] <ref name=":40">https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/-/5.1-participacao-mulheres-titulados</ref> |id="ref_21" | <ref name=":40" /> |id="aula_20" | 5.5 |id="user_20" | Clarissa Viana |id="botao_20" |{{/Editar}} |- |id=22 | 22 |id="texto_22" | Dados do Banco Mundial indicam que os países africanos gastam uma média de apenas 0,45% do seu PIB em P&D, ficando bem abaixo da média global de 1,7%. Correspondentemente, a participação da África nas patentes globais continua desproporcionalmente baixa, o que implica em inovação e avanços tecnológicos originários do continente insuficientes. Esse subinvestimento dificulta a transformação do capital intelectual da África em produtos, tecnologias e serviços tangíveis que poderiam impulsionar o crescimento econômico, os meios de subsistência e o bem-estar. Enquanto financiadores internacionais e organizações filantrópicas apoiam a pesquisa e a inovação lideradas pela África, a pandemia da COVID-19 destacou a necessidade de mais fontes de financiamento nacionais, especialmente evidentes na fabricação e no acesso a vacinas durante a pandemia. <ref name=":41">https://www.weforum.org/agenda/2023/11/innovative-approaches-for-unlocking-research-and-development-funding-in-africa</ref> A produção de publicações de artigos científicos por acadêmicos e cientistas africanos aumentou quase dez vezes, de 13.470 artigos em 2003 para 128.076 artigos em 2022. Aprofundando mais sobre tendências na produção de publicações, um ponto positivo é o aumento de artigos colaborativos com países fora da África: 58% de todos os artigos em 2022 foram artigos de autoria múltipla com pelo menos um autor africano, em comparação com 34% em 2003. Os artigos em que todos os autores são de países africanos aumentaram ligeiramente de constituir 1% de todos os artigos para 3% em 2022. Embora seja promissor, não é sensato focar apenas no aumento da colaboração estrangeira (medida pela autoria múltipla), já que a tendência está ligada ao enorme investimento de financiadores internacionais. Como exemplo vemos que o aumento nas colaborações estrangeiras é proporcional a um declínio nos artigos colaborativos nacionais (dentro dos países), de 38% em 2003 para 34% em 2022. <ref name=":42">https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20231122073213618</ref> |id="ref_22" | <ref name=":41">https://www.weforum.org/agenda/2023/11/innovative-approaches-for-unlocking-research-and-development-funding-in-africa</ref> <ref name=":42">https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20231122073213618</ref> |id="aula_22" | 5.1 |id="user_22" | Paulo Carneiro de Oliveira |id="botao_22" |{{/Editar}} |id="<23>" | <23> |id="texto_<23>" | <texto> O governo federal bloqueou R$ 116 milhões do orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) previstos para 2023. De acordo com a presidente do órgão, Mercedes Bustamante, a Capes passou por um contingenciamento de verbas no valor de R$ 86 milhões em agosto de 2023. Outros R$ 30 milhões também foram cortados da pasta nos últimos meses de 2023.O bloqueio de verbas deve atingir a Diretoria de Programas e Bolsas (DPB), a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) e os programas de formação de professores da educação básica. O valor representa 2% do orçamento previsto para este ano, de R$ 5,4 bilhões (o maior valor nos últimos sete anos). |id="ref_<23>" | <ref>https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/governo-federal-bloqueia-r-116-milhoes-previstos-para-orcamento-da-capes-em-2023/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20presidente,valor%20nos%20%C3%BAltimos%20sete%20anos).</ref> https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/governo-federal-bloqueia-r-116-milhoes-previstos-para-orcamento-da-capes-em-2023/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20presidente,valor%20nos%20%C3%BAltimos%20sete%20anos). |id="aula_<23>" | 5.5 |id="user_<23>" | Daniela Feriani |id="botao_<23>" |{{/Editar}} |- <!-- O código a ser copiado começa em '|id="<n+1>"' e termina em '|-' --> |} {{referências}} bo34mmop5ylib52edj0zac39nw6q9vc 167702 167701 2024-12-05T19:21:44Z Daniela Feriani 39853 Tarefa final módulo 5 167702 wikitext text/x-wiki {| class="wikitable" ! Identificador ! Texto ! Referência ! Aula ! Último(a) editor(a) ! Editar |- |id="1" | 1 |id="texto_1" | Em 2021, os dez países que mais investiram seu Produto Interno Bruto (PIB) em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) foram, respectivamente, Israel (5,6%), Coréia do Sul (4,9%), Estados Unidos (3,5%), Bélgica (3,4%), Suécia (3,4%), Suíça (3,4%), Japão (3,3%), Áustria (3,3%), Alemanha (3,1%) e Finlândia (3%). O Brasil aparece em 35° lugar, com 1,1%<ref><code>“Data Page: Research & development spending as a share of GDP”. Our World in Data (2024). Data adapted from UNESCO Institute for Statistics. Retrieved from <nowiki>https://ourworldindata.org/grapher/research-spending-gdp</nowiki> [online resource]</code></ref>. Em 2019, o total foi de 2,4 trilhões de dólares, em pesquisa e desenvolvimento, sendo que dez países representam 80% desse total.<ref>https://ncses.nsf.gov/pubs/nsb20225/cross-national-comparisons-of-r-d-performance</ref> Ainda em 2020, a UNESCO publicou o relatório de ciências "A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente". O documento mostra que nove em dezenove países ainda destinam menos de 1% do seu PIB à pesquisa. Em 2018, com 4.5% do seu PIB, a Coréia do Sul liderava o mundo em investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), seguido pelo Japão com 3.2% e Alemanha com 3.09%.<ref>https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> [[File:Investimento em pesquisa e desenvolvimento em trilhões de PPC$ de 2018.png|thumb|Investimento em pesquisa e desenvolvimento em trilhões de PPC$ de 2018]] Os Estados Unidos investiram aproximadamente 2,8% do seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em 2013. Deste total, 0,8% do PIB foram investimentos em P&D realizados pelo governo federal norte-americano, metade dos quais foram realizados no setor de Defesa . Tanto o percentual da P&D total em relação ao PIB quanto a participação da P&D no setor de Defesa têm se mantido razoavelmente estáveis desde meados da década de 1970.https://economia.saude.bvs.br/base_ecos/resource/?id=biblioref.referenceanalytic.1014892 <references /> O documento aponta, no entanto, que o investimento mundial em pesquisa aumentou em 19,2% entre 2014 e 2018, ultrapassando o crescimento da economia global (14,8%). Em alguns casos, a quantidade de pesquisadores cresce mais rápido do que os gastos correspondentes, deixando menos financiamento disponível para cada pesquisador. O Brasil em 2021 reduziu investimento em ciência, enquanto mundo avançou em 19%.<nowiki>https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-enquanto-mundo-avanca-em-19/</nowiki> ·  '''Investimentos Globais em P&D''': Em 2021, o investimento global em P&D atingiu aproximadamente 2,7 trilhões de dólares, com um crescimento contínuo em áreas de tecnologia e saúde. As principais economias continuam a liderar, com a China se aproximando dos Estados Unidos em termos de investimento total. Fonte: OECD Science, Technology and Innovation Outlook 2021 ·  '''Desafios de Financiamento''': A situação no Brasil continua a ser preocupante, com cortes significativos em P&D desde 2020. Um estudo da UNESCO de 2022 destacou que a maioria dos países em desenvolvimento ainda destina menos de 1% do PIB para pesquisa, um reflexo de prioridades orçamentárias em outras áreas. Fonte: UNESCO Science Report 2022 ·  '''Crescimento do Número de Pesquisadores''': O aumento no número de pesquisadores continua a ser um desafio, com o crescimento do número de pesquisadores superando muitas vezes o aumento do financiamento, resultando em menos recursos disponíveis por pesquisador. Fonte: National Science Board, Science and Engineering Indicators 2022 |id="ref_1" | <ref name=":0">https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> |id="aula_1" | 1 |id="user_1" | AdrianaFarias09 |id="botao_1" |{{/Editar}} |- |id="2" | 2 |id="texto_2" | O desempenho global de P&D está concentrado nas seguintes regiões geográficas, segundo dados de 2019: Leste-Sudeste e Sul da Ásia (gastos combinados de 955 bilhões de dólares, ou uma parcela de 39% do P&D mundial), América do Norte (706,1 bilhões de dólares, ou 29%) e Europa (529,6 bilhões de dólares, ou 22%). Todas as outras regiões combinadas são responsáveis ​​por 10% da produção global de P&D. Os Estados Unidos e a China lideram, respondendo conjuntamente por metade dos gastos com pesquisa e desenvolvimento a nível mundial. Os Estados Unidos investiram 668,4 bilhões (28%) em P&D. A China veio em seguida, com 525,7 bilhões (22%).<ref name=":7" /> O próximo nível de melhores desempenhos em P&D inclui o Japão (7% da P&D global), a Alemanha (6%) e a Coreia do Sul (4%), cada um com despesas em P&D superiores a bilhões de dólares. Juntamente com os Estados Unidos e a China, esses países foram responsáveis por dois terços da P&D mundial em 2019. A França, a Índia e o Reino Unido constituem o terceiro nível de países com melhor desempenho em P&D, cada um com despesas superiores a 50 bilhões de dólares, ou cerca de 2% a 3% do total global de P&D. O quarto nível inclui a Rússia, Taiwan, Itália e Brasil, cada um com despesas em P&D entre 36 bilhões e 45 bilhões de dólares, ou 1,5%–2,0% do total global em P&D. Seguem-se Canadá, Espanha, Turquia, Países Baixos e Austrália, com despesas em P&D entre 22 bilhões e 30 bilhões de dólares, ou cerca de 1% do total global de P&D cada. Esses 17 países com melhor desempenho em P&D correspondem a um investimento total de 87% da P&D global em 2019. As despesas globais em P&D mais do que triplicaram entre 2000 (725 bilhões de dólares) e 2019 (2,4 bilhões de dólares). O aumento anual da P&D total global foi, em média, de 6,9% durante o período 2000 a 2010 e de 6,2% entre 2010 e 2019. A China foi responsável por 29% (US$ 492,8 bilhões) do aumento global em P&D desde 2000. Os Estados Unidos foram responsáveis ​​por 24% (US$ 399,8 bilhões), e os países-membros da UE-27 foram responsáveis ​​por 17% (US$ 281,5 bilhões). Os aumentos de vários outros grandes executores asiáticos de P&D também foram notáveis: a Coreia do Sul e o Japão foram responsáveis, em conjunto, por 9% do aumento (US$ 158,3 bilhões). A concentração global do desempenho de P&D continua a mudar da América do Norte e Europa para as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia. A P&D realizada na América do Norte foi responsável por 40% do total global de P&D em 2000, mas apenas 29% em 2019. A Europa foi responsável por 27% do total global de P&D em 2000, mas caiu para 22% em 2019. Em contraste, as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia foram responsáveis ​​por 25% do total global de P&D em 2000, e sua participação global aumentou para 39% em 2019.<ref>https://www.brasildefato.com.br/2021/06/14/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-e-fica-abaixo-da-media-global-aponta-unesco#:~:text=Os%20gastos%20globais%20com%20ci%C3%AAncia,valoriza%C3%A7%C3%A3o%20da%20ci%C3%AAncia%20%C3%A9%20desigual.</ref> |id="ref_2" | <ref name=":7" /> <ref name=":0" /> |id="aula_2" | |id="user_2" | AdrianaFarias09 |id="botao_2" |{{/Editar}} |- |id="3" | 3 |id="texto_3" |Contudo, o líder mundial de investimento em pesquisa é Israel, que segundos dados mais atualizados da agência [[wikipedia:Israel_Innovation_Authority|''Israel Innovation Authority'']], o país investiu cerca de 5,44% do PIB em P&D<ref> Como Israel financia e faz governança de recursos para inovação?:https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/inovacao-e-tecnologia/como-israel-financia-e-faz-governanca-de-recursos-para-inovacao/</ref>, seguida pela Coreia do Sul (4,53%, valor correspondente a 1,725 trilhão de dólares. <ref> https://data.worldbank.org/indicator/GB.XPD.RSDV.GD.ZS?locations=KR </ref> <ref> https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD?locations=KR </ref>) e Suécia (3,31%). <ref> https://portal.fgv.br/noticias/pesquisa-aponta-caminhos-transformacao-economica-brasil-meio-capacidade-tecnologica </ref> Na década passada, o Brasil alcançou um investimento em P&D de 1,3% do PIB, sendo maior do que alguns países com renda per capta mais elevada. <ref>http://uis.unesco.org/sites/default/files/documents/fs59-global-investments-rd-2020-en.pdf</ref> Em 2023 esse valor caiu para 1,17% do PIB brasileiro.<ref name=":8" /> <ref>Brasil investe, em média, 1% do PIB em ciência e tecnologia:https://valor.globo.com/patrocinado/dino/noticia/2022/09/26/brasil-investe-em-media-1-do-pib-em-ciencia-e-tecnologia.ghtml</ref> |id="ref_3" | <ref name=":0" /> |id="aula_3" | 5.1 |id="user_3" | Fideliscelso |id="botao_3" |{{/Editar}} |- |id="4" | 4 |id="texto_4" | Nos EUA, instituições privadas, como empresas e universidades, representam 66% do investido, mesma parcela que na Alemanha. Na China e na Índia, os números são 75% e 69%, respectivamente. No mesmo Relatório de Ciências da UNESCO de 2021 citado anteriormente foi divulgado que 80% dos países do mundo investem menos de 1% de seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).<ref name=":1">https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> |id="ref_4" | <ref name=":1" /> |id="aula_4" | 5.5 |id="user_4" | Alebasi24 |id="botao_4" |{{/Editar}} |- |id="5" | 5 |id="texto_5" | Em 2021, o Brasil bateu recorde negativo no investimento em pesquisa. De 2020 para 2021, o valor destinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi de 11,8 bilhões de reais para 8,3 bi. Contudo, a quantia destinada à "despesas discricionárias" , isto é aquelas que vão efetivamente para investimentos em pesquisa, ficou em R$ 2,7 bilhões. Esse valor representa 15% a menos do que em 2020 e uma queda de 58% com relação à 2015. <ref> https://jornal.usp.br/ciencias/orcamento-2021-compromete-o-futuro-da-ciencia-brasileira/</ref>Nos anos de 2022, 2023 e 2024 houve um aumento no investimento em pesquisa por parte do governo federal. De acordo com o portal da transparência da controladoria-geral da união, o orçamento atualizado para a área de atuação ciência e tecnologia no ano de 2022 foi de R$ 11,38 bilhões e de R$14,73 bilhões em 2023, sendo, no ano de 2023, R$ 5.160.155. 388,83 referentes aos valores pagos nas subfunções associadas à função Ciência e Tecnologia e R$ 1.479.143.676,38 referentes aos valores pagos nas subfunções '''não''' associadas à função Ciência e Tecnologia.<ref name=":3">https://portaldatransparencia.gov.br/funcoes/19-ciencia-e-tecnologia?ano=2023</ref> Em 2023 o governo anunciou que as bolsas de pesquisa (iniciação científica, mestrado, doutorado, pos-doutorado) tiveram reajustes que foram de 25 a 75% <ref>https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/governo-federal-anuncia-reajuste-de-bolsas-do-cnpq-e-da-capes</ref> |id="ref_5" | <ref name=":3" /> |id="aula_5" | |id="user_5" |Thalesfig |id="botao_5" |{{/Editar}} |- |5 |Além do aumento no valor, teve também uma expansão do número de bolsas. Em 2023, teve um aumento 5,3 mil bolsistas, chegando a 93,2 mil. Já o Pibid e o Residência Pedagógica agora têm mais 31 mil bolsas, e o número total passa para 88,9 mil, um aumento de 54%<ref name=":4">[https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/noticias/aumento-no-valor-das-bolsas-marca-acoes-da-capes]</ref>. |<ref name=":4" /> |5.5 |Thalesfig | |- |id="6" | 6 |id="texto_6" | O setor privado investiu 38,1 bilhões de reais, ou 0,64% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados. A partir de dados coletados pela Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC), realizada pelo IBGE, referente ao ano de 2017, houve uma queda, em termos nominais, dos dispêndios em atividades inovadoras das empresas brasileiras: uma diminuição de cerca de R$ 80 bilhões em 2014 para R$ 67 bilhões em 2017. Os investimentos em P&D (interno + externo) também caíram, em termos nominais, de R$33,6 bilhões para R$32,6 bilhões. Ao atualizar a porcentagem inicialmente informada nesse item, tem-se que o investimento da iniciativa privada em NeuroMat caiu em três anos, diminuindo em termos percentuais de 0,61% do PIB, em 2014, para 0,5% do PIB, em 2017. <ref> https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/pubpreliminar/210825_publicacao_preliminar_nt_politicas_publicas_para_ciencia_e_tecnoogia.pdf </ref> |id="ref_6" | |id="aula_6" | |id="user_6" | Sallescarolina |id="botao_6" |{{/Editar}} |- |id="7" | 7 |id="texto_7" | De acordo com o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento, o SIOP, no ano de 2013, antes do início da sequência de cortes na ciência, foram destinados 15,4 bilhões de reais pelo governo federal à área. Em 2019, o último ano antes da pandemia, o valor foi de apenas 6,7 bilhões. Fazendo uma redução de orçamento diretamente relacionado ao CNPq, o valor investido em 2013 foi de pouco mais de 3 bilhões de reais, enquanto em 2019 foi somente 1,4 bilhão. Situação semelhante passou a Capes: no ano de 2015, o último antes da aprovação da PEC dos Gastos, que também ajudou a restringir ainda mais os investimentos em ciência no Brasil, a verba destinada ao programa foi de 9,4 bilhões de reais. Em 2019, foi de apenas 3,9 bilhões, representando uma redução de quase 60% em 4 anos. |id="ref_7" | <ref>https://www.ufrgs.br/jornal/cortes-no-investimento-em-ciencia-prejudicam-resposta-a-pandemia-no-brasil/</ref> |id="aula_7" | |id="user_7" | CamillaTsuji |id="botao_7" |{{/Editar}} |- | |id="8" | 8 |id="texto_8" | No Brasil, cientistas, pesquisadores e engenheiros estão concentrados em instituições governamentais, tanto federais quanto estaduais. A maioria, 73%, trabalha em universidades como docentes de dedicação exclusiva ou integral, enquanto apenas 11% trabalha para empresas. De acordo com o INEP, através do Censo da educação superior 2022, em 2022, havia 362.116 docentes em exercício na educação superior no Brasil. Deste total, cerca de 51% tinham vínculo com Instituição de Ensino Superior privada e cerca de 49%, com IES pública. A maioria dos docentes nas universidades tem doutorado (77,3%). Em relação ao regime de trabalho, os docentes em tempo integral são mais de 97,4% nos IFs(Institutos Federais) e Cefets(Centro Federal de Educação Tecnológica). <ref>https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados</ref> |id="ref_8" | <ref>https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/01/24/teto-salarial-e-valorizacao-da-carreira-docente</ref> <ref>https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados</ref> |id="aula_8" | |id="user_8" | Luis Henrique dos Santos |id="botao_8" |{{/Editar}} |- |id="9" | 9 |id="texto_9" | Acontece justamente o oposto nos países líderes em P&D, onde as taxas de cientistas empregados na indústria podem ser até superiores a 60%. Enquanto no Brasil, de acordo com o CGEE, apenas 11,4% dos doutores trabalham em empresas, nos EUA, 42% deles vão para a iniciativa privada. Como exemplo de empresas que contratam funcionários altamente especializados temos o Google, em que 30% dos seus funcionários têm um PhD. |id="ref_9" | <ref>https://vocesa.abril.com.br/economia/as-raizes-do-retrocesso-por-que-o-brasil-falha-em-inovacao</ref> |id="aula_9" | |id="user_9" | Agnessa Kling Nóbrega |id="botao_9" |{{/Editar}} |- |id="10" | 10 |id="texto_10" | Há casos por aqui que evidenciam a importância do investimento de empresas em P&D, como o caso da Natura, que coloca 3% de sua receita em P&D, ou a Embraer, que destina 10% da receita à Pesquisa e Desenvolvimento. Desde 2025, a chamada Lei do Bem (11.196/2005)<ref>https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/lei-do-bem/paginas/lei-do-bem#:~:text=Lei.%C2%BA%2011.196%2C%20de%2021,pesquisa%20tecnol%C3%B3gica%20e%20desenvolvimento%20de</ref> instituiu a utilização de incentivos fiscais por pessoas jurídicas que realizam pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. Para cada real de incentivo fiscal concedido por meio da lei, R$ 4,60 são investidos pelas companhias. Até o anos de 2024, foram investidos R$ 205 bilhões em P&D por empresas privadas em pesquisa, desenvolvimento e inovação de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em 2022, foram aplicados mais de R$ 35 bilhões. Segundo os dados do relatório Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação, publicado pelo MTCI em 2023, ainda que o Brasil lidere o Índice Global de Inovação na América Latina, o país investiu apenas 1,14% do PIB no setor em 2020.<ref>https://brasil61.com/n/lei-do-bem-empresas-incentivadas-investiram-r-205-bi-em-pesquisa-e-inovacao-pind244489</ref> Globalmente, o Índice Global de Inovação (IGI) de 2023, publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em colaboração com o Instituto Portulans, posiciona a Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Singapura como as economias mais inovadoras do mundo. O relatório deste ano analisa mais de 130 economias, utilizando 80 indicadores para monitorar tendências de inovação, e reflete um cenário de lenta recuperação econômica, aumento das taxas de juros e conflitos geopolíticos<ref>https://www.wipo.int/publications/en/details.jsp?id=4679</ref>. O Brasil consolidando-se como a economia mais inovadora da América Latina (posicão ocupada até então pelo Chile), ocupando a 50ª posição no ranking global. O Brasil apresentou melhorias contínuas em seu desempenho no IGI nos últimos anos e, neste ano, avançou cinco posições em relação ao ano anterior <ref>https://www.wipo.int/publications/en/details.jsp?id=4679</ref>.. |id="ref_10" | <ref>https://valor.globo.com/brasil/noticia/2018/07/05/com-50-da-receita-gerada-por-criacoes-recentes-embraer-e-campea-pelo-3o-ano.ghtml</ref> <ref>https://www.natura.com.br/inovacao</ref> |id="aula_10" | |id="user_10" | {{Usuário|Aarrigo}} |id="botao_10" |{{/Editar}} |- |id="11" | 11 |id="texto_11" | O levantamento de 2023 mostra que o número de mestres e doutores cadastrados era de 1.008.272, dos quais 558.925 com título de mestrado e 449.347 com título de doutorado. |id="ref_11" | <ref> https://painel-lattes.cnpq.br/#/pages/dashboard </ref> |id="aula_11" | 5.5 |id="user_11" | Kris Herik de Oliveira |id="botao_11" |{{/Editar}} |- |id="12" | 12 |id="texto_12" | Entre os mestres, 44.337 eram mulheres e 38.984 eram homens. A situação se inverte entre os doutores: 70.567 são homens e 63.853 são mulheres. Segundo o Institute for Scientific Information (ISI), em 2021, a maior produção científica provinha dos EUA (32,7%), Japão (8,5%), Alemanha (8,4%), Inglaterra (7,4%) e China (6,7%).<ref>http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-regulacao-e-supervisao-da-educacao-superior-seres/180-estudantes-108009469/pos-graduacao-500454045/6694-sp-2111739356#:~:text=No%20topo%20do%20ranking%20est%C3%A3o,China%20com%206%2C7%25.</ref>. Mas os desafios das mulheres ainda é alto. As pesquisadoras sentem dificuldades em avançar na carreira científica. Um estudo feito de forma sistemática verificando quem foram os primeiros autores das publicações, verificou que as mulheres se sentem mais pressionadas, e o artigo ainda relata situações de violência verbal, assédio, sobrecarrega de trabalho, dificuldades para conciliar o trabalho doméstico e de cuidado com a família, concluindo que a desigualdade de gênero ainda alta no contexto da ciência no Brasil<ref>Ibarra, A.C.R., Ramos, N.B. e Oliveira, M.Z. (2020) Desafios das mulheres na carreira científica no Brasil: uma revisão sistemática. https://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/25273/2/Desafios_das_Mulheres_na_Carreira_Cientfica_Uma_Reviso_Sistemtica.pdf</ref>. Esse é também o tema de um estudo que mostrou que ao longo do tempo, a participação das mulheres nas carreiras científicas se manteve restrita<ref>DE BARROS, R. L. . Ciência, tecnologia e gênero: a inserção da mulher no campo científico-tecnológico. Revista Brasileira de Pós-Graduação, ''[S. l.]'', v. 18, n. especial, p. 1–21, 2023. DOI: 10.21713/rbpg.v18iespecial.1891. Disponível em: <nowiki>https://rbpg.capes.gov.br/rbpg/article/view/1891</nowiki>. Acesso em: 4 nov. 2024.</ref>. |id="ref_18" | <ref name=":19">https://static.poder360.com.br/2021/07/377250por.pdf</ref> |id="aula_12" | 5 |id="user_12" | Luís Enrique Cazani Júnior |id="botao_12" |{{/Editar}} |- | |Desde 2010 vem crescendo a proporção de mulheres com pós-graduação no Brasil. De acordo com informações da Plataforma Lattes, até 2021, as mulheres são 72,7% dos novos mestres e 53,1% dos novos doutores são mulheres<ref name=":5">[https://www.nexojornal.com.br/grafico/2023/03/07/Mulheres-s%C3%A3o-a-maioria-entre-novos-mestres-e-doutores-no-Brasil]</ref>. |<ref name=":5" /> |5.5 |Thalesfig | |- |id="13" | 13 |id="texto_13" | Dura 12 meses e o contemplado recebe mensalmente uma bolsa de R$ 100,00, mais R$ 1.000,00 referentes a uma única parcela paga à família.<ref name=":2">Bolsa de Iniciação Científica Júnior: https://www.gov.br/cidadania/pt-br/auxilio-brasil/copy_of_beneficiocompensatorio</ref> |id="ref_13" | <ref name=":2" /> <ref>https://revistapesquisa.fapesp.br/o-tamanho-da-aposta-na-ciencia/</ref> |id="aula_13" | 5.6 |id="user_13" | Rogério Bordini |id="botao_13" |{{/Editar}} |- |id="14" | 14 |id="texto_14" | Durante a Pandemia do COVID-19, a corrida por vacinas e medicamentos contra o vírus impulsionou os investimentos em ciência e tecnologia ao redor do mundo. Países como Alemanha e Canadá criaram fundos de investimento com o intuito de apoiar empresas de inovação que trouxessem iniciativas visando a diminuição do impacto do Covid. Já países como EUA e Reino Unido investiram diretamente em ciência. Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou que o Canadá destinou cerca de 11,8% de seu orçamento federal em P&D para ações em pesquisa e inovação contra o novo coronavírus. O Reino Unido, 10,8%, a Alemanha, 6,3%, e os Estados Unidos, 4,1%. Já os recursos aplicados pelo Brasil não chegam a 2%, ou seja, um "valor ainda pequeno quando comparado ao de outros países. É preciso ter investimentos agressivos e rápidos em tecnologia para combater os efeitos do vírus ou, ao menos, mitigá-los", afirma a economista e pesquisadora do Ipea Fernanda De Negri. |id="ref_14" | <ref>https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=35588/</ref> |id="aula_14" | |id="user_14" | Barbaramaiap |id="botao_14" |{{/Editar}} |- |id="15" | 15 |id="texto_15" | Em 2009, o governo federal investiu 19 bilhões em ciência e tecnologia. Pouco mais de uma década depois, os recursos aplicados nesse setor estratégico – cada vez mais decisivo para o desenvolvimento – baixou para R$17,2 bilhões, em valores corrigidos pela inflação do período. Publicada como nota técnica preliminar do IPEA, a análise assinala que, no atual governo, o declínio foi agravado pela retenção de parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) – bloqueio que, mesmo proibido pelo Congresso, continua impedindo a injeção de cerca de R$ 2,7 bilhões no setor. Os cortes geram desde “problemas pontuais, como a pane da plataforma Lattes” até danos no longo prazo, “como a perda de competitividade da economia”, que, por sua vez, prejudica o desenvolvimento socioeconômico do país. |id="ref_15" | <ref>Lobo, Flavio. IPEA. Investimento federal em C&T retrocede mais de uma década, aponta estudo do CTS. Publicado em 26/08/2021. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/noticias/noticias/282-investimento-federal-em-c-t-retrocede-mais-de-uma-decada-aponta-estudo-do-cts</ref> |id="aula_15" | |id="user_15" | Wilma Barrionuevo |id="botao_14" |{{/Editar}} |- | |Em abril de 2024 o governo Federal sinalizou que pretende investir na repatriação de cientistas brasileiros, como forma de melhorar a pesquisa científica do país. Para tal, tem planos de separar R$ 1 bilhão a serem gastos com pesquisadores que estão atuando fora do Brasil, tanto em bolsas como também na forma de auxílios e compra de equipamentos. O novo programa é uma iniciativa do CNPq, e os recursos financeiros virão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científicos Tecnológico (FNDCT). [31] No entanto, entidades relacionadas à pesquisa criticaram a medida. Entre elas, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pela falta de maiores informações sobre como esse dinheiro será empregado. Uma vez que em muitas das instituições de pesquisa e universidades do país há uma falta de infraestrutura básica para a realização dos projetos, o que faz com que muitos desses pesquisadores procurem oportunidades fora do Brasil. [32] |<ref>https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/fixacao-de-pesquisadores-no-pais-nota-do-cnpq</ref> <ref>https://portal.sbpcnet.org.br/noticias/governo-federal-precisa-dar-detalhes-sobre-como-sera-o-programa-de-repatriacao-de-cientistas-afirma-vice-presidente-da-sbpc/</ref> | |Mariacarolinahr |- |id="16" | 16 |id="texto_16" | Em 2023, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um plano de reajustes e recomposição das bolsas de estudo, pesquisa e formação de professores, o que não ocorria desde 2013. No caso do mestrado, o valor sairá de R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, o valor passa de R$ 2.200 para R$ 3.100. Para as bolsas de pós-doutorado, o salto é de R$ 4.100 para R$ 5.200. Segundo o presidente, “esse país quer ser exportador de conhecimento, quer ser exportador de alta tecnologia, quer ser exportador de inteligência. E para isso nós temos que investir na Educação. E para isso nós temos que investir em pesquisa”. Em 2024, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) realizou um reajuste nos valores de bolsas em até 45%. Segundo Vahan Agopyan, então secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, o reajuste deve-se à preocupação da agência de fomento com a desmotivação dos jovens para a pesquisa científica e com a sensível fuga de cérebros do país. A bolsa de mestrado subir de R$ 2.741,70 para R$ 3.300,00, as de doutorado de R$ 4.710,30, para R$ 6.810,00, e de pós doutorado de R$ 9.318,90 para R$ 12.000,00.<ref>https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/fapesp-anuncia-reajuste-nos-valores-de-bolsas-em-ate-45-a-partir-de-1o-de-agosto/</ref> Tal aumento aprofundou a diferença de valores pagos entre as bolsas federais e consedidas pela FAPESP, e consequentemente aprofundando as desigualdades regionais em ciência, tecnologia e inovação no Brasil.<ref>https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1470/1/TD_1574.pdf</ref> |id="ref_16" | <ref>Lula reajusta bolsas de estudo e pesquisa e reforça: "Educação é o melhor investimento". Data de publicação: 17/02/2023. Disponível em: [https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2023/02/lula-reajusta-bolsas-de-estudo-e-pesquisa-e-reforca-201ceducacao-e-o-melhor-investimento201d#:~:text=E%20para%20isso%20n%C3%B3s%20temos%20que%20investir%20em%20pesquisa%E2%80%9D%2C%20defendeu,%24%202.200%20para%20R%24%203.100. https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2023/02/lula-reajusta-bolsas-de-estudo-e-pesquisa-e-reforca-201ceducacao-e-o-melhor-investimento201d#:~:text=E%20para%20isso%20n%C3%B3s%20temos%20que%20investir%20em%20pesquisa%E2%80%9D%2C%20defendeu,%24%202.200%20para%20R%24%203.100.]</ref> |id="aula_16" | |id="user_16" | Jubdevito |id="botao_16" |{{/Editar}} |- |id="17" | 17 |id="texto_17" | A proposta do novo governo eleito em 2023, do presidente Lula, juntamente com a Ministra indicada, Luciana Santos, é de que os investimentos em ciência e tecnologia sejam priorizados. Vivenciando um cenário de desmonte a partir principalmente de 2018, juntamente com a pandemia da COVID-19 e os cortes decorrentes dela, o setor e as universidades sofreram diversos cortes, comprometendo seu funcionamento e a continuidade do desenvolvimento das pesquisas. Além do corte de bolsas para pesquisadores e o esvaziamento dos programas de pós-graduação por todo o pais. Citando a ministra: "Luciana pontuou a necessidade de formar mão de obra especializada em tecnologia da informação e comunicação (TIC). Ao citar o caso do Porto Digital do Recife, que possui mais de 2 mil vagas em aberto para atender demandas de prestação de serviço tecnológico, ela demonstrou a importância de formar profissionais para atuar no setor." |id="ref_17" | <ref>https://www.terra.com.br/noticias/nova-gestao-promete-que-ciencia-sera-priorizada-no-brasil,9ae992c4ea3ab8049e64942073a4f581kc9ussq6.html</ref> |id="aula_17" | 5 |id="user_17" | Giudenari |id="botao_17" |{{/Editar}} |- |id="18" | 18 |id="texto_18" | Com relação à inclusão de mulheres na ciência brasileira, é possível observar na maioria das áreas de pesquisa o “efeito tesoura”, ou seja, a redução da participação do gênero feminino na medida em que a carreira acadêmica progride, do mestrado ao doutorado e do doutorado à docência. Em cerca de 90% das disciplinas, a proporção de mulheres que se tornam professoras de pós-graduação é menor que a sua proporção entre tituladas no doutorado. Os dados, relativo ao quadriênio 2017-2020, são do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA/IESP-UERJ). Uma em cada três cientistas são mulheres, ou seja, os homens ainda são maioria. Grupos de mulheres vêm sendo criados e o movimento para aumentar a participação da ciência é crescente. As implicações dessa transformação são importantes para diversas áreas do conhecimento, tais como: '''efeitos da mudança climática''', que reforçam a necessidade de repensar os atos e ter uma abordagem de '''desenvolvimento''', e nesse sentido as biólogas têm papel fundamental. Como até as novas pesquisas que tem abordagam na '''inteligência artificial''' (IA). https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2024/02/o-dia-internacional-das-mulheres-e-meninas-na-ciencia-em-numeros-qual-e-a-situacao-das-cientistas-hoje |id="ref_18" | <ref>https://pp.nexojornal.com.br/opiniao/2023/Como-anda-a-inclus%C3%A3o-de-mulheres-na-ci%C3%AAncia-brasileira-Tr%C3%AAs-modos-de-observar-os-dados1</ref> |id="aula_18" | 5.5 |id="user_18" | [[Utilizador:FSaldanha|FSaldanha]] ([[Utilizador Discussão:FSaldanha|discussão]]) |id="botao_18" |{{/Editar}} |- |1 |Em 2022, segundo a OCDE, os investimentos dos dois maiores investidores em pesquisa e desenvolvimento, Estados Unidos e China ultrapassaram $709 milhões e $620 milhões, respectivamente<ref name=":6">[https://data.oecd.org/rd/gross-domestic-spending-on-r-d.htm]</ref>. E a China lidera com larga vantagem o número de pesquisadores vinculados com o governo, com quase 340 mil cientistas (a Rússia, que é segunda colocada, tem aproximadamente 120 mil)<ref name=":6" />. |30 |1 |Thalesfig |- |id="19" | 19 |id="texto_19" | Em dados de 2020, o Brasil investiu 1,14% do PIB ou 87,1 bilhões de reais, dos quais 0,62% foram dispêndios públicos repassados pela União e pelos estados por meio de agências de fomento, como o [[:w:pt:CNPQ|Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)]], a [[:w:pt:Capes|Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES)]] e as fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs). O setor privado investiu 0,53% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados.<ref name=":34">https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2023/05/mcti-elabora-retrato-mais-recente-da-ciencia-tecnologia-e-inovacao-no-brasil</ref> |id="ref_34" | <ref name=":34" /> |id="aula_19" | 5.1 |id="user_19" | Luis Forte Rasmussem |id="botao_19" |{{/Editar}} |- |id=20 | 20 |id="texto_20" | Em 2024 o aumento do orçamento destinado ao MCTI se manteve, atingindo a marca de R$ 19,02 bilhões. Dos 3,39 bilhões executados até julho de 2024, 2,4 bilhões foram destinados à area de atuação de Ciência e Tecnologia. <ref name=":39">https://portaldatransparencia.gov.br/orgaos-superiores/24000?ano=2024</ref> |id="ref_20" | <ref name=":39" /> |id="aula_20" | 5.1 |id="user_20" | Clarissa Viana |id="botao_20" |{{/Editar}} |- |id=21 | 21 |id="texto_20" | Segundo dados do painel Mestres e Doutores 2024, produzido pelo Serviço de Informações de RH para CT&I, as mulheres passaram a ser maioria entre os titulados em cursos de mestrado no Brasil desde 1997. A maioria também se aplica aos títulos de doutorado obtidos no país, marca alcançada desde 2003. Em 2021, 56,8% dos títulos de mestrado foram concedidos a mulheres. Já de doutorado, o percentual foi de 55,6% de títulos obtidos por mulheres. [[File:Evolução do percentual de mulheres entre os titulados com Mestrado e Doutorado no Brasil (1996 a 2021).png|thumb|Gráfico elaborado com dados do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE. Brasil: Mestres e Doutores 2024. Tabelas de dados. Brasília, DF. Disponível em: https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/dados]] <ref name=":40">https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/-/5.1-participacao-mulheres-titulados</ref> |id="ref_21" | <ref name=":40" /> |id="aula_20" | 5.5 |id="user_20" | Clarissa Viana |id="botao_20" |{{/Editar}} |- |id=22 | 22 |id="texto_22" | Dados do Banco Mundial indicam que os países africanos gastam uma média de apenas 0,45% do seu PIB em P&D, ficando bem abaixo da média global de 1,7%. Correspondentemente, a participação da África nas patentes globais continua desproporcionalmente baixa, o que implica em inovação e avanços tecnológicos originários do continente insuficientes. Esse subinvestimento dificulta a transformação do capital intelectual da África em produtos, tecnologias e serviços tangíveis que poderiam impulsionar o crescimento econômico, os meios de subsistência e o bem-estar. Enquanto financiadores internacionais e organizações filantrópicas apoiam a pesquisa e a inovação lideradas pela África, a pandemia da COVID-19 destacou a necessidade de mais fontes de financiamento nacionais, especialmente evidentes na fabricação e no acesso a vacinas durante a pandemia. <ref name=":41">https://www.weforum.org/agenda/2023/11/innovative-approaches-for-unlocking-research-and-development-funding-in-africa</ref> A produção de publicações de artigos científicos por acadêmicos e cientistas africanos aumentou quase dez vezes, de 13.470 artigos em 2003 para 128.076 artigos em 2022. Aprofundando mais sobre tendências na produção de publicações, um ponto positivo é o aumento de artigos colaborativos com países fora da África: 58% de todos os artigos em 2022 foram artigos de autoria múltipla com pelo menos um autor africano, em comparação com 34% em 2003. Os artigos em que todos os autores são de países africanos aumentaram ligeiramente de constituir 1% de todos os artigos para 3% em 2022. Embora seja promissor, não é sensato focar apenas no aumento da colaboração estrangeira (medida pela autoria múltipla), já que a tendência está ligada ao enorme investimento de financiadores internacionais. Como exemplo vemos que o aumento nas colaborações estrangeiras é proporcional a um declínio nos artigos colaborativos nacionais (dentro dos países), de 38% em 2003 para 34% em 2022. <ref name=":42">https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20231122073213618</ref> |id="ref_22" | <ref name=":41">https://www.weforum.org/agenda/2023/11/innovative-approaches-for-unlocking-research-and-development-funding-in-africa</ref> <ref name=":42">https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20231122073213618</ref> |id="aula_22" | 5.1 |id="user_22" | Paulo Carneiro de Oliveira |id="botao_22" |{{/Editar}} |- |id="23" | 23 |id="texto_23" | O governo federal bloqueou R$ 116 milhões do orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) previstos para 2023. De acordo com a presidente do órgão, Mercedes Bustamante, a Capes passou por um contingenciamento de verbas no valor de R$ 86 milhões em agosto de 2023. Outros R$ 30 milhões também foram cortados da pasta nos últimos meses de 2023.O bloqueio de verbas deve atingir a Diretoria de Programas e Bolsas (DPB), a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) e os programas de formação de professores da educação básica. O valor representa 2% do orçamento previsto para este ano, de R$ 5,4 bilhões (o maior valor nos últimos sete anos). |id="ref_23" | <ref>https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/governo-federal-bloqueia-r-116-milhoes-previstos-para-orcamento-da-capes-em-2023/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20presidente,valor%20nos%20%C3%BAltimos%20sete%20anos).</ref> https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/governo-federal-bloqueia-r-116-milhoes-previstos-para-orcamento-da-capes-em-2023/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20presidente,valor%20nos%20%C3%BAltimos%20sete%20anos). |id="aula_23" | 5.5 |id="user_23" | Daniela Feriani |id="botao_23" |{{/Editar}} |- <!-- O código a ser copiado começa em '|id="<n+1>"' e termina em '|-' --> |} |- |id="24" | 24 |id="texto_24" | Em outubro de 2024, o Governo Federal sinalizou que vai investir R$ 3,1 bilhões em medidas para impulsionar a ciência, tecnologia e inovação no país. Desse total, R$ 1,5 bilhão será para a expansão dos Institutos Nacionais de Tecnologia. O objetivo é promover a formação de redes multi-institucionais e interdisciplinares dedicadas à investigação científica em temáticas estratégicas e enfrentamento a grandes desafios nacionais, sendo que 30% dos recursos serão destinados para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. |id="ref_24" | <ref>Governo Federal investe R$ 3,1 bilhões para incentivo à ciência e à inovação no Brasil</ref> https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202410/governo-federal-investe-r-3-1-bi-para-incentivo-a-ciencia-e-a-inovacao-no-brasil |id="aula_24" | 5.5 |id="user_24" | Daniela Feriani |id="botão_24" | {{/Editar}} |- {{referências}} jzxuxajf2awd53mkvfob4299pcdtwkh 167703 167702 2024-12-05T19:23:45Z Daniela Feriani 39853 Tarefa final módulo 5 167703 wikitext text/x-wiki {| class="wikitable" ! Identificador ! Texto ! Referência ! Aula ! Último(a) editor(a) ! Editar |- |id="1" | 1 |id="texto_1" | Em 2021, os dez países que mais investiram seu Produto Interno Bruto (PIB) em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) foram, respectivamente, Israel (5,6%), Coréia do Sul (4,9%), Estados Unidos (3,5%), Bélgica (3,4%), Suécia (3,4%), Suíça (3,4%), Japão (3,3%), Áustria (3,3%), Alemanha (3,1%) e Finlândia (3%). O Brasil aparece em 35° lugar, com 1,1%<ref><code>“Data Page: Research & development spending as a share of GDP”. Our World in Data (2024). Data adapted from UNESCO Institute for Statistics. Retrieved from <nowiki>https://ourworldindata.org/grapher/research-spending-gdp</nowiki> [online resource]</code></ref>. Em 2019, o total foi de 2,4 trilhões de dólares, em pesquisa e desenvolvimento, sendo que dez países representam 80% desse total.<ref>https://ncses.nsf.gov/pubs/nsb20225/cross-national-comparisons-of-r-d-performance</ref> Ainda em 2020, a UNESCO publicou o relatório de ciências "A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente". O documento mostra que nove em dezenove países ainda destinam menos de 1% do seu PIB à pesquisa. Em 2018, com 4.5% do seu PIB, a Coréia do Sul liderava o mundo em investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), seguido pelo Japão com 3.2% e Alemanha com 3.09%.<ref>https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> [[File:Investimento em pesquisa e desenvolvimento em trilhões de PPC$ de 2018.png|thumb|Investimento em pesquisa e desenvolvimento em trilhões de PPC$ de 2018]] Os Estados Unidos investiram aproximadamente 2,8% do seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em 2013. Deste total, 0,8% do PIB foram investimentos em P&D realizados pelo governo federal norte-americano, metade dos quais foram realizados no setor de Defesa . Tanto o percentual da P&D total em relação ao PIB quanto a participação da P&D no setor de Defesa têm se mantido razoavelmente estáveis desde meados da década de 1970.https://economia.saude.bvs.br/base_ecos/resource/?id=biblioref.referenceanalytic.1014892 <references /> O documento aponta, no entanto, que o investimento mundial em pesquisa aumentou em 19,2% entre 2014 e 2018, ultrapassando o crescimento da economia global (14,8%). Em alguns casos, a quantidade de pesquisadores cresce mais rápido do que os gastos correspondentes, deixando menos financiamento disponível para cada pesquisador. O Brasil em 2021 reduziu investimento em ciência, enquanto mundo avançou em 19%.<nowiki>https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-enquanto-mundo-avanca-em-19/</nowiki> ·  '''Investimentos Globais em P&D''': Em 2021, o investimento global em P&D atingiu aproximadamente 2,7 trilhões de dólares, com um crescimento contínuo em áreas de tecnologia e saúde. As principais economias continuam a liderar, com a China se aproximando dos Estados Unidos em termos de investimento total. Fonte: OECD Science, Technology and Innovation Outlook 2021 ·  '''Desafios de Financiamento''': A situação no Brasil continua a ser preocupante, com cortes significativos em P&D desde 2020. Um estudo da UNESCO de 2022 destacou que a maioria dos países em desenvolvimento ainda destina menos de 1% do PIB para pesquisa, um reflexo de prioridades orçamentárias em outras áreas. Fonte: UNESCO Science Report 2022 ·  '''Crescimento do Número de Pesquisadores''': O aumento no número de pesquisadores continua a ser um desafio, com o crescimento do número de pesquisadores superando muitas vezes o aumento do financiamento, resultando em menos recursos disponíveis por pesquisador. Fonte: National Science Board, Science and Engineering Indicators 2022 |id="ref_1" | <ref name=":0">https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> |id="aula_1" | 1 |id="user_1" | AdrianaFarias09 |id="botao_1" |{{/Editar}} |- |id="2" | 2 |id="texto_2" | O desempenho global de P&D está concentrado nas seguintes regiões geográficas, segundo dados de 2019: Leste-Sudeste e Sul da Ásia (gastos combinados de 955 bilhões de dólares, ou uma parcela de 39% do P&D mundial), América do Norte (706,1 bilhões de dólares, ou 29%) e Europa (529,6 bilhões de dólares, ou 22%). Todas as outras regiões combinadas são responsáveis ​​por 10% da produção global de P&D. Os Estados Unidos e a China lideram, respondendo conjuntamente por metade dos gastos com pesquisa e desenvolvimento a nível mundial. Os Estados Unidos investiram 668,4 bilhões (28%) em P&D. A China veio em seguida, com 525,7 bilhões (22%).<ref name=":7" /> O próximo nível de melhores desempenhos em P&D inclui o Japão (7% da P&D global), a Alemanha (6%) e a Coreia do Sul (4%), cada um com despesas em P&D superiores a bilhões de dólares. Juntamente com os Estados Unidos e a China, esses países foram responsáveis por dois terços da P&D mundial em 2019. A França, a Índia e o Reino Unido constituem o terceiro nível de países com melhor desempenho em P&D, cada um com despesas superiores a 50 bilhões de dólares, ou cerca de 2% a 3% do total global de P&D. O quarto nível inclui a Rússia, Taiwan, Itália e Brasil, cada um com despesas em P&D entre 36 bilhões e 45 bilhões de dólares, ou 1,5%–2,0% do total global em P&D. Seguem-se Canadá, Espanha, Turquia, Países Baixos e Austrália, com despesas em P&D entre 22 bilhões e 30 bilhões de dólares, ou cerca de 1% do total global de P&D cada. Esses 17 países com melhor desempenho em P&D correspondem a um investimento total de 87% da P&D global em 2019. As despesas globais em P&D mais do que triplicaram entre 2000 (725 bilhões de dólares) e 2019 (2,4 bilhões de dólares). O aumento anual da P&D total global foi, em média, de 6,9% durante o período 2000 a 2010 e de 6,2% entre 2010 e 2019. A China foi responsável por 29% (US$ 492,8 bilhões) do aumento global em P&D desde 2000. Os Estados Unidos foram responsáveis ​​por 24% (US$ 399,8 bilhões), e os países-membros da UE-27 foram responsáveis ​​por 17% (US$ 281,5 bilhões). Os aumentos de vários outros grandes executores asiáticos de P&D também foram notáveis: a Coreia do Sul e o Japão foram responsáveis, em conjunto, por 9% do aumento (US$ 158,3 bilhões). A concentração global do desempenho de P&D continua a mudar da América do Norte e Europa para as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia. A P&D realizada na América do Norte foi responsável por 40% do total global de P&D em 2000, mas apenas 29% em 2019. A Europa foi responsável por 27% do total global de P&D em 2000, mas caiu para 22% em 2019. Em contraste, as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia foram responsáveis ​​por 25% do total global de P&D em 2000, e sua participação global aumentou para 39% em 2019.<ref>https://www.brasildefato.com.br/2021/06/14/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-e-fica-abaixo-da-media-global-aponta-unesco#:~:text=Os%20gastos%20globais%20com%20ci%C3%AAncia,valoriza%C3%A7%C3%A3o%20da%20ci%C3%AAncia%20%C3%A9%20desigual.</ref> |id="ref_2" | <ref name=":7" /> <ref name=":0" /> |id="aula_2" | |id="user_2" | AdrianaFarias09 |id="botao_2" |{{/Editar}} |- |id="3" | 3 |id="texto_3" |Contudo, o líder mundial de investimento em pesquisa é Israel, que segundos dados mais atualizados da agência [[wikipedia:Israel_Innovation_Authority|''Israel Innovation Authority'']], o país investiu cerca de 5,44% do PIB em P&D<ref> Como Israel financia e faz governança de recursos para inovação?:https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/inovacao-e-tecnologia/como-israel-financia-e-faz-governanca-de-recursos-para-inovacao/</ref>, seguida pela Coreia do Sul (4,53%, valor correspondente a 1,725 trilhão de dólares. <ref> https://data.worldbank.org/indicator/GB.XPD.RSDV.GD.ZS?locations=KR </ref> <ref> https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD?locations=KR </ref>) e Suécia (3,31%). <ref> https://portal.fgv.br/noticias/pesquisa-aponta-caminhos-transformacao-economica-brasil-meio-capacidade-tecnologica </ref> Na década passada, o Brasil alcançou um investimento em P&D de 1,3% do PIB, sendo maior do que alguns países com renda per capta mais elevada. <ref>http://uis.unesco.org/sites/default/files/documents/fs59-global-investments-rd-2020-en.pdf</ref> Em 2023 esse valor caiu para 1,17% do PIB brasileiro.<ref name=":8" /> <ref>Brasil investe, em média, 1% do PIB em ciência e tecnologia:https://valor.globo.com/patrocinado/dino/noticia/2022/09/26/brasil-investe-em-media-1-do-pib-em-ciencia-e-tecnologia.ghtml</ref> |id="ref_3" | <ref name=":0" /> |id="aula_3" | 5.1 |id="user_3" | Fideliscelso |id="botao_3" |{{/Editar}} |- |id="4" | 4 |id="texto_4" | Nos EUA, instituições privadas, como empresas e universidades, representam 66% do investido, mesma parcela que na Alemanha. Na China e na Índia, os números são 75% e 69%, respectivamente. No mesmo Relatório de Ciências da UNESCO de 2021 citado anteriormente foi divulgado que 80% dos países do mundo investem menos de 1% de seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).<ref name=":1">https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> |id="ref_4" | <ref name=":1" /> |id="aula_4" | 5.5 |id="user_4" | Alebasi24 |id="botao_4" |{{/Editar}} |- |id="5" | 5 |id="texto_5" | Em 2021, o Brasil bateu recorde negativo no investimento em pesquisa. De 2020 para 2021, o valor destinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi de 11,8 bilhões de reais para 8,3 bi. Contudo, a quantia destinada à "despesas discricionárias" , isto é aquelas que vão efetivamente para investimentos em pesquisa, ficou em R$ 2,7 bilhões. Esse valor representa 15% a menos do que em 2020 e uma queda de 58% com relação à 2015. <ref> https://jornal.usp.br/ciencias/orcamento-2021-compromete-o-futuro-da-ciencia-brasileira/</ref>Nos anos de 2022, 2023 e 2024 houve um aumento no investimento em pesquisa por parte do governo federal. De acordo com o portal da transparência da controladoria-geral da união, o orçamento atualizado para a área de atuação ciência e tecnologia no ano de 2022 foi de R$ 11,38 bilhões e de R$14,73 bilhões em 2023, sendo, no ano de 2023, R$ 5.160.155. 388,83 referentes aos valores pagos nas subfunções associadas à função Ciência e Tecnologia e R$ 1.479.143.676,38 referentes aos valores pagos nas subfunções '''não''' associadas à função Ciência e Tecnologia.<ref name=":3">https://portaldatransparencia.gov.br/funcoes/19-ciencia-e-tecnologia?ano=2023</ref> Em 2023 o governo anunciou que as bolsas de pesquisa (iniciação científica, mestrado, doutorado, pos-doutorado) tiveram reajustes que foram de 25 a 75% <ref>https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/governo-federal-anuncia-reajuste-de-bolsas-do-cnpq-e-da-capes</ref> |id="ref_5" | <ref name=":3" /> |id="aula_5" | |id="user_5" |Thalesfig |id="botao_5" |{{/Editar}} |- |5 |Além do aumento no valor, teve também uma expansão do número de bolsas. Em 2023, teve um aumento 5,3 mil bolsistas, chegando a 93,2 mil. Já o Pibid e o Residência Pedagógica agora têm mais 31 mil bolsas, e o número total passa para 88,9 mil, um aumento de 54%<ref name=":4">[https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/noticias/aumento-no-valor-das-bolsas-marca-acoes-da-capes]</ref>. |<ref name=":4" /> |5.5 |Thalesfig | |- |id="6" | 6 |id="texto_6" | O setor privado investiu 38,1 bilhões de reais, ou 0,64% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados. A partir de dados coletados pela Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC), realizada pelo IBGE, referente ao ano de 2017, houve uma queda, em termos nominais, dos dispêndios em atividades inovadoras das empresas brasileiras: uma diminuição de cerca de R$ 80 bilhões em 2014 para R$ 67 bilhões em 2017. Os investimentos em P&D (interno + externo) também caíram, em termos nominais, de R$33,6 bilhões para R$32,6 bilhões. Ao atualizar a porcentagem inicialmente informada nesse item, tem-se que o investimento da iniciativa privada em NeuroMat caiu em três anos, diminuindo em termos percentuais de 0,61% do PIB, em 2014, para 0,5% do PIB, em 2017. <ref> https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/pubpreliminar/210825_publicacao_preliminar_nt_politicas_publicas_para_ciencia_e_tecnoogia.pdf </ref> |id="ref_6" | |id="aula_6" | |id="user_6" | Sallescarolina |id="botao_6" |{{/Editar}} |- |id="7" | 7 |id="texto_7" | De acordo com o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento, o SIOP, no ano de 2013, antes do início da sequência de cortes na ciência, foram destinados 15,4 bilhões de reais pelo governo federal à área. Em 2019, o último ano antes da pandemia, o valor foi de apenas 6,7 bilhões. Fazendo uma redução de orçamento diretamente relacionado ao CNPq, o valor investido em 2013 foi de pouco mais de 3 bilhões de reais, enquanto em 2019 foi somente 1,4 bilhão. Situação semelhante passou a Capes: no ano de 2015, o último antes da aprovação da PEC dos Gastos, que também ajudou a restringir ainda mais os investimentos em ciência no Brasil, a verba destinada ao programa foi de 9,4 bilhões de reais. Em 2019, foi de apenas 3,9 bilhões, representando uma redução de quase 60% em 4 anos. |id="ref_7" | <ref>https://www.ufrgs.br/jornal/cortes-no-investimento-em-ciencia-prejudicam-resposta-a-pandemia-no-brasil/</ref> |id="aula_7" | |id="user_7" | CamillaTsuji |id="botao_7" |{{/Editar}} |- | |id="8" | 8 |id="texto_8" | No Brasil, cientistas, pesquisadores e engenheiros estão concentrados em instituições governamentais, tanto federais quanto estaduais. A maioria, 73%, trabalha em universidades como docentes de dedicação exclusiva ou integral, enquanto apenas 11% trabalha para empresas. De acordo com o INEP, através do Censo da educação superior 2022, em 2022, havia 362.116 docentes em exercício na educação superior no Brasil. Deste total, cerca de 51% tinham vínculo com Instituição de Ensino Superior privada e cerca de 49%, com IES pública. A maioria dos docentes nas universidades tem doutorado (77,3%). Em relação ao regime de trabalho, os docentes em tempo integral são mais de 97,4% nos IFs(Institutos Federais) e Cefets(Centro Federal de Educação Tecnológica). <ref>https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados</ref> |id="ref_8" | <ref>https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/01/24/teto-salarial-e-valorizacao-da-carreira-docente</ref> <ref>https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados</ref> |id="aula_8" | |id="user_8" | Luis Henrique dos Santos |id="botao_8" |{{/Editar}} |- |id="9" | 9 |id="texto_9" | Acontece justamente o oposto nos países líderes em P&D, onde as taxas de cientistas empregados na indústria podem ser até superiores a 60%. Enquanto no Brasil, de acordo com o CGEE, apenas 11,4% dos doutores trabalham em empresas, nos EUA, 42% deles vão para a iniciativa privada. Como exemplo de empresas que contratam funcionários altamente especializados temos o Google, em que 30% dos seus funcionários têm um PhD. |id="ref_9" | <ref>https://vocesa.abril.com.br/economia/as-raizes-do-retrocesso-por-que-o-brasil-falha-em-inovacao</ref> |id="aula_9" | |id="user_9" | Agnessa Kling Nóbrega |id="botao_9" |{{/Editar}} |- |id="10" | 10 |id="texto_10" | Há casos por aqui que evidenciam a importância do investimento de empresas em P&D, como o caso da Natura, que coloca 3% de sua receita em P&D, ou a Embraer, que destina 10% da receita à Pesquisa e Desenvolvimento. Desde 2025, a chamada Lei do Bem (11.196/2005)<ref>https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/lei-do-bem/paginas/lei-do-bem#:~:text=Lei.%C2%BA%2011.196%2C%20de%2021,pesquisa%20tecnol%C3%B3gica%20e%20desenvolvimento%20de</ref> instituiu a utilização de incentivos fiscais por pessoas jurídicas que realizam pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. Para cada real de incentivo fiscal concedido por meio da lei, R$ 4,60 são investidos pelas companhias. Até o anos de 2024, foram investidos R$ 205 bilhões em P&D por empresas privadas em pesquisa, desenvolvimento e inovação de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em 2022, foram aplicados mais de R$ 35 bilhões. Segundo os dados do relatório Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação, publicado pelo MTCI em 2023, ainda que o Brasil lidere o Índice Global de Inovação na América Latina, o país investiu apenas 1,14% do PIB no setor em 2020.<ref>https://brasil61.com/n/lei-do-bem-empresas-incentivadas-investiram-r-205-bi-em-pesquisa-e-inovacao-pind244489</ref> Globalmente, o Índice Global de Inovação (IGI) de 2023, publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em colaboração com o Instituto Portulans, posiciona a Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Singapura como as economias mais inovadoras do mundo. O relatório deste ano analisa mais de 130 economias, utilizando 80 indicadores para monitorar tendências de inovação, e reflete um cenário de lenta recuperação econômica, aumento das taxas de juros e conflitos geopolíticos<ref>https://www.wipo.int/publications/en/details.jsp?id=4679</ref>. O Brasil consolidando-se como a economia mais inovadora da América Latina (posicão ocupada até então pelo Chile), ocupando a 50ª posição no ranking global. O Brasil apresentou melhorias contínuas em seu desempenho no IGI nos últimos anos e, neste ano, avançou cinco posições em relação ao ano anterior <ref>https://www.wipo.int/publications/en/details.jsp?id=4679</ref>.. |id="ref_10" | <ref>https://valor.globo.com/brasil/noticia/2018/07/05/com-50-da-receita-gerada-por-criacoes-recentes-embraer-e-campea-pelo-3o-ano.ghtml</ref> <ref>https://www.natura.com.br/inovacao</ref> |id="aula_10" | |id="user_10" | {{Usuário|Aarrigo}} |id="botao_10" |{{/Editar}} |- |id="11" | 11 |id="texto_11" | O levantamento de 2023 mostra que o número de mestres e doutores cadastrados era de 1.008.272, dos quais 558.925 com título de mestrado e 449.347 com título de doutorado. |id="ref_11" | <ref> https://painel-lattes.cnpq.br/#/pages/dashboard </ref> |id="aula_11" | 5.5 |id="user_11" | Kris Herik de Oliveira |id="botao_11" |{{/Editar}} |- |id="12" | 12 |id="texto_12" | Entre os mestres, 44.337 eram mulheres e 38.984 eram homens. A situação se inverte entre os doutores: 70.567 são homens e 63.853 são mulheres. Segundo o Institute for Scientific Information (ISI), em 2021, a maior produção científica provinha dos EUA (32,7%), Japão (8,5%), Alemanha (8,4%), Inglaterra (7,4%) e China (6,7%).<ref>http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-regulacao-e-supervisao-da-educacao-superior-seres/180-estudantes-108009469/pos-graduacao-500454045/6694-sp-2111739356#:~:text=No%20topo%20do%20ranking%20est%C3%A3o,China%20com%206%2C7%25.</ref>. Mas os desafios das mulheres ainda é alto. As pesquisadoras sentem dificuldades em avançar na carreira científica. Um estudo feito de forma sistemática verificando quem foram os primeiros autores das publicações, verificou que as mulheres se sentem mais pressionadas, e o artigo ainda relata situações de violência verbal, assédio, sobrecarrega de trabalho, dificuldades para conciliar o trabalho doméstico e de cuidado com a família, concluindo que a desigualdade de gênero ainda alta no contexto da ciência no Brasil<ref>Ibarra, A.C.R., Ramos, N.B. e Oliveira, M.Z. (2020) Desafios das mulheres na carreira científica no Brasil: uma revisão sistemática. https://repositorio.pucrs.br/dspace/bitstream/10923/25273/2/Desafios_das_Mulheres_na_Carreira_Cientfica_Uma_Reviso_Sistemtica.pdf</ref>. Esse é também o tema de um estudo que mostrou que ao longo do tempo, a participação das mulheres nas carreiras científicas se manteve restrita<ref>DE BARROS, R. L. . Ciência, tecnologia e gênero: a inserção da mulher no campo científico-tecnológico. Revista Brasileira de Pós-Graduação, ''[S. l.]'', v. 18, n. especial, p. 1–21, 2023. DOI: 10.21713/rbpg.v18iespecial.1891. Disponível em: <nowiki>https://rbpg.capes.gov.br/rbpg/article/view/1891</nowiki>. Acesso em: 4 nov. 2024.</ref>. |id="ref_18" | <ref name=":19">https://static.poder360.com.br/2021/07/377250por.pdf</ref> |id="aula_12" | 5 |id="user_12" | Luís Enrique Cazani Júnior |id="botao_12" |{{/Editar}} |- | |Desde 2010 vem crescendo a proporção de mulheres com pós-graduação no Brasil. De acordo com informações da Plataforma Lattes, até 2021, as mulheres são 72,7% dos novos mestres e 53,1% dos novos doutores são mulheres<ref name=":5">[https://www.nexojornal.com.br/grafico/2023/03/07/Mulheres-s%C3%A3o-a-maioria-entre-novos-mestres-e-doutores-no-Brasil]</ref>. |<ref name=":5" /> |5.5 |Thalesfig | |- |id="13" | 13 |id="texto_13" | Dura 12 meses e o contemplado recebe mensalmente uma bolsa de R$ 100,00, mais R$ 1.000,00 referentes a uma única parcela paga à família.<ref name=":2">Bolsa de Iniciação Científica Júnior: https://www.gov.br/cidadania/pt-br/auxilio-brasil/copy_of_beneficiocompensatorio</ref> |id="ref_13" | <ref name=":2" /> <ref>https://revistapesquisa.fapesp.br/o-tamanho-da-aposta-na-ciencia/</ref> |id="aula_13" | 5.6 |id="user_13" | Rogério Bordini |id="botao_13" |{{/Editar}} |- |id="14" | 14 |id="texto_14" | Durante a Pandemia do COVID-19, a corrida por vacinas e medicamentos contra o vírus impulsionou os investimentos em ciência e tecnologia ao redor do mundo. Países como Alemanha e Canadá criaram fundos de investimento com o intuito de apoiar empresas de inovação que trouxessem iniciativas visando a diminuição do impacto do Covid. Já países como EUA e Reino Unido investiram diretamente em ciência. Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou que o Canadá destinou cerca de 11,8% de seu orçamento federal em P&D para ações em pesquisa e inovação contra o novo coronavírus. O Reino Unido, 10,8%, a Alemanha, 6,3%, e os Estados Unidos, 4,1%. Já os recursos aplicados pelo Brasil não chegam a 2%, ou seja, um "valor ainda pequeno quando comparado ao de outros países. É preciso ter investimentos agressivos e rápidos em tecnologia para combater os efeitos do vírus ou, ao menos, mitigá-los", afirma a economista e pesquisadora do Ipea Fernanda De Negri. |id="ref_14" | <ref>https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=35588/</ref> |id="aula_14" | |id="user_14" | Barbaramaiap |id="botao_14" |{{/Editar}} |- |id="15" | 15 |id="texto_15" | Em 2009, o governo federal investiu 19 bilhões em ciência e tecnologia. Pouco mais de uma década depois, os recursos aplicados nesse setor estratégico – cada vez mais decisivo para o desenvolvimento – baixou para R$17,2 bilhões, em valores corrigidos pela inflação do período. Publicada como nota técnica preliminar do IPEA, a análise assinala que, no atual governo, o declínio foi agravado pela retenção de parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) – bloqueio que, mesmo proibido pelo Congresso, continua impedindo a injeção de cerca de R$ 2,7 bilhões no setor. Os cortes geram desde “problemas pontuais, como a pane da plataforma Lattes” até danos no longo prazo, “como a perda de competitividade da economia”, que, por sua vez, prejudica o desenvolvimento socioeconômico do país. |id="ref_15" | <ref>Lobo, Flavio. IPEA. Investimento federal em C&T retrocede mais de uma década, aponta estudo do CTS. Publicado em 26/08/2021. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/noticias/noticias/282-investimento-federal-em-c-t-retrocede-mais-de-uma-decada-aponta-estudo-do-cts</ref> |id="aula_15" | |id="user_15" | Wilma Barrionuevo |id="botao_14" |{{/Editar}} |- | |Em abril de 2024 o governo Federal sinalizou que pretende investir na repatriação de cientistas brasileiros, como forma de melhorar a pesquisa científica do país. Para tal, tem planos de separar R$ 1 bilhão a serem gastos com pesquisadores que estão atuando fora do Brasil, tanto em bolsas como também na forma de auxílios e compra de equipamentos. O novo programa é uma iniciativa do CNPq, e os recursos financeiros virão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científicos Tecnológico (FNDCT). [31] No entanto, entidades relacionadas à pesquisa criticaram a medida. Entre elas, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pela falta de maiores informações sobre como esse dinheiro será empregado. Uma vez que em muitas das instituições de pesquisa e universidades do país há uma falta de infraestrutura básica para a realização dos projetos, o que faz com que muitos desses pesquisadores procurem oportunidades fora do Brasil. [32] |<ref>https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/fixacao-de-pesquisadores-no-pais-nota-do-cnpq</ref> <ref>https://portal.sbpcnet.org.br/noticias/governo-federal-precisa-dar-detalhes-sobre-como-sera-o-programa-de-repatriacao-de-cientistas-afirma-vice-presidente-da-sbpc/</ref> | |Mariacarolinahr |- |id="16" | 16 |id="texto_16" | Em 2023, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um plano de reajustes e recomposição das bolsas de estudo, pesquisa e formação de professores, o que não ocorria desde 2013. No caso do mestrado, o valor sairá de R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, o valor passa de R$ 2.200 para R$ 3.100. Para as bolsas de pós-doutorado, o salto é de R$ 4.100 para R$ 5.200. Segundo o presidente, “esse país quer ser exportador de conhecimento, quer ser exportador de alta tecnologia, quer ser exportador de inteligência. E para isso nós temos que investir na Educação. E para isso nós temos que investir em pesquisa”. Em 2024, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) realizou um reajuste nos valores de bolsas em até 45%. Segundo Vahan Agopyan, então secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, o reajuste deve-se à preocupação da agência de fomento com a desmotivação dos jovens para a pesquisa científica e com a sensível fuga de cérebros do país. A bolsa de mestrado subir de R$ 2.741,70 para R$ 3.300,00, as de doutorado de R$ 4.710,30, para R$ 6.810,00, e de pós doutorado de R$ 9.318,90 para R$ 12.000,00.<ref>https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/fapesp-anuncia-reajuste-nos-valores-de-bolsas-em-ate-45-a-partir-de-1o-de-agosto/</ref> Tal aumento aprofundou a diferença de valores pagos entre as bolsas federais e consedidas pela FAPESP, e consequentemente aprofundando as desigualdades regionais em ciência, tecnologia e inovação no Brasil.<ref>https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1470/1/TD_1574.pdf</ref> |id="ref_16" | <ref>Lula reajusta bolsas de estudo e pesquisa e reforça: "Educação é o melhor investimento". Data de publicação: 17/02/2023. Disponível em: [https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2023/02/lula-reajusta-bolsas-de-estudo-e-pesquisa-e-reforca-201ceducacao-e-o-melhor-investimento201d#:~:text=E%20para%20isso%20n%C3%B3s%20temos%20que%20investir%20em%20pesquisa%E2%80%9D%2C%20defendeu,%24%202.200%20para%20R%24%203.100. https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2023/02/lula-reajusta-bolsas-de-estudo-e-pesquisa-e-reforca-201ceducacao-e-o-melhor-investimento201d#:~:text=E%20para%20isso%20n%C3%B3s%20temos%20que%20investir%20em%20pesquisa%E2%80%9D%2C%20defendeu,%24%202.200%20para%20R%24%203.100.]</ref> |id="aula_16" | |id="user_16" | Jubdevito |id="botao_16" |{{/Editar}} |- |id="17" | 17 |id="texto_17" | A proposta do novo governo eleito em 2023, do presidente Lula, juntamente com a Ministra indicada, Luciana Santos, é de que os investimentos em ciência e tecnologia sejam priorizados. Vivenciando um cenário de desmonte a partir principalmente de 2018, juntamente com a pandemia da COVID-19 e os cortes decorrentes dela, o setor e as universidades sofreram diversos cortes, comprometendo seu funcionamento e a continuidade do desenvolvimento das pesquisas. Além do corte de bolsas para pesquisadores e o esvaziamento dos programas de pós-graduação por todo o pais. Citando a ministra: "Luciana pontuou a necessidade de formar mão de obra especializada em tecnologia da informação e comunicação (TIC). Ao citar o caso do Porto Digital do Recife, que possui mais de 2 mil vagas em aberto para atender demandas de prestação de serviço tecnológico, ela demonstrou a importância de formar profissionais para atuar no setor." |id="ref_17" | <ref>https://www.terra.com.br/noticias/nova-gestao-promete-que-ciencia-sera-priorizada-no-brasil,9ae992c4ea3ab8049e64942073a4f581kc9ussq6.html</ref> |id="aula_17" | 5 |id="user_17" | Giudenari |id="botao_17" |{{/Editar}} |- |id="18" | 18 |id="texto_18" | Com relação à inclusão de mulheres na ciência brasileira, é possível observar na maioria das áreas de pesquisa o “efeito tesoura”, ou seja, a redução da participação do gênero feminino na medida em que a carreira acadêmica progride, do mestrado ao doutorado e do doutorado à docência. Em cerca de 90% das disciplinas, a proporção de mulheres que se tornam professoras de pós-graduação é menor que a sua proporção entre tituladas no doutorado. Os dados, relativo ao quadriênio 2017-2020, são do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA/IESP-UERJ). Uma em cada três cientistas são mulheres, ou seja, os homens ainda são maioria. Grupos de mulheres vêm sendo criados e o movimento para aumentar a participação da ciência é crescente. As implicações dessa transformação são importantes para diversas áreas do conhecimento, tais como: '''efeitos da mudança climática''', que reforçam a necessidade de repensar os atos e ter uma abordagem de '''desenvolvimento''', e nesse sentido as biólogas têm papel fundamental. Como até as novas pesquisas que tem abordagam na '''inteligência artificial''' (IA). https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2024/02/o-dia-internacional-das-mulheres-e-meninas-na-ciencia-em-numeros-qual-e-a-situacao-das-cientistas-hoje |id="ref_18" | <ref>https://pp.nexojornal.com.br/opiniao/2023/Como-anda-a-inclus%C3%A3o-de-mulheres-na-ci%C3%AAncia-brasileira-Tr%C3%AAs-modos-de-observar-os-dados1</ref> |id="aula_18" | 5.5 |id="user_18" | [[Utilizador:FSaldanha|FSaldanha]] ([[Utilizador Discussão:FSaldanha|discussão]]) |id="botao_18" |{{/Editar}} |- |1 |Em 2022, segundo a OCDE, os investimentos dos dois maiores investidores em pesquisa e desenvolvimento, Estados Unidos e China ultrapassaram $709 milhões e $620 milhões, respectivamente<ref name=":6">[https://data.oecd.org/rd/gross-domestic-spending-on-r-d.htm]</ref>. E a China lidera com larga vantagem o número de pesquisadores vinculados com o governo, com quase 340 mil cientistas (a Rússia, que é segunda colocada, tem aproximadamente 120 mil)<ref name=":6" />. |30 |1 |Thalesfig |- |id="19" | 19 |id="texto_19" | Em dados de 2020, o Brasil investiu 1,14% do PIB ou 87,1 bilhões de reais, dos quais 0,62% foram dispêndios públicos repassados pela União e pelos estados por meio de agências de fomento, como o [[:w:pt:CNPQ|Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)]], a [[:w:pt:Capes|Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES)]] e as fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs). O setor privado investiu 0,53% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados.<ref name=":34">https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2023/05/mcti-elabora-retrato-mais-recente-da-ciencia-tecnologia-e-inovacao-no-brasil</ref> |id="ref_34" | <ref name=":34" /> |id="aula_19" | 5.1 |id="user_19" | Luis Forte Rasmussem |id="botao_19" |{{/Editar}} |- |id=20 | 20 |id="texto_20" | Em 2024 o aumento do orçamento destinado ao MCTI se manteve, atingindo a marca de R$ 19,02 bilhões. Dos 3,39 bilhões executados até julho de 2024, 2,4 bilhões foram destinados à area de atuação de Ciência e Tecnologia. <ref name=":39">https://portaldatransparencia.gov.br/orgaos-superiores/24000?ano=2024</ref> |id="ref_20" | <ref name=":39" /> |id="aula_20" | 5.1 |id="user_20" | Clarissa Viana |id="botao_20" |{{/Editar}} |- |id=21 | 21 |id="texto_20" | Segundo dados do painel Mestres e Doutores 2024, produzido pelo Serviço de Informações de RH para CT&I, as mulheres passaram a ser maioria entre os titulados em cursos de mestrado no Brasil desde 1997. A maioria também se aplica aos títulos de doutorado obtidos no país, marca alcançada desde 2003. Em 2021, 56,8% dos títulos de mestrado foram concedidos a mulheres. Já de doutorado, o percentual foi de 55,6% de títulos obtidos por mulheres. [[File:Evolução do percentual de mulheres entre os titulados com Mestrado e Doutorado no Brasil (1996 a 2021).png|thumb|Gráfico elaborado com dados do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE. Brasil: Mestres e Doutores 2024. Tabelas de dados. Brasília, DF. Disponível em: https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/dados]] <ref name=":40">https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/-/5.1-participacao-mulheres-titulados</ref> |id="ref_21" | <ref name=":40" /> |id="aula_20" | 5.5 |id="user_20" | Clarissa Viana |id="botao_20" |{{/Editar}} |- |id=22 | 22 |id="texto_22" | Dados do Banco Mundial indicam que os países africanos gastam uma média de apenas 0,45% do seu PIB em P&D, ficando bem abaixo da média global de 1,7%. Correspondentemente, a participação da África nas patentes globais continua desproporcionalmente baixa, o que implica em inovação e avanços tecnológicos originários do continente insuficientes. Esse subinvestimento dificulta a transformação do capital intelectual da África em produtos, tecnologias e serviços tangíveis que poderiam impulsionar o crescimento econômico, os meios de subsistência e o bem-estar. Enquanto financiadores internacionais e organizações filantrópicas apoiam a pesquisa e a inovação lideradas pela África, a pandemia da COVID-19 destacou a necessidade de mais fontes de financiamento nacionais, especialmente evidentes na fabricação e no acesso a vacinas durante a pandemia. <ref name=":41">https://www.weforum.org/agenda/2023/11/innovative-approaches-for-unlocking-research-and-development-funding-in-africa</ref> A produção de publicações de artigos científicos por acadêmicos e cientistas africanos aumentou quase dez vezes, de 13.470 artigos em 2003 para 128.076 artigos em 2022. Aprofundando mais sobre tendências na produção de publicações, um ponto positivo é o aumento de artigos colaborativos com países fora da África: 58% de todos os artigos em 2022 foram artigos de autoria múltipla com pelo menos um autor africano, em comparação com 34% em 2003. Os artigos em que todos os autores são de países africanos aumentaram ligeiramente de constituir 1% de todos os artigos para 3% em 2022. Embora seja promissor, não é sensato focar apenas no aumento da colaboração estrangeira (medida pela autoria múltipla), já que a tendência está ligada ao enorme investimento de financiadores internacionais. Como exemplo vemos que o aumento nas colaborações estrangeiras é proporcional a um declínio nos artigos colaborativos nacionais (dentro dos países), de 38% em 2003 para 34% em 2022. <ref name=":42">https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20231122073213618</ref> |id="ref_22" | <ref name=":41">https://www.weforum.org/agenda/2023/11/innovative-approaches-for-unlocking-research-and-development-funding-in-africa</ref> <ref name=":42">https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20231122073213618</ref> |id="aula_22" | 5.1 |id="user_22" | Paulo Carneiro de Oliveira |id="botao_22" |{{/Editar}} |- |id="23" | 23 |id="texto_23" | O governo federal bloqueou R$ 116 milhões do orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) previstos para 2023. De acordo com a presidente do órgão, Mercedes Bustamante, a Capes passou por um contingenciamento de verbas no valor de R$ 86 milhões em agosto de 2023. Outros R$ 30 milhões também foram cortados da pasta nos últimos meses de 2023.O bloqueio de verbas deve atingir a Diretoria de Programas e Bolsas (DPB), a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) e os programas de formação de professores da educação básica. O valor representa 2% do orçamento previsto para este ano, de R$ 5,4 bilhões (o maior valor nos últimos sete anos). |id="ref_23" | <ref>https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/governo-federal-bloqueia-r-116-milhoes-previstos-para-orcamento-da-capes-em-2023/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20presidente,valor%20nos%20%C3%BAltimos%20sete%20anos).</ref> https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/governo-federal-bloqueia-r-116-milhoes-previstos-para-orcamento-da-capes-em-2023/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20presidente,valor%20nos%20%C3%BAltimos%20sete%20anos). |id="aula_23" | 5.5 |id="user_23" | Daniela Feriani |id="botao_23" |{{/Editar}} |- |id="24" | 24 |id="texto_24" | Em outubro de 2024, o Governo Federal sinalizou que vai investir R$ 3,1 bilhões em medidas para impulsionar a ciência, tecnologia e inovação no país. Desse total, R$ 1,5 bilhão será para a expansão dos Institutos Nacionais de Tecnologia. O objetivo é promover a formação de redes multi-institucionais e interdisciplinares dedicadas à investigação científica em temáticas estratégicas e enfrentamento a grandes desafios nacionais, sendo que 30% dos recursos serão destinados para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. |id="ref_24" | <ref>Governo Federal investe R$ 3,1 bilhões para incentivo à ciência e à inovação no Brasil</ref> https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202410/governo-federal-investe-r-3-1-bi-para-incentivo-a-ciencia-e-a-inovacao-no-brasil |id="aula_24" | 5.5 |id="user_24" | Daniela Feriani |id="botão_24" | {{/Editar}} |- {{referências}} nwutk3i1mv3azrbd6sh58i365ilqgyv 167707 167703 2024-12-05T21:00:31Z Simone Vieira da Silva 40140 adicionado tarefa 5 167707 wikitext text/x-wiki {| class="wikitable" ! Identificador ! Texto ! Referência ! Aula ! Último(a) editor(a) ! Editar |- |id="1" | 1 |id="texto_1" | Em 2021, os dez países que mais investiram seu Produto Interno Bruto (PIB) em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) foram, respectivamente, Israel (5,6%), Coréia do Sul (4,9%), Estados Unidos (3,5%), Bélgica (3,4%), Suécia (3,4%), Suíça (3,4%), Japão (3,3%), Áustria (3,3%), Alemanha (3,1%) e Finlândia (3%). O Brasil aparece em 35° lugar, com 1,1%<ref><code>“Data Page: Research & development spending as a share of GDP”. Our World in Data (2024). Data adapted from UNESCO Institute for Statistics. Retrieved from <nowiki>https://ourworldindata.org/grapher/research-spending-gdp</nowiki> [online resource]</code></ref>. Em 2019, o total foi de 2,4 trilhões de dólares, em pesquisa e desenvolvimento, sendo que dez países representam 80% desse total.<ref>https://ncses.nsf.gov/pubs/nsb20225/cross-national-comparisons-of-r-d-performance</ref> Ainda em 2020, a UNESCO publicou o relatório de ciências "A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente". O documento mostra que nove em dezenove países ainda destinam menos de 1% do seu PIB à pesquisa. Em 2018, com 4.5% do seu PIB, a Coréia do Sul liderava o mundo em investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), seguido pelo Japão com 3.2% e Alemanha com 3.09%.<ref>https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> [[File:Investimento em pesquisa e desenvolvimento em trilhões de PPC$ de 2018.png|thumb|Investimento em pesquisa e desenvolvimento em trilhões de PPC$ de 2018]] Os Estados Unidos investiram aproximadamente 2,8% do seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em 2013. Deste total, 0,8% do PIB foram investimentos em P&D realizados pelo governo federal norte-americano, metade dos quais foram realizados no setor de Defesa . Tanto o percentual da P&D total em relação ao PIB quanto a participação da P&D no setor de Defesa têm se mantido razoavelmente estáveis desde meados da década de 1970.https://economia.saude.bvs.br/base_ecos/resource/?id=biblioref.referenceanalytic.1014892 <references /> O documento aponta, no entanto, que o investimento mundial em pesquisa aumentou em 19,2% entre 2014 e 2018, ultrapassando o crescimento da economia global (14,8%). Em alguns casos, a quantidade de pesquisadores cresce mais rápido do que os gastos correspondentes, deixando menos financiamento disponível para cada pesquisador. O Brasil em 2021 reduziu investimento em ciência, enquanto mundo avançou em 19%.<nowiki>https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-enquanto-mundo-avanca-em-19/</nowiki> ·  '''Investimentos Globais em P&D''': Em 2021, o investimento global em P&D atingiu aproximadamente 2,7 trilhões de dólares, com um crescimento contínuo em áreas de tecnologia e saúde. As principais economias continuam a liderar, com a China se aproximando dos Estados Unidos em termos de investimento total. Fonte: OECD Science, Technology and Innovation Outlook 2021 ·  '''Desafios de Financiamento''': A situação no Brasil continua a ser preocupante, com cortes significativos em P&D desde 2020. Um estudo da UNESCO de 2022 destacou que a maioria dos países em desenvolvimento ainda destina menos de 1% do PIB para pesquisa, um reflexo de prioridades orçamentárias em outras áreas. Fonte: UNESCO Science Report 2022 ·  '''Crescimento do Número de Pesquisadores''': O aumento no número de pesquisadores continua a ser um desafio, com o crescimento do número de pesquisadores superando muitas vezes o aumento do financiamento, resultando em menos recursos disponíveis por pesquisador. Fonte: National Science Board, Science and Engineering Indicators 2022 |id="ref_1" | <ref name=":0">https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> |id="aula_1" | 1 |id="user_1" | AdrianaFarias09 |id="botao_1" |{{/Editar}} |- |id="2" | 2 |id="texto_2" | O desempenho global de P&D está concentrado nas seguintes regiões geográficas, segundo dados de 2019: Leste-Sudeste e Sul da Ásia (gastos combinados de 955 bilhões de dólares, ou uma parcela de 39% do P&D mundial), América do Norte (706,1 bilhões de dólares, ou 29%) e Europa (529,6 bilhões de dólares, ou 22%). Todas as outras regiões combinadas são responsáveis ​​por 10% da produção global de P&D. Os Estados Unidos e a China lideram, respondendo conjuntamente por metade dos gastos com pesquisa e desenvolvimento a nível mundial. Os Estados Unidos investiram 668,4 bilhões (28%) em P&D. A China veio em seguida, com 525,7 bilhões (22%).<ref name=":7" /> O próximo nível de melhores desempenhos em P&D inclui o Japão (7% da P&D global), a Alemanha (6%) e a Coreia do Sul (4%), cada um com despesas em P&D superiores a bilhões de dólares. Juntamente com os Estados Unidos e a China, esses países foram responsáveis por dois terços da P&D mundial em 2019. A França, a Índia e o Reino Unido constituem o terceiro nível de países com melhor desempenho em P&D, cada um com despesas superiores a 50 bilhões de dólares, ou cerca de 2% a 3% do total global de P&D. O quarto nível inclui a Rússia, Taiwan, Itália e Brasil, cada um com despesas em P&D entre 36 bilhões e 45 bilhões de dólares, ou 1,5%–2,0% do total global em P&D. Seguem-se Canadá, Espanha, Turquia, Países Baixos e Austrália, com despesas em P&D entre 22 bilhões e 30 bilhões de dólares, ou cerca de 1% do total global de P&D cada. Esses 17 países com melhor desempenho em P&D correspondem a um investimento total de 87% da P&D global em 2019. As despesas globais em P&D mais do que triplicaram entre 2000 (725 bilhões de dólares) e 2019 (2,4 bilhões de dólares). O aumento anual da P&D total global foi, em média, de 6,9% durante o período 2000 a 2010 e de 6,2% entre 2010 e 2019. A China foi responsável por 29% (US$ 492,8 bilhões) do aumento global em P&D desde 2000. Os Estados Unidos foram responsáveis ​​por 24% (US$ 399,8 bilhões), e os países-membros da UE-27 foram responsáveis ​​por 17% (US$ 281,5 bilhões). Os aumentos de vários outros grandes executores asiáticos de P&D também foram notáveis: a Coreia do Sul e o Japão foram responsáveis, em conjunto, por 9% do aumento (US$ 158,3 bilhões). A concentração global do desempenho de P&D continua a mudar da América do Norte e Europa para as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia. A P&D realizada na América do Norte foi responsável por 40% do total global de P&D em 2000, mas apenas 29% em 2019. A Europa foi responsável por 27% do total global de P&D em 2000, mas caiu para 22% em 2019. Em contraste, as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia foram responsáveis ​​por 25% do total global de P&D em 2000, e sua participação global aumentou para 39% em 2019.<ref>https://www.brasildefato.com.br/2021/06/14/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-e-fica-abaixo-da-media-global-aponta-unesco#:~:text=Os%20gastos%20globais%20com%20ci%C3%AAncia,valoriza%C3%A7%C3%A3o%20da%20ci%C3%AAncia%20%C3%A9%20desigual.</ref> |id="ref_2" | <ref name=":7" /> <ref name=":0" /> |id="aula_2" | |id="user_2" | AdrianaFarias09 |id="botao_2" |{{/Editar}} |- |id="3" | 3 |id="texto_3" |Contudo, o líder mundial de investimento em pesquisa é Israel, que segundos dados mais atualizados da agência [[wikipedia:Israel_Innovation_Authority|''Israel Innovation Authority'']], o país investiu cerca de 5,44% do PIB em P&D<ref> Como Israel financia e faz governança de recursos para inovação?:https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/inovacao-e-tecnologia/como-israel-financia-e-faz-governanca-de-recursos-para-inovacao/</ref>, seguida pela Coreia do Sul (4,53%, valor correspondente a 1,725 trilhão de dólares. <ref> https://data.worldbank.org/indicator/GB.XPD.RSDV.GD.ZS?locations=KR </ref> <ref> https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD?locations=KR </ref>) e Suécia (3,31%). <ref> https://portal.fgv.br/noticias/pesquisa-aponta-caminhos-transformacao-economica-brasil-meio-capacidade-tecnologica </ref> Na década passada, o Brasil alcançou um investimento em P&D de 1,3% do PIB, sendo maior do que alguns países com renda per capta mais elevada. <ref>http://uis.unesco.org/sites/default/files/documents/fs59-global-investments-rd-2020-en.pdf</ref> Em 2023 esse valor caiu para 1,17% do PIB brasileiro.<ref name=":8" /> <ref>Brasil investe, em média, 1% do PIB em ciência e tecnologia:https://valor.globo.com/patrocinado/dino/noticia/2022/09/26/brasil-investe-em-media-1-do-pib-em-ciencia-e-tecnologia.ghtml</ref> |id="ref_3" | <ref name=":0" /> |id="aula_3" | 5.1 |id="user_3" | Fideliscelso |id="botao_3" |{{/Editar}} |- |id="4" | 4 |id="texto_4" | Nos EUA, instituições privadas, como empresas e universidades, representam 66% do investido, mesma parcela que na Alemanha. Na China e na Índia, os números são 75% e 69%, respectivamente. No mesmo Relatório de Ciências da UNESCO de 2021 citado anteriormente foi divulgado que 80% dos países do mundo investem menos de 1% de seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).<ref name=":1">https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> |id="ref_4" | <ref name=":1" /> |id="aula_4" | 5.5 |id="user_4" | Alebasi24 |id="botao_4" |{{/Editar}} |- |id="5" | 5 |id="texto_5" | Em 2021, o Brasil bateu recorde negativo no investimento em pesquisa. De 2020 para 2021, o valor destinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi de 11,8 bilhões de reais para 8,3 bi. Contudo, a quantia destinada à "despesas discricionárias" , isto é aquelas que vão efetivamente para investimentos em pesquisa, ficou em R$ 2,7 bilhões. Esse valor representa 15% a menos do que em 2020 e uma queda de 58% com relação à 2015. <ref> https://jornal.usp.br/ciencias/orcamento-2021-compromete-o-futuro-da-ciencia-brasileira/</ref>Nos anos de 2022, 2023 e 2024 houve um aumento no investimento em pesquisa por parte do governo federal. De acordo com o portal da transparência da controladoria-geral da união, o orçamento atualizado para a área de atuação ciência e tecnologia no ano de 2022 foi de R$ 11,38 bilhões e de R$14,73 bilhões em 2023, sendo, no ano de 2023, R$ 5.160.155. 388,83 referentes aos valores pagos nas subfunções associadas à função Ciência e Tecnologia e R$ 1.479.143.676,38 referentes aos valores pagos nas subfunções '''não''' associadas à função Ciência e Tecnologia.<ref name=":3">https://portaldatransparencia.gov.br/funcoes/19-ciencia-e-tecnologia?ano=2023</ref> Em 2023 o governo anunciou que as bolsas de pesquisa (iniciação científica, mestrado, doutorado, pos-doutorado) tiveram reajustes que foram de 25 a 75% <ref>https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/governo-federal-anuncia-reajuste-de-bolsas-do-cnpq-e-da-capes</ref> |id="ref_5" | <ref name=":3" /> |id="aula_5" | |id="user_5" |Thalesfig |id="botao_5" |{{/Editar}} |- |5 |Além do aumento no valor, teve também uma expansão do número de bolsas. Em 2023, teve um aumento 5,3 mil bolsistas, chegando a 93,2 mil. Já o Pibid e o Residência Pedagógica agora têm mais 31 mil bolsas, e o número total passa para 88,9 mil, um aumento de 54%<ref name=":4">[https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/noticias/aumento-no-valor-das-bolsas-marca-acoes-da-capes]</ref>. |<ref name=":4" /> |5.5 |Thalesfig | |- |id="6" | 6 |id="texto_6" | O setor privado investiu 38,1 bilhões de reais, ou 0,64% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados. A partir de dados coletados pela Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC), realizada pelo IBGE, referente ao ano de 2017, houve uma queda, em termos nominais, dos dispêndios em atividades inovadoras das empresas brasileiras: uma diminuição de cerca de R$ 80 bilhões em 2014 para R$ 67 bilhões em 2017. Os investimentos em P&D (interno + externo) também caíram, em termos nominais, de R$33,6 bilhões para R$32,6 bilhões. Ao atualizar a porcentagem inicialmente informada nesse item, tem-se que o investimento da iniciativa privada em NeuroMat caiu em três anos, diminuindo em termos percentuais de 0,61% do PIB, em 2014, para 0,5% do PIB, em 2017. <ref> https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/pubpreliminar/210825_publicacao_preliminar_nt_politicas_publicas_para_ciencia_e_tecnoogia.pdf </ref> |id="ref_6" | |id="aula_6" | |id="user_6" | Sallescarolina |id="botao_6" |{{/Editar}} |- |id="7" | 7 |id="texto_7" | De acordo com o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento, o SIOP, no ano de 2013, antes do início da sequência de cortes na ciência, foram destinados 15,4 bilhões de reais pelo governo federal à área. Em 2019, o último ano antes da pandemia, o valor foi de apenas 6,7 bilhões. Fazendo uma redução de orçamento diretamente relacionado ao CNPq, o valor investido em 2013 foi de pouco mais de 3 bilhões de reais, enquanto em 2019 foi somente 1,4 bilhão. Situação semelhante passou a Capes: no ano de 2015, o último antes da aprovação da PEC dos Gastos, que também ajudou a restringir ainda mais os investimentos em ciência no Brasil, a verba destinada ao programa foi de 9,4 bilhões de reais. Em 2019, foi de apenas 3,9 bilhões, representando uma redução de quase 60% em 4 anos. |id="ref_7" | <ref>https://www.ufrgs.br/jornal/cortes-no-investimento-em-ciencia-prejudicam-resposta-a-pandemia-no-brasil/</ref> |id="aula_7" | |id="user_7" | CamillaTsuji |id="botao_7" |{{/Editar}} |- | |id="8" | 8 |id="texto_8" | No Brasil, cientistas, pesquisadores e engenheiros estão concentrados em instituições governamentais, tanto federais quanto estaduais. A maioria, 73%, trabalha em universidades como docentes de dedicação exclusiva ou integral, enquanto apenas 11% trabalha para empresas. De acordo com o INEP, através do Censo da educação superior 2022, em 2022, havia 362.116 docentes em exercício na educação superior no Brasil. Deste total, cerca de 51% tinham vínculo com Instituição de Ensino Superior privada e cerca de 49%, com IES pública. A maioria dos docentes nas universidades tem doutorado (77,3%). Em relação ao regime de trabalho, os docentes em tempo integral são mais de 97,4% nos IFs(Institutos Federais) e Cefets(Centro Federal de Educação Tecnológica). <ref>https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados</ref> |id="ref_8" | <ref>https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/01/24/teto-salarial-e-valorizacao-da-carreira-docente</ref> <ref>https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados</ref> |id="aula_8" | |id="user_8" | Luis Henrique dos Santos |id="botao_8" |{{/Editar}} |- |id="9" | 9 |id="texto_9" | Acontece justamente o oposto nos países líderes em P&D, onde as taxas de cientistas empregados na indústria podem ser até superiores a 60%. Enquanto no Brasil, de acordo com o CGEE, apenas 11,4% dos doutores trabalham em empresas, nos EUA, 42% deles vão para a iniciativa privada. Como exemplo de empresas que contratam funcionários altamente especializados temos o Google, em que 30% dos seus funcionários têm um PhD. |id="ref_9" | <ref>https://vocesa.abril.com.br/economia/as-raizes-do-retrocesso-por-que-o-brasil-falha-em-inovacao</ref> |id="aula_9" | |id="user_9" | Agnessa Kling Nóbrega |id="botao_9" |{{/Editar}} |- |id="10" | 10 |id="texto_10" | Há casos por aqui que evidenciam a importância do investimento de empresas em P&D, como o caso da Natura, que coloca 3% de sua receita em P&D, ou a Embraer, que destina 10% da receita à Pesquisa e Desenvolvimento. Desde 2025, a chamada Lei do Bem (11.196/2005)<ref>https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/lei-do-bem/paginas/lei-do-bem#:~:text=Lei.%C2%BA%2011.196%2C%20de%2021,pesquisa%20tecnol%C3%B3gica%20e%20desenvolvimento%20de</ref> instituiu a utilização de incentivos fiscais por pessoas jurídicas que realizam pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. Para cada real de incentivo fiscal concedido por meio da lei, R$ 4,60 são investidos pelas companhias. Até o anos de 2024, foram investidos R$ 205 bilhões em P&D por empresas privadas em pesquisa, desenvolvimento e inovação de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em 2022, foram aplicados mais de R$ 35 bilhões. Segundo os dados do relatório Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação, publicado pelo MTCI em 2023, ainda que o Brasil lidere o Índice Global de Inovação na América Latina, o país investiu apenas 1,14% do PIB no setor em 2020.<ref>https://brasil61.com/n/lei-do-bem-empresas-incentivadas-investiram-r-205-bi-em-pesquisa-e-inovacao-pind244489</ref> Globalmente, o Índice Global de Inovação (IGI) de 2023, publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em colaboração com o Instituto Portulans, posiciona a Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Singapura como as economias mais inovadoras do mundo. O relatório deste ano analisa mais de 130 economias, utilizando 80 indicadores para monitorar tendências de inovação, e reflete um cenário de lenta recuperação econômica, aumento das taxas de juros e conflitos geopolíticos<ref>https://www.wipo.int/publications/en/details.jsp?id=4679</ref>. O Brasil consolidando-se como a economia mais inovadora da América Latina (posicão ocupada até então pelo Chile), ocupando a 50ª posição no ranking global. O Brasil apresentou melhorias contínuas em seu desempenho no IGI nos últimos anos e, neste ano, avançou cinco posições em relação ao ano anterior <ref>https://www.wipo.int/publications/en/details.jsp?id=4679</ref>.. |id="ref_10" | <ref>https://valor.globo.com/brasil/noticia/2018/07/05/com-50-da-receita-gerada-por-criacoes-recentes-embraer-e-campea-pelo-3o-ano.ghtml</ref> <ref>https://www.natura.com.br/inovacao</ref> |id="aula_10" | |id="user_10" | {{Usuário|Aarrigo}} |id="botao_10" |{{/Editar}} |- |id="11" | 11 |id="texto_11" | O levantamento de 2023 mostra que o número de mestres e doutores cadastrados era de 1.008.272, dos quais 558.925 com título de mestrado e 449.347 com título de doutorado. |id="ref_11" | <ref> https://painel-lattes.cnpq.br/#/pages/dashboard </ref> |id="aula_11" | 5.5 |id="user_11" | Kris Herik de Oliveira |id="botao_11" |{{/Editar}} |- |id="12" | 12 |id="texto_12" | Entre os mestres, 44.337 eram mulheres e 38.984 eram homens. A situação se inverte entre os doutores: 70.567 são homens e 63.853 são mulheres. Segundo o Institute for Scientific Information (ISI), em 2021, a maior produção científica provinha dos EUA (32,7%), Japão (8,5%), Alemanha (8,4%), Inglaterra (7,4%) e China (6,7%). As mulheres enfrentam inúmeros desafios na carreira como pesquisadoras. Uma revisão sistemática avaliou quem eram os apontados como os pesquisadores nomeados como primeiro autor nos artigos publicados e concluiu que as mulheres se sentem mais pressionadas, e o artigo ainda relata situações de violência verbal, assédio, sobrecarga de trabalho, dificuldades para conciliar o trabalho doméstico e de cuidado com a família, concluindo que a desigualdade de gênero ainda é alta no contexto da ciência no Brasil[30]. Esse é também o tema de um estudo que mostrou que ao longo do tempo, a participação das mulheres nas carreiras científicas se manteve restrita. Um estudo realizado no Brasil em 2021 utilizando dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq mostrou que), apesar do aumento de mulheres bolsistas de Produtividade em Pesquisa (PQ) nas últimas décadas, as desigualdades de gênero e raça permanece mesmo com O número de mulheres pesquisadoras apresentando um crescimento globalmente. A desigualdade de gênero é significativa em quatro aspectos, segundo mostra o estudo, são eles: as mulheres ainda representam parcela minoritária na ciência mundial; concentram-se em áreas de conhecimento especifícas; predominam nos níveis iniciais da carreira e são sub-representadas em posições deliberativas da política científica e tecnológica. (1) O estudo destaca também, a dificuldade que as mulheres enfrentam para acessar o sistema PQ, bem como, para alcançar as modalidades de bolsa de maior prestígio científico E como resultado dessa disparidade as mulheres ocupam proporcionalmente menos posições no topo da carreira. <ref>http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-regulacao-e-supervisao-da-educacao-superior-seres/180-estudantes-108009469/pos-graduacao-500454045/6694-sp-2111739356#:~:text=No%20topo%20do%20ranking%20est%C3%A3o,China%20com%206%2C7%25.</ref><ref>https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902021000100002</ref><ref>https://rbpg.capes.gov.br/rbpg/article/view/1891</ref> |id="ref_18" | <ref name=":19">https://static.poder360.com.br/2021/07/377250por.pdf</ref> |id="aula_12" | 5 |id="user_12" | Luís Enrique Cazani Júnior e Simone Vieira da Silva |id="botao_12" |{{/Editar}} |- | |Desde 2010 vem crescendo a proporção de mulheres com pós-graduação no Brasil. De acordo com informações da Plataforma Lattes, até 2021, as mulheres são 72,7% dos novos mestres e 53,1% dos novos doutores são mulheres<ref name=":5">[https://www.nexojornal.com.br/grafico/2023/03/07/Mulheres-s%C3%A3o-a-maioria-entre-novos-mestres-e-doutores-no-Brasil]</ref>. |<ref name=":5" /> |5.5 |Thalesfig | |- |id="13" | 13 |id="texto_13" | Dura 12 meses e o contemplado recebe mensalmente uma bolsa de R$ 100,00, mais R$ 1.000,00 referentes a uma única parcela paga à família.<ref name=":2">Bolsa de Iniciação Científica Júnior: https://www.gov.br/cidadania/pt-br/auxilio-brasil/copy_of_beneficiocompensatorio</ref> |id="ref_13" | <ref name=":2" /> <ref>https://revistapesquisa.fapesp.br/o-tamanho-da-aposta-na-ciencia/</ref> |id="aula_13" | 5.6 |id="user_13" | Rogério Bordini |id="botao_13" |{{/Editar}} |- |id="14" | 14 |id="texto_14" | Durante a Pandemia do COVID-19, a corrida por vacinas e medicamentos contra o vírus impulsionou os investimentos em ciência e tecnologia ao redor do mundo. Países como Alemanha e Canadá criaram fundos de investimento com o intuito de apoiar empresas de inovação que trouxessem iniciativas visando a diminuição do impacto do Covid. Já países como EUA e Reino Unido investiram diretamente em ciência. Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou que o Canadá destinou cerca de 11,8% de seu orçamento federal em P&D para ações em pesquisa e inovação contra o novo coronavírus. O Reino Unido, 10,8%, a Alemanha, 6,3%, e os Estados Unidos, 4,1%. Já os recursos aplicados pelo Brasil não chegam a 2%, ou seja, um "valor ainda pequeno quando comparado ao de outros países. É preciso ter investimentos agressivos e rápidos em tecnologia para combater os efeitos do vírus ou, ao menos, mitigá-los", afirma a economista e pesquisadora do Ipea Fernanda De Negri. |id="ref_14" | <ref>https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=35588/</ref> |id="aula_14" | |id="user_14" | Barbaramaiap |id="botao_14" |{{/Editar}} |- |id="15" | 15 |id="texto_15" | Em 2009, o governo federal investiu 19 bilhões em ciência e tecnologia. Pouco mais de uma década depois, os recursos aplicados nesse setor estratégico – cada vez mais decisivo para o desenvolvimento – baixou para R$17,2 bilhões, em valores corrigidos pela inflação do período. Publicada como nota técnica preliminar do IPEA, a análise assinala que, no atual governo, o declínio foi agravado pela retenção de parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) – bloqueio que, mesmo proibido pelo Congresso, continua impedindo a injeção de cerca de R$ 2,7 bilhões no setor. Os cortes geram desde “problemas pontuais, como a pane da plataforma Lattes” até danos no longo prazo, “como a perda de competitividade da economia”, que, por sua vez, prejudica o desenvolvimento socioeconômico do país. |id="ref_15" | <ref>Lobo, Flavio. IPEA. Investimento federal em C&T retrocede mais de uma década, aponta estudo do CTS. Publicado em 26/08/2021. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/noticias/noticias/282-investimento-federal-em-c-t-retrocede-mais-de-uma-decada-aponta-estudo-do-cts</ref> |id="aula_15" | |id="user_15" | Wilma Barrionuevo |id="botao_14" |{{/Editar}} |- | |Em abril de 2024 o governo Federal sinalizou que pretende investir na repatriação de cientistas brasileiros, como forma de melhorar a pesquisa científica do país. Para tal, tem planos de separar R$ 1 bilhão a serem gastos com pesquisadores que estão atuando fora do Brasil, tanto em bolsas como também na forma de auxílios e compra de equipamentos. O novo programa é uma iniciativa do CNPq, e os recursos financeiros virão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científicos Tecnológico (FNDCT). [31] No entanto, entidades relacionadas à pesquisa criticaram a medida. Entre elas, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pela falta de maiores informações sobre como esse dinheiro será empregado. Uma vez que em muitas das instituições de pesquisa e universidades do país há uma falta de infraestrutura básica para a realização dos projetos, o que faz com que muitos desses pesquisadores procurem oportunidades fora do Brasil. [32] |<ref>https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/fixacao-de-pesquisadores-no-pais-nota-do-cnpq</ref> <ref>https://portal.sbpcnet.org.br/noticias/governo-federal-precisa-dar-detalhes-sobre-como-sera-o-programa-de-repatriacao-de-cientistas-afirma-vice-presidente-da-sbpc/</ref> | |Mariacarolinahr |- |id="16" | 16 |id="texto_16" | Em 2023, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um plano de reajustes e recomposição das bolsas de estudo, pesquisa e formação de professores, o que não ocorria desde 2013. No caso do mestrado, o valor sairá de R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, o valor passa de R$ 2.200 para R$ 3.100. Para as bolsas de pós-doutorado, o salto é de R$ 4.100 para R$ 5.200. Segundo o presidente, “esse país quer ser exportador de conhecimento, quer ser exportador de alta tecnologia, quer ser exportador de inteligência. E para isso nós temos que investir na Educação. E para isso nós temos que investir em pesquisa”. Em 2024, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) realizou um reajuste nos valores de bolsas em até 45%. Segundo Vahan Agopyan, então secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, o reajuste deve-se à preocupação da agência de fomento com a desmotivação dos jovens para a pesquisa científica e com a sensível fuga de cérebros do país. A bolsa de mestrado subir de R$ 2.741,70 para R$ 3.300,00, as de doutorado de R$ 4.710,30, para R$ 6.810,00, e de pós doutorado de R$ 9.318,90 para R$ 12.000,00.<ref>https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/fapesp-anuncia-reajuste-nos-valores-de-bolsas-em-ate-45-a-partir-de-1o-de-agosto/</ref> Tal aumento aprofundou a diferença de valores pagos entre as bolsas federais e consedidas pela FAPESP, e consequentemente aprofundando as desigualdades regionais em ciência, tecnologia e inovação no Brasil.<ref>https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1470/1/TD_1574.pdf</ref> |id="ref_16" | <ref>Lula reajusta bolsas de estudo e pesquisa e reforça: "Educação é o melhor investimento". Data de publicação: 17/02/2023. Disponível em: [https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2023/02/lula-reajusta-bolsas-de-estudo-e-pesquisa-e-reforca-201ceducacao-e-o-melhor-investimento201d#:~:text=E%20para%20isso%20n%C3%B3s%20temos%20que%20investir%20em%20pesquisa%E2%80%9D%2C%20defendeu,%24%202.200%20para%20R%24%203.100. https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2023/02/lula-reajusta-bolsas-de-estudo-e-pesquisa-e-reforca-201ceducacao-e-o-melhor-investimento201d#:~:text=E%20para%20isso%20n%C3%B3s%20temos%20que%20investir%20em%20pesquisa%E2%80%9D%2C%20defendeu,%24%202.200%20para%20R%24%203.100.]</ref> |id="aula_16" | |id="user_16" | Jubdevito |id="botao_16" |{{/Editar}} |- |id="17" | 17 |id="texto_17" | A proposta do novo governo eleito em 2023, do presidente Lula, juntamente com a Ministra indicada, Luciana Santos, é de que os investimentos em ciência e tecnologia sejam priorizados. Vivenciando um cenário de desmonte a partir principalmente de 2018, juntamente com a pandemia da COVID-19 e os cortes decorrentes dela, o setor e as universidades sofreram diversos cortes, comprometendo seu funcionamento e a continuidade do desenvolvimento das pesquisas. Além do corte de bolsas para pesquisadores e o esvaziamento dos programas de pós-graduação por todo o pais. Citando a ministra: "Luciana pontuou a necessidade de formar mão de obra especializada em tecnologia da informação e comunicação (TIC). Ao citar o caso do Porto Digital do Recife, que possui mais de 2 mil vagas em aberto para atender demandas de prestação de serviço tecnológico, ela demonstrou a importância de formar profissionais para atuar no setor." |id="ref_17" | <ref>https://www.terra.com.br/noticias/nova-gestao-promete-que-ciencia-sera-priorizada-no-brasil,9ae992c4ea3ab8049e64942073a4f581kc9ussq6.html</ref> |id="aula_17" | 5 |id="user_17" | Giudenari |id="botao_17" |{{/Editar}} |- |id="18" | 18 |id="texto_18" | Com relação à inclusão de mulheres na ciência brasileira, é possível observar na maioria das áreas de pesquisa o “efeito tesoura”, ou seja, a redução da participação do gênero feminino na medida em que a carreira acadêmica progride, do mestrado ao doutorado e do doutorado à docência. Em cerca de 90% das disciplinas, a proporção de mulheres que se tornam professoras de pós-graduação é menor que a sua proporção entre tituladas no doutorado. Os dados, relativo ao quadriênio 2017-2020, são do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA/IESP-UERJ). Uma em cada três cientistas são mulheres, ou seja, os homens ainda são maioria. Grupos de mulheres vêm sendo criados e o movimento para aumentar a participação da ciência é crescente. As implicações dessa transformação são importantes para diversas áreas do conhecimento, tais como: '''efeitos da mudança climática''', que reforçam a necessidade de repensar os atos e ter uma abordagem de '''desenvolvimento''', e nesse sentido as biólogas têm papel fundamental. Como até as novas pesquisas que tem abordagam na '''inteligência artificial''' (IA). https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2024/02/o-dia-internacional-das-mulheres-e-meninas-na-ciencia-em-numeros-qual-e-a-situacao-das-cientistas-hoje |id="ref_18" | <ref>https://pp.nexojornal.com.br/opiniao/2023/Como-anda-a-inclus%C3%A3o-de-mulheres-na-ci%C3%AAncia-brasileira-Tr%C3%AAs-modos-de-observar-os-dados1</ref> |id="aula_18" | 5.5 |id="user_18" | [[Utilizador:FSaldanha|FSaldanha]] ([[Utilizador Discussão:FSaldanha|discussão]]) |id="botao_18" |{{/Editar}} |- |1 |Em 2022, segundo a OCDE, os investimentos dos dois maiores investidores em pesquisa e desenvolvimento, Estados Unidos e China ultrapassaram $709 milhões e $620 milhões, respectivamente<ref name=":6">[https://data.oecd.org/rd/gross-domestic-spending-on-r-d.htm]</ref>. E a China lidera com larga vantagem o número de pesquisadores vinculados com o governo, com quase 340 mil cientistas (a Rússia, que é segunda colocada, tem aproximadamente 120 mil)<ref name=":6" />. |30 |1 |Thalesfig |- |id="19" | 19 |id="texto_19" | Em dados de 2020, o Brasil investiu 1,14% do PIB ou 87,1 bilhões de reais, dos quais 0,62% foram dispêndios públicos repassados pela União e pelos estados por meio de agências de fomento, como o [[:w:pt:CNPQ|Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)]], a [[:w:pt:Capes|Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES)]] e as fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs). O setor privado investiu 0,53% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados.<ref name=":34">https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2023/05/mcti-elabora-retrato-mais-recente-da-ciencia-tecnologia-e-inovacao-no-brasil</ref> |id="ref_34" | <ref name=":34" /> |id="aula_19" | 5.1 |id="user_19" | Luis Forte Rasmussem |id="botao_19" |{{/Editar}} |- |id=20 | 20 |id="texto_20" | Em 2024 o aumento do orçamento destinado ao MCTI se manteve, atingindo a marca de R$ 19,02 bilhões. Dos 3,39 bilhões executados até julho de 2024, 2,4 bilhões foram destinados à area de atuação de Ciência e Tecnologia. <ref name=":39">https://portaldatransparencia.gov.br/orgaos-superiores/24000?ano=2024</ref> |id="ref_20" | <ref name=":39" /> |id="aula_20" | 5.1 |id="user_20" | Clarissa Viana |id="botao_20" |{{/Editar}} |- |id=21 | 21 |id="texto_20" | Segundo dados do painel Mestres e Doutores 2024, produzido pelo Serviço de Informações de RH para CT&I, as mulheres passaram a ser maioria entre os titulados em cursos de mestrado no Brasil desde 1997. A maioria também se aplica aos títulos de doutorado obtidos no país, marca alcançada desde 2003. Em 2021, 56,8% dos títulos de mestrado foram concedidos a mulheres. Já de doutorado, o percentual foi de 55,6% de títulos obtidos por mulheres. [[File:Evolução do percentual de mulheres entre os titulados com Mestrado e Doutorado no Brasil (1996 a 2021).png|thumb|Gráfico elaborado com dados do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE. Brasil: Mestres e Doutores 2024. Tabelas de dados. Brasília, DF. Disponível em: https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/dados]] <ref name=":40">https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/-/5.1-participacao-mulheres-titulados</ref> |id="ref_21" | <ref name=":40" /> |id="aula_20" | 5.5 |id="user_20" | Clarissa Viana |id="botao_20" |{{/Editar}} |- |id=22 | 22 |id="texto_22" | Dados do Banco Mundial indicam que os países africanos gastam uma média de apenas 0,45% do seu PIB em P&D, ficando bem abaixo da média global de 1,7%. Correspondentemente, a participação da África nas patentes globais continua desproporcionalmente baixa, o que implica em inovação e avanços tecnológicos originários do continente insuficientes. Esse subinvestimento dificulta a transformação do capital intelectual da África em produtos, tecnologias e serviços tangíveis que poderiam impulsionar o crescimento econômico, os meios de subsistência e o bem-estar. Enquanto financiadores internacionais e organizações filantrópicas apoiam a pesquisa e a inovação lideradas pela África, a pandemia da COVID-19 destacou a necessidade de mais fontes de financiamento nacionais, especialmente evidentes na fabricação e no acesso a vacinas durante a pandemia. <ref name=":41">https://www.weforum.org/agenda/2023/11/innovative-approaches-for-unlocking-research-and-development-funding-in-africa</ref> A produção de publicações de artigos científicos por acadêmicos e cientistas africanos aumentou quase dez vezes, de 13.470 artigos em 2003 para 128.076 artigos em 2022. Aprofundando mais sobre tendências na produção de publicações, um ponto positivo é o aumento de artigos colaborativos com países fora da África: 58% de todos os artigos em 2022 foram artigos de autoria múltipla com pelo menos um autor africano, em comparação com 34% em 2003. Os artigos em que todos os autores são de países africanos aumentaram ligeiramente de constituir 1% de todos os artigos para 3% em 2022. Embora seja promissor, não é sensato focar apenas no aumento da colaboração estrangeira (medida pela autoria múltipla), já que a tendência está ligada ao enorme investimento de financiadores internacionais. Como exemplo vemos que o aumento nas colaborações estrangeiras é proporcional a um declínio nos artigos colaborativos nacionais (dentro dos países), de 38% em 2003 para 34% em 2022. <ref name=":42">https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20231122073213618</ref> |id="ref_22" | <ref name=":41">https://www.weforum.org/agenda/2023/11/innovative-approaches-for-unlocking-research-and-development-funding-in-africa</ref> <ref name=":42">https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20231122073213618</ref> |id="aula_22" | 5.1 |id="user_22" | Paulo Carneiro de Oliveira |id="botao_22" |{{/Editar}} |- |id="23" | 23 |id="texto_23" | O governo federal bloqueou R$ 116 milhões do orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) previstos para 2023. De acordo com a presidente do órgão, Mercedes Bustamante, a Capes passou por um contingenciamento de verbas no valor de R$ 86 milhões em agosto de 2023. Outros R$ 30 milhões também foram cortados da pasta nos últimos meses de 2023.O bloqueio de verbas deve atingir a Diretoria de Programas e Bolsas (DPB), a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) e os programas de formação de professores da educação básica. O valor representa 2% do orçamento previsto para este ano, de R$ 5,4 bilhões (o maior valor nos últimos sete anos). |id="ref_23" | <ref>https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/governo-federal-bloqueia-r-116-milhoes-previstos-para-orcamento-da-capes-em-2023/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20presidente,valor%20nos%20%C3%BAltimos%20sete%20anos).</ref> https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/governo-federal-bloqueia-r-116-milhoes-previstos-para-orcamento-da-capes-em-2023/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20presidente,valor%20nos%20%C3%BAltimos%20sete%20anos). |id="aula_23" | 5.5 |id="user_23" | Daniela Feriani |id="botao_23" |{{/Editar}} |- |id="24" | 24 |id="texto_24" | Em outubro de 2024, o Governo Federal sinalizou que vai investir R$ 3,1 bilhões em medidas para impulsionar a ciência, tecnologia e inovação no país. Desse total, R$ 1,5 bilhão será para a expansão dos Institutos Nacionais de Tecnologia. O objetivo é promover a formação de redes multi-institucionais e interdisciplinares dedicadas à investigação científica em temáticas estratégicas e enfrentamento a grandes desafios nacionais, sendo que 30% dos recursos serão destinados para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. |id="ref_24" | <ref>Governo Federal investe R$ 3,1 bilhões para incentivo à ciência e à inovação no Brasil</ref> https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202410/governo-federal-investe-r-3-1-bi-para-incentivo-a-ciencia-e-a-inovacao-no-brasil |id="aula_24" | 5.5 |id="user_24" | Daniela Feriani |id="botão_24" | {{/Editar}} |- {{referências}} twj21tkacw4psmubfpcyegrmnesf36f 167708 167707 2024-12-05T21:01:59Z Simone Vieira da Silva 40140 167708 wikitext text/x-wiki {| class="wikitable" ! Identificador ! Texto ! Referência ! Aula ! Último(a) editor(a) ! Editar |- |id="1" | 1 |id="texto_1" | Em 2021, os dez países que mais investiram seu Produto Interno Bruto (PIB) em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) foram, respectivamente, Israel (5,6%), Coréia do Sul (4,9%), Estados Unidos (3,5%), Bélgica (3,4%), Suécia (3,4%), Suíça (3,4%), Japão (3,3%), Áustria (3,3%), Alemanha (3,1%) e Finlândia (3%). O Brasil aparece em 35° lugar, com 1,1%<ref><code>“Data Page: Research & development spending as a share of GDP”. Our World in Data (2024). Data adapted from UNESCO Institute for Statistics. Retrieved from <nowiki>https://ourworldindata.org/grapher/research-spending-gdp</nowiki> [online resource]</code></ref>. Em 2019, o total foi de 2,4 trilhões de dólares, em pesquisa e desenvolvimento, sendo que dez países representam 80% desse total.<ref>https://ncses.nsf.gov/pubs/nsb20225/cross-national-comparisons-of-r-d-performance</ref> Ainda em 2020, a UNESCO publicou o relatório de ciências "A corrida contra o tempo por um desenvolvimento mais inteligente". O documento mostra que nove em dezenove países ainda destinam menos de 1% do seu PIB à pesquisa. Em 2018, com 4.5% do seu PIB, a Coréia do Sul liderava o mundo em investimento em pesquisa e desenvolvimento (P&D), seguido pelo Japão com 3.2% e Alemanha com 3.09%.<ref>https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> [[File:Investimento em pesquisa e desenvolvimento em trilhões de PPC$ de 2018.png|thumb|Investimento em pesquisa e desenvolvimento em trilhões de PPC$ de 2018]] Os Estados Unidos investiram aproximadamente 2,8% do seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em 2013. Deste total, 0,8% do PIB foram investimentos em P&D realizados pelo governo federal norte-americano, metade dos quais foram realizados no setor de Defesa . Tanto o percentual da P&D total em relação ao PIB quanto a participação da P&D no setor de Defesa têm se mantido razoavelmente estáveis desde meados da década de 1970.https://economia.saude.bvs.br/base_ecos/resource/?id=biblioref.referenceanalytic.1014892 <references /> O documento aponta, no entanto, que o investimento mundial em pesquisa aumentou em 19,2% entre 2014 e 2018, ultrapassando o crescimento da economia global (14,8%). Em alguns casos, a quantidade de pesquisadores cresce mais rápido do que os gastos correspondentes, deixando menos financiamento disponível para cada pesquisador. O Brasil em 2021 reduziu investimento em ciência, enquanto mundo avançou em 19%.<nowiki>https://www.redebrasilatual.com.br/saude-e-ciencia/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-enquanto-mundo-avanca-em-19/</nowiki> ·  '''Investimentos Globais em P&D''': Em 2021, o investimento global em P&D atingiu aproximadamente 2,7 trilhões de dólares, com um crescimento contínuo em áreas de tecnologia e saúde. As principais economias continuam a liderar, com a China se aproximando dos Estados Unidos em termos de investimento total. Fonte: OECD Science, Technology and Innovation Outlook 2021 ·  '''Desafios de Financiamento''': A situação no Brasil continua a ser preocupante, com cortes significativos em P&D desde 2020. Um estudo da UNESCO de 2022 destacou que a maioria dos países em desenvolvimento ainda destina menos de 1% do PIB para pesquisa, um reflexo de prioridades orçamentárias em outras áreas. Fonte: UNESCO Science Report 2022 ·  '''Crescimento do Número de Pesquisadores''': O aumento no número de pesquisadores continua a ser um desafio, com o crescimento do número de pesquisadores superando muitas vezes o aumento do financiamento, resultando em menos recursos disponíveis por pesquisador. Fonte: National Science Board, Science and Engineering Indicators 2022 |id="ref_1" | <ref name=":0">https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> |id="aula_1" | 1 |id="user_1" | AdrianaFarias09 |id="botao_1" |{{/Editar}} |- |id="2" | 2 |id="texto_2" | O desempenho global de P&D está concentrado nas seguintes regiões geográficas, segundo dados de 2019: Leste-Sudeste e Sul da Ásia (gastos combinados de 955 bilhões de dólares, ou uma parcela de 39% do P&D mundial), América do Norte (706,1 bilhões de dólares, ou 29%) e Europa (529,6 bilhões de dólares, ou 22%). Todas as outras regiões combinadas são responsáveis ​​por 10% da produção global de P&D. Os Estados Unidos e a China lideram, respondendo conjuntamente por metade dos gastos com pesquisa e desenvolvimento a nível mundial. Os Estados Unidos investiram 668,4 bilhões (28%) em P&D. A China veio em seguida, com 525,7 bilhões (22%).<ref name=":7" /> O próximo nível de melhores desempenhos em P&D inclui o Japão (7% da P&D global), a Alemanha (6%) e a Coreia do Sul (4%), cada um com despesas em P&D superiores a bilhões de dólares. Juntamente com os Estados Unidos e a China, esses países foram responsáveis por dois terços da P&D mundial em 2019. A França, a Índia e o Reino Unido constituem o terceiro nível de países com melhor desempenho em P&D, cada um com despesas superiores a 50 bilhões de dólares, ou cerca de 2% a 3% do total global de P&D. O quarto nível inclui a Rússia, Taiwan, Itália e Brasil, cada um com despesas em P&D entre 36 bilhões e 45 bilhões de dólares, ou 1,5%–2,0% do total global em P&D. Seguem-se Canadá, Espanha, Turquia, Países Baixos e Austrália, com despesas em P&D entre 22 bilhões e 30 bilhões de dólares, ou cerca de 1% do total global de P&D cada. Esses 17 países com melhor desempenho em P&D correspondem a um investimento total de 87% da P&D global em 2019. As despesas globais em P&D mais do que triplicaram entre 2000 (725 bilhões de dólares) e 2019 (2,4 bilhões de dólares). O aumento anual da P&D total global foi, em média, de 6,9% durante o período 2000 a 2010 e de 6,2% entre 2010 e 2019. A China foi responsável por 29% (US$ 492,8 bilhões) do aumento global em P&D desde 2000. Os Estados Unidos foram responsáveis ​​por 24% (US$ 399,8 bilhões), e os países-membros da UE-27 foram responsáveis ​​por 17% (US$ 281,5 bilhões). Os aumentos de vários outros grandes executores asiáticos de P&D também foram notáveis: a Coreia do Sul e o Japão foram responsáveis, em conjunto, por 9% do aumento (US$ 158,3 bilhões). A concentração global do desempenho de P&D continua a mudar da América do Norte e Europa para as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia. A P&D realizada na América do Norte foi responsável por 40% do total global de P&D em 2000, mas apenas 29% em 2019. A Europa foi responsável por 27% do total global de P&D em 2000, mas caiu para 22% em 2019. Em contraste, as regiões Leste-Sudeste e Sul da Ásia foram responsáveis ​​por 25% do total global de P&D em 2000, e sua participação global aumentou para 39% em 2019.<ref>https://www.brasildefato.com.br/2021/06/14/brasil-reduz-investimento-em-ciencia-e-fica-abaixo-da-media-global-aponta-unesco#:~:text=Os%20gastos%20globais%20com%20ci%C3%AAncia,valoriza%C3%A7%C3%A3o%20da%20ci%C3%AAncia%20%C3%A9%20desigual.</ref> |id="ref_2" | <ref name=":7" /> <ref name=":0" /> |id="aula_2" | |id="user_2" | AdrianaFarias09 |id="botao_2" |{{/Editar}} |- |id="3" | 3 |id="texto_3" |Contudo, o líder mundial de investimento em pesquisa é Israel, que segundos dados mais atualizados da agência [[wikipedia:Israel_Innovation_Authority|''Israel Innovation Authority'']], o país investiu cerca de 5,44% do PIB em P&D<ref> Como Israel financia e faz governança de recursos para inovação?:https://noticias.portaldaindustria.com.br/noticias/inovacao-e-tecnologia/como-israel-financia-e-faz-governanca-de-recursos-para-inovacao/</ref>, seguida pela Coreia do Sul (4,53%, valor correspondente a 1,725 trilhão de dólares. <ref> https://data.worldbank.org/indicator/GB.XPD.RSDV.GD.ZS?locations=KR </ref> <ref> https://data.worldbank.org/indicator/NY.GDP.MKTP.CD?locations=KR </ref>) e Suécia (3,31%). <ref> https://portal.fgv.br/noticias/pesquisa-aponta-caminhos-transformacao-economica-brasil-meio-capacidade-tecnologica </ref> Na década passada, o Brasil alcançou um investimento em P&D de 1,3% do PIB, sendo maior do que alguns países com renda per capta mais elevada. <ref>http://uis.unesco.org/sites/default/files/documents/fs59-global-investments-rd-2020-en.pdf</ref> Em 2023 esse valor caiu para 1,17% do PIB brasileiro.<ref name=":8" /> <ref>Brasil investe, em média, 1% do PIB em ciência e tecnologia:https://valor.globo.com/patrocinado/dino/noticia/2022/09/26/brasil-investe-em-media-1-do-pib-em-ciencia-e-tecnologia.ghtml</ref> |id="ref_3" | <ref name=":0" /> |id="aula_3" | 5.1 |id="user_3" | Fideliscelso |id="botao_3" |{{/Editar}} |- |id="4" | 4 |id="texto_4" | Nos EUA, instituições privadas, como empresas e universidades, representam 66% do investido, mesma parcela que na Alemanha. Na China e na Índia, os números são 75% e 69%, respectivamente. No mesmo Relatório de Ciências da UNESCO de 2021 citado anteriormente foi divulgado que 80% dos países do mundo investem menos de 1% de seu PIB em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D).<ref name=":1">https://unesdoc.unesco.org/ark:/48223/pf0000377250_por</ref> |id="ref_4" | <ref name=":1" /> |id="aula_4" | 5.5 |id="user_4" | Alebasi24 |id="botao_4" |{{/Editar}} |- |id="5" | 5 |id="texto_5" | Em 2021, o Brasil bateu recorde negativo no investimento em pesquisa. De 2020 para 2021, o valor destinado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação foi de 11,8 bilhões de reais para 8,3 bi. Contudo, a quantia destinada à "despesas discricionárias" , isto é aquelas que vão efetivamente para investimentos em pesquisa, ficou em R$ 2,7 bilhões. Esse valor representa 15% a menos do que em 2020 e uma queda de 58% com relação à 2015. <ref> https://jornal.usp.br/ciencias/orcamento-2021-compromete-o-futuro-da-ciencia-brasileira/</ref>Nos anos de 2022, 2023 e 2024 houve um aumento no investimento em pesquisa por parte do governo federal. De acordo com o portal da transparência da controladoria-geral da união, o orçamento atualizado para a área de atuação ciência e tecnologia no ano de 2022 foi de R$ 11,38 bilhões e de R$14,73 bilhões em 2023, sendo, no ano de 2023, R$ 5.160.155. 388,83 referentes aos valores pagos nas subfunções associadas à função Ciência e Tecnologia e R$ 1.479.143.676,38 referentes aos valores pagos nas subfunções '''não''' associadas à função Ciência e Tecnologia.<ref name=":3">https://portaldatransparencia.gov.br/funcoes/19-ciencia-e-tecnologia?ano=2023</ref> Em 2023 o governo anunciou que as bolsas de pesquisa (iniciação científica, mestrado, doutorado, pos-doutorado) tiveram reajustes que foram de 25 a 75% <ref>https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/governo-federal-anuncia-reajuste-de-bolsas-do-cnpq-e-da-capes</ref> |id="ref_5" | <ref name=":3" /> |id="aula_5" | |id="user_5" |Thalesfig |id="botao_5" |{{/Editar}} |- |5 |Além do aumento no valor, teve também uma expansão do número de bolsas. Em 2023, teve um aumento 5,3 mil bolsistas, chegando a 93,2 mil. Já o Pibid e o Residência Pedagógica agora têm mais 31 mil bolsas, e o número total passa para 88,9 mil, um aumento de 54%<ref name=":4">[https://www.gov.br/capes/pt-br/assuntos/noticias/aumento-no-valor-das-bolsas-marca-acoes-da-capes]</ref>. |<ref name=":4" /> |5.5 |Thalesfig | |- |id="6" | 6 |id="texto_6" | O setor privado investiu 38,1 bilhões de reais, ou 0,64% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados. A partir de dados coletados pela Pesquisa de Inovação Tecnológica (PINTEC), realizada pelo IBGE, referente ao ano de 2017, houve uma queda, em termos nominais, dos dispêndios em atividades inovadoras das empresas brasileiras: uma diminuição de cerca de R$ 80 bilhões em 2014 para R$ 67 bilhões em 2017. Os investimentos em P&D (interno + externo) também caíram, em termos nominais, de R$33,6 bilhões para R$32,6 bilhões. Ao atualizar a porcentagem inicialmente informada nesse item, tem-se que o investimento da iniciativa privada em NeuroMat caiu em três anos, diminuindo em termos percentuais de 0,61% do PIB, em 2014, para 0,5% do PIB, em 2017. <ref> https://www.ipea.gov.br/portal/images/stories/PDFs/pubpreliminar/210825_publicacao_preliminar_nt_politicas_publicas_para_ciencia_e_tecnoogia.pdf </ref> |id="ref_6" | |id="aula_6" | |id="user_6" | Sallescarolina |id="botao_6" |{{/Editar}} |- |id="7" | 7 |id="texto_7" | De acordo com o Sistema Integrado de Planejamento e Orçamento, o SIOP, no ano de 2013, antes do início da sequência de cortes na ciência, foram destinados 15,4 bilhões de reais pelo governo federal à área. Em 2019, o último ano antes da pandemia, o valor foi de apenas 6,7 bilhões. Fazendo uma redução de orçamento diretamente relacionado ao CNPq, o valor investido em 2013 foi de pouco mais de 3 bilhões de reais, enquanto em 2019 foi somente 1,4 bilhão. Situação semelhante passou a Capes: no ano de 2015, o último antes da aprovação da PEC dos Gastos, que também ajudou a restringir ainda mais os investimentos em ciência no Brasil, a verba destinada ao programa foi de 9,4 bilhões de reais. Em 2019, foi de apenas 3,9 bilhões, representando uma redução de quase 60% em 4 anos. |id="ref_7" | <ref>https://www.ufrgs.br/jornal/cortes-no-investimento-em-ciencia-prejudicam-resposta-a-pandemia-no-brasil/</ref> |id="aula_7" | |id="user_7" | CamillaTsuji |id="botao_7" |{{/Editar}} |- | |id="8" | 8 |id="texto_8" | No Brasil, cientistas, pesquisadores e engenheiros estão concentrados em instituições governamentais, tanto federais quanto estaduais. A maioria, 73%, trabalha em universidades como docentes de dedicação exclusiva ou integral, enquanto apenas 11% trabalha para empresas. De acordo com o INEP, através do Censo da educação superior 2022, em 2022, havia 362.116 docentes em exercício na educação superior no Brasil. Deste total, cerca de 51% tinham vínculo com Instituição de Ensino Superior privada e cerca de 49%, com IES pública. A maioria dos docentes nas universidades tem doutorado (77,3%). Em relação ao regime de trabalho, os docentes em tempo integral são mais de 97,4% nos IFs(Institutos Federais) e Cefets(Centro Federal de Educação Tecnológica). <ref>https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados</ref> |id="ref_8" | <ref>https://www.unicamp.br/unicamp/noticias/2020/01/24/teto-salarial-e-valorizacao-da-carreira-docente</ref> <ref>https://www.gov.br/inep/pt-br/areas-de-atuacao/pesquisas-estatisticas-e-indicadores/censo-da-educacao-superior/resultados</ref> |id="aula_8" | |id="user_8" | Luis Henrique dos Santos |id="botao_8" |{{/Editar}} |- |id="9" | 9 |id="texto_9" | Acontece justamente o oposto nos países líderes em P&D, onde as taxas de cientistas empregados na indústria podem ser até superiores a 60%. Enquanto no Brasil, de acordo com o CGEE, apenas 11,4% dos doutores trabalham em empresas, nos EUA, 42% deles vão para a iniciativa privada. Como exemplo de empresas que contratam funcionários altamente especializados temos o Google, em que 30% dos seus funcionários têm um PhD. |id="ref_9" | <ref>https://vocesa.abril.com.br/economia/as-raizes-do-retrocesso-por-que-o-brasil-falha-em-inovacao</ref> |id="aula_9" | |id="user_9" | Agnessa Kling Nóbrega |id="botao_9" |{{/Editar}} |- |id="10" | 10 |id="texto_10" | Há casos por aqui que evidenciam a importância do investimento de empresas em P&D, como o caso da Natura, que coloca 3% de sua receita em P&D, ou a Embraer, que destina 10% da receita à Pesquisa e Desenvolvimento. Desde 2025, a chamada Lei do Bem (11.196/2005)<ref>https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/lei-do-bem/paginas/lei-do-bem#:~:text=Lei.%C2%BA%2011.196%2C%20de%2021,pesquisa%20tecnol%C3%B3gica%20e%20desenvolvimento%20de</ref> instituiu a utilização de incentivos fiscais por pessoas jurídicas que realizam pesquisa tecnológica e desenvolvimento de inovação tecnológica. Para cada real de incentivo fiscal concedido por meio da lei, R$ 4,60 são investidos pelas companhias. Até o anos de 2024, foram investidos R$ 205 bilhões em P&D por empresas privadas em pesquisa, desenvolvimento e inovação de acordo com o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Em 2022, foram aplicados mais de R$ 35 bilhões. Segundo os dados do relatório Indicadores Nacionais de Ciência, Tecnologia e Inovação, publicado pelo MTCI em 2023, ainda que o Brasil lidere o Índice Global de Inovação na América Latina, o país investiu apenas 1,14% do PIB no setor em 2020.<ref>https://brasil61.com/n/lei-do-bem-empresas-incentivadas-investiram-r-205-bi-em-pesquisa-e-inovacao-pind244489</ref> Globalmente, o Índice Global de Inovação (IGI) de 2023, publicado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI) em colaboração com o Instituto Portulans, posiciona a Suíça, Suécia, Estados Unidos, Reino Unido e Singapura como as economias mais inovadoras do mundo. O relatório deste ano analisa mais de 130 economias, utilizando 80 indicadores para monitorar tendências de inovação, e reflete um cenário de lenta recuperação econômica, aumento das taxas de juros e conflitos geopolíticos<ref>https://www.wipo.int/publications/en/details.jsp?id=4679</ref>. O Brasil consolidando-se como a economia mais inovadora da América Latina (posicão ocupada até então pelo Chile), ocupando a 50ª posição no ranking global. O Brasil apresentou melhorias contínuas em seu desempenho no IGI nos últimos anos e, neste ano, avançou cinco posições em relação ao ano anterior <ref>https://www.wipo.int/publications/en/details.jsp?id=4679</ref>.. |id="ref_10" | <ref>https://valor.globo.com/brasil/noticia/2018/07/05/com-50-da-receita-gerada-por-criacoes-recentes-embraer-e-campea-pelo-3o-ano.ghtml</ref> <ref>https://www.natura.com.br/inovacao</ref> |id="aula_10" | |id="user_10" | {{Usuário|Aarrigo}} |id="botao_10" |{{/Editar}} |- |id="11" | 11 |id="texto_11" | O levantamento de 2023 mostra que o número de mestres e doutores cadastrados era de 1.008.272, dos quais 558.925 com título de mestrado e 449.347 com título de doutorado. |id="ref_11" | <ref> https://painel-lattes.cnpq.br/#/pages/dashboard </ref> |id="aula_11" | 5.5 |id="user_11" | Kris Herik de Oliveira |id="botao_11" |{{/Editar}} |- |id="12" | 12 |id="texto_12" | Entre os mestres, 44.337 eram mulheres e 38.984 eram homens. A situação se inverte entre os doutores: 70.567 são homens e 63.853 são mulheres. Segundo o Institute for Scientific Information (ISI), em 2021, a maior produção científica provinha dos EUA (32,7%), Japão (8,5%), Alemanha (8,4%), Inglaterra (7,4%) e China (6,7%). As mulheres enfrentam inúmeros desafios na carreira como pesquisadoras. Uma revisão sistemática avaliou quem eram os apontados como os pesquisadores nomeados como primeiro autor nos artigos publicados e concluiu que as mulheres se sentem mais pressionadas, e o artigo ainda relata situações de violência verbal, assédio, sobrecarga de trabalho, dificuldades para conciliar o trabalho doméstico e de cuidado com a família, concluindo que a desigualdade de gênero ainda é alta no contexto da ciência no Brasil. Esse é também o tema de um estudo que mostrou que ao longo do tempo, a participação das mulheres nas carreiras científicas se manteve restrita. Um estudo realizado no Brasil em 2021 utilizando dados do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq mostrou que), apesar do aumento de mulheres bolsistas de Produtividade em Pesquisa (PQ) nas últimas décadas, as desigualdades de gênero e raça permanece mesmo com O número de mulheres pesquisadoras apresentando um crescimento globalmente. A desigualdade de gênero é significativa em quatro aspectos, segundo mostra o estudo, são eles: as mulheres ainda representam parcela minoritária na ciência mundial; concentram-se em áreas de conhecimento especifícas; predominam nos níveis iniciais da carreira e são sub-representadas em posições deliberativas da política científica e tecnológica. (1) O estudo destaca também, a dificuldade que as mulheres enfrentam para acessar o sistema PQ, bem como, para alcançar as modalidades de bolsa de maior prestígio científico E como resultado dessa disparidade as mulheres ocupam proporcionalmente menos posições no topo da carreira. <ref>http://portal.mec.gov.br/secretaria-de-regulacao-e-supervisao-da-educacao-superior-seres/180-estudantes-108009469/pos-graduacao-500454045/6694-sp-2111739356#:~:text=No%20topo%20do%20ranking%20est%C3%A3o,China%20com%206%2C7%25.</ref><ref>https://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1679-33902021000100002</ref><ref>https://rbpg.capes.gov.br/rbpg/article/view/1891</ref> |id="ref_18" | <ref name=":19">https://static.poder360.com.br/2021/07/377250por.pdf</ref> |id="aula_12" | 5 |id="user_12" | Luís Enrique Cazani Júnior e Simone Vieira da Silva |id="botao_12" |{{/Editar}} |- | |Desde 2010 vem crescendo a proporção de mulheres com pós-graduação no Brasil. De acordo com informações da Plataforma Lattes, até 2021, as mulheres são 72,7% dos novos mestres e 53,1% dos novos doutores são mulheres<ref name=":5">[https://www.nexojornal.com.br/grafico/2023/03/07/Mulheres-s%C3%A3o-a-maioria-entre-novos-mestres-e-doutores-no-Brasil]</ref>. |<ref name=":5" /> |5.5 |Thalesfig | |- |id="13" | 13 |id="texto_13" | Dura 12 meses e o contemplado recebe mensalmente uma bolsa de R$ 100,00, mais R$ 1.000,00 referentes a uma única parcela paga à família.<ref name=":2">Bolsa de Iniciação Científica Júnior: https://www.gov.br/cidadania/pt-br/auxilio-brasil/copy_of_beneficiocompensatorio</ref> |id="ref_13" | <ref name=":2" /> <ref>https://revistapesquisa.fapesp.br/o-tamanho-da-aposta-na-ciencia/</ref> |id="aula_13" | 5.6 |id="user_13" | Rogério Bordini |id="botao_13" |{{/Editar}} |- |id="14" | 14 |id="texto_14" | Durante a Pandemia do COVID-19, a corrida por vacinas e medicamentos contra o vírus impulsionou os investimentos em ciência e tecnologia ao redor do mundo. Países como Alemanha e Canadá criaram fundos de investimento com o intuito de apoiar empresas de inovação que trouxessem iniciativas visando a diminuição do impacto do Covid. Já países como EUA e Reino Unido investiram diretamente em ciência. Um estudo realizado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), mostrou que o Canadá destinou cerca de 11,8% de seu orçamento federal em P&D para ações em pesquisa e inovação contra o novo coronavírus. O Reino Unido, 10,8%, a Alemanha, 6,3%, e os Estados Unidos, 4,1%. Já os recursos aplicados pelo Brasil não chegam a 2%, ou seja, um "valor ainda pequeno quando comparado ao de outros países. É preciso ter investimentos agressivos e rápidos em tecnologia para combater os efeitos do vírus ou, ao menos, mitigá-los", afirma a economista e pesquisadora do Ipea Fernanda De Negri. |id="ref_14" | <ref>https://www.ipea.gov.br/portal/index.php?option=com_content&view=article&id=35588/</ref> |id="aula_14" | |id="user_14" | Barbaramaiap |id="botao_14" |{{/Editar}} |- |id="15" | 15 |id="texto_15" | Em 2009, o governo federal investiu 19 bilhões em ciência e tecnologia. Pouco mais de uma década depois, os recursos aplicados nesse setor estratégico – cada vez mais decisivo para o desenvolvimento – baixou para R$17,2 bilhões, em valores corrigidos pela inflação do período. Publicada como nota técnica preliminar do IPEA, a análise assinala que, no atual governo, o declínio foi agravado pela retenção de parte do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) – bloqueio que, mesmo proibido pelo Congresso, continua impedindo a injeção de cerca de R$ 2,7 bilhões no setor. Os cortes geram desde “problemas pontuais, como a pane da plataforma Lattes” até danos no longo prazo, “como a perda de competitividade da economia”, que, por sua vez, prejudica o desenvolvimento socioeconômico do país. |id="ref_15" | <ref>Lobo, Flavio. IPEA. Investimento federal em C&T retrocede mais de uma década, aponta estudo do CTS. Publicado em 26/08/2021. Disponível em: https://www.ipea.gov.br/cts/pt/central-de-conteudo/noticias/noticias/282-investimento-federal-em-c-t-retrocede-mais-de-uma-decada-aponta-estudo-do-cts</ref> |id="aula_15" | |id="user_15" | Wilma Barrionuevo |id="botao_14" |{{/Editar}} |- | |Em abril de 2024 o governo Federal sinalizou que pretende investir na repatriação de cientistas brasileiros, como forma de melhorar a pesquisa científica do país. Para tal, tem planos de separar R$ 1 bilhão a serem gastos com pesquisadores que estão atuando fora do Brasil, tanto em bolsas como também na forma de auxílios e compra de equipamentos. O novo programa é uma iniciativa do CNPq, e os recursos financeiros virão do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científicos Tecnológico (FNDCT). [31] No entanto, entidades relacionadas à pesquisa criticaram a medida. Entre elas, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), pela falta de maiores informações sobre como esse dinheiro será empregado. Uma vez que em muitas das instituições de pesquisa e universidades do país há uma falta de infraestrutura básica para a realização dos projetos, o que faz com que muitos desses pesquisadores procurem oportunidades fora do Brasil. [32] |<ref>https://www.gov.br/cnpq/pt-br/assuntos/noticias/cnpq-em-acao/fixacao-de-pesquisadores-no-pais-nota-do-cnpq</ref> <ref>https://portal.sbpcnet.org.br/noticias/governo-federal-precisa-dar-detalhes-sobre-como-sera-o-programa-de-repatriacao-de-cientistas-afirma-vice-presidente-da-sbpc/</ref> | |Mariacarolinahr |- |id="16" | 16 |id="texto_16" | Em 2023, o presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva anunciou um plano de reajustes e recomposição das bolsas de estudo, pesquisa e formação de professores, o que não ocorria desde 2013. No caso do mestrado, o valor sairá de R$ 1.500 para R$ 2.100. No doutorado, o valor passa de R$ 2.200 para R$ 3.100. Para as bolsas de pós-doutorado, o salto é de R$ 4.100 para R$ 5.200. Segundo o presidente, “esse país quer ser exportador de conhecimento, quer ser exportador de alta tecnologia, quer ser exportador de inteligência. E para isso nós temos que investir na Educação. E para isso nós temos que investir em pesquisa”. Em 2024, a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (FAPESP) realizou um reajuste nos valores de bolsas em até 45%. Segundo Vahan Agopyan, então secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do estado, o reajuste deve-se à preocupação da agência de fomento com a desmotivação dos jovens para a pesquisa científica e com a sensível fuga de cérebros do país. A bolsa de mestrado subir de R$ 2.741,70 para R$ 3.300,00, as de doutorado de R$ 4.710,30, para R$ 6.810,00, e de pós doutorado de R$ 9.318,90 para R$ 12.000,00.<ref>https://www.saopaulo.sp.gov.br/spnoticias/ultimas-noticias/fapesp-anuncia-reajuste-nos-valores-de-bolsas-em-ate-45-a-partir-de-1o-de-agosto/</ref> Tal aumento aprofundou a diferença de valores pagos entre as bolsas federais e consedidas pela FAPESP, e consequentemente aprofundando as desigualdades regionais em ciência, tecnologia e inovação no Brasil.<ref>https://repositorio.ipea.gov.br/bitstream/11058/1470/1/TD_1574.pdf</ref> |id="ref_16" | <ref>Lula reajusta bolsas de estudo e pesquisa e reforça: "Educação é o melhor investimento". Data de publicação: 17/02/2023. Disponível em: [https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2023/02/lula-reajusta-bolsas-de-estudo-e-pesquisa-e-reforca-201ceducacao-e-o-melhor-investimento201d#:~:text=E%20para%20isso%20n%C3%B3s%20temos%20que%20investir%20em%20pesquisa%E2%80%9D%2C%20defendeu,%24%202.200%20para%20R%24%203.100. https://www.gov.br/pt-br/noticias/educacao-e-pesquisa/2023/02/lula-reajusta-bolsas-de-estudo-e-pesquisa-e-reforca-201ceducacao-e-o-melhor-investimento201d#:~:text=E%20para%20isso%20n%C3%B3s%20temos%20que%20investir%20em%20pesquisa%E2%80%9D%2C%20defendeu,%24%202.200%20para%20R%24%203.100.]</ref> |id="aula_16" | |id="user_16" | Jubdevito |id="botao_16" |{{/Editar}} |- |id="17" | 17 |id="texto_17" | A proposta do novo governo eleito em 2023, do presidente Lula, juntamente com a Ministra indicada, Luciana Santos, é de que os investimentos em ciência e tecnologia sejam priorizados. Vivenciando um cenário de desmonte a partir principalmente de 2018, juntamente com a pandemia da COVID-19 e os cortes decorrentes dela, o setor e as universidades sofreram diversos cortes, comprometendo seu funcionamento e a continuidade do desenvolvimento das pesquisas. Além do corte de bolsas para pesquisadores e o esvaziamento dos programas de pós-graduação por todo o pais. Citando a ministra: "Luciana pontuou a necessidade de formar mão de obra especializada em tecnologia da informação e comunicação (TIC). Ao citar o caso do Porto Digital do Recife, que possui mais de 2 mil vagas em aberto para atender demandas de prestação de serviço tecnológico, ela demonstrou a importância de formar profissionais para atuar no setor." |id="ref_17" | <ref>https://www.terra.com.br/noticias/nova-gestao-promete-que-ciencia-sera-priorizada-no-brasil,9ae992c4ea3ab8049e64942073a4f581kc9ussq6.html</ref> |id="aula_17" | 5 |id="user_17" | Giudenari |id="botao_17" |{{/Editar}} |- |id="18" | 18 |id="texto_18" | Com relação à inclusão de mulheres na ciência brasileira, é possível observar na maioria das áreas de pesquisa o “efeito tesoura”, ou seja, a redução da participação do gênero feminino na medida em que a carreira acadêmica progride, do mestrado ao doutorado e do doutorado à docência. Em cerca de 90% das disciplinas, a proporção de mulheres que se tornam professoras de pós-graduação é menor que a sua proporção entre tituladas no doutorado. Os dados, relativo ao quadriênio 2017-2020, são do Grupo de Estudos Multidisciplinares da Ação Afirmativa (GEMAA/IESP-UERJ). Uma em cada três cientistas são mulheres, ou seja, os homens ainda são maioria. Grupos de mulheres vêm sendo criados e o movimento para aumentar a participação da ciência é crescente. As implicações dessa transformação são importantes para diversas áreas do conhecimento, tais como: '''efeitos da mudança climática''', que reforçam a necessidade de repensar os atos e ter uma abordagem de '''desenvolvimento''', e nesse sentido as biólogas têm papel fundamental. Como até as novas pesquisas que tem abordagam na '''inteligência artificial''' (IA). https://www.nationalgeographicbrasil.com/ciencia/2024/02/o-dia-internacional-das-mulheres-e-meninas-na-ciencia-em-numeros-qual-e-a-situacao-das-cientistas-hoje |id="ref_18" | <ref>https://pp.nexojornal.com.br/opiniao/2023/Como-anda-a-inclus%C3%A3o-de-mulheres-na-ci%C3%AAncia-brasileira-Tr%C3%AAs-modos-de-observar-os-dados1</ref> |id="aula_18" | 5.5 |id="user_18" | [[Utilizador:FSaldanha|FSaldanha]] ([[Utilizador Discussão:FSaldanha|discussão]]) |id="botao_18" |{{/Editar}} |- |1 |Em 2022, segundo a OCDE, os investimentos dos dois maiores investidores em pesquisa e desenvolvimento, Estados Unidos e China ultrapassaram $709 milhões e $620 milhões, respectivamente<ref name=":6">[https://data.oecd.org/rd/gross-domestic-spending-on-r-d.htm]</ref>. E a China lidera com larga vantagem o número de pesquisadores vinculados com o governo, com quase 340 mil cientistas (a Rússia, que é segunda colocada, tem aproximadamente 120 mil)<ref name=":6" />. |30 |1 |Thalesfig |- |id="19" | 19 |id="texto_19" | Em dados de 2020, o Brasil investiu 1,14% do PIB ou 87,1 bilhões de reais, dos quais 0,62% foram dispêndios públicos repassados pela União e pelos estados por meio de agências de fomento, como o [[:w:pt:CNPQ|Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq)]], a [[:w:pt:Capes|Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal do Ensino Superior (CAPES)]] e as fundações estaduais de amparo à pesquisa (FAPs). O setor privado investiu 0,53% do PIB, que saíram das empresas com setores de Pesquisa, das universidades particulares e dos raros institutos privados.<ref name=":34">https://www.gov.br/mcti/pt-br/acompanhe-o-mcti/noticias/2023/05/mcti-elabora-retrato-mais-recente-da-ciencia-tecnologia-e-inovacao-no-brasil</ref> |id="ref_34" | <ref name=":34" /> |id="aula_19" | 5.1 |id="user_19" | Luis Forte Rasmussem |id="botao_19" |{{/Editar}} |- |id=20 | 20 |id="texto_20" | Em 2024 o aumento do orçamento destinado ao MCTI se manteve, atingindo a marca de R$ 19,02 bilhões. Dos 3,39 bilhões executados até julho de 2024, 2,4 bilhões foram destinados à area de atuação de Ciência e Tecnologia. <ref name=":39">https://portaldatransparencia.gov.br/orgaos-superiores/24000?ano=2024</ref> |id="ref_20" | <ref name=":39" /> |id="aula_20" | 5.1 |id="user_20" | Clarissa Viana |id="botao_20" |{{/Editar}} |- |id=21 | 21 |id="texto_20" | Segundo dados do painel Mestres e Doutores 2024, produzido pelo Serviço de Informações de RH para CT&I, as mulheres passaram a ser maioria entre os titulados em cursos de mestrado no Brasil desde 1997. A maioria também se aplica aos títulos de doutorado obtidos no país, marca alcançada desde 2003. Em 2021, 56,8% dos títulos de mestrado foram concedidos a mulheres. Já de doutorado, o percentual foi de 55,6% de títulos obtidos por mulheres. [[File:Evolução do percentual de mulheres entre os titulados com Mestrado e Doutorado no Brasil (1996 a 2021).png|thumb|Gráfico elaborado com dados do Centro de Gestão e Estudos Estratégicos - CGEE. Brasil: Mestres e Doutores 2024. Tabelas de dados. Brasília, DF. Disponível em: https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/dados]] <ref name=":40">https://mestresdoutores2024.cgee.org.br/-/5.1-participacao-mulheres-titulados</ref> |id="ref_21" | <ref name=":40" /> |id="aula_20" | 5.5 |id="user_20" | Clarissa Viana |id="botao_20" |{{/Editar}} |- |id=22 | 22 |id="texto_22" | Dados do Banco Mundial indicam que os países africanos gastam uma média de apenas 0,45% do seu PIB em P&D, ficando bem abaixo da média global de 1,7%. Correspondentemente, a participação da África nas patentes globais continua desproporcionalmente baixa, o que implica em inovação e avanços tecnológicos originários do continente insuficientes. Esse subinvestimento dificulta a transformação do capital intelectual da África em produtos, tecnologias e serviços tangíveis que poderiam impulsionar o crescimento econômico, os meios de subsistência e o bem-estar. Enquanto financiadores internacionais e organizações filantrópicas apoiam a pesquisa e a inovação lideradas pela África, a pandemia da COVID-19 destacou a necessidade de mais fontes de financiamento nacionais, especialmente evidentes na fabricação e no acesso a vacinas durante a pandemia. <ref name=":41">https://www.weforum.org/agenda/2023/11/innovative-approaches-for-unlocking-research-and-development-funding-in-africa</ref> A produção de publicações de artigos científicos por acadêmicos e cientistas africanos aumentou quase dez vezes, de 13.470 artigos em 2003 para 128.076 artigos em 2022. Aprofundando mais sobre tendências na produção de publicações, um ponto positivo é o aumento de artigos colaborativos com países fora da África: 58% de todos os artigos em 2022 foram artigos de autoria múltipla com pelo menos um autor africano, em comparação com 34% em 2003. Os artigos em que todos os autores são de países africanos aumentaram ligeiramente de constituir 1% de todos os artigos para 3% em 2022. Embora seja promissor, não é sensato focar apenas no aumento da colaboração estrangeira (medida pela autoria múltipla), já que a tendência está ligada ao enorme investimento de financiadores internacionais. Como exemplo vemos que o aumento nas colaborações estrangeiras é proporcional a um declínio nos artigos colaborativos nacionais (dentro dos países), de 38% em 2003 para 34% em 2022. <ref name=":42">https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20231122073213618</ref> |id="ref_22" | <ref name=":41">https://www.weforum.org/agenda/2023/11/innovative-approaches-for-unlocking-research-and-development-funding-in-africa</ref> <ref name=":42">https://www.universityworldnews.com/post.php?story=20231122073213618</ref> |id="aula_22" | 5.1 |id="user_22" | Paulo Carneiro de Oliveira |id="botao_22" |{{/Editar}} |- |id="23" | 23 |id="texto_23" | O governo federal bloqueou R$ 116 milhões do orçamento da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) previstos para 2023. De acordo com a presidente do órgão, Mercedes Bustamante, a Capes passou por um contingenciamento de verbas no valor de R$ 86 milhões em agosto de 2023. Outros R$ 30 milhões também foram cortados da pasta nos últimos meses de 2023.O bloqueio de verbas deve atingir a Diretoria de Programas e Bolsas (DPB), a Diretoria de Relações Internacionais (DRI) e os programas de formação de professores da educação básica. O valor representa 2% do orçamento previsto para este ano, de R$ 5,4 bilhões (o maior valor nos últimos sete anos). |id="ref_23" | <ref>https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/governo-federal-bloqueia-r-116-milhoes-previstos-para-orcamento-da-capes-em-2023/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20presidente,valor%20nos%20%C3%BAltimos%20sete%20anos).</ref> https://www.cnnbrasil.com.br/nacional/governo-federal-bloqueia-r-116-milhoes-previstos-para-orcamento-da-capes-em-2023/#:~:text=De%20acordo%20com%20a%20presidente,valor%20nos%20%C3%BAltimos%20sete%20anos). |id="aula_23" | 5.5 |id="user_23" | Daniela Feriani |id="botao_23" |{{/Editar}} |- |id="24" | 24 |id="texto_24" | Em outubro de 2024, o Governo Federal sinalizou que vai investir R$ 3,1 bilhões em medidas para impulsionar a ciência, tecnologia e inovação no país. Desse total, R$ 1,5 bilhão será para a expansão dos Institutos Nacionais de Tecnologia. O objetivo é promover a formação de redes multi-institucionais e interdisciplinares dedicadas à investigação científica em temáticas estratégicas e enfrentamento a grandes desafios nacionais, sendo que 30% dos recursos serão destinados para as regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste. |id="ref_24" | <ref>Governo Federal investe R$ 3,1 bilhões para incentivo à ciência e à inovação no Brasil</ref> https://agenciagov.ebc.com.br/noticias/202410/governo-federal-investe-r-3-1-bi-para-incentivo-a-ciencia-e-a-inovacao-no-brasil |id="aula_24" | 5.5 |id="user_24" | Daniela Feriani |id="botão_24" | {{/Editar}} |- {{referências}} od36vdrc3wxs61ris8qh4a4psy1d6lx Calibra/Calilu/Programação 0 28329 167705 167261 2024-12-05T20:46:11Z LPiantá (WMB) 33442 167705 wikitext text/x-wiki <templatestyles src="Calibra/styles.css" /><templatestyles src="Calibra/glamwiki.css" />__NOEDITSECTION____NOTOC__ {| style="height:1px; font-family: 'Avenir', 'Montserrat', sans-serif; display: table; background-color: #E9EEF9; width: 100%;" |- | colspan="2" |{{../../Cabeçalho}} |- | rowspan="2" style="height:100%; width: 30px;" |<div class="barra"></div> | colspan="2" |<div style="margin-top:6em;margin-bottom:6em;"><div class="logo"> [[File:Calilu Preto 1.svg|350px|center]] </div></div> |- |{{../../Cabeçalho/Calilu}} ==Encontros de estruturação da rede de colaboração entre pares== Os encontros de estruturação da rede estão previstos para ocorrer entre outubro e dezembro de 2024. Nestes encontros haverá '''apresentações, discussões e oficinas''' voltadas a '''definir a estrutura, o escopo de atuação e as diretrizes para os processos e atividades a serem realizados pela rede'''. Eles ocorrem quinzenalmente nas '''quintas-feiras, às 13h UTC'''. Este horário corresponde a * 10h em Brasília; * 12h na Cidade da Praia; * 13h em Bissau e em São Tomé; * 14h em Lisboa e em Luanda; * 15h em Maputo. Confira abaixo os encontros cujos temas já foram definidos. {| class="wikitable sortable mw-collapsible" |+ !Data !Tema !Descrição |- |10 de outubro de 2024, 13h UTC |Pontapé inicial: apresentação e discussão dos resultados da [[Calibra/Calilu/Pesquisa|pesquisa sobre colaboração entre pares]] |Neste encontro haverá uma apresentação do projeto e dos dados levantados na pesquisa sobre colaboração entre pares, seguida por um momento para questionamentos e discussão sobre a apresentação. |- |24 de outubro de 2024, 13h UTC |O que é a lusofonia? |Este encontro contará com a participação de Celestino Bastos, produtor de conteúdo da revista Bantumen. Celestino fará uma apresentação sobre os limites do conceito de "lusofonia", para munir os participantes com conhecimentos que sirvam para um debate sobre o que é ser parte de uma "comunidade lusófona" no Movimento Wikimedia. |- |07 de novembro de 2024, 13h UTC |O que significa ser uma liderança no Movimento Wikimedia? |O encontro iniciará com uma apresentação da experiência e dos resultados de iniciativas voltadas à definição e à formação de lideranças, como [[Calibra/Atividades/Relatório|os aprendizados do calibra]], a [[m:Movement Strategy/Recommendations/Invest in Skills and Leadership Development/pt|recomendação 6 da Estratégia do Movimento]] e o [[m:Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento de Lideranças|Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento de Lideranças]], e será finalizado com uma discussão sobre o que é ser uma liderança no contexto da Wikimedia lusófona. |- |21 de novembro de 2024, 13h UTC |Problemas e soluções para organizar e financiar iniciativas no Movimento Wikimedia |Partiremos de uma apresentação sobre como o nível de engajamento de pessoas voluntárias está conectado à relação entre as suas motivações e os seus desafios, que servirá de base para um debate sobre os desafios que enfrentamos para organizar e financiar iniciativas comunitárias na comunidade lusófona. No final, os principais pontos levantados serão organizados para identificar possíveis encaminhamentos para os próximos encontros. |- |05 de dezembro de 2024 |Participação em eventos internacionais e desenvolvimento comunitário |Este encontro será dedicado a apresentações e um debate sobre a participação de membros da comunidade Wikimedia falante de português em eventos internacionais do Movimento Wikimedia. A questão orientadora das apresentações e da discussão é ''de quais formas a participação em eventos internacionais do Movimento Wikimedia colabora com o desenvolvimento comunitário a nível local?''. |} ==Documentação== [[Ficheiro:Visibilidade Negra juntes editamos a Wikipédia - momento em que o artigo é publicado 24.jpg|miniaturadaimagem|345x345px|A imagem que traduziu o espírito do encontro retrata o momento em que as participantes da editatona Visibilidade Negra juntes editamos a Wikipédia publicaram o verbete que escreveram juntas. ]] === Encontro I === * '''Data:''' 10 de outubro de 2024 * '''Tema:''' Apresentação do projeto e dos resultados da pesquisa sobre colaboração entre pares ===== Pauta ===== # Boas-vindas e quebra-gelo (30 min.) # Introdução (10 min.) # Apresentação dos dados da pesquisa (10 min.) # Discussão (40 min.) # Encaminhamentos (10 min.) ===== Resumo ===== O encontro iniciou com um momento de recepção, no qual ocorreu uma atividade de integração entre os participantes. Também houve uma exposição da pauta, dos objetivos e da dinâmica de reunião, seguida da apresentação dos dados da pesquisa. No momento da discussão, os participantes foram convidados a compartilhar suas impressões e dúvidas sobre os resultados da pesquisa. Entre os principais pontos levantados na discussão estiveram * A importância de encontrar formas pareamento dos participantes para que o processo de colaboração seja mais efetivo; * O interesse por iniciar um processo de interlocução com pessoas que ocupam papéis de liderança a nível global no Movimento Wikimedia para que seus aprendizados e experiências sejam conhecidos; * A possibilidade de adotar a priorização e realização de atividades em conjunto, delimitando objetivos comuns e definindo papéis e responsabilidades, como forma de responder ao desafio de tempo disponível para colaboração, identificado durante a pesquisa; * A lacuna de conteúdos relacionados tópicos como catástrofes climáticas e ativismo ambiental na Wikipédia em português; * A demanda pelo incentivo e apoio ao surgimento de novas iniciativas na Wikimedia e sua relação com a dificuldade de retenção de editores; * O aumento da confiança na atuação de voluntários quando acessam e aprendem a utilizar novas ferramentas e conhecem outras pessoas que realizam atividades de seu interesse; * A importância de criar pontos de contato entre pessoas experientes e pessoas recém-chegadas na Wikimedia para que elas possam aprender com maior facilidade e estejam mais perto de realizarem seus objetivos como wikimedistas. Finalmente, o acúmulo da discussão levou ao consenso de que '''a rede sendo formada deve apoiar o surgimento e/ou a consolidação grupos Wikimedistas a partir da identificação de suas demandas e do oferecimento de recursos, de experiências e do suporte necessários para atendê-las.''' [[Ficheiro:2021 - Roundtables CG2 9292 (51654735279).jpg|miniaturadaimagem|345x345px|Como ilustração para este encontro, escolhemos esta imagem que retrata a participação da Bantumen no Web Summit 2021, em Lisboa.]] === Encontro II === * '''Data:''' 24 de outubro de 2024 * '''Tema:''' o que é a lusofonia? ==== Pauta ==== # Boas-vindas e quebra-gelo (20 min.) # Recapitulação (5 min.) # Apresentação de Celestino Bastos (30 min.) # Discussão (50 min.) # Encaminhamentos (10 min.) ==== Resumo ==== A atividade de integração que inaugurou o encontro foi a construção coletiva de um livro de receitas formado por verbetes da Wikipédia em português sobre pratos típicos dos lugares de origem dos participantes. Os verbetes selecionados foram * [[w:Arroz_carreteiro|Arroz carreteiro]] * [[w:Cachupa|Cachupa]] * [[w:Cuscuz-paulista|Cuscuz-paulista]] * [[w:Ginga_com_tapioca|Ginga com tapioca]] * [[w:Pamonha|Pamonha]] * [[w:Caruru|Caruru]] * [[w:Bobó_de_camarão|Bobó de camarão]] * [[w:Bacalhau_à_Brás|Bacalhau à Brás]] * [[w:Feijão_tropeiro|Feijão tropeiro]] * [[w:Alimento|Alimento]] A integração dos participantes foi seguida pela apresentação da pauta, dos objetivos e da dinâmica do encontro, dando vez a uma recapitulação do processo de formação da rede e dos resultados do encontro anterior. O encontro teve como convidado Celestino Bastos, produtor de conteúdo da revista [[w:BANTUMEN|Bantumen]], que fez uma apresentação sobre a lusofonia. Entre os principais pontos da apresentação de Celestino, estiveram * Definições clássicas de "lusofonia"; * A diferença entre língua (português) e linguagem (lusofonia); * A subrepresentação dos países africanos na lusofonia; * A língua como ferramenta de poder. Na discussão, os participantes iniciaram um diálogo direto entre si e com Celestino, que reagiu aos comentários, aprofundou os tópicos da apresentação e compartilhou outros conhecimentos e experiências com o grupo. Entre os principais pontos levantados na discussão, estiveram * A inexistência de um termo que defina o conjunto das culturas e dos países falantes de português; * A polifonia das formas de definição adotadas por grupos diferentes, de acordo com suas especificidades; * A diferença entre utilizar a língua como uma ferramenta para a conexão e como uma ferramenta para a definição de uma identidade; * A importância de conhecer as contribuições de intelectuais como Lélia Gonzalez e Daniel Munduruku para o debate sobre a língua portuguesa; * A possibilidade, e a dificuldade, de utilizar termos alternativos a "lusofonia" e "lusófono", como "países de língua portuguesa" e "comunidade de língua portuguesa"; * A ineficiência das tentativas de definir uma ou mais identidades através de um único termo, ou de uma única língua. === Encontro III === [[File:MarchaDasMulheresIndigenas MarchaDasMulheresIndigenas Marcha das Mulheres Indígenas - 10 a 14 09 2019 - Brasília (DF) (48568442377).jpg|miniaturadaimagem|345x345px|Um dos momentos marcantes do encontro foi a reflexão sobre o aspecto coletivo e comunitário da liderança, exemplificado a partir da agência de lideranças indígenas na América Latina. A imagem escolhida é um registro da primera [[w:Movimentos de mulheres indígenas no Brasil|Marcha das Mulheres Indígenas]], ocorrida em Brasília, em 2019.]] * '''Data:''' 07 de novembro de 2024 * '''Tema:''' desenvolvimento de lideranças no Movimento Wikimedia ==== Pauta ==== # Boas-vindas e quebra-gelo (20 min.) # Apresentação de Flavia Doria (30 min.) # Discussão (60 min.) # Encaminhamentos (10 min.) ==== Resumo ==== Na atividade de integração os participantes realizaram uma lista de verbetes da Wikipédia em português que tratassem sobre eventos históricos que presenciariam caso tivessem uma máquina do tempo. Os verbetes selecionados foram * [[w:Restauração Meiji|Restauração Meiji]] * [[w:Encyclopédie|Escrita da ''Encyclopédie'']] * [[w:Mansa Muça|Peregrinação de Mansa Muça a Meca]] * [[w:Tropicália|Tropicália]] * [[w:Semana de Arte Moderna|Semana de Arte Moderna]] * [[w:Mongólia|Formação da Mongólia]] Em seguida, a wikimedista Flavia Doria compartilhou sua experiência como liderança das [[m:Wiki Editoras Lx|Wiki Editoras LX]] e do [[m:Art+Feminism User Group|Art+Feminism]] e como participante do [[m:wiki/Leadership Development Working Group/pt-br|Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento de Lideranças]], da Fundação Wikimedia. Entre os pontos levantados por Flavia em sua apresentação, estiveram * Experiências e perspectivas pessoais de atuação como liderança comunitária; * A atuação e os resultados do GT de Desenvolvimento de Lideranças; * Lugares comuns e estereótipos de pessoas que ocupam lugares de liderança, como a imagem de homens brancos que tomam decisões unilaterais; * A importância de valorizar e dar visibilidade a uma ideia de liderança baseada na coletividade; * Aspectos desejáveis de liderança, como a escuta, a vulnerabilidade, a regulação emocional, a comunicação, a capacidade de lidar com contradições e a colaboratividade; * Desafios enfrentados por pessoas em posições de liderança, como o ''burnout'', a liderança tóxica, a concentração de poder e a falta da transmissão de seus conhecimentos. A discussão teve um tom de conversa entre as pessoas presentes, passando por assuntos contemplados por tópicos como * A importância de a liderança estar aberta para ouvir as pessoas envolvidas em diferentes processos nos quais atua; * As dificuldades impostas por lideranças que tratam o trabalho como uma fonte de sua realização pessoal, sem levar em conta o coletivo de pessoas envolvidas e os objetivos delimitados pelo grupo; * Os problemas de saúde causados pela sobreposição das tarefas de trabalho à vida pessoal; * Desafios para a atuação de lideranças que ocupam posições voluntárias e profissionais ao mesmo tempo no Movimento Wikimedia; * Contradições e limites nas formas como os recursos são distribuídos no Movimento Wikimedia; * A insuficiência de abordagens individuais para problemas como a exaustão, uma vez que eles são causados por práticas deletérias e pressões impostas por estruturas sociais. Finalmente, foi apresentada a sugestão de que o próximo encontro seja voltado a discutir desafios para o financiamento de projetos no Movimento Wikimedia, principalmente no que se refere ao peso dado a métricas quantitativas e seus impactos na atuação de pessoas voluntárias. Houve consenso em relação à sugestão, levando ao encaminhamento deste tema como o foco do próximo encontro. === Encontro IV === * '''Data:''' 21 de novembro de 2024 * '''Tema:''' Problemas e soluções para organizar e financiar iniciativas no Movimento Wikimedia ==== Pauta ==== # Boas-vindas e quebra-gelo (30 min.) # Introdução (10 min.) # Engajamento, Estratégia e os organizadores do Movimento Wikimedia (15min.) # Discussão (60 min.) # Encaminhamentos (10 min.) ==== Resumo ==== [[File:WikiCon Brasil 2022 - CALIBRA - Regionalização de lideranças no Brasil (03).jpg|miniaturadaimagem|345x345px|O esforço coletivo para o compartilhamento de desafios e a busca por soluções que foi feito no encontro pode ser representado por esta imagem da discussão estratégica ''regionalização de lidernças no Brasil'', oferecida pelo calibra durante a WikiCon Brasil 2022. Nesta discussão, wikimedistas com diferentes experiências e engajados em atividades diversas compartilharam um momento de integração e debate.]] O primeiro momento do encontro foi a atividade de quebra-gelo, em que cada pessoa presente compartilhou seu nome, a cidade de onde estava participando, as suas motivações para participar do encontro e uma viagem dos sonhos. Entre as motivações compartilhadas, estiveram * A formação de comunidade a partir da integração entre pessoas que participam da "Wiki profunda", ou seja, aquelas que têm familiaridade com os processos de edição e de organização do Movimento Wikimedia; * O interesse na temática do encontro e a oportunidade de estabelecer contato com pessoas interessadas na "Wiki profunda"; * Conhecer as pessoas interessadas em formar a rede de colaboração e ativar suas vontades e interesses de forma colaborativa; * A importância atribuida ao tema do encontro; * A oportunidade de se encontrar com a comunidade de wikimedistas lusófonos; * O fortalecimento do senso de comunidade e de espaços integrativos na Wikimedia lusófona; * A participação em discussões que permitem o acesso a experiências e aprendizados comunitários; * A troca de ideias e a busca pela realização de um trabalho com alto impacto comunitário. Já as viagens dos sonhos dos participantes resultaram na seguinte lista de verbetes da Wikipédia * [[w:Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros|Chapada dos Veadeiros]] * [[w:Luanda|Luanda]] * [[w:Argentina|Argentina]] * [[w:Carnaval de Olinda|Carnaval de Olinda]] * [[w:Tanzânia|Tanzânia]] * [[w:Nova Iorque|Nova York]] * [[w:Polônia|Polônia]] * [[w:Olinda|Olinda]] (2x) Finalizada a atividade de integração, uma introdução apresentou os objetivos e a pauta da reunião. Em seguida, foi feita uma apresentação expositiva que passou pelos seguintes pontos * O conceito de Organizadores do Movimento Wikimedia; * Processos profissionais e voluntários de organização do Movimento Wikimedia; * A conformidade do nível de engajamento de pessoas voluntárias com a relação entre suas motivações e seus desafios; * As manifestações práticas da relação apresentada no ponto anterior com os períodos de engajamento e latência na trajetória de pessoas organizadoras do Movimento Wikimedia; * A relação entre a busca por diminuir os desafios de atuação voluntária e a direção estratégica do Movimento Wikimedia; * A importância de acessar recursos para realizar iniciativas de sucesso no Movimento Wikimedia. Durante a discussão, os participantes levantaram os seguintes pontos * A importância de ter acesso a pessoas bem informadas e/ou envolvidas nos processos de avaliação de pedidos de financiamento no Movimento Wikimedia; * Os obstáculos impostos pela baixa intuitividade das ferramentas utilizadas para as submissões dos pedidos de financiamento à Fundação Wikimedia, como o Fluxx; * A maior facilidade em conseguir financiamentos de Fundos Rápidos da Fundação Wikimedia caso o projeto esteja atrelado a alguma campanha pré-existente; * Os obstáculos, e as contradições, impostos pela exigência de um mínimo de edições para a aprovação de pedidos de financiamento à Fundação Wikimedia, uma vez que as capacidades organizativas não dependem de conhecimentos técnicos e podem ser complementadas com o auxílio de usuários experientes; * Diante do mesmo desafio do ponto anterior, a inexistência de uma relação direta entre saber como escrever um bom pedido de financiamento e ter a proposta aprovada; * A urgência de repensar as formas como os fundos da Fundação Wikimedia são distribuídos para iniciativas voluntárias; * A necessidade de garantir uma maior conexão e interlocução entre os proponentes e os avaliadores de pedidos de financiamento para a Fundação Wikimedia. Finalmente, nos encaminhamentos, os participantes foram questionados sobre ''em que medida uma rede de colaboração entre pares pode auxiliar na busca por maior equidade nas formas como a distribuição de fundos ocorre no Movimento Wikimedia''. Como resposta, foram feitas as seguintes sugestões * Trabalhar colaborativamente, enquanto rede, em um levantamento de desafios e obstáculos enfrentados por pessoas que buscam acessar fundos do Movimento Wikimedia, que subsidie a construção de estratégias comunitárias para aumentar a chance de sucesso; * Apresentar os dados deste levantamento ao Movimento Wikimedia, para incentivar a busca global pela identificação de desafios e soluções para o apoio financeiro a iniciativas voluntárias; * A partir dos mesmos dados, organizar e apresentar sugestões para aumentar a transparência dos processos de avaliação de pedidos de financiamento à Fundação Wikimedia; * Escrever brochuras e oferecer oficinas que apresentem os critérios básicos, os desafios recorrentes e compartilhem modelos que facilitem a escrita e o planejamento de projetos. ===Encontro V=== [[File:Participantes do encontro V do Calilu.jpg|miniaturadaimagem|345x345px|Registro dos participantes do encontro. ]] * '''Data:''' 05 de dezembro de 2024 * '''Tema:''' ==== Pauta ==== #Introdução (5 min.) #Apresentações ##Pedro Terres (10 min.) ##Túllio Franca (10 min.) ##Braima Nhamadjo e Laércia Valeriana (20 min.) ##Miréia Figueiredo (10 min.) ##Hector Corrale (10 min.) #Discussão (55 min.) ==== Resumo ==== O encontro foi estruturado a partir de dois blocos: apresentações e discussão. Pedro Terres, Túllio Franca, Miréia Figueiredo e Hector Corrale compartilharam suas experiências como participantes da [[m:Conferencia Justicia climática Perú 2024/pt-br| Conferência justiça climática, vozes indígenas e plataformas Wikimedia]], realizada no Peru. Já Braima Nhamadjo e Laércia Valeriana apresentaram sua experiência como participantes da [[m:WikiIndaba conference 2024|WikiIndaba 2024]], realizada na África do Sul. Em suas intervenções, os participantes compartilharam ideias e informações sobre * A descoberta da existência do evento, a motivação para participação e o processo de inscrição; * Dificuldades relativas à localização e locomoção no local do evento; * Aspectos marcantes da programação; * Avaliação e impressões sobre a própria participação; * Interação e interlocução com pessoas lusófonas e/ou de outras comunidades, falantes de outras línguas; * A pluralidade de comunidades e culturas presentes nos eventos; * O impacto da participação no evento para a atuação on e off-wiki; * Aprendizados obtidos durante o evento. A discussão abarcou tópicos diversos, entre os quais têm destaque * a contribuição da participação em eventos presenciais para a ampliação das perspectivas de atuação on-wiki e a sua incidência sobre processos pessoais e/ou profissionais off-wiki; * a possibilidade que a realização de eventos oferece para a criação e melhoria de conteúdo sobre os locais que os sediam nas plataformas Wikimeia; * os desafios de interlocução e integração das comunidades lusófonas com os países geograficamente mais próximos delas, por conta de não compartilharem uma mesma língua; * os desafios de interlocução e integração das comunidades lusófonas entre si, por conta da grande distância geográfica que as separa e a consequente necessidade de grandes deslocamentos para que possam se encontrar presencialmente; * a maior qualidade das interações presenciais em relação às remotas; * a importância de valorizar iniciativas de produção e melhoria de conteúdos em línguas nativas, para além da língua colonial compartilhada; * as dificuldades causadas pela ausência de tradução e comunicação em língua portuguesa antes e durante o evento; * a importância do oferecimento de apoio para a participação voluntária em eventos comunitários, seja com passagens, bolsas parciais e a complementação de apoios oferecidos pelo próprio evento e por afiliados; * as formas como uma documentação de qualidade, com gravação e registro das sessões, garante o acesso à informação durante após o evento; * a percepção das diferenças entre os temas priorizados em iniciativas de diferentes comunidades; * a lacuna de participação de pessoas lusófonas na organização dos eventos internacionais do Movimento Wikimedia e as consequentes sub-representação comunitária e sobrecarga das pessoas lusófonas envolvidas; * a necessidade de construir e adotar estratégias de mitigação do impacto ambiental em eventos do Movimento Wikimedia, de forma contextualizada e a partir das perspectivas das diferentes comunidades. Também foram apresentadas as seguintes demandas * a realização de uma oficina de escrita de publicações no Diff post; * a adoção de práticas de colaboração comunitária para a submissão de inscrições e preparação de intervenções em eventos do Movimento Wikimedia; * a construção de um espaço permanente para o compartilhamento de experiências e aprendizados obtidos a partir da participação em eventos com os demais membros da comunidade. h9scv7kx2yfgsxcgpu4i4flhltj48kj 167706 167705 2024-12-05T20:46:50Z LPiantá (WMB) 33442 167706 wikitext text/x-wiki <templatestyles src="Calibra/styles.css" /><templatestyles src="Calibra/glamwiki.css" />__NOEDITSECTION____NOTOC__ {| style="height:1px; font-family: 'Avenir', 'Montserrat', sans-serif; display: table; background-color: #E9EEF9; width: 100%;" |- | colspan="2" |{{../../Cabeçalho}} |- | rowspan="2" style="height:100%; width: 30px;" |<div class="barra"></div> | colspan="2" |<div style="margin-top:6em;margin-bottom:6em;"><div class="logo"> [[File:Calilu Preto 1.svg|350px|center]] </div></div> |- |{{../../Cabeçalho/Calilu}} ==Encontros de estruturação da rede de colaboração entre pares== Os encontros de estruturação da rede estão previstos para ocorrer entre outubro e dezembro de 2024. Nestes encontros haverá '''apresentações, discussões e oficinas''' voltadas a '''definir a estrutura, o escopo de atuação e as diretrizes para os processos e atividades a serem realizados pela rede'''. Eles ocorrem quinzenalmente nas '''quintas-feiras, às 13h UTC'''. Este horário corresponde a * 10h em Brasília; * 12h na Cidade da Praia; * 13h em Bissau e em São Tomé; * 14h em Lisboa e em Luanda; * 15h em Maputo. Confira abaixo os encontros cujos temas já foram definidos. {| class="wikitable sortable mw-collapsible" |+ !Data !Tema !Descrição |- |10 de outubro de 2024, 13h UTC |Pontapé inicial: apresentação e discussão dos resultados da [[Calibra/Calilu/Pesquisa|pesquisa sobre colaboração entre pares]] |Neste encontro haverá uma apresentação do projeto e dos dados levantados na pesquisa sobre colaboração entre pares, seguida por um momento para questionamentos e discussão sobre a apresentação. |- |24 de outubro de 2024, 13h UTC |O que é a lusofonia? |Este encontro contará com a participação de Celestino Bastos, produtor de conteúdo da revista Bantumen. Celestino fará uma apresentação sobre os limites do conceito de "lusofonia", para munir os participantes com conhecimentos que sirvam para um debate sobre o que é ser parte de uma "comunidade lusófona" no Movimento Wikimedia. |- |07 de novembro de 2024, 13h UTC |O que significa ser uma liderança no Movimento Wikimedia? |O encontro iniciará com uma apresentação da experiência e dos resultados de iniciativas voltadas à definição e à formação de lideranças, como [[Calibra/Atividades/Relatório|os aprendizados do calibra]], a [[m:Movement Strategy/Recommendations/Invest in Skills and Leadership Development/pt|recomendação 6 da Estratégia do Movimento]] e o [[m:Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento de Lideranças|Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento de Lideranças]], e será finalizado com uma discussão sobre o que é ser uma liderança no contexto da Wikimedia lusófona. |- |21 de novembro de 2024, 13h UTC |Problemas e soluções para organizar e financiar iniciativas no Movimento Wikimedia |Partiremos de uma apresentação sobre como o nível de engajamento de pessoas voluntárias está conectado à relação entre as suas motivações e os seus desafios, que servirá de base para um debate sobre os desafios que enfrentamos para organizar e financiar iniciativas comunitárias na comunidade lusófona. No final, os principais pontos levantados serão organizados para identificar possíveis encaminhamentos para os próximos encontros. |- |05 de dezembro de 2024 |Participação em eventos internacionais e desenvolvimento comunitário |Este encontro será dedicado a apresentações e um debate sobre a participação de membros da comunidade Wikimedia falante de português em eventos internacionais do Movimento Wikimedia. A questão orientadora das apresentações e da discussão é ''de quais formas a participação em eventos internacionais do Movimento Wikimedia colabora com o desenvolvimento comunitário a nível local?''. |} ==Documentação== [[Ficheiro:Visibilidade Negra juntes editamos a Wikipédia - momento em que o artigo é publicado 24.jpg|miniaturadaimagem|345x345px|A imagem que traduziu o espírito do encontro retrata o momento em que as participantes da editatona Visibilidade Negra juntes editamos a Wikipédia publicaram o verbete que escreveram juntas. ]] === Encontro I === * '''Data:''' 10 de outubro de 2024 * '''Tema:''' Apresentação do projeto e dos resultados da pesquisa sobre colaboração entre pares ===== Pauta ===== # Boas-vindas e quebra-gelo (30 min.) # Introdução (10 min.) # Apresentação dos dados da pesquisa (10 min.) # Discussão (40 min.) # Encaminhamentos (10 min.) ===== Resumo ===== O encontro iniciou com um momento de recepção, no qual ocorreu uma atividade de integração entre os participantes. Também houve uma exposição da pauta, dos objetivos e da dinâmica de reunião, seguida da apresentação dos dados da pesquisa. No momento da discussão, os participantes foram convidados a compartilhar suas impressões e dúvidas sobre os resultados da pesquisa. Entre os principais pontos levantados na discussão estiveram * A importância de encontrar formas pareamento dos participantes para que o processo de colaboração seja mais efetivo; * O interesse por iniciar um processo de interlocução com pessoas que ocupam papéis de liderança a nível global no Movimento Wikimedia para que seus aprendizados e experiências sejam conhecidos; * A possibilidade de adotar a priorização e realização de atividades em conjunto, delimitando objetivos comuns e definindo papéis e responsabilidades, como forma de responder ao desafio de tempo disponível para colaboração, identificado durante a pesquisa; * A lacuna de conteúdos relacionados tópicos como catástrofes climáticas e ativismo ambiental na Wikipédia em português; * A demanda pelo incentivo e apoio ao surgimento de novas iniciativas na Wikimedia e sua relação com a dificuldade de retenção de editores; * O aumento da confiança na atuação de voluntários quando acessam e aprendem a utilizar novas ferramentas e conhecem outras pessoas que realizam atividades de seu interesse; * A importância de criar pontos de contato entre pessoas experientes e pessoas recém-chegadas na Wikimedia para que elas possam aprender com maior facilidade e estejam mais perto de realizarem seus objetivos como wikimedistas. Finalmente, o acúmulo da discussão levou ao consenso de que '''a rede sendo formada deve apoiar o surgimento e/ou a consolidação grupos Wikimedistas a partir da identificação de suas demandas e do oferecimento de recursos, de experiências e do suporte necessários para atendê-las.''' [[Ficheiro:2021 - Roundtables CG2 9292 (51654735279).jpg|miniaturadaimagem|345x345px|Como ilustração para este encontro, escolhemos esta imagem que retrata a participação da Bantumen no Web Summit 2021, em Lisboa.]] === Encontro II === * '''Data:''' 24 de outubro de 2024 * '''Tema:''' o que é a lusofonia? ==== Pauta ==== # Boas-vindas e quebra-gelo (20 min.) # Recapitulação (5 min.) # Apresentação de Celestino Bastos (30 min.) # Discussão (50 min.) # Encaminhamentos (10 min.) ==== Resumo ==== A atividade de integração que inaugurou o encontro foi a construção coletiva de um livro de receitas formado por verbetes da Wikipédia em português sobre pratos típicos dos lugares de origem dos participantes. Os verbetes selecionados foram * [[w:Arroz_carreteiro|Arroz carreteiro]] * [[w:Cachupa|Cachupa]] * [[w:Cuscuz-paulista|Cuscuz-paulista]] * [[w:Ginga_com_tapioca|Ginga com tapioca]] * [[w:Pamonha|Pamonha]] * [[w:Caruru|Caruru]] * [[w:Bobó_de_camarão|Bobó de camarão]] * [[w:Bacalhau_à_Brás|Bacalhau à Brás]] * [[w:Feijão_tropeiro|Feijão tropeiro]] * [[w:Alimento|Alimento]] A integração dos participantes foi seguida pela apresentação da pauta, dos objetivos e da dinâmica do encontro, dando vez a uma recapitulação do processo de formação da rede e dos resultados do encontro anterior. O encontro teve como convidado Celestino Bastos, produtor de conteúdo da revista [[w:BANTUMEN|Bantumen]], que fez uma apresentação sobre a lusofonia. Entre os principais pontos da apresentação de Celestino, estiveram * Definições clássicas de "lusofonia"; * A diferença entre língua (português) e linguagem (lusofonia); * A subrepresentação dos países africanos na lusofonia; * A língua como ferramenta de poder. Na discussão, os participantes iniciaram um diálogo direto entre si e com Celestino, que reagiu aos comentários, aprofundou os tópicos da apresentação e compartilhou outros conhecimentos e experiências com o grupo. Entre os principais pontos levantados na discussão, estiveram * A inexistência de um termo que defina o conjunto das culturas e dos países falantes de português; * A polifonia das formas de definição adotadas por grupos diferentes, de acordo com suas especificidades; * A diferença entre utilizar a língua como uma ferramenta para a conexão e como uma ferramenta para a definição de uma identidade; * A importância de conhecer as contribuições de intelectuais como Lélia Gonzalez e Daniel Munduruku para o debate sobre a língua portuguesa; * A possibilidade, e a dificuldade, de utilizar termos alternativos a "lusofonia" e "lusófono", como "países de língua portuguesa" e "comunidade de língua portuguesa"; * A ineficiência das tentativas de definir uma ou mais identidades através de um único termo, ou de uma única língua. === Encontro III === [[File:MarchaDasMulheresIndigenas MarchaDasMulheresIndigenas Marcha das Mulheres Indígenas - 10 a 14 09 2019 - Brasília (DF) (48568442377).jpg|miniaturadaimagem|345x345px|Um dos momentos marcantes do encontro foi a reflexão sobre o aspecto coletivo e comunitário da liderança, exemplificado a partir da agência de lideranças indígenas na América Latina. A imagem escolhida é um registro da primera [[w:Movimentos de mulheres indígenas no Brasil|Marcha das Mulheres Indígenas]], ocorrida em Brasília, em 2019.]] * '''Data:''' 07 de novembro de 2024 * '''Tema:''' desenvolvimento de lideranças no Movimento Wikimedia ==== Pauta ==== # Boas-vindas e quebra-gelo (20 min.) # Apresentação de Flavia Doria (30 min.) # Discussão (60 min.) # Encaminhamentos (10 min.) ==== Resumo ==== Na atividade de integração os participantes realizaram uma lista de verbetes da Wikipédia em português que tratassem sobre eventos históricos que presenciariam caso tivessem uma máquina do tempo. Os verbetes selecionados foram * [[w:Restauração Meiji|Restauração Meiji]] * [[w:Encyclopédie|Escrita da ''Encyclopédie'']] * [[w:Mansa Muça|Peregrinação de Mansa Muça a Meca]] * [[w:Tropicália|Tropicália]] * [[w:Semana de Arte Moderna|Semana de Arte Moderna]] * [[w:Mongólia|Formação da Mongólia]] Em seguida, a wikimedista Flavia Doria compartilhou sua experiência como liderança das [[m:Wiki Editoras Lx|Wiki Editoras LX]] e do [[m:Art+Feminism User Group|Art+Feminism]] e como participante do [[m:wiki/Leadership Development Working Group/pt-br|Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento de Lideranças]], da Fundação Wikimedia. Entre os pontos levantados por Flavia em sua apresentação, estiveram * Experiências e perspectivas pessoais de atuação como liderança comunitária; * A atuação e os resultados do GT de Desenvolvimento de Lideranças; * Lugares comuns e estereótipos de pessoas que ocupam lugares de liderança, como a imagem de homens brancos que tomam decisões unilaterais; * A importância de valorizar e dar visibilidade a uma ideia de liderança baseada na coletividade; * Aspectos desejáveis de liderança, como a escuta, a vulnerabilidade, a regulação emocional, a comunicação, a capacidade de lidar com contradições e a colaboratividade; * Desafios enfrentados por pessoas em posições de liderança, como o ''burnout'', a liderança tóxica, a concentração de poder e a falta da transmissão de seus conhecimentos. A discussão teve um tom de conversa entre as pessoas presentes, passando por assuntos contemplados por tópicos como * A importância de a liderança estar aberta para ouvir as pessoas envolvidas em diferentes processos nos quais atua; * As dificuldades impostas por lideranças que tratam o trabalho como uma fonte de sua realização pessoal, sem levar em conta o coletivo de pessoas envolvidas e os objetivos delimitados pelo grupo; * Os problemas de saúde causados pela sobreposição das tarefas de trabalho à vida pessoal; * Desafios para a atuação de lideranças que ocupam posições voluntárias e profissionais ao mesmo tempo no Movimento Wikimedia; * Contradições e limites nas formas como os recursos são distribuídos no Movimento Wikimedia; * A insuficiência de abordagens individuais para problemas como a exaustão, uma vez que eles são causados por práticas deletérias e pressões impostas por estruturas sociais. Finalmente, foi apresentada a sugestão de que o próximo encontro seja voltado a discutir desafios para o financiamento de projetos no Movimento Wikimedia, principalmente no que se refere ao peso dado a métricas quantitativas e seus impactos na atuação de pessoas voluntárias. Houve consenso em relação à sugestão, levando ao encaminhamento deste tema como o foco do próximo encontro. === Encontro IV === * '''Data:''' 21 de novembro de 2024 * '''Tema:''' Problemas e soluções para organizar e financiar iniciativas no Movimento Wikimedia ==== Pauta ==== # Boas-vindas e quebra-gelo (30 min.) # Introdução (10 min.) # Engajamento, Estratégia e os organizadores do Movimento Wikimedia (15min.) # Discussão (60 min.) # Encaminhamentos (10 min.) ==== Resumo ==== [[File:WikiCon Brasil 2022 - CALIBRA - Regionalização de lideranças no Brasil (03).jpg|miniaturadaimagem|345x345px|O esforço coletivo para o compartilhamento de desafios e a busca por soluções que foi feito no encontro pode ser representado por esta imagem da discussão estratégica ''regionalização de lidernças no Brasil'', oferecida pelo calibra durante a WikiCon Brasil 2022. Nesta discussão, wikimedistas com diferentes experiências e engajados em atividades diversas compartilharam um momento de integração e debate.]] O primeiro momento do encontro foi a atividade de quebra-gelo, em que cada pessoa presente compartilhou seu nome, a cidade de onde estava participando, as suas motivações para participar do encontro e uma viagem dos sonhos. Entre as motivações compartilhadas, estiveram * A formação de comunidade a partir da integração entre pessoas que participam da "Wiki profunda", ou seja, aquelas que têm familiaridade com os processos de edição e de organização do Movimento Wikimedia; * O interesse na temática do encontro e a oportunidade de estabelecer contato com pessoas interessadas na "Wiki profunda"; * Conhecer as pessoas interessadas em formar a rede de colaboração e ativar suas vontades e interesses de forma colaborativa; * A importância atribuida ao tema do encontro; * A oportunidade de se encontrar com a comunidade de wikimedistas lusófonos; * O fortalecimento do senso de comunidade e de espaços integrativos na Wikimedia lusófona; * A participação em discussões que permitem o acesso a experiências e aprendizados comunitários; * A troca de ideias e a busca pela realização de um trabalho com alto impacto comunitário. Já as viagens dos sonhos dos participantes resultaram na seguinte lista de verbetes da Wikipédia * [[w:Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros|Chapada dos Veadeiros]] * [[w:Luanda|Luanda]] * [[w:Argentina|Argentina]] * [[w:Carnaval de Olinda|Carnaval de Olinda]] * [[w:Tanzânia|Tanzânia]] * [[w:Nova Iorque|Nova York]] * [[w:Polônia|Polônia]] * [[w:Olinda|Olinda]] (2x) Finalizada a atividade de integração, uma introdução apresentou os objetivos e a pauta da reunião. Em seguida, foi feita uma apresentação expositiva que passou pelos seguintes pontos * O conceito de Organizadores do Movimento Wikimedia; * Processos profissionais e voluntários de organização do Movimento Wikimedia; * A conformidade do nível de engajamento de pessoas voluntárias com a relação entre suas motivações e seus desafios; * As manifestações práticas da relação apresentada no ponto anterior com os períodos de engajamento e latência na trajetória de pessoas organizadoras do Movimento Wikimedia; * A relação entre a busca por diminuir os desafios de atuação voluntária e a direção estratégica do Movimento Wikimedia; * A importância de acessar recursos para realizar iniciativas de sucesso no Movimento Wikimedia. Durante a discussão, os participantes levantaram os seguintes pontos * A importância de ter acesso a pessoas bem informadas e/ou envolvidas nos processos de avaliação de pedidos de financiamento no Movimento Wikimedia; * Os obstáculos impostos pela baixa intuitividade das ferramentas utilizadas para as submissões dos pedidos de financiamento à Fundação Wikimedia, como o Fluxx; * A maior facilidade em conseguir financiamentos de Fundos Rápidos da Fundação Wikimedia caso o projeto esteja atrelado a alguma campanha pré-existente; * Os obstáculos, e as contradições, impostos pela exigência de um mínimo de edições para a aprovação de pedidos de financiamento à Fundação Wikimedia, uma vez que as capacidades organizativas não dependem de conhecimentos técnicos e podem ser complementadas com o auxílio de usuários experientes; * Diante do mesmo desafio do ponto anterior, a inexistência de uma relação direta entre saber como escrever um bom pedido de financiamento e ter a proposta aprovada; * A urgência de repensar as formas como os fundos da Fundação Wikimedia são distribuídos para iniciativas voluntárias; * A necessidade de garantir uma maior conexão e interlocução entre os proponentes e os avaliadores de pedidos de financiamento para a Fundação Wikimedia. Finalmente, nos encaminhamentos, os participantes foram questionados sobre ''em que medida uma rede de colaboração entre pares pode auxiliar na busca por maior equidade nas formas como a distribuição de fundos ocorre no Movimento Wikimedia''. Como resposta, foram feitas as seguintes sugestões * Trabalhar colaborativamente, enquanto rede, em um levantamento de desafios e obstáculos enfrentados por pessoas que buscam acessar fundos do Movimento Wikimedia, que subsidie a construção de estratégias comunitárias para aumentar a chance de sucesso; * Apresentar os dados deste levantamento ao Movimento Wikimedia, para incentivar a busca global pela identificação de desafios e soluções para o apoio financeiro a iniciativas voluntárias; * A partir dos mesmos dados, organizar e apresentar sugestões para aumentar a transparência dos processos de avaliação de pedidos de financiamento à Fundação Wikimedia; * Escrever brochuras e oferecer oficinas que apresentem os critérios básicos, os desafios recorrentes e compartilhem modelos que facilitem a escrita e o planejamento de projetos. ===Encontro V=== [[File:Participantes do encontro V do Calilu.jpg|miniaturadaimagem|345x345px|Registro dos participantes do encontro. ]] * '''Data:''' 05 de dezembro de 2024 * '''Tema:''' Participação em eventos internacionais e desenvolvimento comunitário ==== Pauta ==== #Introdução (5 min.) #Apresentações ##Pedro Terres (10 min.) ##Túllio Franca (10 min.) ##Braima Nhamadjo e Laércia Valeriana (20 min.) ##Miréia Figueiredo (10 min.) ##Hector Corrale (10 min.) #Discussão (55 min.) ==== Resumo ==== O encontro foi estruturado a partir de dois blocos: apresentações e discussão. Pedro Terres, Túllio Franca, Miréia Figueiredo e Hector Corrale compartilharam suas experiências como participantes da [[m:Conferencia Justicia climática Perú 2024/pt-br| Conferência justiça climática, vozes indígenas e plataformas Wikimedia]], realizada no Peru. Já Braima Nhamadjo e Laércia Valeriana apresentaram sua experiência como participantes da [[m:WikiIndaba conference 2024|WikiIndaba 2024]], realizada na África do Sul. Em suas intervenções, os participantes compartilharam ideias e informações sobre * A descoberta da existência do evento, a motivação para participação e o processo de inscrição; * Dificuldades relativas à localização e locomoção no local do evento; * Aspectos marcantes da programação; * Avaliação e impressões sobre a própria participação; * Interação e interlocução com pessoas lusófonas e/ou de outras comunidades, falantes de outras línguas; * A pluralidade de comunidades e culturas presentes nos eventos; * O impacto da participação no evento para a atuação on e off-wiki; * Aprendizados obtidos durante o evento. A discussão abarcou tópicos diversos, entre os quais têm destaque * a contribuição da participação em eventos presenciais para a ampliação das perspectivas de atuação on-wiki e a sua incidência sobre processos pessoais e/ou profissionais off-wiki; * a possibilidade que a realização de eventos oferece para a criação e melhoria de conteúdo sobre os locais que os sediam nas plataformas Wikimeia; * os desafios de interlocução e integração das comunidades lusófonas com os países geograficamente mais próximos delas, por conta de não compartilharem uma mesma língua; * os desafios de interlocução e integração das comunidades lusófonas entre si, por conta da grande distância geográfica que as separa e a consequente necessidade de grandes deslocamentos para que possam se encontrar presencialmente; * a maior qualidade das interações presenciais em relação às remotas; * a importância de valorizar iniciativas de produção e melhoria de conteúdos em línguas nativas, para além da língua colonial compartilhada; * as dificuldades causadas pela ausência de tradução e comunicação em língua portuguesa antes e durante o evento; * a importância do oferecimento de apoio para a participação voluntária em eventos comunitários, seja com passagens, bolsas parciais e a complementação de apoios oferecidos pelo próprio evento e por afiliados; * as formas como uma documentação de qualidade, com gravação e registro das sessões, garante o acesso à informação durante após o evento; * a percepção das diferenças entre os temas priorizados em iniciativas de diferentes comunidades; * a lacuna de participação de pessoas lusófonas na organização dos eventos internacionais do Movimento Wikimedia e as consequentes sub-representação comunitária e sobrecarga das pessoas lusófonas envolvidas; * a necessidade de construir e adotar estratégias de mitigação do impacto ambiental em eventos do Movimento Wikimedia, de forma contextualizada e a partir das perspectivas das diferentes comunidades. Também foram apresentadas as seguintes demandas * a realização de uma oficina de escrita de publicações no Diff post; * a adoção de práticas de colaboração comunitária para a submissão de inscrições e preparação de intervenções em eventos do Movimento Wikimedia; * a construção de um espaço permanente para o compartilhamento de experiências e aprendizados obtidos a partir da participação em eventos com os demais membros da comunidade. nyyqzymiifvjp041d21sttfm3gdbg7p 167715 167706 2024-12-05T21:43:59Z LPiantá (WMB) 33442 167715 wikitext text/x-wiki <templatestyles src="Calibra/styles.css" /><templatestyles src="Calibra/glamwiki.css" />__NOEDITSECTION____NOTOC__ {| style="height:1px; font-family: 'Avenir', 'Montserrat', sans-serif; display: table; background-color: #E9EEF9; width: 100%;" |- | colspan="2" |{{../../Cabeçalho}} |- | rowspan="2" style="height:100%; width: 30px;" |<div class="barra"></div> | colspan="2" |<div style="margin-top:6em;margin-bottom:6em;"><div class="logo"> [[File:Calilu Preto 1.svg|350px|center]] </div></div> |- |{{../../Cabeçalho/Calilu}} ==Encontros de estruturação da rede de colaboração entre pares== Os encontros de estruturação da rede estão previstos para ocorrer entre outubro e dezembro de 2024. Nestes encontros haverá '''apresentações, discussões e oficinas''' voltadas a '''definir a estrutura, o escopo de atuação e as diretrizes para os processos e atividades a serem realizados pela rede'''. Eles ocorrem quinzenalmente nas '''quintas-feiras, às 13h UTC'''. Este horário corresponde a * 10h em Brasília; * 12h na Cidade da Praia; * 13h em Bissau e em São Tomé; * 14h em Lisboa e em Luanda; * 15h em Maputo. Confira abaixo os encontros cujos temas já foram definidos. {| class="wikitable sortable mw-collapsible" |+ !Data !Tema !Descrição |- |10 de outubro de 2024, 13h UTC |Pontapé inicial: apresentação e discussão dos resultados da [[Calibra/Calilu/Pesquisa|pesquisa sobre colaboração entre pares]] |Neste encontro haverá uma apresentação do projeto e dos dados levantados na pesquisa sobre colaboração entre pares, seguida por um momento para questionamentos e discussão sobre a apresentação. |- |24 de outubro de 2024, 13h UTC |O que é a lusofonia? |Este encontro contará com a participação de Celestino Bastos, produtor de conteúdo da revista Bantumen. Celestino fará uma apresentação sobre os limites do conceito de "lusofonia", para munir os participantes com conhecimentos que sirvam para um debate sobre o que é ser parte de uma "comunidade lusófona" no Movimento Wikimedia. |- |07 de novembro de 2024, 13h UTC |O que significa ser uma liderança no Movimento Wikimedia? |O encontro iniciará com uma apresentação da experiência e dos resultados de iniciativas voltadas à definição e à formação de lideranças, como [[Calibra/Atividades/Relatório|os aprendizados do calibra]], a [[m:Movement Strategy/Recommendations/Invest in Skills and Leadership Development/pt|recomendação 6 da Estratégia do Movimento]] e o [[m:Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento de Lideranças|Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento de Lideranças]], e será finalizado com uma discussão sobre o que é ser uma liderança no contexto da Wikimedia lusófona. |- |21 de novembro de 2024, 13h UTC |Problemas e soluções para organizar e financiar iniciativas no Movimento Wikimedia |Partiremos de uma apresentação sobre como o nível de engajamento de pessoas voluntárias está conectado à relação entre as suas motivações e os seus desafios, que servirá de base para um debate sobre os desafios que enfrentamos para organizar e financiar iniciativas comunitárias na comunidade lusófona. No final, os principais pontos levantados serão organizados para identificar possíveis encaminhamentos para os próximos encontros. |- |05 de dezembro de 2024 |Participação em eventos internacionais e desenvolvimento comunitário |Este encontro será dedicado a apresentações e um debate sobre a participação de membros da comunidade Wikimedia falante de português em eventos internacionais do Movimento Wikimedia. A questão orientadora das apresentações e da discussão é ''de quais formas a participação em eventos internacionais do Movimento Wikimedia colabora com o desenvolvimento comunitário a nível local?''. |} ==Documentação== [[Ficheiro:Visibilidade Negra juntes editamos a Wikipédia - momento em que o artigo é publicado 24.jpg|miniaturadaimagem|345x345px|A imagem que traduziu o espírito do encontro retrata o momento em que as participantes da editatona Visibilidade Negra juntes editamos a Wikipédia publicaram o verbete que escreveram juntas. ]] === Encontro I === * '''Data:''' 10 de outubro de 2024 * '''Tema:''' Apresentação do projeto e dos resultados da pesquisa sobre colaboração entre pares ===== Pauta ===== # Boas-vindas e quebra-gelo (30 min.) # Introdução (10 min.) # Apresentação dos dados da pesquisa (10 min.) # Discussão (40 min.) # Encaminhamentos (10 min.) ===== Resumo ===== O encontro iniciou com um momento de recepção, no qual ocorreu uma atividade de integração entre os participantes. Também houve uma exposição da pauta, dos objetivos e da dinâmica de reunião, seguida da apresentação dos dados da pesquisa. No momento da discussão, os participantes foram convidados a compartilhar suas impressões e dúvidas sobre os resultados da pesquisa. Entre os principais pontos levantados na discussão estiveram * A importância de encontrar formas pareamento dos participantes para que o processo de colaboração seja mais efetivo; * O interesse por iniciar um processo de interlocução com pessoas que ocupam papéis de liderança a nível global no Movimento Wikimedia para que seus aprendizados e experiências sejam conhecidos; * A possibilidade de adotar a priorização e realização de atividades em conjunto, delimitando objetivos comuns e definindo papéis e responsabilidades, como forma de responder ao desafio de tempo disponível para colaboração, identificado durante a pesquisa; * A lacuna de conteúdos relacionados tópicos como catástrofes climáticas e ativismo ambiental na Wikipédia em português; * A demanda pelo incentivo e apoio ao surgimento de novas iniciativas na Wikimedia e sua relação com a dificuldade de retenção de editores; * O aumento da confiança na atuação de voluntários quando acessam e aprendem a utilizar novas ferramentas e conhecem outras pessoas que realizam atividades de seu interesse; * A importância de criar pontos de contato entre pessoas experientes e pessoas recém-chegadas na Wikimedia para que elas possam aprender com maior facilidade e estejam mais perto de realizarem seus objetivos como wikimedistas. Finalmente, o acúmulo da discussão levou ao consenso de que '''a rede sendo formada deve apoiar o surgimento e/ou a consolidação grupos Wikimedistas a partir da identificação de suas demandas e do oferecimento de recursos, de experiências e do suporte necessários para atendê-las.''' [[Ficheiro:2021 - Roundtables CG2 9292 (51654735279).jpg|miniaturadaimagem|345x345px|Como ilustração para este encontro, escolhemos esta imagem que retrata a participação da Bantumen no Web Summit 2021, em Lisboa.]] === Encontro II === * '''Data:''' 24 de outubro de 2024 * '''Tema:''' o que é a lusofonia? ==== Pauta ==== # Boas-vindas e quebra-gelo (20 min.) # Recapitulação (5 min.) # Apresentação de Celestino Bastos (30 min.) # Discussão (50 min.) # Encaminhamentos (10 min.) ==== Resumo ==== A atividade de integração que inaugurou o encontro foi a construção coletiva de um livro de receitas formado por verbetes da Wikipédia em português sobre pratos típicos dos lugares de origem dos participantes. Os verbetes selecionados foram * [[w:Arroz_carreteiro|Arroz carreteiro]] * [[w:Cachupa|Cachupa]] * [[w:Cuscuz-paulista|Cuscuz-paulista]] * [[w:Ginga_com_tapioca|Ginga com tapioca]] * [[w:Pamonha|Pamonha]] * [[w:Caruru|Caruru]] * [[w:Bobó_de_camarão|Bobó de camarão]] * [[w:Bacalhau_à_Brás|Bacalhau à Brás]] * [[w:Feijão_tropeiro|Feijão tropeiro]] * [[w:Alimento|Alimento]] A integração dos participantes foi seguida pela apresentação da pauta, dos objetivos e da dinâmica do encontro, dando vez a uma recapitulação do processo de formação da rede e dos resultados do encontro anterior. O encontro teve como convidado Celestino Bastos, produtor de conteúdo da revista [[w:BANTUMEN|Bantumen]], que fez uma apresentação sobre a lusofonia. Entre os principais pontos da apresentação de Celestino, estiveram * Definições clássicas de "lusofonia"; * A diferença entre língua (português) e linguagem (lusofonia); * A subrepresentação dos países africanos na lusofonia; * A língua como ferramenta de poder. Na discussão, os participantes iniciaram um diálogo direto entre si e com Celestino, que reagiu aos comentários, aprofundou os tópicos da apresentação e compartilhou outros conhecimentos e experiências com o grupo. Entre os principais pontos levantados na discussão, estiveram * A inexistência de um termo que defina o conjunto das culturas e dos países falantes de português; * A polifonia das formas de definição adotadas por grupos diferentes, de acordo com suas especificidades; * A diferença entre utilizar a língua como uma ferramenta para a conexão e como uma ferramenta para a definição de uma identidade; * A importância de conhecer as contribuições de intelectuais como Lélia Gonzalez e Daniel Munduruku para o debate sobre a língua portuguesa; * A possibilidade, e a dificuldade, de utilizar termos alternativos a "lusofonia" e "lusófono", como "países de língua portuguesa" e "comunidade de língua portuguesa"; * A ineficiência das tentativas de definir uma ou mais identidades através de um único termo, ou de uma única língua. === Encontro III === [[File:MarchaDasMulheresIndigenas MarchaDasMulheresIndigenas Marcha das Mulheres Indígenas - 10 a 14 09 2019 - Brasília (DF) (48568442377).jpg|miniaturadaimagem|345x345px|Um dos momentos marcantes do encontro foi a reflexão sobre o aspecto coletivo e comunitário da liderança, exemplificado a partir da agência de lideranças indígenas na América Latina. A imagem escolhida é um registro da primera [[w:Movimentos de mulheres indígenas no Brasil|Marcha das Mulheres Indígenas]], ocorrida em Brasília, em 2019.]] * '''Data:''' 07 de novembro de 2024 * '''Tema:''' desenvolvimento de lideranças no Movimento Wikimedia ==== Pauta ==== # Boas-vindas e quebra-gelo (20 min.) # Apresentação de Flavia Doria (30 min.) # Discussão (60 min.) # Encaminhamentos (10 min.) ==== Resumo ==== Na atividade de integração os participantes realizaram uma lista de verbetes da Wikipédia em português que tratassem sobre eventos históricos que presenciariam caso tivessem uma máquina do tempo. Os verbetes selecionados foram * [[w:Restauração Meiji|Restauração Meiji]] * [[w:Encyclopédie|Escrita da ''Encyclopédie'']] * [[w:Mansa Muça|Peregrinação de Mansa Muça a Meca]] * [[w:Tropicália|Tropicália]] * [[w:Semana de Arte Moderna|Semana de Arte Moderna]] * [[w:Mongólia|Formação da Mongólia]] Em seguida, a wikimedista Flavia Doria compartilhou sua experiência como liderança das [[m:Wiki Editoras Lx|Wiki Editoras LX]] e do [[m:Art+Feminism User Group|Art+Feminism]] e como participante do [[m:wiki/Leadership Development Working Group/pt-br|Grupo de Trabalho para o Desenvolvimento de Lideranças]], da Fundação Wikimedia. Entre os pontos levantados por Flavia em sua apresentação, estiveram * Experiências e perspectivas pessoais de atuação como liderança comunitária; * A atuação e os resultados do GT de Desenvolvimento de Lideranças; * Lugares comuns e estereótipos de pessoas que ocupam lugares de liderança, como a imagem de homens brancos que tomam decisões unilaterais; * A importância de valorizar e dar visibilidade a uma ideia de liderança baseada na coletividade; * Aspectos desejáveis de liderança, como a escuta, a vulnerabilidade, a regulação emocional, a comunicação, a capacidade de lidar com contradições e a colaboratividade; * Desafios enfrentados por pessoas em posições de liderança, como o ''burnout'', a liderança tóxica, a concentração de poder e a falta da transmissão de seus conhecimentos. A discussão teve um tom de conversa entre as pessoas presentes, passando por assuntos contemplados por tópicos como * A importância de a liderança estar aberta para ouvir as pessoas envolvidas em diferentes processos nos quais atua; * As dificuldades impostas por lideranças que tratam o trabalho como uma fonte de sua realização pessoal, sem levar em conta o coletivo de pessoas envolvidas e os objetivos delimitados pelo grupo; * Os problemas de saúde causados pela sobreposição das tarefas de trabalho à vida pessoal; * Desafios para a atuação de lideranças que ocupam posições voluntárias e profissionais ao mesmo tempo no Movimento Wikimedia; * Contradições e limites nas formas como os recursos são distribuídos no Movimento Wikimedia; * A insuficiência de abordagens individuais para problemas como a exaustão, uma vez que eles são causados por práticas deletérias e pressões impostas por estruturas sociais. Finalmente, foi apresentada a sugestão de que o próximo encontro seja voltado a discutir desafios para o financiamento de projetos no Movimento Wikimedia, principalmente no que se refere ao peso dado a métricas quantitativas e seus impactos na atuação de pessoas voluntárias. Houve consenso em relação à sugestão, levando ao encaminhamento deste tema como o foco do próximo encontro. === Encontro IV === * '''Data:''' 21 de novembro de 2024 * '''Tema:''' Problemas e soluções para organizar e financiar iniciativas no Movimento Wikimedia ==== Pauta ==== # Boas-vindas e quebra-gelo (30 min.) # Introdução (10 min.) # Engajamento, Estratégia e os organizadores do Movimento Wikimedia (15min.) # Discussão (60 min.) # Encaminhamentos (10 min.) ==== Resumo ==== [[File:WikiCon Brasil 2022 - CALIBRA - Regionalização de lideranças no Brasil (03).jpg|miniaturadaimagem|345x345px|O esforço coletivo para o compartilhamento de desafios e a busca por soluções que foi feito no encontro pode ser representado por esta imagem da discussão estratégica ''regionalização de lidernças no Brasil'', oferecida pelo calibra durante a WikiCon Brasil 2022. Nesta discussão, wikimedistas com diferentes experiências e engajados em atividades diversas compartilharam um momento de integração e debate.]] O primeiro momento do encontro foi a atividade de quebra-gelo, em que cada pessoa presente compartilhou seu nome, a cidade de onde estava participando, as suas motivações para participar do encontro e uma viagem dos sonhos. Entre as motivações compartilhadas, estiveram * A formação de comunidade a partir da integração entre pessoas que participam da "Wiki profunda", ou seja, aquelas que têm familiaridade com os processos de edição e de organização do Movimento Wikimedia; * O interesse na temática do encontro e a oportunidade de estabelecer contato com pessoas interessadas na "Wiki profunda"; * Conhecer as pessoas interessadas em formar a rede de colaboração e ativar suas vontades e interesses de forma colaborativa; * A importância atribuida ao tema do encontro; * A oportunidade de se encontrar com a comunidade de wikimedistas lusófonos; * O fortalecimento do senso de comunidade e de espaços integrativos na Wikimedia lusófona; * A participação em discussões que permitem o acesso a experiências e aprendizados comunitários; * A troca de ideias e a busca pela realização de um trabalho com alto impacto comunitário. Já as viagens dos sonhos dos participantes resultaram na seguinte lista de verbetes da Wikipédia * [[w:Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros|Chapada dos Veadeiros]] * [[w:Luanda|Luanda]] * [[w:Argentina|Argentina]] * [[w:Carnaval de Olinda|Carnaval de Olinda]] * [[w:Tanzânia|Tanzânia]] * [[w:Nova Iorque|Nova York]] * [[w:Polônia|Polônia]] * [[w:Olinda|Olinda]] (2x) Finalizada a atividade de integração, uma introdução apresentou os objetivos e a pauta da reunião. Em seguida, foi feita uma apresentação expositiva que passou pelos seguintes pontos * O conceito de Organizadores do Movimento Wikimedia; * Processos profissionais e voluntários de organização do Movimento Wikimedia; * A conformidade do nível de engajamento de pessoas voluntárias com a relação entre suas motivações e seus desafios; * As manifestações práticas da relação apresentada no ponto anterior com os períodos de engajamento e latência na trajetória de pessoas organizadoras do Movimento Wikimedia; * A relação entre a busca por diminuir os desafios de atuação voluntária e a direção estratégica do Movimento Wikimedia; * A importância de acessar recursos para realizar iniciativas de sucesso no Movimento Wikimedia. Durante a discussão, os participantes levantaram os seguintes pontos * A importância de ter acesso a pessoas bem informadas e/ou envolvidas nos processos de avaliação de pedidos de financiamento no Movimento Wikimedia; * Os obstáculos impostos pela baixa intuitividade das ferramentas utilizadas para as submissões dos pedidos de financiamento à Fundação Wikimedia, como o Fluxx; * A maior facilidade em conseguir financiamentos de Fundos Rápidos da Fundação Wikimedia caso o projeto esteja atrelado a alguma campanha pré-existente; * Os obstáculos, e as contradições, impostos pela exigência de um mínimo de edições para a aprovação de pedidos de financiamento à Fundação Wikimedia, uma vez que as capacidades organizativas não dependem de conhecimentos técnicos e podem ser complementadas com o auxílio de usuários experientes; * Diante do mesmo desafio do ponto anterior, a inexistência de uma relação direta entre saber como escrever um bom pedido de financiamento e ter a proposta aprovada; * A urgência de repensar as formas como os fundos da Fundação Wikimedia são distribuídos para iniciativas voluntárias; * A necessidade de garantir uma maior conexão e interlocução entre os proponentes e os avaliadores de pedidos de financiamento para a Fundação Wikimedia. Finalmente, nos encaminhamentos, os participantes foram questionados sobre ''em que medida uma rede de colaboração entre pares pode auxiliar na busca por maior equidade nas formas como a distribuição de fundos ocorre no Movimento Wikimedia''. Como resposta, foram feitas as seguintes sugestões * Trabalhar colaborativamente, enquanto rede, em um levantamento de desafios e obstáculos enfrentados por pessoas que buscam acessar fundos do Movimento Wikimedia, que subsidie a construção de estratégias comunitárias para aumentar a chance de sucesso; * Apresentar os dados deste levantamento ao Movimento Wikimedia, para incentivar a busca global pela identificação de desafios e soluções para o apoio financeiro a iniciativas voluntárias; * A partir dos mesmos dados, organizar e apresentar sugestões para aumentar a transparência dos processos de avaliação de pedidos de financiamento à Fundação Wikimedia; * Escrever brochuras e oferecer oficinas que apresentem os critérios básicos, os desafios recorrentes e compartilhem modelos que facilitem a escrita e o planejamento de projetos. ===Encontro V=== [[File:Participantes do encontro V do Calilu.jpg|miniaturadaimagem|400x400px|Registro dos participantes do encontro. ]] * '''Data:''' 05 de dezembro de 2024 * '''Tema:''' Participação em eventos internacionais e desenvolvimento comunitário ==== Pauta ==== #Introdução (5 min.) #Apresentações ##Pedro Terres (10 min.) ##Túllio Franca (10 min.) ##Braima Nhamadjo e Laércia Valeriana (20 min.) ##Miréia Figueiredo (10 min.) ##Hector Corrale (10 min.) #Discussão (55 min.) ==== Resumo ==== O encontro foi estruturado a partir de dois blocos: apresentações e discussão. Pedro Terres, Túllio Franca, Miréia Figueiredo e Hector Corrale compartilharam suas experiências como participantes da [[m:Conferencia Justicia climática Perú 2024/pt-br| Conferência justiça climática, vozes indígenas e plataformas Wikimedia]], realizada no Peru. Já Braima Nhamadjo e Laércia Valeriana apresentaram sua experiência como participantes da [[m:WikiIndaba conference 2024|WikiIndaba 2024]], realizada na África do Sul. Em suas intervenções, os participantes compartilharam ideias e informações sobre * A descoberta da existência do evento, a motivação para participação e o processo de inscrição; * Dificuldades relativas à localização e locomoção no local do evento; * Aspectos marcantes da programação; * Avaliação e impressões sobre a própria participação; * Interação e interlocução com pessoas lusófonas e/ou de outras comunidades, falantes de outras línguas; * A pluralidade de comunidades e culturas presentes nos eventos; * O impacto da participação no evento para a atuação on e off-wiki; * Aprendizados obtidos durante o evento. A discussão abarcou tópicos diversos, entre os quais têm destaque * a contribuição da participação em eventos presenciais para a ampliação das perspectivas de atuação on-wiki e a sua incidência sobre processos pessoais e/ou profissionais off-wiki; * a possibilidade que a realização de eventos oferece para a criação e melhoria de conteúdo sobre os locais que os sediam nas plataformas Wikimeia; * os desafios de interlocução e integração das comunidades lusófonas com os países geograficamente mais próximos delas, por conta de não compartilharem uma mesma língua; * os desafios de interlocução e integração das comunidades lusófonas entre si, por conta da grande distância geográfica que as separa e a consequente necessidade de grandes deslocamentos para que possam se encontrar presencialmente; * a maior qualidade das interações presenciais em relação às remotas; * a importância de valorizar iniciativas de produção e melhoria de conteúdos em línguas nativas, para além da língua colonial compartilhada; * as dificuldades causadas pela ausência de tradução e comunicação em língua portuguesa antes e durante o evento; * a importância do oferecimento de apoio para a participação voluntária em eventos comunitários, seja com passagens, bolsas parciais e a complementação de apoios oferecidos pelo próprio evento e por afiliados; * as formas como uma documentação de qualidade, com gravação e registro das sessões, garante o acesso à informação durante após o evento; * a percepção das diferenças entre os temas priorizados em iniciativas de diferentes comunidades; * a lacuna de participação de pessoas lusófonas na organização dos eventos internacionais do Movimento Wikimedia e as consequentes sub-representação comunitária e sobrecarga das pessoas lusófonas envolvidas; * a necessidade de construir e adotar estratégias de mitigação do impacto ambiental em eventos do Movimento Wikimedia, de forma contextualizada e a partir das perspectivas das diferentes comunidades. Também foram apresentadas as seguintes demandas * a realização de uma oficina de escrita de publicações no Diff post; * a adoção de práticas de colaboração comunitária para a submissão de inscrições e preparação de intervenções em eventos do Movimento Wikimedia; * a construção de um espaço permanente para o compartilhamento de experiências e aprendizados obtidos a partir da participação em eventos com os demais membros da comunidade. 2n4ytgl1xyyda7xby11dht3n5tv5isx Utilizador:ProfThainaRocha 2 28373 167722 164435 2024-12-05T22:49:00Z ProfThainaRocha 40781 remoção das imagens 167722 wikitext text/x-wiki Thainá Rocha é mestra em Comunicação de Interesse Público, com estudos na área de '''Negritude'''. É escritora e professora universitária da área de ''Comunicação, Cultura e Artes.'' É uma das docentes responsáveis pela UC de Cultura e Artes na Ânima Educação, junto com a professora Joana Meniconi. == '''Sobre a autora''' == Thainá Rocha é autora de 25 textos publicados em coletâneas literárias<ref>https://www.thainarocha.com.br/livros-e-publica%C3%A7%C3%B5es/colet%C3%A2neas - Acessado em 17/10/2024</ref>, é publicitária e professora universitária<ref name=":0">https://www.thainarocha.com.br/curr%C3%ADculo - Acesso em 17/10/2024</ref>, com estudos na área de Negritude e Juventude<ref>https://www.thainarocha.com.br/pesquisa - Acesso em 17/10/2024</ref>. É natural de Guarujá,<ref name=":0" /> SP. == '''Referências''' == <references /> 2cthm1o53g1z4iqfd47gzaueh9ga9uo Cultura e Artes: Cachorro-quente de Osasco Um patrimônio cultural e símbolo da cidade 0 29173 167712 167696 2024-12-05T21:30:48Z Pamelartmins 40790 Texto e imagem 167712 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2022, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === A Influência das Redes Sociais === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== Plataformas de Delivery e Avaliações Online ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== Mídia Tradicional e Eventos Temáticos ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == 3157lullk7l81efbwjvtka8eqi97afj 167713 167712 2024-12-05T21:37:31Z Pamelartmins 40790 167713 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === A Influência das Redes Sociais === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== Plataformas de Delivery e Avaliações Online ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== Mídia Tradicional e Eventos Temáticos ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == 6d4stlz9zadf3cxgiwj2tlu98jf489r 167717 167713 2024-12-05T22:34:09Z Pamelartmins 40790 167717 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === A Influência das Redes Sociais === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== Plataformas de Delivery e Avaliações Online ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== Mídia Tradicional e Eventos Temáticos ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == <references /> [[Ficheiro:Integrantes_do_grupo.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Criadoras da página]] == Integrantes == Estudantes do oitavo semestre no curso de psicologia na Universidade São Judas Tadeu. Beatriz, Dalila e Pâmela, são criadoras da página e pesquisadoras do tema focado na manifestação cultural. 0wi79xjc9yzh20809wv28q0bc9bnzsd 167718 167717 2024-12-05T22:34:47Z Pamelartmins 40790 167718 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === A Influência das Redes Sociais === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== Plataformas de Delivery e Avaliações Online ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== Mídia Tradicional e Eventos Temáticos ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == <references /> == Integrantes == [[Ficheiro:Integrantes_do_grupo.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Criadoras da página]]Estudantes do oitavo semestre no curso de psicologia na Universidade São Judas Tadeu. Beatriz, Dalila e Pâmela, são criadoras da página e pesquisadoras do tema focado na manifestação cultural. gcgzd989q7dzxkw47i7iyuf6yuw9bvy 167719 167718 2024-12-05T22:38:31Z Pamelartmins 40790 167719 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === A Influência das Redes Sociais === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== Plataformas de Delivery e Avaliações Online ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== Mídia Tradicional e Eventos Temáticos ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == <references /> 4lyndhtjqv5u5sj3ygqodx4e14ushza 167731 167719 2024-12-05T23:44:38Z Dalila Sousa dos Santos 40815 167731 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === <small>A Influência das Redes Sociais</small> === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== Plataformas de Delivery e Avaliações Online ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== Mídia Tradicional e Eventos Temáticos ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == <references /> l3muvp2rjwftyyjw0dcvqvdj8nflh4f 167732 167731 2024-12-05T23:45:05Z Dalila Sousa dos Santos 40815 167732 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === <small>A Influência das Redes Sociais</small> === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== Plataformas de Delivery e Avaliações Online ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== <big>Mídia Tradicional e Eventos Temáticos</big> ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == <references /> nodlz3dm1m3tiw9y3jt2h59e1kh70aj 167733 167732 2024-12-05T23:47:22Z Dalila Sousa dos Santos 40815 167733 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === <big>A Influência das Redes Sociais</big> === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== <big>Plataformas de Delivery e Avaliações Online</big> ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== <big>Mídia Tradicional e Eventos Temáticos</big> ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == <references /> na84uhf5hml5f8gdv52a0ijooaf6148 167734 167733 2024-12-05T23:48:04Z Dalila Sousa dos Santos 40815 167734 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === <small>A Influência das Redes Sociais</small> === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== <big>Plataformas de Delivery e Avaliações Online</big> ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== <big>Mídia Tradicional e Eventos Temáticos</big> ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == <references /> ipumx6busxmgo2qqxdw1r5ftig9bjos 167735 167734 2024-12-05T23:48:36Z Dalila Sousa dos Santos 40815 167735 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === <small>A Influência das Redes Sociais</small> === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== <big><u>Plataformas de Delivery e Avaliações Online</u></big> ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== <big>Mídia Tradicional e Eventos Temáticos</big> ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == <references /> f7ivk9ms4anbpgfd1eq74zp0dtmdwfd 167736 167735 2024-12-05T23:48:54Z Dalila Sousa dos Santos 40815 167736 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === <small>A Influência das Redes Sociais</small> === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== <big><u>Plataformas de Delivery e Avaliações Online</u></big> ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== Mídia Tradicional e Eventos Temáticos ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == <references /> 09icn204xe4wcs73wv1k1pva1miv2pz 167737 167736 2024-12-05T23:49:10Z Dalila Sousa dos Santos 40815 167737 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === <small>A Influência das Redes Sociais</small> === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== Plataformas de Delivery e Avaliações Online ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== Mídia Tradicional e Eventos Temáticos ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == <references /> l3muvp2rjwftyyjw0dcvqvdj8nflh4f 167738 167737 2024-12-05T23:49:25Z Dalila Sousa dos Santos 40815 167738 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === A Influência das Redes Sociais === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== Plataformas de Delivery e Avaliações Online ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== Mídia Tradicional e Eventos Temáticos ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == <references /> 4lyndhtjqv5u5sj3ygqodx4e14ushza 167739 167738 2024-12-05T23:50:26Z Dalila Sousa dos Santos 40815 167739 wikitext text/x-wiki === <big>História do cachorro-quente</big> === [[Ficheiro:Cachorro_quente.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente - SP]] Existem algumas teorias sobre o surgimento do cachorro-quente. A história mais famosa é que ele teria sido originado na Alemanha e foi modificado nos Estados Unidos.<ref>'''Cachorro quente!''' Disponível em ‌https://pt.mcny.org/story/hot-dog - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> Os imigrantes alemães teriam levados as receitas de salsicha para os Estados Unidos no século 19, e o lanche evoluiu para a forma que conhecemos hoje. Por volta de 1860, o nome "cachorro-quente" e a prática de rechear salsicha no pão tornaram-se populares nos Estados Unidos<ref>A verdadeira origem do “hot dog”, a comida mais emblemática dos Estados Unidos. '''BBC News Brasil''', [s.d.]. Disponível em https://www.bbc.com/portuguese/vert-tra-49293807 - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref>. Há uma história famosa que, embora em parte folclore, popularizou o termo “cachorro-quente”. Feito por um vendedor chamado Harry Stevens, que servia lanches em jogos de beisebol em Nova York. Outra versão da história afirma que a palavra surgiu como uma piada, relacionada ao formato alongado de uma salsicha cujo corpo lembra um “dachshund”, raça de cachorro alemã conhecida como “salsicha” aqui no Brasil. O cachorro-quente foi crescendo em popularidade nos Estados Unidos como um lanche prático e acessível. A receita se expandiu pelo mundo, adquirindo variações de acordo com a cultura local.<ref>'''História Hoje: Surgimento do cachorro-quente tem três versões diferentes'''. Disponível em https://agenciabrasil.ebc.com.br/radioagencia-nacional/geral/audio/2016-09/historia-hoje-surgimento-do-cachorro-quente-tem-tres Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> No Brasil, devido as nossas diversidades, encontramos diferentes versões pelo pais inteiro. Por exemplo, em São Paulo, além do pão e da salsicha, é comum adicionar purê de batata e batata palha. No Rio de Janeiro, pode-se acrescentar ovos de codorna, uva passa e queijo parmesão ralado. Em Blumenau, é tradicional utilizar chucrute e bacon. No Pará, é comum adicionar carne moída e salada de repolho.<ref>RAPOPORT, I. D. '''Cachorro-quente: De onde surgiu a ideia de que um pão com salsicha se parece com um cachorro?''' Disponível em https://aventurasnahistoria.com.br/noticias/reportagem/cachorro-quente-de-onde-surgiu-a-ideia-de-quem-um-pao-com-salsicha-se-parece-com-um-cachorro.phtml - Acesso em 02 de novembro de 2024.</ref> === <sub><big>História do cachorro-quente de Osasco</big></sub> === [[Ficheiro:Dog_de_Osasco.jpg|miniaturadaimagem|Cachorro-quente no prato - Osasco.|esquerda]] O famoso lanche surgiu na cidade de Osasco por volta da década de 1960 e cresceu rapidamente em popularidade, especialmente entre os trabalhadores locais que buscavam refeições rápidas, baratas e nutritivas. Os donos de carrinhos de cachorro-quente começaram a incrementar as receitas para agradar o público, criando uma experiência gastronômica única. Assim, o "dogão de OZ" se tornou um símbolo de criatividade e generosidade, refletindo a cultura acolhedora e diversificada da cidade.<ref>AMARO, L. '''Vídeo: Osasco distribui maior cachorro-quente do Brasil, com 62 metros'''. Disponível em https://www.metropoles.com/sao-paulo/video-osasco-distribui-maior-cachorro-quente-brasil - Acesso em 15 de novembro de 2024.</ref> Moradores contam que o primeiro vendedor do lanche abriu sua primeira barraca nos anos 60, na frente da Escola Estadual José Liberatti, localizada no centro da cidade. Com o passar dos anos, o cachorro-quente de Osasco virou um elemento de identidade e pertencimento, atraindo até visitantes de outras regiões que buscam experimentar a iguaria. Os sinais de popularização e destaque na mídia já acontecem a cerca de 1 década. O cachorro-quente de Osasco, se tornou famoso e ganhou o título de patrimônio cultural em 2022, pela sua importância para a cultura e identidade local<ref>PREFEITURA DE OSASCO'''. Cachorro-quente pode ser reconhecido como patrimônio cultural e imaterial de Osasco.''' Disponível em https://www.osasco.sp.leg.br/noticia/550/Cachorro-quente-pode-ser-reconhecido-como-patrimonio-cultural-e-imaterial-de-Osasco - Acesso em 02 de novembro.</ref>. O reconhecimento como patrimônio cultural foi uma forma de valorizar essa tradição e sua contribuição para a história e cultura local, celebrando o papel dos vendedores ambulantes e a singularidade desse lanche no cenário gastronômico brasileiro. O dogão de Osasco é conhecido por suas características únicas e fartura de ingredientes. Em suas versões mais completas ele pode ser servido com uma combinação generosa de elementos como purê de batata, batata palha, milho, ervilha, queijo, vinagrete, catupiry, bacon, além dos ingredientes clássicos como salsicha e molhos variados. Muitos ambulantes ainda oferecem opções com linguiça, frango desfiado e até carne moída. Segundo o site oficial da cidade de Osasco. Atualmente a cidade possui quase 200 carrinhos de cachorro-quente licenciados, distribuídos entre a região central e os demais bairros. Na área central, a estimativa é de que cada carrinho vende cerca de 25 a 60 lanches por dia.<ref>OLIVEIRA, J. '''Maior cachorro-quente do Brasil é servido a 5 mil pessoas em Osasco - Prefeitura de Osasco'''. Disponível em https://osasco.sp.gov.br/maior-cachorro-quente-do-brasil-e-servido-a-5-mil-pessoas-em-osasco/ - Acesso em 02 de novembro</ref> Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. O lanche pode variar de valores, indo de R$ 3,00 a R$ 10,00. == Impactos e Perspectivas Socioeconômicas do Cachorro-quente == '''1. Geração de renda para pequenos empreendedores:'''[[Ficheiro:Valores do cachorro-quente.jpg|miniaturadaimagem|Valores do Cachorro-quente - Osasco.]]O cachorro-quente de Osasco impulsiona a economia local e representa uma importante fonte de renda para vendedores ambulantes e pequenos comércios que se beneficiam da grande procura pelo lanche. '''2. Ênfase no comércio local:''' Os ingredientes utilizados costumam ser com ingredientes frescos e são frequentemente adquiridos de fornecedores locais, criando um ciclo econômico que fortalece o comércio e a indústria alimentar na região.   '''3. Atração turística e cultural:''' O cachorro-quente de Osasco foi tombado patrimônio cultural e imaterial em 2023, atraindo turistas de outras cidades e estados interessados ​​em experimentar o famoso “dogão”, trazendo receita adicional para a indústria do turismo.   '''4. Comodidade e inclusão econômica:''' Com preços que variam de R$ 3,00 a R$ 10,00, esse lanche é indicado para diversos públicos, atendendo tanto trabalhadores que buscam uma refeição rápida e barata quanto aqueles que buscam serviços de lazer às famílias. '''5. Símbolos da identidade local:''' Os cachorros-quentes aumentam o sentimento de pertencimento dos moradores, tornam-se um elemento unificador da comunidade e celebram a diversidade cultural de Osasco. '''6. Exemplos de criatividade alimentar:''' A rica variedade de ingredientes incentiva a inovação culinária, fazendo de Osasco um excelente exemplo da culinária popular brasileira. '''7. Estimativa de faturamento dos comerciantes locais:'''<ref>ZIBORDI, M. '''Saiba como Osasco se tornou a capital do cachorro-quente.''' Disponível em https://www.terra.com.br/visao-do-corre/rango-esperto/saiba-como-osasco-se-tornou-a-capital-do-cachorro-quente,9c84b8b80c52ffc36c7b07409e71c0dctemq079s.html?utm_source=clipboard - Acesso em 22 de novembro de 2024.</ref> Com base nos dados adquiridos durante a pesquisa, podemos fazer uma estimativa de faturamento para um vendedor de cachorro-quente em Osasco. Iremos considerar a média de vendas diárias para os carrinhos na região central e nos demais bairros, e também uma média de preço para os lanches. Na região central, a estimativa é de que cada carrinho venda cerca de 25 a 60 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 42 lanches por dia. Nos demais bairros, os ambulantes chegam a vender entre 15 a 35 lanches por dia. Vamos considerar uma média de 25 lanches por dia. Considerando a faixa de preço dos lanches, que vai de R$ 3,00 a R$ 10,00, vamos considerar uma média de R$ 6,50 por lanche. Agora podemos calcular o faturamento diário estimado de vendas: ''Região central:'' 42 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 273,00/dia ''Demais bairros:'' 25 lanches/dia x R$ 6,50/lanche = R$ 162,50/dia Portanto, a estimativa de faturamento diário para um vendedor de cachorro-quente em Osasco seria de aproximadamente R$ 273,00 na região central e R$ 162,50 nos demais bairros. Lembrando que esses valores são apenas estimativas e podem variar de acordo com diversos fatores, como a localização exata do ponto de venda, a qualidade do produto, a demanda sazonal, entre outros. == Impactos midiáticos == === ''A Influência das Redes Sociais'' === [[Ficheiro:Barraquinha_da_Laura.jpg|miniaturadaimagem|270x270px|Fachada da barraquinha da Laura ]] Instagram, TikTok e Facebook transformaram os cachorros-quentes de Osasco em protagonistas de vídeos virais, onde consumidores mostram seus lanches. Esses conteúdos geram curiosidade e desejo, atraindo moradores de outras cidades e até turistas. Uma das vendedoras traz a importância das redes em suas vendas, Laura conquistou mais de 5 mil seguidores no Instagram após a postagem de um vídeo. ==== ''<big>Plataformas de Delivery e Avaliações Online</big>'' ==== Os aplicativos de entrega, como iFood e Uber Eats, ampliaram o alcance das vendas. Com avaliações e comentários positivos, as barracas ganham mais visibilidade, atraindo novos clientes. Muitos estabelecimentos também utilizam estratégias de marketing dentro dessas plataformas, oferecendo promoções exclusivas e combos atrativos. ===== ''<big>Mídia Tradicional e Eventos Temáticos</big>'' ===== Além das redes sociais, a mídia tradicional, como jornais e programas de TV, tem um papel histórico na construção da fama dos cachorros-quentes de Osasco. Reportagens sobre a diversidade e qualidade dos lanches atraem a atenção de um público mais amplo. Eventos temáticos, como festivais de food trucks e competições de melhor hot dog, também ajudam a perpetuar essa cultura. == Entrevista com comerciantes e moradores da cidade == [[Ficheiro:Funcionaria_trabalhando_em_barraquinha_de_cachorro_quente_em_Osasco_-_SP.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Funcionaria trabalhando em barraquinha de cachorro quente em Osasco - SP]] Ao visitar o famoso "Calçadão de Osasco" demos de encontro com diversas pontos de venda, ou como chamam os moradores locais, barraquinhas de cachorro-quente, desde as mais clássicas até outras mais gourmets, essas barracas se estendem por toda a avenida e estão sempre cheias. Ao escolhermos uma "Hot Dog da Laura" (foto a esquerda) nos surpreendemos quando ela e a filha começaram a nos contar sua história: a barraca possui mais de 25 anos e a Laura herdou de sua sogra, sendo a única fonte de renda da família há anos, elas estão todos os dias no Calçadão por quase 12h e dizem que o movimento é o mesmo a semana toda em qualquer horário. Com o ponto de venda físico mais o IFood, elas informam vender cerca de 500 pães por dia, sendo em torno de 350 pães na venda física e entre 100/150 por venda online, sendo o mais vendido o cachorro-quente na baguete, e isso tudo contando somente com 3 mulheres trabalhando no local o dia todo. Entrevistamos também um casal de moradores e pudemos entender também como é a relação deles com a comida, os dois disseram que comem o hot dog desde que eram jovens, um deles inclusive voltava a pé para casa da época de escola pois usava o dinheiro da passagem para comprar cachorro-quente. O alimento era o ponto certo para irem no "final do rolê", quando estavam com fome durante a madrugada e eles reforçam que mesmo tarde da noite, sempre tinha fila nas barraquinhas. Cada um deles gosta do seu cachorro-quente de um jeito, mas os dois concordam que não acharam um lugar melhor que Osasco para comer, e acreditam que a cultura da cidade é muito refletida no seu cachorro-quente, tornando-o um patrimônio da cidade aos olhos de todos os moradores. == Referências == <references /> 7xd7z1swdatw9b9coqy93d8vqzdtm1k Cultura e Artes: Schützenfest 0 29177 167721 167693 2024-12-05T22:45:37Z AnaJuliaDeretiGaio 40784 Adição de mais informações 167721 wikitext text/x-wiki [https://www.jaraguadosul.sc.gov.br/historia-schutzenfest HISTÓRIA SCHÜTZENFEST, Prefeitura de Jaraguá do sul. Disponível em: <https://www.jaraguadosul.sc.gov.br/historia-schutzenfest>. Acesso em: 20 nov. 2024.]<ref>HISTÓRIA SCHÜTZENFEST, Prefeitura de Jaraguá do sul. Disponível em: <<nowiki>https://www.jaraguadosul.sc.gov.br/historia-schutzenfest</nowiki>>. Acesso em: 20 nov. 2024.</ref> [https://www.jaraguadosul.sc.gov.br/historia-schutzenfest ‌] = '''Schützenfest em Jaraguá do Sul - Santa Catarina''' = == '''Origem''' == A Schützenfest ou Festa dos Atiradores é uma festa de origem germânica que foi trazida para a cidade de Jaraguá do Sul, em Santa Catarina, pelos imigrantes alemães que colonizaram a região, sendo um símbolo da herança cultural desse povo que celebra as tradicionais competições de tiro organizadas nas comunidades germânicas europeias. A primeira edição jaraguaense da Schützenfest foi realizada em 1989, por meio da Associação dos Clubes e Sociedades de Tiro do Vale do Itapocu (ACSTVI). Essas sociedades de tiro haviam iniciado suas atividades na cidade em 1906. Entretanto, a partir de 1938, quando houve a Campanha de Nacionalização — um conjunto de medidas que visavam reprimir a influência de comunidades estrangeiras no Brasil —, as sociedades se enfraqueceram e muitas delas foram tomadas por militares. Foi somente em meados da década de 1980 que os grupos voltaram a se reunir e é nesse momento que surge a ideia de realizar uma grande festa para resgatar suas tradições. Desde então, ela acontece anualmente no mês de novembro, no Parque Municipal de Eventos Ademar Duwe, com duração média de dez dias, sendo considerada, atualmente, a maior do país. == '''Diversão e lazer repletos de cultura''' == A Schützenfest reúne uma série de atrações que permitem reviver a cultura alemã, servindo como um espaço de valorização das origens e reafirmação identitária da comunidade. A festa, que atrai públicos de todas as idades, bateu seu recorde na 34ª edição: mais de 157 mil pessoas passaram pelos pavilhões entre os dias 7 e 17 de novembro de 2024. Todos os anos, grupos folclóricos e bandas animam o evento com muita música típica. As competições de tiro, evidentemente, são um elemento indispensável na Festa dos Atiradores e garantem a alegria do público, que pode disputar em duas categorias. Além disso, ocorrem ainda desfiles de rua protagonizados pelos integrantes das sociedades de atiradores e um disputado concurso de realezas. <references /> == '''Gastronomia e trajes típicos''' == A comida e as vestimentas são duas estrelas da festa, representando categoricamente o que há de mais apreciado na cultura alemã. Na gastronomia, linguiças artesanais, pretzel, batata recheada e strudel estão entre os itens mais pedidos, acompanhados de um chopp gelado, que é sempre ofertado em numerosas variedades. O espaço conta com restaurantes e quiosques que possibilitam explorar a culinária de maneira farta, característica pela qual o povo alemão é conhecido. As vestimentas não ficam de fora na tradição. É comum ver o público do evento com roupas típicas, e quem as utiliza ganha gratuidade na entrada. Quando vestidos assim, os homens são popularmente chamados de Fritz, e as mulheres, de Frida. == '''Wilfred – O mascote''' == Esbanjando alegria e sendo requisitado para muitos “cliques”, Wilfred é a personificação da essência da Festa dos Atiradores. Usando traje típico alemão, carregando um sorriso no rosto e sua arma inseparável, ele chegou para substituir “Vovô e Vovó Choppona” um modelo de personagem inspirado no mascote da Oktoberfest, que foram os primeiros mascotes da Schutzenfest. Em 1998, através de um concurso elaborado pela Associação de Clubes e Sociedades de Tiro do Vale do Itapocu, Fernando Bastos criou o carismático Wilfred: um representante mais autêntico da comunidade que acompanha o evento até os dias atuais. == '''Preservação das tradições''' == Para os habitantes de Jaraguá do Sul e região, além da importância econômica, a festa representa a preservação das tradições germânicas que fazem parte de sua história e individualidade. Eles celebram com entusiasmo a união das sociedades de tiro esportivo, prática mantida até a contemporaneidade na cidade e seus arredores, além de avivar a paixão pela tradição e fortalecer sua propagação. A 1ª Princesa da Sociedade S.E.R Guarany 2024, Eloiza Wolpi, que participa do evento há mais de 11 anos, relata: ''“Além da gastronomia e das atrações, amo ver a união e animação da cidade quando o assunto é Schutzenfest, ver como celebramos com respeito as tradições que foram trazidas pelos nossos antepassados e como toda essa cultura é tão amada e celebrada.”'' A festividade promove uma integração intercomunitária que permite a diversas gerações e etnias explorar a verdadeira cultura alemã e, aos descendentes germânicos, exaltar suas raízes com orgulho. 32rrg872a69a3xjbh36lhibeqnm7jen Cultura e Artes: Instituto Querô 0 29179 167753 167518 2024-12-06T05:49:37Z Jessxkws 40891 167753 wikitext text/x-wiki = '''<big>Instituto Querô</big>''' = O Querô é uma instituição sem fins lucrativos que busca promover o acesso à arte e a cultura, e ajudar a transformação humana e cidadã de jovens e moradores de comunidades de baixa renda da Baixada Santista por meio do audiovisual, sempre visando colaborar com a redução da desigualdade social. Anualmente, são realizados projetos que utilizam o trabalho coletivo como impulsionador de mudanças sociais e de expressão para as classes populares. == '''História''' == O Instituto Querô foi criado com o objetivo de transformar vidas por meio do audiovisual. Desde 2006, a iniciativa capacita jovens de baixa renda na Baixada Santista, promovendo inclusão social e democratizando o acesso à cultura. Crescendo ao longo dos anos, o Querô expandiu suas atividades para diversos projetos sociais e educativos, sempre focando no impacto positivo e no fortalecimento da identidade cultural. * '''Propósito''' Transformar a vida de jovens e comunidades por meio do audiovisual, promovendo inclusão social, diálogo sobre questões relevantes, e geração de renda e oportunidades. O Querô acredita no poder da educação e da cultura para construir um futuro mais igualitário. == '''Projetos''' == * '''Oficinas Querô''' Focadas na capacitação audiovisual de jovens de baixa renda, as Oficinas Querô oferecem aprendizado técnico e desenvolvimento de habilidades socioemocionais, preparando participantes para o mercado audiovisual e para a vida. Jovens formados nas Oficinas são constantemente contratados em projetos da Produtora Querô. * '''Querô na Escola''' Voltado para escolas públicas, o projeto leva oficinas de audiovisual para alunos, que participam de atividades como sensibilização, roteiro e filmagem. O resultado são curtas-metragens de até 3 minutos, explorando temas sociais e escolares, aproximando a comunidade escolar e o audiovisual. * '''Querô Comunidade''' Empodera moradores de comunidades ao oferecer oficinas e debates audiovisuais que destacam temas locais e culturais. O projeto culmina em documentários que amplificam as vozes das comunidades e promovem seu protagonismo cultural. * '''Oficina Querô para PCDs''' Adaptada às necessidades de pessoas com deficiência, essa oficina promove a inclusão no audiovisual. Em até três dias, participantes criam um curta-metragem acessível e relevante, fortalecendo sua expressão artística e social. * '''Sessão Pipoca''' Mensalmente, o projeto promove sessões de cinema para crianças e moradores da Vila Nova, bairro onde o Querô está localizado. As sessões são organizadas por jovens capacitados e incluem distribuição de pipoca, proporcionando lazer e cultura à comunidade. * '''Sessões Querô''' Exibe filmes produzidos nas Oficinas Querô em escolas e instituições socioculturais da Baixada Santista, seguidos por bate-papos com os jovens realizadores. A iniciativa amplia o alcance das produções e estimula o diálogo com o público. == '''Produtora Querô''' == Falar com a produtora surgiu e como ajuda os jovens formados pelo Querô ==== Seviços ==== Serviços prestados ==== Portfólio ==== Colocar algumas obras audiovisuais que a produtora já atuou e que sejam brevemente conhecidas (falta colocar em algum lugar sobre os prêmios, não sei onde encaixar isso, referencias vão no final) kxhvrm9buypkcbf8pww6x9h3bckw0wy CULTURA E ARTES: FESTIVAL DE DANÇA DE JOINVILE 0 29181 167716 166822 2024-12-05T22:08:03Z Jhennyfer da Silva Custodio 40779 167716 wikitext text/x-wiki [[Ficheiro:Estival de Joinvile.jpg|miniaturadaimagem|A imagem retrata uma cena do Festival de Dança de Joinville, considerado o maior festival de dança do mundo. Ela apresenta dançarinos em trajes tradicionais e contemporâneos, performando em um palco iluminado com uma decoração vibrante. No fundo, há banners e luzes que destacam o clima festivo. O público, atento e animado, aparece ao redor, enfatizando o aspecto cultural e artístico do evento.]] '''Introdução''' O Festival de Dança de Joinville é reconhecido como um dos maiores e mais importantes eventos de dança do mundo. Realizado na cidade de Joinville, em Santa Catarina, ele atrai milhares de bailarinos, coreógrafos e apreciadores da arte todos os anos e de diversas regiões do país, oferecendo uma vasta programação que inclui competições, apresentações, oficinas e mostras de diferentes estilos. Neste trabalho, abordaremos a importância do festival para a cultura nacional e internacional, além de seu impacto social e econômico na cidade-sede. '''História e Origem do Festival.''' O Festival de Dança de Joinville teve sua primeira edição em 1983, idealizado pelo professor de balé Carlos Tafur e a artista plástica Albertina Tum, com o apoio da Prefeitura de Joinville e de outros parceiros. O evento foi concebido como um espaço para promover e valorizar a dança em suas múltiplas formas, destacando-se pela diversidade de estilos, como balé clássico, balé neoclássico, jazz, dança contemporânea, dança folclórica, sapateado e danças urbanas. '''Importância Cultural.''' Desde então, o festival cresceu exponencialmente em número de participantes e reconhecimento, consolidando-se como um evento que ultrapassa fronteiras e acolhe dançarinos de diferentes nacionalidades. A cada edição, o evento estabelece recordes de público, sendo prestigiado por pessoas de todas as partes do Brasil e de vários outros países. É responsável por impulsionar a cena da dança, revelando novos talentos, estimulando a criação artística e promovendo o intercâmbio cultural. Culturalmente, serve como um espaço de intercâmbio e aprendizado, onde artistas de diversas culturas e estilos se encontram para compartilhar conhecimentos e experiências únicas. O Festival de Dança de Joinville tem um papel significativo na preservação e promoção da cultura da dança. Ele contribui para a democratização do acesso à arte e proporciona um espaço de intercâmbio cultural, promovendo o respeito e a valorização da diversidade. O evento também se destaca pela inclusão, ao oferecer oportunidades para bailarinos de diferentes contextos sociais mostrarem seu talento. '''Programação do Festival e Participantes.''' O festival oferece uma programação abrangente e diversificada, composta por: Competições: Participantes de todas as idades competem em diversas categorias e estilos, com coreografias que são avaliadas por um corpo de jurados renomado. Mostra Competitiva: Esse é o momento em que grupos de dança exibem suas coreografias em apresentações abertas ao público. Palcos Abertos: Um espaço destinado para apresentações gratuitas em diversos pontos de Joinville, aproximando a dança da comunidade local. Cursos e Oficinas: Ministrados por profissionais altamente qualificados, as aulas são voltadas para a formação e aperfeiçoamento dos dançarinos. Noite dos Campeões: Os melhores grupos de cada categoria se apresentam em um espetáculo de encerramento, celebrando os destaques da edição. A seleção para participação do festival ocorre por meio de uma seletiva feita a partir de vídeos encaminhados à comissão, os arquivos são avaliados por uma banca de jurados com 3 (três) especialistas de cada gênero, os resultados das médias são disponibilizados na área dos grupos no site oficial do festival e as companhias terão prazo defino para confirmar a participação. '''Localização e Estrutura''' O renomado festival ocorre no Centreventos Cau Hansen, na cidade de Joinville-SC, como citado acima, bem como, em vários pontos estratégicos da cidade como Shoppings e em diversos e divergentes locais, até em cidades próximas, considerando que são feitas mostras de danças e também em palcos abertos que sediam os grupos coreografados que se inscreveram e foram selecionados por suas performances, neste caso todas as apresentações são gratuitas e abertas ao público, referente a sua estrutura, o palco principal está localizado no centreventos supracitado, sendo um grande complexo que abriga o centro de convenções Alfredo Salfer, o teatro Joares Machado e o Expocentro Edimundo Doubrawa, localizado na Avenida José Vieira, nº 315, no bairro América. '''Prêmios e Reconhecimentos''' As premiações são direcionadas para a melhor apresentação, a melhor bailarina, o melhor bailarino e o melhor grupo de acordo com a pontuação. Além disso, não há divisões de categorias, porém, há diversos gêneros e subgêneros que são avaliados por uma mesma banca de profissionais. Em 19 de julho de 2016, o presidente em exercício, Michel Temer, por meio da Lei n° 13.314, conferiu à cidade de Joinville o título oficial de Capital da Dança. Além de ser reconhecida pelo uso de bicicletas, das flores e da indústria, foi reconhecida nacional e internacionalmente por ser a Capital da Dança no Brasil. Sendo o único local a sediar uma filial do Teatro Bolshoi fora da Rússia, a oficialização carrega um peso a mais para os dançarinos que participam do festival, participar e ser premiado é uma das grandes realizações de muitos dançarinos. '''Curiosidades e Destaques''' Além de sua relevância artística e cultural, o festival movimenta a economia local, gerando empregos temporários, aumentando o turismo e incentivando o consumo no comércio da cidade. Hotéis, restaurantes e o setor de serviços, em geral, são amplamente beneficiados durante o período do evento. Uma curiosidade sobre o festival é que as crianças com idade entre 10 e 12 anos podem participar do Festival Meia Ponta que acontece no Teatro Juarez Machado durante quatro tardes consecutivas. Assim como nas demais competições, os pequenos precisam enviar suas coreografias com antecedência para que possam ser classificadas e, então, disputem com os demais grupos e campeões do ano anterior. As últimas duas noites do Festival de Dança de Joinville traz uma programação animada e recheada de campeões. Onde o público pode apreciar as coreografias vencedoras da Mostra Competitiva de cada categoria, gênero e subgênero em uma atmosfera energética e mágica. O mesmo acontece na última tarde do evento, com os vencedores mirins do Festival Meia Ponta. E além das premiações, todos os campeões são gratificados com uma vaga para o festival do ano seguinte. Já o Festival 40+ é uma novidade no Festival de Dança de Joinville, pois contou com sua primeira edição neste ano de 2023, com foco nos dançarinos amadores com mais de 40 anos de idade que tiveram um contato mais tardio com o mundo da dança. Assim como na Mostra Competitiva e no Festival Meia Ponta, as coreografias também passam por uma seleção prévia antes de serem selecionadas e apresentadas. Aliás, um fator interessante sobre essas apresentações é que elas podem fazer parte tanto do palco Teatro Juarez Machado, onde acontece a competição, como também dos Palcos Abertos pela cidade, caso deseje. Outro diferencial é que um mesmo grupo pode disputar em diversos gêneros, porém apenas uma vez por dia. Além disso, o grupo que conseguir vencer em primeiro lugar mais vezes ao longo do festival recebe uma premiação especial ao final do evento. Em relação a destaque, pode ser informado que o festival é considerado o maior de dança do mundo pelo Guinness Book desde 2005. Assim, a cidade que possui aproximadamente 616 mil habitantes, sofre um boom gigantesco em época de Festival, desta feita, atraindo um público estimado de 230 mil pessoas. '''Conclusão''' Com isso, percebe-se que o Festival de Dança de Joinville é muito mais do que um evento competitivo, se tornando de extrema importância, é um ponto de encontro entre arte, cultura, inclusão social, impulsionamento da economia e turismo. Este festival reafirma, a cada edição, o poder transformador da dança, proporcionando experiências marcantes e reforçando a identidade cultural da cidade e do Brasil. Em um cenário global em constante mudança, o festival se mantém como referência de qualidade e inovação, sendo um verdadeiro marco na história da dança. '''Referências''' - Site oficial do Festival de Dança de Joinville, Artigos sobre cultura e dança no Brasil, Relatos e documentários sobre a história do festival e TEMER, MI. LEI No 13.314. , 19 jul. 2016. Disponível em: <<nowiki>https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2016/lei-13314-19-julho-2016-783384-publicacaooriginal-150806-pl.html</nowiki>>. Acesso em: 18 nov. 2024. gm9eox0nuu74agdz0vjoehh31td023r Cultura e Artes: Batalha da Aldeia 0 29185 167747 167560 2024-12-06T04:09:55Z AmabileCaballero 40808 167747 wikitext text/x-wiki = Batalha da Aldeia = A batalha de rima que acontece na Aldeia é um duelo de improviso entre MC's (ou rappers), onde eles criam versos rimados no momento, chamados de [[w:Freestyle_(gênero_musical)|Freestyle]], abordando temas variados ou respondendo diretamente ao adversário. Geralmente realizada em espaços públicos, como praças, essas batalhas promovem a expressão artística, a criatividade e a troca de ideias. Além de entreter, elas funcionam como um espaço de resistência cultural, dando voz a questões sociais e fortalecendo a cena do hip-hop local. O objetivo é não apenas vencer, mas também impressionar o público e os jurados com habilidades líricas e presença de palco. [[Ficheiro:Batalha de rima, 2024.jpg|miniaturadaimagem|Foto de batalha de rima, visão do público, 2024.]] == História e Origem == As Batalhas De Rima têm suas raízes no movimento hip-hop, surgido nos anos 1970 nos Estados Unidos, especialmente no [[w:Hip_hop|Bronx]]. Elas evoluíram como um espaço de improviso, onde MCs competiam em habilidades líricas e criatividade, promovendo a expressão cultural e o confronto pacífico de ideias. No Brasil, essas batalhas ganharam força nos anos 2000, influenciadas pelo rap nacional e por eventos como as rodas culturais. A '''Batalha da Aldeia''' (frequentemente abreviada para '''BDA''') teve origem em 2016, na cidade de Barueri, São Paulo. Ela foi criada por Felipe Gaspary (apelidado de Bob 13) e Giovane Zanardi, inicialmente como uma simples roda de rima na Praça dos Estudantes. Com uma caixa de som básica para o beat, o projeto começou reunindo apenas seis jovens dispostos a rimar, mas rapidamente ganhou tração ao ser divulgado em vídeos nas redes sociais. Isso atraiu mais participantes e espectadores de diversas partes do Brasil. Ao longo dos anos, a BDA se consolidou como a maior batalha de rimas da América Latina. Com sua expansão, ela se tornou um coletivo cultural que promove competições, um canal no YouTube com milhões de inscritos, um podcast, e até mesmo uma gravadora musical, a Aldeia Records. A batalha não só revelou talentos como [https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2021/01/14/salvador-da-rima-se-destaca-em-parcerias-de-batalhas-de-rap-na-rua-a-hit-de-funk-com-alok.ghtml Salvador] e [http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Kant], mas também desempenha um papel importante na cultura do hip-hop, promovendo ações sociais e conscientização contra preconceitos, além de fortalecer o turismo e o lazer na região. == Dinâmica do Evento == A dinâmica da Batalha da Aldeia segue um formato clássico de competições de rima freestyle. O evento é estruturado para estimular a criatividade dos participantes e a interação com o público. === Regras e Etapas === * '''Formato''': A competição pode ocorrer em formato 1x1 (duelos individuais), 2x2 (duplas) ou em estilo eliminatório com múltiplos participantes. Cada MC tem um tempo limitado para suas rimas, variando entre 30 segundos e 1 minuto. * '''Temas''': Algumas rodadas possuem temas sorteados, enquanto outras são de tema livre, proporcionando flexibilidade criativa aos competidores. * '''Rodadas''': A batalha pode ter uma ou mais rodadas, sendo realizadas rodadas extras em caso de empate técnico. === Critérios de Avaliação === Os MCs são avaliados com base em: # '''Criatividade''': Originalidade das rimas. # '''Técnica''': Uso de métricas e construção de versos complexos. # '''Flow''': Capacidade de encaixar as rimas no ritmo (beat). # '''Ataques e Respostas''': Habilidade de atacar verbalmente o oponente e responder às provocações. # '''Presença de Palco''': Carisma, postura e interação com o público. === Ambiente === O ambiente das batalhas geralmente ocorre em locais públicos, como praças e centros culturais, promovendo acessibilidade. A Praça dos Estudantes, em Barueri, é um marco simbólico para a BDA. O público desempenha um papel ativo, reagindo às rimas com gritos, aplausos e risadas, o que influencia diretamente a performance dos MCs. Momentos de "microfone aberto" são comuns antes das batalhas oficiais, incentivando novos talentos a se apresentarem. == Objetivos e Impacto == === Objetivos === A Batalha da Aldeia é muito mais do que uma competição. Seus objetivos se alinham ao fortalecimento cultural e à transformação social, promovendo inclusão, reflexão e visibilidade para jovens artistas. Objetivos como expressão artística''',''' BDA oferece uma plataforma para jovens se expressarem por meio do freestyle, transformando suas vivências e realidades em arte. Inclusão social, o evento dá voz a talentos de comunidades periféricas, muitas vezes excluídos de espaços artísticos formais. Fortalece a cultura do hip hop, a BDA contribui para a preservação e expansão da cultura hip-hop no Brasil. Educação e reflexão, temas abordados nas rimas frequentemente incluem questões sociais como desigualdade, racismo e violência, promovendo debates significativos. Desenvolvimento de talentos, A competição impulsiona carreiras artísticas, revelando novos talentos que muitas vezes ganham espaço no mainstream. === Impactos === O impacto da Batalha da Aldeia é significativo em várias frentes: # '''Cultural''': A BDA consolidou o freestyle como uma parte essencial da cultura brasileira, aproximando o Brasil do movimento internacional de batalhas de rima. # '''Social''': O evento cria oportunidades em comunidades marginalizadas, conectando jovens e oferecendo um espaço de pertencimento e valorização. # '''Digital e Artístico''': A popularidade da BDA foi amplificada pelas redes sociais, com vídeos que acumulam milhões de visualizações no YouTube, transformando o evento em um fenômeno digital. Artistas como '''[http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Kant]''', '''[http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Salvador da Rima]''' e '''Jaya Luuck''' tiveram suas carreiras impulsionadas após participações na BDA, levando o freestyle para a música produzida em estúdio. == Premiações e Reconhecimentos == As premiações e o reconhecimento na Batalha de Rima da Aldeia são importantes para validar os MCs e abrir oportunidades na cena do rap. Elas destacam habilidades e podem trazer visibilidade. No entanto, muitos argumentam que a essência das batalhas está na criatividade e na improvisação, não apenas em ganhar prêmios. Assim, embora as premiações sejam um complemento interessante, o foco principal deve ser a arte e a conexão com o público. Um MC bastante reconhecido na cena do freestyle é o **Mário "Krawk"**. Ele se destacou por suas habilidades de improvisação e já participou de várias batalhas importantes, conquistando a admiração do público e dos jurados. Sua trajetória é uma inspiração para muitos aspirantes a MCs. == Relevância Sociocultural == A Batalha de Rima da Aldeia tem grande relevância sociocultural, pois: 1. Expressão Cultural: Permite que MCs abordem temas como desigualdade e racismo, refletindo realidades sociais. 2. Inclusão e Representatividade: Dá voz a artistas de diferentes origens, promovendo diversidade. 3. Fomento à Criatividade: Estimula a improvisação e a expressão única entre os participantes. 4. Comunidade e Conexão: Cria um senso de comunidade entre MCs e o público, promovendo respeito mútuo. 5. Reconhecimento do Freestyle: Ajuda a legitimar o freestyle como uma forma de arte. Esses aspectos mostram que as batalhas são uma ferramenta poderosa para diálogo social e transformação cultural. == Curiosidades e Estatísticas == ''Ver artigo principal: [https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina]'' '''Campeões Memoráveis''' Alguns dos nomes mais famosos que passaram pela BDA incluem Orochi, Kant, César, e Salvador, todos conhecidos por performances lendárias. '''Palcos Iconográficos''' A BDA é realizada em locais marcantes, trazendo uma estética profissional e respeitável ao freestyle, o que a diferencia de outras competições. '''Presença de Jurados Renomados''' A banca avaliadora geralmente conta com artistas e especialistas do rap nacional, conferindo legitimidade às decisões. Além disso, a BDA conta atualmente com mais de 4,6 milhões de inscritos no [https://www.youtube.com/@BatalhaDaAldeia YouTube]. Também é importante ressaltar que os eventos presenciais da Aldeia atraem multidões, como o público de 5 mil pessoas no [https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina aniversário de 8 anos] em 2024, com ingressos esgotados e premiações significativas, como os R$ 100 mil distribuídos entre os vencedores. == Desafios Enfrentados == Ao longo de oito anos de história, o projeto enfrentou diversos desafios, que incluem preconceito, repressão policial e a falta de apoio governamental, mas também conquistou parcerias importantes no setor privado. === Falta de Apoio Público === Apesar de sua relevância cultural, a Batalha da Aldeia não conta com apoio financeiro do poder público, situação que seus organizadores consideram frustrante. O movimento é sustentado por parcerias com empresas privadas, uma situação que, segundo os organizadores, deveria ser complementada por apoio governamental, considerando o valor cultural da batalha. == Referências e Fontes == UOL. Entrevista sobre a história e impacto da Batalha da Aldeia. ''Notícias Barueri''. Disponível em: https://cultura.uol.com.br/programas/provoca/videos/14330_bob-13-expoe-o-preconceito-e-repressao-enfrentados-pela-batalha-da-aldeia-ao-longo-dos-anos.html. Acesso em: 21 nov. 2024. TERRA. História e importância da Batalha da Aldeia. ''Terra''. Disponível em: [https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-sua-importancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-suaimportancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html]. Acesso em: 01 nov. 2024. RAP NA RUA. Retrospectiva da Batalha da Aldeia e eventos recentes. Disponível em:https://rapnarua.com.br/tag/bda/?query-10-page=237&cst. Acesso em: 22 out. 2024. INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO (IFSP). Bio. Disponível em: <nowiki>http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html</nowiki>. Acesso em: 22 out. 2024. METRÓPOLES. Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina. Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina RND. BDA 8 anos – A maior e melhor batalha de todos os tempos. Disponível em: https://portalrnd.com.br/bda-8-anos-a-maior-e-melhor-batalha-de-todos-os-tempos/. Acesso em: 22 de Out.2024 Garcia, J. A. Batalha da Aldeia: a relevância cultural do freestyle no Brasil. São Paulo: Cultura Hip-Hop, 2020. Disponível em: https://gq.globo.com/cultura/noticia/2024/10/batalha-da-aldeia-maior-campeonato-de-rima-do-brasil.ghtml Santos, M. L. O impacto social das batalhas de rima nas periferias brasileiras. Revista de Cultura Urbana, v. 12, n. 3, p. 45-57, 2021. Disponível em: https://noticiasbarueri.com.br/noticias-da-cidade/cidade/voce-conhece-a-batalha-da-aldeia Terra. "Batalha da Aldeia: o que é, quando acontece e sua importância". Disponível em: https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-sua-importancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html Metrópoles. "Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina". Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina#google_vignette Cultura Uol. "BOB 13 expõe o PRECONCEITO e REPRESSÃO enfrentados pela BATALHA DA ALDEIA ao longo dos anos" Disponível em: https://cultura.uol.com.br/programas/provoca/videos/14330_bob-13-expoe-o-preconceito-e-repressao-enfrentados-pela-batalha-da-aldeia-ao-longo-dos-anos.html 96obxejcux2birsl7zkcxexvpy84427 167748 167747 2024-12-06T04:30:18Z AmabileCaballero 40808 /* Desafios Enfrentados */ 167748 wikitext text/x-wiki = Batalha da Aldeia = A batalha de rima que acontece na Aldeia é um duelo de improviso entre MC's (ou rappers), onde eles criam versos rimados no momento, chamados de [[w:Freestyle_(gênero_musical)|Freestyle]], abordando temas variados ou respondendo diretamente ao adversário. Geralmente realizada em espaços públicos, como praças, essas batalhas promovem a expressão artística, a criatividade e a troca de ideias. Além de entreter, elas funcionam como um espaço de resistência cultural, dando voz a questões sociais e fortalecendo a cena do hip-hop local. O objetivo é não apenas vencer, mas também impressionar o público e os jurados com habilidades líricas e presença de palco. [[Ficheiro:Batalha de rima, 2024.jpg|miniaturadaimagem|Foto de batalha de rima, visão do público, 2024.]] == História e Origem == As Batalhas De Rima têm suas raízes no movimento hip-hop, surgido nos anos 1970 nos Estados Unidos, especialmente no [[w:Hip_hop|Bronx]]. Elas evoluíram como um espaço de improviso, onde MCs competiam em habilidades líricas e criatividade, promovendo a expressão cultural e o confronto pacífico de ideias. No Brasil, essas batalhas ganharam força nos anos 2000, influenciadas pelo rap nacional e por eventos como as rodas culturais. A '''Batalha da Aldeia''' (frequentemente abreviada para '''BDA''') teve origem em 2016, na cidade de Barueri, São Paulo. Ela foi criada por Felipe Gaspary (apelidado de Bob 13) e Giovane Zanardi, inicialmente como uma simples roda de rima na Praça dos Estudantes. Com uma caixa de som básica para o beat, o projeto começou reunindo apenas seis jovens dispostos a rimar, mas rapidamente ganhou tração ao ser divulgado em vídeos nas redes sociais. Isso atraiu mais participantes e espectadores de diversas partes do Brasil. Ao longo dos anos, a BDA se consolidou como a maior batalha de rimas da América Latina. Com sua expansão, ela se tornou um coletivo cultural que promove competições, um canal no YouTube com milhões de inscritos, um podcast, e até mesmo uma gravadora musical, a Aldeia Records. A batalha não só revelou talentos como [https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2021/01/14/salvador-da-rima-se-destaca-em-parcerias-de-batalhas-de-rap-na-rua-a-hit-de-funk-com-alok.ghtml Salvador] e [http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Kant], mas também desempenha um papel importante na cultura do hip-hop, promovendo ações sociais e conscientização contra preconceitos, além de fortalecer o turismo e o lazer na região. == Dinâmica do Evento == A dinâmica da Batalha da Aldeia segue um formato clássico de competições de rima freestyle. O evento é estruturado para estimular a criatividade dos participantes e a interação com o público. === Regras e Etapas === * '''Formato''': A competição pode ocorrer em formato 1x1 (duelos individuais), 2x2 (duplas) ou em estilo eliminatório com múltiplos participantes. Cada MC tem um tempo limitado para suas rimas, variando entre 30 segundos e 1 minuto. * '''Temas''': Algumas rodadas possuem temas sorteados, enquanto outras são de tema livre, proporcionando flexibilidade criativa aos competidores. * '''Rodadas''': A batalha pode ter uma ou mais rodadas, sendo realizadas rodadas extras em caso de empate técnico. === Critérios de Avaliação === Os MCs são avaliados com base em: # '''Criatividade''': Originalidade das rimas. # '''Técnica''': Uso de métricas e construção de versos complexos. # '''Flow''': Capacidade de encaixar as rimas no ritmo (beat). # '''Ataques e Respostas''': Habilidade de atacar verbalmente o oponente e responder às provocações. # '''Presença de Palco''': Carisma, postura e interação com o público. === Ambiente === O ambiente das batalhas geralmente ocorre em locais públicos, como praças e centros culturais, promovendo acessibilidade. A Praça dos Estudantes, em Barueri, é um marco simbólico para a BDA. O público desempenha um papel ativo, reagindo às rimas com gritos, aplausos e risadas, o que influencia diretamente a performance dos MCs. Momentos de "microfone aberto" são comuns antes das batalhas oficiais, incentivando novos talentos a se apresentarem. == Objetivos e Impacto == === Objetivos === A Batalha da Aldeia é muito mais do que uma competição. Seus objetivos se alinham ao fortalecimento cultural e à transformação social, promovendo inclusão, reflexão e visibilidade para jovens artistas. Objetivos como expressão artística''',''' BDA oferece uma plataforma para jovens se expressarem por meio do freestyle, transformando suas vivências e realidades em arte. Inclusão social, o evento dá voz a talentos de comunidades periféricas, muitas vezes excluídos de espaços artísticos formais. Fortalece a cultura do hip hop, a BDA contribui para a preservação e expansão da cultura hip-hop no Brasil. Educação e reflexão, temas abordados nas rimas frequentemente incluem questões sociais como desigualdade, racismo e violência, promovendo debates significativos. Desenvolvimento de talentos, A competição impulsiona carreiras artísticas, revelando novos talentos que muitas vezes ganham espaço no mainstream. === Impactos === O impacto da Batalha da Aldeia é significativo em várias frentes: # '''Cultural''': A BDA consolidou o freestyle como uma parte essencial da cultura brasileira, aproximando o Brasil do movimento internacional de batalhas de rima. # '''Social''': O evento cria oportunidades em comunidades marginalizadas, conectando jovens e oferecendo um espaço de pertencimento e valorização. # '''Digital e Artístico''': A popularidade da BDA foi amplificada pelas redes sociais, com vídeos que acumulam milhões de visualizações no YouTube, transformando o evento em um fenômeno digital. Artistas como '''[http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Kant]''', '''[http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Salvador da Rima]''' e '''Jaya Luuck''' tiveram suas carreiras impulsionadas após participações na BDA, levando o freestyle para a música produzida em estúdio. == Premiações e Reconhecimentos == As premiações e o reconhecimento na Batalha de Rima da Aldeia são importantes para validar os MCs e abrir oportunidades na cena do rap. Elas destacam habilidades e podem trazer visibilidade. No entanto, muitos argumentam que a essência das batalhas está na criatividade e na improvisação, não apenas em ganhar prêmios. Assim, embora as premiações sejam um complemento interessante, o foco principal deve ser a arte e a conexão com o público. Um MC bastante reconhecido na cena do freestyle é o **Mário "Krawk"**. Ele se destacou por suas habilidades de improvisação e já participou de várias batalhas importantes, conquistando a admiração do público e dos jurados. Sua trajetória é uma inspiração para muitos aspirantes a MCs. == Relevância Sociocultural == A Batalha de Rima da Aldeia tem grande relevância sociocultural, pois: 1. Expressão Cultural: Permite que MCs abordem temas como desigualdade e racismo, refletindo realidades sociais. 2. Inclusão e Representatividade: Dá voz a artistas de diferentes origens, promovendo diversidade. 3. Fomento à Criatividade: Estimula a improvisação e a expressão única entre os participantes. 4. Comunidade e Conexão: Cria um senso de comunidade entre MCs e o público, promovendo respeito mútuo. 5. Reconhecimento do Freestyle: Ajuda a legitimar o freestyle como uma forma de arte. Esses aspectos mostram que as batalhas são uma ferramenta poderosa para diálogo social e transformação cultural. == Curiosidades e Estatísticas == ''Ver artigo principal: [https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina]'' '''Campeões Memoráveis''' Alguns dos nomes mais famosos que passaram pela BDA incluem Orochi, Kant, César, e Salvador, todos conhecidos por performances lendárias. '''Palcos Iconográficos''' A BDA é realizada em locais marcantes, trazendo uma estética profissional e respeitável ao freestyle, o que a diferencia de outras competições. '''Presença de Jurados Renomados''' A banca avaliadora geralmente conta com artistas e especialistas do rap nacional, conferindo legitimidade às decisões. Além disso, a BDA conta atualmente com mais de 4,6 milhões de inscritos no [https://www.youtube.com/@BatalhaDaAldeia YouTube]. Também é importante ressaltar que os eventos presenciais da Aldeia atraem multidões, como o público de 5 mil pessoas no [https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina aniversário de 8 anos] em 2024, com ingressos esgotados e premiações significativas, como os R$ 100 mil distribuídos entre os vencedores. == Desafios e Futuro == Ao longo de oito anos de história, o projeto enfrentou diversos desafios, que incluem preconceito, repressão policial e a falta de apoio governamental, mas também conquistou parcerias importantes no setor privado. === Falta de Apoio Público === Apesar de sua relevância cultural, a Batalha da Aldeia não conta com apoio financeiro do poder público, situação que seus organizadores consideram frustrante. O movimento é sustentado por parcerias com empresas privadas, uma situação que, segundo os organizadores, deveria ser complementada por apoio governamental, considerando o valor cultural da batalha.<blockquote> '''''"A Batalha da Aldeia faz uma parada totalmente fora da curva, que é conseguir investimento privado pra algo que deveria ter investimento público"'''''<ref name=":0">Bruno de Sousa, mais conhecido como Bob 13, CEO e fundador da Batalha da Aldeia</ref></blockquote> === Preconceito Social === O movimento também enfrenta preconceito social, frequentemente associado a comportamentos como consumo de drogas, desordem pública e violência. Esse estigma, reflete uma visão distorcida e discriminatória em relação à cultura hip-hop. Porém, os organizadores destacam que esses problemas não são exclusivos da cultura hip-hop, mas estão presentes em diversas manifestações culturais, como o futebol e o carnaval. === Conflitos === Durante os anos, a BDA enfrentou embates frequentes com o poder público, como repressão policial e restrições ao uso de praças públicas. Mesmo assim, a batalha resistiu, apoiando-se na força da mobilização popular e no uso estratégico das redes sociais para ampliar sua voz.<blockquote>'''''"Sofremos, sim, repressão policial, opressão. Fomos convidados a sair de lá várias vezes, mas nós sempre tivemos nossa força, que é o povo"'''''<ref name=":0" /></blockquote> === Legado e Perspectivas === A Batalha da Aldeia vai além de ser um evento cultural. Ela se tornou um símbolo de resistência, inovação e valorização da cultura popular brasileira. Sua trajetória inspira outras manifestações culturais e ressalta a importância de políticas públicas que apoiem a cultura de rua como uma ferramenta de transformação social. Enquanto isso, o movimento continua enfrentando desafios e abrindo caminhos para que novas vozes encontrem espaço e reconhecimento em um cenário ainda marcado por barreiras estruturais. == Referências e Fontes == UOL. Entrevista sobre a história e impacto da Batalha da Aldeia. ''Notícias Barueri''. Disponível em: https://cultura.uol.com.br/programas/provoca/videos/14330_bob-13-expoe-o-preconceito-e-repressao-enfrentados-pela-batalha-da-aldeia-ao-longo-dos-anos.html. Acesso em: 21 nov. 2024. TERRA. História e importância da Batalha da Aldeia. ''Terra''. Disponível em: [https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-sua-importancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-suaimportancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html]. Acesso em: 01 nov. 2024. RAP NA RUA. Retrospectiva da Batalha da Aldeia e eventos recentes. Disponível em:https://rapnarua.com.br/tag/bda/?query-10-page=237&cst. Acesso em: 22 out. 2024. INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO (IFSP). Bio. Disponível em: <nowiki>http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html</nowiki>. Acesso em: 22 out. 2024. METRÓPOLES. Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina. Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina RND. BDA 8 anos – A maior e melhor batalha de todos os tempos. Disponível em: https://portalrnd.com.br/bda-8-anos-a-maior-e-melhor-batalha-de-todos-os-tempos/. Acesso em: 22 de Out.2024 Garcia, J. A. Batalha da Aldeia: a relevância cultural do freestyle no Brasil. São Paulo: Cultura Hip-Hop, 2020. Disponível em: https://gq.globo.com/cultura/noticia/2024/10/batalha-da-aldeia-maior-campeonato-de-rima-do-brasil.ghtml Santos, M. L. O impacto social das batalhas de rima nas periferias brasileiras. Revista de Cultura Urbana, v. 12, n. 3, p. 45-57, 2021. Disponível em: https://noticiasbarueri.com.br/noticias-da-cidade/cidade/voce-conhece-a-batalha-da-aldeia Terra. "Batalha da Aldeia: o que é, quando acontece e sua importância". Disponível em: https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-sua-importancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html Metrópoles. "Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina". Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina#google_vignette <ref name=":0" />Cultura Uol. "BOB 13 expõe o PRECONCEITO e REPRESSÃO enfrentados pela BATALHA DA ALDEIA ao longo dos anos" Disponível em: https://cultura.uol.com.br/programas/provoca/videos/14330_bob-13-expoe-o-preconceito-e-repressao-enfrentados-pela-batalha-da-aldeia-ao-longo-dos-anos.html kl6igmm2w37at4x9jr690urx706gvgy 167749 167748 2024-12-06T04:33:12Z AmabileCaballero 40808 /* Impactos */ 167749 wikitext text/x-wiki = Batalha da Aldeia = A batalha de rima que acontece na Aldeia é um duelo de improviso entre MC's (ou rappers), onde eles criam versos rimados no momento, chamados de [[w:Freestyle_(gênero_musical)|Freestyle]], abordando temas variados ou respondendo diretamente ao adversário. Geralmente realizada em espaços públicos, como praças, essas batalhas promovem a expressão artística, a criatividade e a troca de ideias. Além de entreter, elas funcionam como um espaço de resistência cultural, dando voz a questões sociais e fortalecendo a cena do hip-hop local. O objetivo é não apenas vencer, mas também impressionar o público e os jurados com habilidades líricas e presença de palco. [[Ficheiro:Batalha de rima, 2024.jpg|miniaturadaimagem|Foto de batalha de rima, visão do público, 2024.]] == História e Origem == As Batalhas De Rima têm suas raízes no movimento hip-hop, surgido nos anos 1970 nos Estados Unidos, especialmente no [[w:Hip_hop|Bronx]]. Elas evoluíram como um espaço de improviso, onde MCs competiam em habilidades líricas e criatividade, promovendo a expressão cultural e o confronto pacífico de ideias. No Brasil, essas batalhas ganharam força nos anos 2000, influenciadas pelo rap nacional e por eventos como as rodas culturais. A '''Batalha da Aldeia''' (frequentemente abreviada para '''BDA''') teve origem em 2016, na cidade de Barueri, São Paulo. Ela foi criada por Felipe Gaspary (apelidado de Bob 13) e Giovane Zanardi, inicialmente como uma simples roda de rima na Praça dos Estudantes. Com uma caixa de som básica para o beat, o projeto começou reunindo apenas seis jovens dispostos a rimar, mas rapidamente ganhou tração ao ser divulgado em vídeos nas redes sociais. Isso atraiu mais participantes e espectadores de diversas partes do Brasil. Ao longo dos anos, a BDA se consolidou como a maior batalha de rimas da América Latina. Com sua expansão, ela se tornou um coletivo cultural que promove competições, um canal no YouTube com milhões de inscritos, um podcast, e até mesmo uma gravadora musical, a Aldeia Records. A batalha não só revelou talentos como [https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2021/01/14/salvador-da-rima-se-destaca-em-parcerias-de-batalhas-de-rap-na-rua-a-hit-de-funk-com-alok.ghtml Salvador] e [http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Kant], mas também desempenha um papel importante na cultura do hip-hop, promovendo ações sociais e conscientização contra preconceitos, além de fortalecer o turismo e o lazer na região. == Dinâmica do Evento == A dinâmica da Batalha da Aldeia segue um formato clássico de competições de rima freestyle. O evento é estruturado para estimular a criatividade dos participantes e a interação com o público. === Regras e Etapas === * '''Formato''': A competição pode ocorrer em formato 1x1 (duelos individuais), 2x2 (duplas) ou em estilo eliminatório com múltiplos participantes. Cada MC tem um tempo limitado para suas rimas, variando entre 30 segundos e 1 minuto. * '''Temas''': Algumas rodadas possuem temas sorteados, enquanto outras são de tema livre, proporcionando flexibilidade criativa aos competidores. * '''Rodadas''': A batalha pode ter uma ou mais rodadas, sendo realizadas rodadas extras em caso de empate técnico. === Critérios de Avaliação === Os MCs são avaliados com base em: # '''Criatividade''': Originalidade das rimas. # '''Técnica''': Uso de métricas e construção de versos complexos. # '''Flow''': Capacidade de encaixar as rimas no ritmo (beat). # '''Ataques e Respostas''': Habilidade de atacar verbalmente o oponente e responder às provocações. # '''Presença de Palco''': Carisma, postura e interação com o público. === Ambiente === O ambiente das batalhas geralmente ocorre em locais públicos, como praças e centros culturais, promovendo acessibilidade. A Praça dos Estudantes, em Barueri, é um marco simbólico para a BDA. O público desempenha um papel ativo, reagindo às rimas com gritos, aplausos e risadas, o que influencia diretamente a performance dos MCs. Momentos de "microfone aberto" são comuns antes das batalhas oficiais, incentivando novos talentos a se apresentarem. == Objetivos e Impacto == === Objetivos === A Batalha da Aldeia é muito mais do que uma competição. Seus objetivos se alinham ao fortalecimento cultural e à transformação social, promovendo inclusão, reflexão e visibilidade para jovens artistas. Objetivos como expressão artística''',''' BDA oferece uma plataforma para jovens se expressarem por meio do freestyle, transformando suas vivências e realidades em arte. Inclusão social, o evento dá voz a talentos de comunidades periféricas, muitas vezes excluídos de espaços artísticos formais. Fortalece a cultura do hip hop, a BDA contribui para a preservação e expansão da cultura hip-hop no Brasil. Educação e reflexão, temas abordados nas rimas frequentemente incluem questões sociais como desigualdade, racismo e violência, promovendo debates significativos. Desenvolvimento de talentos, A competição impulsiona carreiras artísticas, revelando novos talentos que muitas vezes ganham espaço no mainstream. === Impactos === O impacto da Batalha da Aldeia é significativo em várias frentes: # '''Cultural''': A BDA consolidou o freestyle como uma parte essencial da cultura brasileira, aproximando o Brasil do movimento internacional de batalhas de rima. # '''Social''': O evento cria oportunidades em comunidades marginalizadas, conectando jovens e oferecendo um espaço de pertencimento e valorização. # '''Digital e Artístico''': A popularidade da BDA foi amplificada pelas redes sociais, com vídeos que acumulam milhões de visualizações no YouTube, transformando o evento em um fenômeno digital. Artistas como '''[http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Kant]''', '''[http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Salvador da Rima]''' e '''[https://portalpopclub.com.br/redes-sociais/jaya-luuck/ Jaya Luuck]''' tiveram suas carreiras impulsionadas após participações na BDA, levando o freestyle para a música produzida em estúdio. == Premiações e Reconhecimentos == As premiações e o reconhecimento na Batalha de Rima da Aldeia são importantes para validar os MCs e abrir oportunidades na cena do rap. Elas destacam habilidades e podem trazer visibilidade. No entanto, muitos argumentam que a essência das batalhas está na criatividade e na improvisação, não apenas em ganhar prêmios. Assim, embora as premiações sejam um complemento interessante, o foco principal deve ser a arte e a conexão com o público. Um MC bastante reconhecido na cena do freestyle é o **Mário "Krawk"**. Ele se destacou por suas habilidades de improvisação e já participou de várias batalhas importantes, conquistando a admiração do público e dos jurados. Sua trajetória é uma inspiração para muitos aspirantes a MCs. == Relevância Sociocultural == A Batalha de Rima da Aldeia tem grande relevância sociocultural, pois: 1. Expressão Cultural: Permite que MCs abordem temas como desigualdade e racismo, refletindo realidades sociais. 2. Inclusão e Representatividade: Dá voz a artistas de diferentes origens, promovendo diversidade. 3. Fomento à Criatividade: Estimula a improvisação e a expressão única entre os participantes. 4. Comunidade e Conexão: Cria um senso de comunidade entre MCs e o público, promovendo respeito mútuo. 5. Reconhecimento do Freestyle: Ajuda a legitimar o freestyle como uma forma de arte. Esses aspectos mostram que as batalhas são uma ferramenta poderosa para diálogo social e transformação cultural. == Curiosidades e Estatísticas == ''Ver artigo principal: [https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina]'' '''Campeões Memoráveis''' Alguns dos nomes mais famosos que passaram pela BDA incluem Orochi, Kant, César, e Salvador, todos conhecidos por performances lendárias. '''Palcos Iconográficos''' A BDA é realizada em locais marcantes, trazendo uma estética profissional e respeitável ao freestyle, o que a diferencia de outras competições. '''Presença de Jurados Renomados''' A banca avaliadora geralmente conta com artistas e especialistas do rap nacional, conferindo legitimidade às decisões. Além disso, a BDA conta atualmente com mais de 4,6 milhões de inscritos no [https://www.youtube.com/@BatalhaDaAldeia YouTube]. Também é importante ressaltar que os eventos presenciais da Aldeia atraem multidões, como o público de 5 mil pessoas no [https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina aniversário de 8 anos] em 2024, com ingressos esgotados e premiações significativas, como os R$ 100 mil distribuídos entre os vencedores. == Desafios e Futuro == Ao longo de oito anos de história, o projeto enfrentou diversos desafios, que incluem preconceito, repressão policial e a falta de apoio governamental, mas também conquistou parcerias importantes no setor privado. === Falta de Apoio Público === Apesar de sua relevância cultural, a Batalha da Aldeia não conta com apoio financeiro do poder público, situação que seus organizadores consideram frustrante. O movimento é sustentado por parcerias com empresas privadas, uma situação que, segundo os organizadores, deveria ser complementada por apoio governamental, considerando o valor cultural da batalha.<blockquote> '''''"A Batalha da Aldeia faz uma parada totalmente fora da curva, que é conseguir investimento privado pra algo que deveria ter investimento público"'''''<ref name=":0">Bruno de Sousa, mais conhecido como Bob 13, CEO e fundador da Batalha da Aldeia</ref></blockquote> === Preconceito Social === O movimento também enfrenta preconceito social, frequentemente associado a comportamentos como consumo de drogas, desordem pública e violência. Esse estigma, reflete uma visão distorcida e discriminatória em relação à cultura hip-hop. Porém, os organizadores destacam que esses problemas não são exclusivos da cultura hip-hop, mas estão presentes em diversas manifestações culturais, como o futebol e o carnaval. === Conflitos === Durante os anos, a BDA enfrentou embates frequentes com o poder público, como repressão policial e restrições ao uso de praças públicas. Mesmo assim, a batalha resistiu, apoiando-se na força da mobilização popular e no uso estratégico das redes sociais para ampliar sua voz.<blockquote>'''''"Sofremos, sim, repressão policial, opressão. Fomos convidados a sair de lá várias vezes, mas nós sempre tivemos nossa força, que é o povo"'''''<ref name=":0" /></blockquote> === Legado e Perspectivas === A Batalha da Aldeia vai além de ser um evento cultural. Ela se tornou um símbolo de resistência, inovação e valorização da cultura popular brasileira. Sua trajetória inspira outras manifestações culturais e ressalta a importância de políticas públicas que apoiem a cultura de rua como uma ferramenta de transformação social. Enquanto isso, o movimento continua enfrentando desafios e abrindo caminhos para que novas vozes encontrem espaço e reconhecimento em um cenário ainda marcado por barreiras estruturais. == Referências e Fontes == UOL. Entrevista sobre a história e impacto da Batalha da Aldeia. ''Notícias Barueri''. Disponível em: https://cultura.uol.com.br/programas/provoca/videos/14330_bob-13-expoe-o-preconceito-e-repressao-enfrentados-pela-batalha-da-aldeia-ao-longo-dos-anos.html. Acesso em: 21 nov. 2024. TERRA. História e importância da Batalha da Aldeia. ''Terra''. Disponível em: [https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-sua-importancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-suaimportancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html]. Acesso em: 01 nov. 2024. RAP NA RUA. Retrospectiva da Batalha da Aldeia e eventos recentes. Disponível em:https://rapnarua.com.br/tag/bda/?query-10-page=237&cst. Acesso em: 22 out. 2024. INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO (IFSP). Bio. Disponível em: <nowiki>http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html</nowiki>. Acesso em: 22 out. 2024. METRÓPOLES. Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina. Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina RND. BDA 8 anos – A maior e melhor batalha de todos os tempos. Disponível em: https://portalrnd.com.br/bda-8-anos-a-maior-e-melhor-batalha-de-todos-os-tempos/. Acesso em: 22 de Out.2024 Garcia, J. A. Batalha da Aldeia: a relevância cultural do freestyle no Brasil. São Paulo: Cultura Hip-Hop, 2020. Disponível em: https://gq.globo.com/cultura/noticia/2024/10/batalha-da-aldeia-maior-campeonato-de-rima-do-brasil.ghtml Santos, M. L. O impacto social das batalhas de rima nas periferias brasileiras. Revista de Cultura Urbana, v. 12, n. 3, p. 45-57, 2021. Disponível em: https://noticiasbarueri.com.br/noticias-da-cidade/cidade/voce-conhece-a-batalha-da-aldeia Terra. "Batalha da Aldeia: o que é, quando acontece e sua importância". Disponível em: https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-sua-importancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html Metrópoles. "Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina". Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina#google_vignette <ref name=":0" />Cultura Uol. "BOB 13 expõe o PRECONCEITO e REPRESSÃO enfrentados pela BATALHA DA ALDEIA ao longo dos anos" Disponível em: https://cultura.uol.com.br/programas/provoca/videos/14330_bob-13-expoe-o-preconceito-e-repressao-enfrentados-pela-batalha-da-aldeia-ao-longo-dos-anos.html k24oz66bffgd1e66vp8mpwa4c1lmvl5 167750 167749 2024-12-06T04:36:52Z AmabileCaballero 40808 /* História e Origem */ 167750 wikitext text/x-wiki = Batalha da Aldeia = A batalha de rima que acontece na Aldeia é um duelo de improviso entre MC's (ou rappers), onde eles criam versos rimados no momento, chamados de [[w:Freestyle_(gênero_musical)|Freestyle]], abordando temas variados ou respondendo diretamente ao adversário. Geralmente realizada em espaços públicos, como praças, essas batalhas promovem a expressão artística, a criatividade e a troca de ideias. Além de entreter, elas funcionam como um espaço de resistência cultural, dando voz a questões sociais e fortalecendo a cena do hip-hop local. O objetivo é não apenas vencer, mas também impressionar o público e os jurados com habilidades líricas e presença de palco. [[Ficheiro:Batalha de rima, 2024.jpg|miniaturadaimagem|Foto de batalha de rima, visão do público, 2024.]] = História e Origem = As Batalhas De Rima têm suas raízes no movimento hip-hop, surgido nos anos 1970 nos Estados Unidos, especialmente no [[w:Hip_hop|Bronx]]. Elas evoluíram como um espaço de improviso, onde MCs competiam em habilidades líricas e criatividade, promovendo a expressão cultural e o confronto pacífico de ideias. No Brasil, essas batalhas ganharam força nos anos 2000, influenciadas pelo rap nacional e por eventos como as rodas culturais. A '''Batalha da Aldeia''' (frequentemente abreviada para '''BDA''') teve origem em 2016, na cidade de Barueri, São Paulo. Ela foi criada por Felipe Gaspary (apelidado de Bob 13) e Giovane Zanardi, inicialmente como uma simples roda de rima na Praça dos Estudantes. Com uma caixa de som básica para o beat, o projeto começou reunindo apenas seis jovens dispostos a rimar, mas rapidamente ganhou tração ao ser divulgado em vídeos nas redes sociais. Isso atraiu mais participantes e espectadores de diversas partes do Brasil. Ao longo dos anos, a BDA se consolidou como a maior batalha de rimas da América Latina. Com sua expansão, ela se tornou um coletivo cultural que promove competições, um canal no YouTube com milhões de inscritos, um podcast, e até mesmo uma gravadora musical, a Aldeia Records. A batalha não só revelou talentos como [https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2021/01/14/salvador-da-rima-se-destaca-em-parcerias-de-batalhas-de-rap-na-rua-a-hit-de-funk-com-alok.ghtml Salvador] e [http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Kant], mas também desempenha um papel importante na cultura do hip-hop, promovendo ações sociais e conscientização contra preconceitos, além de fortalecer o turismo e o lazer na região. == Dinâmica do Evento == A dinâmica da Batalha da Aldeia segue um formato clássico de competições de rima freestyle. O evento é estruturado para estimular a criatividade dos participantes e a interação com o público. === Regras e Etapas === * '''Formato''': A competição pode ocorrer em formato 1x1 (duelos individuais), 2x2 (duplas) ou em estilo eliminatório com múltiplos participantes. Cada MC tem um tempo limitado para suas rimas, variando entre 30 segundos e 1 minuto. * '''Temas''': Algumas rodadas possuem temas sorteados, enquanto outras são de tema livre, proporcionando flexibilidade criativa aos competidores. * '''Rodadas''': A batalha pode ter uma ou mais rodadas, sendo realizadas rodadas extras em caso de empate técnico. === Critérios de Avaliação === Os MCs são avaliados com base em: # '''Criatividade''': Originalidade das rimas. # '''Técnica''': Uso de métricas e construção de versos complexos. # '''Flow''': Capacidade de encaixar as rimas no ritmo (beat). # '''Ataques e Respostas''': Habilidade de atacar verbalmente o oponente e responder às provocações. # '''Presença de Palco''': Carisma, postura e interação com o público. === Ambiente === O ambiente das batalhas geralmente ocorre em locais públicos, como praças e centros culturais, promovendo acessibilidade. A Praça dos Estudantes, em Barueri, é um marco simbólico para a BDA. O público desempenha um papel ativo, reagindo às rimas com gritos, aplausos e risadas, o que influencia diretamente a performance dos MCs. Momentos de "microfone aberto" são comuns antes das batalhas oficiais, incentivando novos talentos a se apresentarem. == Objetivos e Impacto == === Objetivos === A Batalha da Aldeia é muito mais do que uma competição. Seus objetivos se alinham ao fortalecimento cultural e à transformação social, promovendo inclusão, reflexão e visibilidade para jovens artistas. Objetivos como expressão artística''',''' BDA oferece uma plataforma para jovens se expressarem por meio do freestyle, transformando suas vivências e realidades em arte. Inclusão social, o evento dá voz a talentos de comunidades periféricas, muitas vezes excluídos de espaços artísticos formais. Fortalece a cultura do hip hop, a BDA contribui para a preservação e expansão da cultura hip-hop no Brasil. Educação e reflexão, temas abordados nas rimas frequentemente incluem questões sociais como desigualdade, racismo e violência, promovendo debates significativos. Desenvolvimento de talentos, A competição impulsiona carreiras artísticas, revelando novos talentos que muitas vezes ganham espaço no mainstream. === Impactos === O impacto da Batalha da Aldeia é significativo em várias frentes: # '''Cultural''': A BDA consolidou o freestyle como uma parte essencial da cultura brasileira, aproximando o Brasil do movimento internacional de batalhas de rima. # '''Social''': O evento cria oportunidades em comunidades marginalizadas, conectando jovens e oferecendo um espaço de pertencimento e valorização. # '''Digital e Artístico''': A popularidade da BDA foi amplificada pelas redes sociais, com vídeos que acumulam milhões de visualizações no YouTube, transformando o evento em um fenômeno digital. Artistas como '''[http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Kant]''', '''[http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Salvador da Rima]''' e '''[https://portalpopclub.com.br/redes-sociais/jaya-luuck/ Jaya Luuck]''' tiveram suas carreiras impulsionadas após participações na BDA, levando o freestyle para a música produzida em estúdio. == Premiações e Reconhecimentos == As premiações e o reconhecimento na Batalha de Rima da Aldeia são importantes para validar os MCs e abrir oportunidades na cena do rap. Elas destacam habilidades e podem trazer visibilidade. No entanto, muitos argumentam que a essência das batalhas está na criatividade e na improvisação, não apenas em ganhar prêmios. Assim, embora as premiações sejam um complemento interessante, o foco principal deve ser a arte e a conexão com o público. Um MC bastante reconhecido na cena do freestyle é o **Mário "Krawk"**. Ele se destacou por suas habilidades de improvisação e já participou de várias batalhas importantes, conquistando a admiração do público e dos jurados. Sua trajetória é uma inspiração para muitos aspirantes a MCs. == Relevância Sociocultural == A Batalha de Rima da Aldeia tem grande relevância sociocultural, pois: 1. Expressão Cultural: Permite que MCs abordem temas como desigualdade e racismo, refletindo realidades sociais. 2. Inclusão e Representatividade: Dá voz a artistas de diferentes origens, promovendo diversidade. 3. Fomento à Criatividade: Estimula a improvisação e a expressão única entre os participantes. 4. Comunidade e Conexão: Cria um senso de comunidade entre MCs e o público, promovendo respeito mútuo. 5. Reconhecimento do Freestyle: Ajuda a legitimar o freestyle como uma forma de arte. Esses aspectos mostram que as batalhas são uma ferramenta poderosa para diálogo social e transformação cultural. == Curiosidades e Estatísticas == ''Ver artigo principal: [https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina]'' '''Campeões Memoráveis''' Alguns dos nomes mais famosos que passaram pela BDA incluem Orochi, Kant, César, e Salvador, todos conhecidos por performances lendárias. '''Palcos Iconográficos''' A BDA é realizada em locais marcantes, trazendo uma estética profissional e respeitável ao freestyle, o que a diferencia de outras competições. '''Presença de Jurados Renomados''' A banca avaliadora geralmente conta com artistas e especialistas do rap nacional, conferindo legitimidade às decisões. Além disso, a BDA conta atualmente com mais de 4,6 milhões de inscritos no [https://www.youtube.com/@BatalhaDaAldeia YouTube]. Também é importante ressaltar que os eventos presenciais da Aldeia atraem multidões, como o público de 5 mil pessoas no [https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina aniversário de 8 anos] em 2024, com ingressos esgotados e premiações significativas, como os R$ 100 mil distribuídos entre os vencedores. == Desafios e Futuro == Ao longo de oito anos de história, o projeto enfrentou diversos desafios, que incluem preconceito, repressão policial e a falta de apoio governamental, mas também conquistou parcerias importantes no setor privado. === Falta de Apoio Público === Apesar de sua relevância cultural, a Batalha da Aldeia não conta com apoio financeiro do poder público, situação que seus organizadores consideram frustrante. O movimento é sustentado por parcerias com empresas privadas, uma situação que, segundo os organizadores, deveria ser complementada por apoio governamental, considerando o valor cultural da batalha.<blockquote> '''''"A Batalha da Aldeia faz uma parada totalmente fora da curva, que é conseguir investimento privado pra algo que deveria ter investimento público"'''''<ref name=":0">Bruno de Sousa, mais conhecido como Bob 13, CEO e fundador da Batalha da Aldeia</ref></blockquote> === Preconceito Social === O movimento também enfrenta preconceito social, frequentemente associado a comportamentos como consumo de drogas, desordem pública e violência. Esse estigma, reflete uma visão distorcida e discriminatória em relação à cultura hip-hop. Porém, os organizadores destacam que esses problemas não são exclusivos da cultura hip-hop, mas estão presentes em diversas manifestações culturais, como o futebol e o carnaval. === Conflitos === Durante os anos, a BDA enfrentou embates frequentes com o poder público, como repressão policial e restrições ao uso de praças públicas. Mesmo assim, a batalha resistiu, apoiando-se na força da mobilização popular e no uso estratégico das redes sociais para ampliar sua voz.<blockquote>'''''"Sofremos, sim, repressão policial, opressão. Fomos convidados a sair de lá várias vezes, mas nós sempre tivemos nossa força, que é o povo"'''''<ref name=":0" /></blockquote> === Legado e Perspectivas === A Batalha da Aldeia vai além de ser um evento cultural. Ela se tornou um símbolo de resistência, inovação e valorização da cultura popular brasileira. Sua trajetória inspira outras manifestações culturais e ressalta a importância de políticas públicas que apoiem a cultura de rua como uma ferramenta de transformação social. Enquanto isso, o movimento continua enfrentando desafios e abrindo caminhos para que novas vozes encontrem espaço e reconhecimento em um cenário ainda marcado por barreiras estruturais. == Referências e Fontes == UOL. Entrevista sobre a história e impacto da Batalha da Aldeia. ''Notícias Barueri''. Disponível em: https://cultura.uol.com.br/programas/provoca/videos/14330_bob-13-expoe-o-preconceito-e-repressao-enfrentados-pela-batalha-da-aldeia-ao-longo-dos-anos.html. Acesso em: 21 nov. 2024. TERRA. História e importância da Batalha da Aldeia. ''Terra''. Disponível em: [https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-sua-importancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-suaimportancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html]. Acesso em: 01 nov. 2024. RAP NA RUA. Retrospectiva da Batalha da Aldeia e eventos recentes. Disponível em:https://rapnarua.com.br/tag/bda/?query-10-page=237&cst. Acesso em: 22 out. 2024. INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO (IFSP). Bio. Disponível em: <nowiki>http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html</nowiki>. Acesso em: 22 out. 2024. METRÓPOLES. Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina. Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina RND. BDA 8 anos – A maior e melhor batalha de todos os tempos. Disponível em: https://portalrnd.com.br/bda-8-anos-a-maior-e-melhor-batalha-de-todos-os-tempos/. Acesso em: 22 de Out.2024 Garcia, J. A. Batalha da Aldeia: a relevância cultural do freestyle no Brasil. São Paulo: Cultura Hip-Hop, 2020. Disponível em: https://gq.globo.com/cultura/noticia/2024/10/batalha-da-aldeia-maior-campeonato-de-rima-do-brasil.ghtml Santos, M. L. O impacto social das batalhas de rima nas periferias brasileiras. Revista de Cultura Urbana, v. 12, n. 3, p. 45-57, 2021. Disponível em: https://noticiasbarueri.com.br/noticias-da-cidade/cidade/voce-conhece-a-batalha-da-aldeia Terra. "Batalha da Aldeia: o que é, quando acontece e sua importância". Disponível em: https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-sua-importancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html Metrópoles. "Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina". Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina#google_vignette <ref name=":0" />Cultura Uol. "BOB 13 expõe o PRECONCEITO e REPRESSÃO enfrentados pela BATALHA DA ALDEIA ao longo dos anos" Disponível em: https://cultura.uol.com.br/programas/provoca/videos/14330_bob-13-expoe-o-preconceito-e-repressao-enfrentados-pela-batalha-da-aldeia-ao-longo-dos-anos.html 4259m1frguw82a00d3rp3o561vjd582 167751 167750 2024-12-06T04:37:27Z AmabileCaballero 40808 /* Batalha da Aldeia */ 167751 wikitext text/x-wiki == Batalha da Aldeia == A batalha de rima que acontece na Aldeia é um duelo de improviso entre MC's (ou rappers), onde eles criam versos rimados no momento, chamados de [[w:Freestyle_(gênero_musical)|Freestyle]], abordando temas variados ou respondendo diretamente ao adversário. Geralmente realizada em espaços públicos, como praças, essas batalhas promovem a expressão artística, a criatividade e a troca de ideias. Além de entreter, elas funcionam como um espaço de resistência cultural, dando voz a questões sociais e fortalecendo a cena do hip-hop local. O objetivo é não apenas vencer, mas também impressionar o público e os jurados com habilidades líricas e presença de palco. [[Ficheiro:Batalha de rima, 2024.jpg|miniaturadaimagem|Foto de batalha de rima, visão do público, 2024.]] == História e Origem == As Batalhas De Rima têm suas raízes no movimento hip-hop, surgido nos anos 1970 nos Estados Unidos, especialmente no [[w:Hip_hop|Bronx]]. Elas evoluíram como um espaço de improviso, onde MCs competiam em habilidades líricas e criatividade, promovendo a expressão cultural e o confronto pacífico de ideias. No Brasil, essas batalhas ganharam força nos anos 2000, influenciadas pelo rap nacional e por eventos como as rodas culturais. A '''Batalha da Aldeia''' (frequentemente abreviada para '''BDA''') teve origem em 2016, na cidade de Barueri, São Paulo. Ela foi criada por Felipe Gaspary (apelidado de Bob 13) e Giovane Zanardi, inicialmente como uma simples roda de rima na Praça dos Estudantes. Com uma caixa de som básica para o beat, o projeto começou reunindo apenas seis jovens dispostos a rimar, mas rapidamente ganhou tração ao ser divulgado em vídeos nas redes sociais. Isso atraiu mais participantes e espectadores de diversas partes do Brasil. Ao longo dos anos, a BDA se consolidou como a maior batalha de rimas da América Latina. Com sua expansão, ela se tornou um coletivo cultural que promove competições, um canal no YouTube com milhões de inscritos, um podcast, e até mesmo uma gravadora musical, a Aldeia Records. A batalha não só revelou talentos como [https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2021/01/14/salvador-da-rima-se-destaca-em-parcerias-de-batalhas-de-rap-na-rua-a-hit-de-funk-com-alok.ghtml Salvador] e [http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Kant], mas também desempenha um papel importante na cultura do hip-hop, promovendo ações sociais e conscientização contra preconceitos, além de fortalecer o turismo e o lazer na região. == Dinâmica do Evento == A dinâmica da Batalha da Aldeia segue um formato clássico de competições de rima freestyle. O evento é estruturado para estimular a criatividade dos participantes e a interação com o público. === Regras e Etapas === * '''Formato''': A competição pode ocorrer em formato 1x1 (duelos individuais), 2x2 (duplas) ou em estilo eliminatório com múltiplos participantes. Cada MC tem um tempo limitado para suas rimas, variando entre 30 segundos e 1 minuto. * '''Temas''': Algumas rodadas possuem temas sorteados, enquanto outras são de tema livre, proporcionando flexibilidade criativa aos competidores. * '''Rodadas''': A batalha pode ter uma ou mais rodadas, sendo realizadas rodadas extras em caso de empate técnico. === Critérios de Avaliação === Os MCs são avaliados com base em: # '''Criatividade''': Originalidade das rimas. # '''Técnica''': Uso de métricas e construção de versos complexos. # '''Flow''': Capacidade de encaixar as rimas no ritmo (beat). # '''Ataques e Respostas''': Habilidade de atacar verbalmente o oponente e responder às provocações. # '''Presença de Palco''': Carisma, postura e interação com o público. === Ambiente === O ambiente das batalhas geralmente ocorre em locais públicos, como praças e centros culturais, promovendo acessibilidade. A Praça dos Estudantes, em Barueri, é um marco simbólico para a BDA. O público desempenha um papel ativo, reagindo às rimas com gritos, aplausos e risadas, o que influencia diretamente a performance dos MCs. Momentos de "microfone aberto" são comuns antes das batalhas oficiais, incentivando novos talentos a se apresentarem. == Objetivos e Impacto == === Objetivos === A Batalha da Aldeia é muito mais do que uma competição. Seus objetivos se alinham ao fortalecimento cultural e à transformação social, promovendo inclusão, reflexão e visibilidade para jovens artistas. Objetivos como expressão artística''',''' BDA oferece uma plataforma para jovens se expressarem por meio do freestyle, transformando suas vivências e realidades em arte. Inclusão social, o evento dá voz a talentos de comunidades periféricas, muitas vezes excluídos de espaços artísticos formais. Fortalece a cultura do hip hop, a BDA contribui para a preservação e expansão da cultura hip-hop no Brasil. Educação e reflexão, temas abordados nas rimas frequentemente incluem questões sociais como desigualdade, racismo e violência, promovendo debates significativos. Desenvolvimento de talentos, A competição impulsiona carreiras artísticas, revelando novos talentos que muitas vezes ganham espaço no mainstream. === Impactos === O impacto da Batalha da Aldeia é significativo em várias frentes: # '''Cultural''': A BDA consolidou o freestyle como uma parte essencial da cultura brasileira, aproximando o Brasil do movimento internacional de batalhas de rima. # '''Social''': O evento cria oportunidades em comunidades marginalizadas, conectando jovens e oferecendo um espaço de pertencimento e valorização. # '''Digital e Artístico''': A popularidade da BDA foi amplificada pelas redes sociais, com vídeos que acumulam milhões de visualizações no YouTube, transformando o evento em um fenômeno digital. Artistas como '''[http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Kant]''', '''[http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Salvador da Rima]''' e '''[https://portalpopclub.com.br/redes-sociais/jaya-luuck/ Jaya Luuck]''' tiveram suas carreiras impulsionadas após participações na BDA, levando o freestyle para a música produzida em estúdio. == Premiações e Reconhecimentos == As premiações e o reconhecimento na Batalha de Rima da Aldeia são importantes para validar os MCs e abrir oportunidades na cena do rap. Elas destacam habilidades e podem trazer visibilidade. No entanto, muitos argumentam que a essência das batalhas está na criatividade e na improvisação, não apenas em ganhar prêmios. Assim, embora as premiações sejam um complemento interessante, o foco principal deve ser a arte e a conexão com o público. Um MC bastante reconhecido na cena do freestyle é o **Mário "Krawk"**. Ele se destacou por suas habilidades de improvisação e já participou de várias batalhas importantes, conquistando a admiração do público e dos jurados. Sua trajetória é uma inspiração para muitos aspirantes a MCs. == Relevância Sociocultural == A Batalha de Rima da Aldeia tem grande relevância sociocultural, pois: 1. Expressão Cultural: Permite que MCs abordem temas como desigualdade e racismo, refletindo realidades sociais. 2. Inclusão e Representatividade: Dá voz a artistas de diferentes origens, promovendo diversidade. 3. Fomento à Criatividade: Estimula a improvisação e a expressão única entre os participantes. 4. Comunidade e Conexão: Cria um senso de comunidade entre MCs e o público, promovendo respeito mútuo. 5. Reconhecimento do Freestyle: Ajuda a legitimar o freestyle como uma forma de arte. Esses aspectos mostram que as batalhas são uma ferramenta poderosa para diálogo social e transformação cultural. == Curiosidades e Estatísticas == ''Ver artigo principal: [https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina]'' '''Campeões Memoráveis''' Alguns dos nomes mais famosos que passaram pela BDA incluem Orochi, Kant, César, e Salvador, todos conhecidos por performances lendárias. '''Palcos Iconográficos''' A BDA é realizada em locais marcantes, trazendo uma estética profissional e respeitável ao freestyle, o que a diferencia de outras competições. '''Presença de Jurados Renomados''' A banca avaliadora geralmente conta com artistas e especialistas do rap nacional, conferindo legitimidade às decisões. Além disso, a BDA conta atualmente com mais de 4,6 milhões de inscritos no [https://www.youtube.com/@BatalhaDaAldeia YouTube]. Também é importante ressaltar que os eventos presenciais da Aldeia atraem multidões, como o público de 5 mil pessoas no [https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina aniversário de 8 anos] em 2024, com ingressos esgotados e premiações significativas, como os R$ 100 mil distribuídos entre os vencedores. == Desafios e Futuro == Ao longo de oito anos de história, o projeto enfrentou diversos desafios, que incluem preconceito, repressão policial e a falta de apoio governamental, mas também conquistou parcerias importantes no setor privado. === Falta de Apoio Público === Apesar de sua relevância cultural, a Batalha da Aldeia não conta com apoio financeiro do poder público, situação que seus organizadores consideram frustrante. O movimento é sustentado por parcerias com empresas privadas, uma situação que, segundo os organizadores, deveria ser complementada por apoio governamental, considerando o valor cultural da batalha.<blockquote> '''''"A Batalha da Aldeia faz uma parada totalmente fora da curva, que é conseguir investimento privado pra algo que deveria ter investimento público"'''''<ref name=":0">Bruno de Sousa, mais conhecido como Bob 13, CEO e fundador da Batalha da Aldeia</ref></blockquote> === Preconceito Social === O movimento também enfrenta preconceito social, frequentemente associado a comportamentos como consumo de drogas, desordem pública e violência. Esse estigma, reflete uma visão distorcida e discriminatória em relação à cultura hip-hop. Porém, os organizadores destacam que esses problemas não são exclusivos da cultura hip-hop, mas estão presentes em diversas manifestações culturais, como o futebol e o carnaval. === Conflitos === Durante os anos, a BDA enfrentou embates frequentes com o poder público, como repressão policial e restrições ao uso de praças públicas. Mesmo assim, a batalha resistiu, apoiando-se na força da mobilização popular e no uso estratégico das redes sociais para ampliar sua voz.<blockquote>'''''"Sofremos, sim, repressão policial, opressão. Fomos convidados a sair de lá várias vezes, mas nós sempre tivemos nossa força, que é o povo"'''''<ref name=":0" /></blockquote> === Legado e Perspectivas === A Batalha da Aldeia vai além de ser um evento cultural. Ela se tornou um símbolo de resistência, inovação e valorização da cultura popular brasileira. Sua trajetória inspira outras manifestações culturais e ressalta a importância de políticas públicas que apoiem a cultura de rua como uma ferramenta de transformação social. Enquanto isso, o movimento continua enfrentando desafios e abrindo caminhos para que novas vozes encontrem espaço e reconhecimento em um cenário ainda marcado por barreiras estruturais. == Referências e Fontes == UOL. Entrevista sobre a história e impacto da Batalha da Aldeia. ''Notícias Barueri''. Disponível em: https://cultura.uol.com.br/programas/provoca/videos/14330_bob-13-expoe-o-preconceito-e-repressao-enfrentados-pela-batalha-da-aldeia-ao-longo-dos-anos.html. Acesso em: 21 nov. 2024. TERRA. História e importância da Batalha da Aldeia. ''Terra''. Disponível em: [https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-sua-importancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-suaimportancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html]. Acesso em: 01 nov. 2024. RAP NA RUA. Retrospectiva da Batalha da Aldeia e eventos recentes. Disponível em:https://rapnarua.com.br/tag/bda/?query-10-page=237&cst. Acesso em: 22 out. 2024. INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO (IFSP). Bio. Disponível em: <nowiki>http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html</nowiki>. Acesso em: 22 out. 2024. METRÓPOLES. Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina. Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina RND. BDA 8 anos – A maior e melhor batalha de todos os tempos. Disponível em: https://portalrnd.com.br/bda-8-anos-a-maior-e-melhor-batalha-de-todos-os-tempos/. Acesso em: 22 de Out.2024 Garcia, J. A. Batalha da Aldeia: a relevância cultural do freestyle no Brasil. São Paulo: Cultura Hip-Hop, 2020. Disponível em: https://gq.globo.com/cultura/noticia/2024/10/batalha-da-aldeia-maior-campeonato-de-rima-do-brasil.ghtml Santos, M. L. O impacto social das batalhas de rima nas periferias brasileiras. Revista de Cultura Urbana, v. 12, n. 3, p. 45-57, 2021. Disponível em: https://noticiasbarueri.com.br/noticias-da-cidade/cidade/voce-conhece-a-batalha-da-aldeia Terra. "Batalha da Aldeia: o que é, quando acontece e sua importância". Disponível em: https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-sua-importancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html Metrópoles. "Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina". Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina#google_vignette <ref name=":0" />Cultura Uol. "BOB 13 expõe o PRECONCEITO e REPRESSÃO enfrentados pela BATALHA DA ALDEIA ao longo dos anos" Disponível em: https://cultura.uol.com.br/programas/provoca/videos/14330_bob-13-expoe-o-preconceito-e-repressao-enfrentados-pela-batalha-da-aldeia-ao-longo-dos-anos.html 1n5vjly3sd3r1kh8mis3xu3g2t50oqe 167752 167751 2024-12-06T05:05:32Z AmabileCaballero 40808 /* Premiações e Reconhecimentos */ 167752 wikitext text/x-wiki == Batalha da Aldeia == A batalha de rima que acontece na Aldeia é um duelo de improviso entre MC's (ou rappers), onde eles criam versos rimados no momento, chamados de [[w:Freestyle_(gênero_musical)|Freestyle]], abordando temas variados ou respondendo diretamente ao adversário. Geralmente realizada em espaços públicos, como praças, essas batalhas promovem a expressão artística, a criatividade e a troca de ideias. Além de entreter, elas funcionam como um espaço de resistência cultural, dando voz a questões sociais e fortalecendo a cena do hip-hop local. O objetivo é não apenas vencer, mas também impressionar o público e os jurados com habilidades líricas e presença de palco. [[Ficheiro:Batalha de rima, 2024.jpg|miniaturadaimagem|Foto de batalha de rima, visão do público, 2024.]] == História e Origem == As Batalhas De Rima têm suas raízes no movimento hip-hop, surgido nos anos 1970 nos Estados Unidos, especialmente no [[w:Hip_hop|Bronx]]. Elas evoluíram como um espaço de improviso, onde MCs competiam em habilidades líricas e criatividade, promovendo a expressão cultural e o confronto pacífico de ideias. No Brasil, essas batalhas ganharam força nos anos 2000, influenciadas pelo rap nacional e por eventos como as rodas culturais. A '''Batalha da Aldeia''' (frequentemente abreviada para '''BDA''') teve origem em 2016, na cidade de Barueri, São Paulo. Ela foi criada por Felipe Gaspary (apelidado de Bob 13) e Giovane Zanardi, inicialmente como uma simples roda de rima na Praça dos Estudantes. Com uma caixa de som básica para o beat, o projeto começou reunindo apenas seis jovens dispostos a rimar, mas rapidamente ganhou tração ao ser divulgado em vídeos nas redes sociais. Isso atraiu mais participantes e espectadores de diversas partes do Brasil. Ao longo dos anos, a BDA se consolidou como a maior batalha de rimas da América Latina. Com sua expansão, ela se tornou um coletivo cultural que promove competições, um canal no YouTube com milhões de inscritos, um podcast, e até mesmo uma gravadora musical, a Aldeia Records. A batalha não só revelou talentos como [https://g1.globo.com/pop-arte/musica/noticia/2021/01/14/salvador-da-rima-se-destaca-em-parcerias-de-batalhas-de-rap-na-rua-a-hit-de-funk-com-alok.ghtml Salvador] e [http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Kant], mas também desempenha um papel importante na cultura do hip-hop, promovendo ações sociais e conscientização contra preconceitos, além de fortalecer o turismo e o lazer na região. == Dinâmica do Evento == A dinâmica da Batalha da Aldeia segue um formato clássico de competições de rima freestyle. O evento é estruturado para estimular a criatividade dos participantes e a interação com o público. === Regras e Etapas === * '''Formato''': A competição pode ocorrer em formato 1x1 (duelos individuais), 2x2 (duplas) ou em estilo eliminatório com múltiplos participantes. Cada MC tem um tempo limitado para suas rimas, variando entre 30 segundos e 1 minuto. * '''Temas''': Algumas rodadas possuem temas sorteados, enquanto outras são de tema livre, proporcionando flexibilidade criativa aos competidores. * '''Rodadas''': A batalha pode ter uma ou mais rodadas, sendo realizadas rodadas extras em caso de empate técnico. === Critérios de Avaliação === Os MCs são avaliados com base em: # '''Criatividade''': Originalidade das rimas. # '''Técnica''': Uso de métricas e construção de versos complexos. # '''Flow''': Capacidade de encaixar as rimas no ritmo (beat). # '''Ataques e Respostas''': Habilidade de atacar verbalmente o oponente e responder às provocações. # '''Presença de Palco''': Carisma, postura e interação com o público. === Ambiente === O ambiente das batalhas geralmente ocorre em locais públicos, como praças e centros culturais, promovendo acessibilidade. A Praça dos Estudantes, em Barueri, é um marco simbólico para a BDA. O público desempenha um papel ativo, reagindo às rimas com gritos, aplausos e risadas, o que influencia diretamente a performance dos MCs. Momentos de "microfone aberto" são comuns antes das batalhas oficiais, incentivando novos talentos a se apresentarem. == Objetivos e Impacto == === Objetivos === A Batalha da Aldeia é muito mais do que uma competição. Seus objetivos se alinham ao fortalecimento cultural e à transformação social, promovendo inclusão, reflexão e visibilidade para jovens artistas. Objetivos como expressão artística''',''' BDA oferece uma plataforma para jovens se expressarem por meio do freestyle, transformando suas vivências e realidades em arte. Inclusão social, o evento dá voz a talentos de comunidades periféricas, muitas vezes excluídos de espaços artísticos formais. Fortalece a cultura do hip hop, a BDA contribui para a preservação e expansão da cultura hip-hop no Brasil. Educação e reflexão, temas abordados nas rimas frequentemente incluem questões sociais como desigualdade, racismo e violência, promovendo debates significativos. Desenvolvimento de talentos, A competição impulsiona carreiras artísticas, revelando novos talentos que muitas vezes ganham espaço no mainstream. === Impactos === O impacto da Batalha da Aldeia é significativo em várias frentes: # '''Cultural''': A BDA consolidou o freestyle como uma parte essencial da cultura brasileira, aproximando o Brasil do movimento internacional de batalhas de rima. # '''Social''': O evento cria oportunidades em comunidades marginalizadas, conectando jovens e oferecendo um espaço de pertencimento e valorização. # '''Digital e Artístico''': A popularidade da BDA foi amplificada pelas redes sociais, com vídeos que acumulam milhões de visualizações no YouTube, transformando o evento em um fenômeno digital. Artistas como '''[http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Kant]''', '''[http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html Salvador da Rima]''' e '''[https://portalpopclub.com.br/redes-sociais/jaya-luuck/ Jaya Luuck]''' tiveram suas carreiras impulsionadas após participações na BDA, levando o freestyle para a música produzida em estúdio. == Premiações e Reconhecimentos == [[Ficheiro:Audio-batalha-da-aldeia-28-10-19-foto-leandro-godoi 90.jpg|miniaturadaimagem|379x379px|<nowiki>Batalha da Aldeia | 28/10/19</nowiki>]] As premiações e o reconhecimento na Batalha de Rima da Aldeia são importantes para validar os MCs e abrir oportunidades na cena do rap. Elas destacam habilidades e podem trazer visibilidade. No entanto, muitos argumentam que a essência das batalhas está na criatividade e na improvisação, não apenas em ganhar prêmios. Assim, embora as premiações sejam um complemento interessante, o foco principal deve ser a arte e a conexão com o público. Um MC bastante reconhecido na cena do freestyle é o [https://portalpopline.com.br/quem-e-krawk-considerado-uma-das-revelacoes-do-trap-no-brasil/ Mário Krawk]. Ele se destacou por suas habilidades de improvisação e já participou de várias batalhas importantes, conquistando a admiração do público e dos jurados. Sua trajetória é uma inspiração para muitos aspirantes a MCs. == Relevância Sociocultural == A Batalha de Rima da Aldeia tem grande relevância sociocultural, pois: 1. Expressão Cultural: Permite que MCs abordem temas como desigualdade e racismo, refletindo realidades sociais. 2. Inclusão e Representatividade: Dá voz a artistas de diferentes origens, promovendo diversidade. 3. Fomento à Criatividade: Estimula a improvisação e a expressão única entre os participantes. 4. Comunidade e Conexão: Cria um senso de comunidade entre MCs e o público, promovendo respeito mútuo. 5. Reconhecimento do Freestyle: Ajuda a legitimar o freestyle como uma forma de arte. Esses aspectos mostram que as batalhas são uma ferramenta poderosa para diálogo social e transformação cultural. == Curiosidades e Estatísticas == ''Ver artigo principal: [https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina]'' '''Campeões Memoráveis''' Alguns dos nomes mais famosos que passaram pela BDA incluem Orochi, Kant, César, e Salvador, todos conhecidos por performances lendárias. '''Palcos Iconográficos''' A BDA é realizada em locais marcantes, trazendo uma estética profissional e respeitável ao freestyle, o que a diferencia de outras competições. '''Presença de Jurados Renomados''' A banca avaliadora geralmente conta com artistas e especialistas do rap nacional, conferindo legitimidade às decisões. Além disso, a BDA conta atualmente com mais de 4,6 milhões de inscritos no [https://www.youtube.com/@BatalhaDaAldeia YouTube]. Também é importante ressaltar que os eventos presenciais da Aldeia atraem multidões, como o público de 5 mil pessoas no [https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina aniversário de 8 anos] em 2024, com ingressos esgotados e premiações significativas, como os R$ 100 mil distribuídos entre os vencedores. == Desafios e Futuro == Ao longo de oito anos de história, o projeto enfrentou diversos desafios, que incluem preconceito, repressão policial e a falta de apoio governamental, mas também conquistou parcerias importantes no setor privado. === Falta de Apoio Público === Apesar de sua relevância cultural, a Batalha da Aldeia não conta com apoio financeiro do poder público, situação que seus organizadores consideram frustrante. O movimento é sustentado por parcerias com empresas privadas, uma situação que, segundo os organizadores, deveria ser complementada por apoio governamental, considerando o valor cultural da batalha.<blockquote> '''''"A Batalha da Aldeia faz uma parada totalmente fora da curva, que é conseguir investimento privado pra algo que deveria ter investimento público"'''''<ref name=":0">Bruno de Sousa, mais conhecido como Bob 13, CEO e fundador da Batalha da Aldeia</ref></blockquote> === Preconceito Social === O movimento também enfrenta preconceito social, frequentemente associado a comportamentos como consumo de drogas, desordem pública e violência. Esse estigma, reflete uma visão distorcida e discriminatória em relação à cultura hip-hop. Porém, os organizadores destacam que esses problemas não são exclusivos da cultura hip-hop, mas estão presentes em diversas manifestações culturais, como o futebol e o carnaval. === Conflitos === Durante os anos, a BDA enfrentou embates frequentes com o poder público, como repressão policial e restrições ao uso de praças públicas. Mesmo assim, a batalha resistiu, apoiando-se na força da mobilização popular e no uso estratégico das redes sociais para ampliar sua voz.<blockquote>'''''"Sofremos, sim, repressão policial, opressão. Fomos convidados a sair de lá várias vezes, mas nós sempre tivemos nossa força, que é o povo"'''''<ref name=":0" /></blockquote> === Legado e Perspectivas === A Batalha da Aldeia vai além de ser um evento cultural. Ela se tornou um símbolo de resistência, inovação e valorização da cultura popular brasileira. Sua trajetória inspira outras manifestações culturais e ressalta a importância de políticas públicas que apoiem a cultura de rua como uma ferramenta de transformação social. Enquanto isso, o movimento continua enfrentando desafios e abrindo caminhos para que novas vozes encontrem espaço e reconhecimento em um cenário ainda marcado por barreiras estruturais. == Referências e Fontes == UOL. Entrevista sobre a história e impacto da Batalha da Aldeia. ''Notícias Barueri''. Disponível em: https://cultura.uol.com.br/programas/provoca/videos/14330_bob-13-expoe-o-preconceito-e-repressao-enfrentados-pela-batalha-da-aldeia-ao-longo-dos-anos.html. Acesso em: 21 nov. 2024. TERRA. História e importância da Batalha da Aldeia. ''Terra''. Disponível em: [https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-sua-importancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-suaimportancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html]. Acesso em: 01 nov. 2024. RAP NA RUA. Retrospectiva da Batalha da Aldeia e eventos recentes. Disponível em:https://rapnarua.com.br/tag/bda/?query-10-page=237&cst. Acesso em: 22 out. 2024. INSTITUTO FEDERAL DE SÃO PAULO (IFSP). Bio. Disponível em: <nowiki>http://dsw.paginas.scl.ifsp.edu.br/plm/2023/illumind/Agr%20Vai/bio.html</nowiki>. Acesso em: 22 out. 2024. METRÓPOLES. Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina. Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina RND. BDA 8 anos – A maior e melhor batalha de todos os tempos. Disponível em: https://portalrnd.com.br/bda-8-anos-a-maior-e-melhor-batalha-de-todos-os-tempos/. Acesso em: 22 de Out.2024 Garcia, J. A. Batalha da Aldeia: a relevância cultural do freestyle no Brasil. São Paulo: Cultura Hip-Hop, 2020. Disponível em: https://gq.globo.com/cultura/noticia/2024/10/batalha-da-aldeia-maior-campeonato-de-rima-do-brasil.ghtml Santos, M. L. O impacto social das batalhas de rima nas periferias brasileiras. Revista de Cultura Urbana, v. 12, n. 3, p. 45-57, 2021. Disponível em: https://noticiasbarueri.com.br/noticias-da-cidade/cidade/voce-conhece-a-batalha-da-aldeia Terra. "Batalha da Aldeia: o que é, quando acontece e sua importância". Disponível em: https://www.terra.com.br/visao-do-corre/batalha-da-aldeia-o-que-e-quando-acontece-e-sua-importancia,816dea46671ac152947447bcd3c5597bs03y5368.html Metrópoles. "Batalha da Aldeia: conheça a maior disputa de rimas da América Latina". Disponível em: https://www.metropoles.com/entretenimento/batalha-da-aldeia-conheca-a-maior-disputa-de-rimas-da-america-latina#google_vignette <ref name=":0" />Cultura Uol. "BOB 13 expõe o PRECONCEITO e REPRESSÃO enfrentados pela BATALHA DA ALDEIA ao longo dos anos" Disponível em: https://cultura.uol.com.br/programas/provoca/videos/14330_bob-13-expoe-o-preconceito-e-repressao-enfrentados-pela-batalha-da-aldeia-ao-longo-dos-anos.html a76zqebzqt51msr7wpssqtko8f9xar4 Cultura e Artes: Grafites na cidade de São Paulo 0 29230 167709 167425 2024-12-05T21:08:18Z Bermudess 40850 foto autoral 167709 wikitext text/x-wiki == Introdução == [[Ficheiro:Arte urbana no Centro de São Paulo.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Centro de São Paulo - Guilherme B Alves|280x280px]] [[Ficheiro:Grafite no Minhocão.jpg|miniaturadaimagem|Grafites no Minhocão]] O grafite na cidade de São Paulo emerge como uma das mais relevantes formas de manifestação cultural e artística, contribuindo para a construção de uma identidade visual urbana que reflete a diversidade e as tensões sociais presentes na metrópole. Como uma arte de rua, o grafite se insere no espaço público, rompendo as barreiras tradicionais de galerias e museus, e se tornando um canal de expressão para diferentes grupos e movimentos sociais. Em São Paulo, essa prática não apenas decorou os muros da cidade, mas também se consolidou como uma forma de resistência, denúncia e valorização das culturas periféricas. = História = A história do grafite na cidade de São Paulo teve início na década de 1980, quando os primeiros desenhos começaram a ocupar os espaços públicos da capital paulista. Durante essa época, os muros da cidade começaram a ser visto com imagens simples, mas impactantes, como frangos assados, telefones, botas e saltos finos, todos criados pelo artista Alex Vallauri, um pioneiro da arte urbana no Brasil. Vallauri, com seu estilo único, foi responsável por marcar o começo de uma nova linguagem artística, ainda jovem e revolucionária. No entanto, o grafite naquela época não era visto como arte, mas como um crime, de acordo com as legislações brasileiras. Isso se deu em um contexto de repressão, quando o regime militar, que ainda influenciava o país, controlava fortemente as formas de expressão, especialmente aquelas que poderiam ser interpretadas como manifestações de resistência. Assim, o grafite no Brasil, desde seus primeiros momentos, foi intrinsecamente ligado à luta pela liberdade de expressão e ao protesto contra um sistema autoritário. A arte urbana, por meio de seus traços e cores, tornou-se um meio de resistência, onde a cidade de São Paulo se transformou em uma galeria de ideias, rebeldias e visões que, ao longo dos anos, foram ganhando reconhecimento como uma poderosa forma de arte e expressão cultural. = Principais lugares do grafite em São Paulo = Na busca pelos principais lugares do grafite em São Paulo, foi necessário consultar alguns sites que destacam os pontos mais visitados e famosos. O site ''Lobo''<ref>https://lobopopart.com.br/sao-paulo-capital-do-grafite/</ref> seleciona locais como Vila Madalena, com ênfase no Beco do Batman e no Beco do Aprendiz, além de Cambuci, Avenida Cruzeiro do Sul e Avenida 23 de Maio. [[Ficheiro:Beco do Batman - Vila-Madalena, São Paulo - SP 07.jpg|esquerda|commoldura|Beco do Batman - Vl. Madalena]] A história do Beco do Batman teve início na década de 1980, quando começaram a surgir desenhos do Batman nas paredes do bairro, dando origem ao nome. Desde então, casas e muros passaram a ser alvo de belos grafites, que são realizados com a permissão dos proprietários. O autor do artigo, ''Lobo'', não erra ao afirmar que a Vila Madalena é conhecida não apenas pela modernidade, mas também pela arte do grafite. Além do renomado Beco do Batman, o bairro abriga o Beco do Aprendiz, que, além de exibir o trabalho de dezenas de grafiteiros, se transformou em uma galeria a céu aberto, atraindo turistas apaixonados pela arte de rua. Outro local importante é o Cambuci, um bairro tradicional de São Paulo. Como destacado pelo autor, é impossível falar sobre o grafite paulistano sem mencionar este bairro. O Cambuci abriga a famosa obra ''Os Gêmeos'', dos artistas Otávio e Gustavo Pandolfo, além de muitos outros grafites, como os criados por Nina Pandolfo, Nunca, Vitché, Vinok e Cris Rodrigues. A Avenida Cruzeiro do Sul, que começa no bairro Canindé, no extremo norte da capital paulista, é considerada por muitos artistas de rua como um "museu a céu aberto" de arte urbana. Seus muros e pilares, que sustentam a linha azul do metrô, apresentam obras de artistas como Speto, Binho, Chivitz, Akeni, Minhau, Larkone, Onesto e Zezão. Por fim, a Avenida 23 de Maio, que até 2017 era um grande painel de grafites, recebeu a promessa do prefeito João Doria de remover grande parte das pinturas. Antes dessa decisão, a avenida exibia cerca de 200 grafites, incluindo obras de Nina Pandolfo, Nunca e Os Gêmeos, sendo estes últimos os mais proeminentes. Segundo o site ''Mala de Aventuras''<ref>https://www.maladeaventuras.com/5-lugares-para-encontrar-street-art-em-sao-paulo/#2_Beco_do_Batman</ref>, uma plataforma de mídia dedicada a viagens, outros locais ricos em arte urbana, além do Beco do Batman, incluem o Minhocão, a Oscar Freire, a Avenida Paulista, o Parque Ibirapuera e a Liberdade. Estes estão localizados em diferentes regiões da cidade, evidenciando como o grafite é uma forma de arte presente em toda a capital paulista. Nesse sentido, conclui-se que grafite em São Paulo vai muito além de uma simples forma de expressão urbana; ele é um reflexo da cidade e de sua diversidade cultural. Espalhado por diversos bairros, desde o centro até as zonas mais periféricas, o grafite transforma as ruas paulistanas em um verdadeiro museu ao ar livre. Cada muro, cada parede pintada, conta uma história, seja de resistência, arte ou identidade. Portanto, é possível afirmar que o grafite é uma das manifestações culturais mais importantes e presentes na paisagem urbana de São Paulo, encantando tanto os moradores quanto os turistas que visitam a cidade. = A Importância Cultural e Social do Grafite em São Paulo = O grafite em São Paulo desempenha um papel cultural e social significativo, sendo uma das expressões artísticas mais impactantes da metrópole. Inicialmente surgido como uma forma de resistência e protesto nas áreas periféricas, o grafite se firmou ao longo dos anos como um ícone da diversidade cultural e das batalhas sociais na cidade. Sua manifestação nas ruas de São Paulo transcende a mera estética; ela é fundamental para a formação de identidade, a mudança social e a revitalização urbana. ==== O Grafite como Expressão Cultural ==== O grafite é, antes de tudo, uma manifestação artística que expressa a rica diversidade cultural de São Paulo. Reconhecida por sua pluralidade e pelo convívio harmônico entre diferentes culturas, a cidade encontrou no grafite uma forma de destacar suas diversas identidades. Artistas de origens variadas, particularmente das periferias e de áreas marginalizadas, utilizam essa técnica para abordar assuntos como gênero, raça, desigualdade social e política. São Paulo se consolidou como uma das capitais globais do grafite, com locais emblemáticos como a Vila Madalena e o Beco do Batman se tornando verdadeiros símbolos da arte urbana. O grafite transcende a simples ornamentação de muros e prédios; ele carrega mensagens de resistência, reafirmação de identidade e denúncia de questões sociais. As obras produzidas na cidade muitas vezes exploram temas relacionados à história, à cultura local e aos protestos contra as injustiças.<ref>BRASIL, F. Grafite e a arte urbana no Brasil. São Paulo: Editora Cultura, 2018.</ref> ==== O Grafite como Ferramenta de Inclusão Social ==== O grafite em São Paulo também desempenha um papel importante na inclusão social. Muitas vezes, ele é uma alternativa para jovens de comunidades periféricas que não têm acesso a espaços artísticos tradicionais. A partir do grafite, esses jovens podem desenvolver sua criatividade, adquirir habilidades técnicas e conquistar uma forma de expressão própria. Projetos de oficinas de grafite e de arte urbana para jovens em situação de vulnerabilidade social têm se multiplicado na cidade. Além de proporcionar uma nova perspectiva e empoderamento, esses projetos permitem a visibilidade dos artistas de periferia, criando oportunidades no mercado de arte e cultura. O grafite, portanto, não só gera inclusão social como também promove o reconhecimento do potencial artístico de comunidades marginalizadas.<ref>SILVA, R. A. Arte urbana e movimentos sociais em São Paulo. São Paulo: Editora Políticas, 2020.</ref> ==== A Transformação Urbana e a Revitalização de Espaços Públicos ==== Em São Paulo, o grafite também tem um papel significativo na revitalização de áreas urbanas. Muralismos e grafites criados em locais degradados ou abandonados, como paredes e muros de fábricas antigas, não só embelezam os espaços como transformam ambientes antes desvalorizados. O Beco do Batman, por exemplo, é um exemplo de como o grafite pode reverter o abandono de uma área e transformá-la em um centro cultural dinâmico, atrativo para turistas e paulistanos. Essa transformação não se limita à estética, mas também ao impacto social: o grafite contribui para a reintegração de comunidades e o fortalecimento de uma identidade local. Ao reviver espaços públicos com arte, o grafite também contribui para a segurança e o pertencimento, ao trazer visibilidade a locais que antes eram invisíveis ou estigmatizados.<ref>SOUZA, A. C. O impacto do grafite na revitalização urbana paulistana. Revista de Urbanismo e Arte, v. 10, n. 2, p. 45-63, 2019.</ref> ==== O Grafite como Meio de Protesto e Denúncia ==== O grafite em São Paulo tem um histórico de se posicionar como uma ferramenta de protesto e de questionamento político e social. Em diversos momentos, os grafites da cidade serviram para denunciar a violência policial, o racismo, a homofobia, a desigualdade econômica e outras questões sociais que afetam os habitantes da cidade. Muitas obras de grafite, como aquelas feitas durante manifestações e protestos, são formas de resistência contra sistemas opressores. Artistas usam suas obras para expressar descontentamento com o status quo, com as políticas públicas ou com a repressão de direitos civis. O grafite, portanto, é uma forma de tornar visível o invisível e dar voz às demandas da população. ==== Economia Criativa e Turismo ==== Além de seu impacto cultural e social, o grafite em São Paulo também é um motor econômico. Ele atrai turistas de várias partes do mundo, que visitam a cidade para explorar suas expressões de arte urbana. O turismo relacionado ao grafite tem se consolidado como parte importante da economia criativa da cidade, promovendo visitas a murais e a espaços como o Beco do Batman e outros pontos de arte urbana. Eventos e festivais de arte de rua também têm sido realizados em São Paulo, estimulando a produção artística e criando novas oportunidades para os artistas locais. Além disso, o grafite tem se tornado um mercado comercial, com artistas se profissionalizando e exibindo suas obras em galerias, além de serem contratados por marcas e empresas. ==== Relevância ==== O grafite em São Paulo transcende a mera categoria de arte de rua; ele representa um espelho da rica complexidade social, cultural e política da metrópole. Como um meio de resistência, protesto, expressão artística e inclusão social, o grafite desempenha um papel crucial na formação da identidade paulistana e na revitalização do espaço urbano. Ademais, impulsiona a economia criativa e cria oportunidades para novos talentos artísticos. No contexto global, o grafite da cidade se destaca como um dos maiores fenômenos culturais dentro da arte urbana contemporânea. = Impacto Econômico e Turístico = O impacto do grafite trouxe a fomentação da economia e do turismo na cidade de São Paulo, que se tornou um ponto de referência global na arte urbana. Do ponto de vista econômico, temos a valorização dos espaços urbanos, que além de renovar áreas danificadas, valoriza bairros e propriedades localizados principalmente nas regiões centrais e históricas da cidade, e também a geração da economia criativa, onde artistas tem suas obras reconhecidas a nível internacional, trazendo grande visibilidade e investimento para a cidade. Já do ponto de vista turístico, o grafite se torna atrativo para pessoas que visitam locais com murais espalhados pela cidade e até, como exemplo, o [[w:Beco_do_Batman|Beco do Batman]]. Por ser considerada a “cidade do grafite”, São Paulo se torna anualmente um alvo de turistas que buscam explorar essa forma de arte. Além disso, temos o turismo cultural e fotográfico, que resulta na aproximação de fotógrafos, influenciadores e amantes dessa arte, estimulando o comércio local como cafés, restaurantes e lojas nas proximidades dessas exposições. = Artistas Renomados = === '''Thais Ueda''' === Thais Ueda é uma artista visual, designer gráfico e ilustradora da terceira geração de uma família de japoneses nascida no Brasil. Apesar de ser formada em Propaganda e Marketing e Desenho Industrial, considera-se uma desenhista, tendo trabalhado com inúmeras atividades, como estamparia, tatuagem, ilustração, design gráfico, grafite e artes visuais.<ref>[https://arteforadomuseu.com.br/artistas/thais-ueda/ Thais Ueda - Arquivos - Arte Fora do Museu]</ref> '''Obra sem título:''' A artista plástica Thais Ueda foi uma das convidados da Primeira edição do Gastroart, que levou grafite, música e gastronomia à Barra Funda em São Paulo. A ideia do festival gratuito surgiu com o objetivo de revitalizar a região da Barra Funda e atrair público e cultura para a região. Ao longo do dia, o evento reuniu 15 grafiteiros renomados que tiveram a missão de dar cores a um muro de 250 metros lineares que faz divisa com a linha do trem da CPTM. Entre os grafiteiros estavam: Paulo Ito, Hope, Onesto, Ethos e Alex Senna.<ref>[https://arteforadomuseu.com.br/obra-sem-titulo-114/ Obra sem título - Arte Fora do Museu]</ref> ---- === '''Stefanie Fabian Torelli''' === Uma artista plástica, grafiteira, professora e arte-educadora brasileira, nascida em 4 de fevereiro de 1991, em São Paulo. Ela é uma figura proeminente no coletivo '''Mulheres de Artitude''', que é composto exclusivamente por grafiteiras e se dedica a promover o empoderamento feminino. O trabalho de Stefanie é especialmente notável por sua abordagem aos temas de inclusão e resistência. Ela utiliza a arte urbana para dar voz às minorias e defender a igualdade de gênero. Além disso, sua participação em projetos culturais e oficinas de grafite e escultura inspira muitas outras mulheres a se envolverem na arte urbana. '''Projeto Color + City:''' é uma obra de arte urbana localizada na Avenida Marechal Tito, em São Paulo. A obra é caracterizada por suas cores vibrantes e figuras estilizadas que celebram a diversidade e a inclusão. Stefanie utiliza a arte para promover a representatividade de minorias e a igualdade de gênero, tornando suas obras não apenas visualmente impactantes, mas também profundamente significativas. ---- [[Ficheiro:Os Gêmeos (2007) (1).jpg|miniaturadaimagem|'''OSGEMEOS''']] === '''OSGEMEOS (Gustavo e Otávio Pandolfo)''' === Composto pelos irmãos gêmeos '''Otavio e Gustavo Pandolfo''', são artistas de rua de São Paulo, nascidos em 29 de março de 1974. Desde a juventude, eles se destacaram no movimento hip hop, inicialmente como dançarinos de break antes de se dedicarem ao grafite. As obras deles são famosas por retratar personagens de pele amarela com rostos grandes e expressivos, criando um mundo mágico e surreal. Eles utilizam cores vibrantes e padrões elaborados, mesclando elementos tradicionais, folclóricos e contemporâneos da cultura brasileira. OSGEMEOS são um símbolo de representatividade e inclusão, promovendo a diversidade cultural e social através de suas artes.[[Ficheiro:O Estrangeiro, osgemeos (5877979043).jpg|miniaturadaimagem|'''Correios São Paulo - República, São Paulo'''|esquerda]]        '''"O Estrangeiro"''': O desenho de uma figura gigante, com os traços característicos dos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, foi feito na empena de um edifício na região central de São Paulo (SP), tornando-se um dos primeiros trabalhos desse tipo no país. Criado em 2009, como parte das comemorações do Ano da França no Brasil, O Estrangeiro foi apagado em 14 de fevereiro de 2012, antes de o prédio ser demolido.<ref>[https://arteforadomuseu.com.br/o-estrangeiro/ O Estrangeiro - Arte Fora do Museu]</ref> [[Ficheiro:Os Gêmeos, Museu de Arte Moderna de São Paulo.jpg|miniaturadaimagem|'''Rua do Ibirapuera - Moema, São Paulo - MAM''']]       '''"Pintura Mural na Fachada do MAM. Parque do Ibirapuera (SP). 2010"''': Mostra a técnica dos irmãos, com pouco uso do spray e bastante látex. osgemeos são os grandes representantes da geração anos 90/00 do grafite brasileiro e ganharam visibilidade internacional. Aqui é possível ver um pouco do universo criado por eles, chamado de Tritrez, cheio de seres fantásticos e ambientes oníricos. A ideia do MAM ao convidar os artistas para preencherem esta parede era fazer uma integração com o resto do Ibirapuera, transformando uma de suas estruturas em uma tela para uma obra de arte. Os irmãos Otavio e Gustavo Pandolfo nasceram em 1974 e grafitam desde 1986.<ref>[https://arteforadomuseu.com.br/obra-sem-titulo-14/ Obra sem título - Arte Fora do Museu]</ref> ---- === '''Eduardo Kobra''' === [[Ficheiro:Kobra 27953691864 o.jpg|miniaturadaimagem|'''Kobra''']] Um famoso muralista brasileiro, nascido em 27 de agosto de 1975, na Zona Sul de São Paulo. Desde jovem, mostrou talento para a arte, começando a pintar murais ainda na adolescência. Kobra é reconhecido por suas grandes obras que utilizam cores vibrantes e retratam figuras históricas e culturais. Seus murais destacam a diversidade e a inclusão, promovendo a representatividade de minorias. Ele ganhou notoriedade internacional com murais em cinco continentes, incluindo o célebre "Las Etnias" criado para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. A arte de Kobra não só embeleza o ambiente urbano, mas também serve como uma plataforma para celebrar diferentes culturas e histórias, inspirando e conectando pessoas ao redor do mundo. [[Ficheiro:Oscar Niemeyer .jpg|miniaturadaimagem|'''Praça Oswaldo Cruz - Av. Paulista - Bela Vista, São Paulo'''|esquerda]]        '''"Oscar Niemeyer"''': Oscar Niemeyer não era paulistano, mas, em janeiro de 2013, no aniversário de São Paulo, Eduardo Kobra presenteou a cidade com esse impressionante painel inspirado no mais famoso arquiteto brasileiro. Para Kobra, tratava-se de uma forma de retribuir as homenagens que o artista modernista fez à capital paulista, ao criar obras-primas como o Parque do Ibirapuera, o edifício Copan e o Memorial da América Latina. No ano anterior, Kobra havia pintado em uma usina termelétrica do Rio de Janeiro uma série com os principais monumentos brasileiros, vários deles de autoria do arquiteto, e até preparado uma tela com o rosto de Niemeyer. O layout deste gigantesco mural estava em andamento quando, em dezembro de 2012, veio a notícia de sua morte, aos 104 anos. No caleidoscópico painel estão detalhes de algumas das principais obras de Niemeyer, como o Palácio do Planalto, em Brasília, e a Pampulha, em Belo Horizonte. O contraste das cores com a paisagem da avenida Paulista faz desta uma das obras preferidas de seu criador.<ref>[https://arteforadomuseu.com.br/oscar-niemeyer-2/ Oscar Niemeyer - Arte Fora do Museu]</ref> [[Ficheiro:“Genial é andar de bike” - Albert Einstein por Eduardo Kobra (Rua Oscar Freire, São Paulo, SP, Brasil) (23016554119).jpg|miniaturadaimagem|'''Rua Oscar Freire, São Paulo''']]        '''"Genial é Andar de Bike"''': Em um momento em que os debates sobre a inserção das bicicletas na rede de mobilidade urbana de São Paulo se disseminavam e provocavam reações apaixonadas entre a população, Eduardo Kobra marcou sua posição em grande estilo. Mesmo não sendo um cicloativista, o paulistano queria despertar as pessoas para essa possibilidade e pintou, na rua Oscar Freire, o painel Genial é andar de bike. Como modelo, Albert Einstein, que, de acordo com a lenda, criou algumas de suas principais teorias enquanto pedalava. O físico alemão fez de fato, uma comparação lapidar em carta endereçada a seu filho Eduard: “Viver é como andar de bicicleta. Para manter-se em equilíbrio, você precisa sempre seguir em frente.” = Polêmicas = A polêmica envolvendo a "Maré Cinza" e o movimento de remoção dos grafites em São Paulo, liderado pelo ex-prefeito João Doria, levanta questões profundas sobre a liberdade de expressão e o papel da arte urbana na cidade. O movimento "São Paulo, Cidade Linda", lançado por Doria, visava promover uma limpeza visual na cidade, apagando pichações e grafites considerados poluição visual por parte da gestão. Contudo, essa iniciativa gerou grande controvérsia, especialmente entre os artistas urbanos e defensores da arte de rua, que enxergam o grafite como uma forma legítima de expressão artística e cultural. A remoção das obras, principalmente na Avenida 23 de Maio e em outros pontos icônicos da cidade, não foi vista apenas como uma ação de higienização, mas como um ataque à liberdade artística. De acordo com a reportagem de Gil Alessi (EL PAIS – Jornal digital), o prefeito ter ido às ruas, vestido com uniforme de higienização para supervisionar a remoção das pinturas, ele provocou ainda mais reações negativas. O gesto de "apagar" grafites foi interpretado por muitos como autoritário, como uma “declaração de guerra” contra a arte urbana. A falta de diálogo entre a prefeitura e os artistas responsáveis pelos grafites apagados gerou críticas, sendo considerada uma falha grave da gestão. A situação se intensificou quando surgiram novos grafites de protesto, que questionavam as ações de Doria, expressando o descontentamento da comunidade artística.<ref>[https://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/24/politica/1485280199_418307.html El Pais]</ref> Outro ponto de grande polêmica, exibido pelo site G1, foi a criação do "Grafitódromo", um espaço destinado exclusivamente ao grafite. Embora a proposta tenha sido oferecer um local onde os artistas pudessem se expressar, muitos viram isso como uma tentativa de controlar a arte, restringindo-a a um ambiente específico. Para o artista plástico Jaime Prades, isso caracteriza um limite à liberdade de expressão. "É uma visão paternalista que quer impor o que considera 'certo'. Logo, o grafite é algo errado, que tem que ser contido e controlado", diz. "Mas nesse caso, não seria mais grafite, já que a alma do grafite é interagir com a cidade livremente", completa.<ref>[https://g1.globo.com/mundo/noticia/de-crime-a-arte-a-historia-do-grafite-nas-ruas-de-sao-paulo.ghtml G1]</ref> A "Maré Cinza" simboliza, assim, um embate entre diferentes visões sobre a cidade: de um lado, a busca por uma estética controlada e organizada; de outro, a valorização da diversidade cultural e artística, que se expressa no espaço público de maneira livre. Esse debate continua a ser central na discussão sobre o futuro do grafite e da arte urbana em São Paulo e em outras cidades. = Legislações = O grafite é uma arte reconhecida e protegida desde 15 de outubro de 2011, pela Lei nº 14.996, que o considera uma manifestação cultural brasileira, permitindo que os artistas se expressem e se comuniquem com a sociedade. A lei destaca aspectos positivos, como a legitimação da prática e a valorização da arte. Com a proteção legal, o grafite deixou de ser associado ao crime, principalmente ao vandalismo. Segundo o GEDAI-UFPR, Grupo de Estudos de Direito Autoral e Industrial, vinculado à Universidade Federal do Paraná, "O artigo 1º da lei estabelece que cabe ao poder público garantir a livre expressão artística do grafite. Isso implica que o Estado deve criar condições para que os artistas possam se expressar sem medo de repressão ou penalização"<ref>[https://gedai.ufpr.br/grafite-arte-reconhecida-e-protegida-em-lei/ GEDAI]</ref> Dessa forma, a lei tem como objetivo não apenas a legalização do grafite, mas também a criação de condições para a prática artística, permitindo que os artistas realizem suas obras. A designação de espaços para grafite, como murais ou áreas específicas em parques e praças, visa à valorização, proteção e manutenção dessas obras. O grafite permite uma comunicação direta com a sociedade, abordando temas políticos, culturais e sociais, além de promover a liberdade de expressão e contribuir para a valorização da cultura local. Contudo, a aplicação da lei pode apresentar desafios. A diferenciação entre grafite e pichação, por exemplo, pode gerar interpretações variadas por parte das autoridades, levando a confusões e ao aumento de pichações em áreas não autorizadas. Além disso, há o desafio de garantir que todos os artistas, independentemente de seus recursos, tenham as mesmas oportunidades para se expressar publicamente, sem que suas obras sejam tratadas de forma desigual. Em vista desses pontos, é necessário um equilíbrio entre os benefícios da lei e os desafios que ela impõe, de forma a garantir a plena valorização da arte urbana e sua livre expressão. == Bibliografia == <references /> 38o97w5ueu5t79t4ixqhi9a2mg5k8ru 167714 167709 2024-12-05T21:37:44Z GutCosta 40833 Adição das referencias para a bibliografia 167714 wikitext text/x-wiki == Introdução == [[Ficheiro:Arte urbana no Centro de São Paulo.jpg|esquerda|miniaturadaimagem|Centro de São Paulo - Guilherme B Alves|280x280px]] [[Ficheiro:Grafite no Minhocão.jpg|miniaturadaimagem|Grafites no Minhocão]] O grafite na cidade de São Paulo emerge como uma das mais relevantes formas de manifestação cultural e artística, contribuindo para a construção de uma identidade visual urbana que reflete a diversidade e as tensões sociais presentes na metrópole. Como uma arte de rua, o grafite se insere no espaço público, rompendo as barreiras tradicionais de galerias e museus, e se tornando um canal de expressão para diferentes grupos e movimentos sociais. Em São Paulo, essa prática não apenas decorou os muros da cidade, mas também se consolidou como uma forma de resistência, denúncia e valorização das culturas periféricas. = História = A história do grafite na cidade de São Paulo teve início na década de 1980, quando os primeiros desenhos começaram a ocupar os espaços públicos da capital paulista. Durante essa época, os muros da cidade começaram a ser visto com imagens simples, mas impactantes, como frangos assados, telefones, botas e saltos finos, todos criados pelo artista Alex Vallauri, um pioneiro da arte urbana no Brasil. Vallauri, com seu estilo único, foi responsável por marcar o começo de uma nova linguagem artística, ainda jovem e revolucionária. No entanto, o grafite naquela época não era visto como arte, mas como um crime, de acordo com as legislações brasileiras. Isso se deu em um contexto de repressão, quando o regime militar, que ainda influenciava o país, controlava fortemente as formas de expressão, especialmente aquelas que poderiam ser interpretadas como manifestações de resistência. Assim, o grafite no Brasil, desde seus primeiros momentos, foi intrinsecamente ligado à luta pela liberdade de expressão e ao protesto contra um sistema autoritário. A arte urbana, por meio de seus traços e cores, tornou-se um meio de resistência, onde a cidade de São Paulo se transformou em uma galeria de ideias, rebeldias e visões que, ao longo dos anos, foram ganhando reconhecimento como uma poderosa forma de arte e expressão cultural. = Principais lugares do grafite em São Paulo = Na busca pelos principais lugares do grafite em São Paulo, foi necessário consultar alguns sites que destacam os pontos mais visitados e famosos. O site ''Lobo''<ref>https://lobopopart.com.br/sao-paulo-capital-do-grafite/</ref> seleciona locais como Vila Madalena, com ênfase no Beco do Batman e no Beco do Aprendiz, além de Cambuci, Avenida Cruzeiro do Sul e Avenida 23 de Maio. [[Ficheiro:Beco do Batman - Vila-Madalena, São Paulo - SP 07.jpg|esquerda|commoldura|Beco do Batman - Vl. Madalena]] A história do Beco do Batman teve início na década de 1980, quando começaram a surgir desenhos do Batman nas paredes do bairro, dando origem ao nome. Desde então, casas e muros passaram a ser alvo de belos grafites, que são realizados com a permissão dos proprietários. O autor do artigo, ''Lobo'', não erra ao afirmar que a Vila Madalena é conhecida não apenas pela modernidade, mas também pela arte do grafite. Além do renomado Beco do Batman, o bairro abriga o Beco do Aprendiz, que, além de exibir o trabalho de dezenas de grafiteiros, se transformou em uma galeria a céu aberto, atraindo turistas apaixonados pela arte de rua. Outro local importante é o Cambuci, um bairro tradicional de São Paulo. Como destacado pelo autor, é impossível falar sobre o grafite paulistano sem mencionar este bairro. O Cambuci abriga a famosa obra ''Os Gêmeos'', dos artistas Otávio e Gustavo Pandolfo, além de muitos outros grafites, como os criados por Nina Pandolfo, Nunca, Vitché, Vinok e Cris Rodrigues. A Avenida Cruzeiro do Sul, que começa no bairro Canindé, no extremo norte da capital paulista, é considerada por muitos artistas de rua como um "museu a céu aberto" de arte urbana. Seus muros e pilares, que sustentam a linha azul do metrô, apresentam obras de artistas como Speto, Binho, Chivitz, Akeni, Minhau, Larkone, Onesto e Zezão. Por fim, a Avenida 23 de Maio, que até 2017 era um grande painel de grafites, recebeu a promessa do prefeito João Doria de remover grande parte das pinturas. Antes dessa decisão, a avenida exibia cerca de 200 grafites, incluindo obras de Nina Pandolfo, Nunca e Os Gêmeos, sendo estes últimos os mais proeminentes. Segundo o site ''Mala de Aventuras''<ref>https://www.maladeaventuras.com/5-lugares-para-encontrar-street-art-em-sao-paulo/#2_Beco_do_Batman</ref>, uma plataforma de mídia dedicada a viagens, outros locais ricos em arte urbana, além do Beco do Batman, incluem o Minhocão, a Oscar Freire, a Avenida Paulista, o Parque Ibirapuera e a Liberdade. Estes estão localizados em diferentes regiões da cidade, evidenciando como o grafite é uma forma de arte presente em toda a capital paulista. Nesse sentido, conclui-se que grafite em São Paulo vai muito além de uma simples forma de expressão urbana; ele é um reflexo da cidade e de sua diversidade cultural. Espalhado por diversos bairros, desde o centro até as zonas mais periféricas, o grafite transforma as ruas paulistanas em um verdadeiro museu ao ar livre. Cada muro, cada parede pintada, conta uma história, seja de resistência, arte ou identidade. Portanto, é possível afirmar que o grafite é uma das manifestações culturais mais importantes e presentes na paisagem urbana de São Paulo, encantando tanto os moradores quanto os turistas que visitam a cidade. = A Importância Cultural e Social do Grafite em São Paulo = O grafite em São Paulo desempenha um papel cultural e social significativo, sendo uma das expressões artísticas mais impactantes da metrópole. Inicialmente surgido como uma forma de resistência e protesto nas áreas periféricas, o grafite se firmou ao longo dos anos como um ícone da diversidade cultural e das batalhas sociais na cidade. Sua manifestação nas ruas de São Paulo transcende a mera estética; ela é fundamental para a formação de identidade, a mudança social e a revitalização urbana. ==== O Grafite como Expressão Cultural ==== O grafite é, antes de tudo, uma manifestação artística que expressa a rica diversidade cultural de São Paulo. Reconhecida por sua pluralidade e pelo convívio harmônico entre diferentes culturas, a cidade encontrou no grafite uma forma de destacar suas diversas identidades. Artistas de origens variadas, particularmente das periferias e de áreas marginalizadas, utilizam essa técnica para abordar assuntos como gênero, raça, desigualdade social e política. São Paulo se consolidou como uma das capitais globais do grafite, com locais emblemáticos como a Vila Madalena e o Beco do Batman se tornando verdadeiros símbolos da arte urbana. O grafite transcende a simples ornamentação de muros e prédios; ele carrega mensagens de resistência, reafirmação de identidade e denúncia de questões sociais. As obras produzidas na cidade muitas vezes exploram temas relacionados à história, à cultura local e aos protestos contra as injustiças.<ref>BRASIL, F. Grafite e a arte urbana no Brasil. São Paulo: Editora Cultura, 2018.</ref> ==== O Grafite como Ferramenta de Inclusão Social ==== O grafite em São Paulo também desempenha um papel importante na inclusão social. Muitas vezes, ele é uma alternativa para jovens de comunidades periféricas que não têm acesso a espaços artísticos tradicionais. A partir do grafite, esses jovens podem desenvolver sua criatividade, adquirir habilidades técnicas e conquistar uma forma de expressão própria. Projetos de oficinas de grafite e de arte urbana para jovens em situação de vulnerabilidade social têm se multiplicado na cidade. Além de proporcionar uma nova perspectiva e empoderamento, esses projetos permitem a visibilidade dos artistas de periferia, criando oportunidades no mercado de arte e cultura. O grafite, portanto, não só gera inclusão social como também promove o reconhecimento do potencial artístico de comunidades marginalizadas.<ref>SILVA, R. A. Arte urbana e movimentos sociais em São Paulo. São Paulo: Editora Políticas, 2020.</ref> ==== A Transformação Urbana e a Revitalização de Espaços Públicos ==== Em São Paulo, o grafite também tem um papel significativo na revitalização de áreas urbanas. Muralismos e grafites criados em locais degradados ou abandonados, como paredes e muros de fábricas antigas, não só embelezam os espaços como transformam ambientes antes desvalorizados. O Beco do Batman, por exemplo, é um exemplo de como o grafite pode reverter o abandono de uma área e transformá-la em um centro cultural dinâmico, atrativo para turistas e paulistanos. Essa transformação não se limita à estética, mas também ao impacto social: o grafite contribui para a reintegração de comunidades e o fortalecimento de uma identidade local. Ao reviver espaços públicos com arte, o grafite também contribui para a segurança e o pertencimento, ao trazer visibilidade a locais que antes eram invisíveis ou estigmatizados.<ref>SOUZA, A. C. O impacto do grafite na revitalização urbana paulistana. Revista de Urbanismo e Arte, v. 10, n. 2, p. 45-63, 2019.</ref> ==== O Grafite como Meio de Protesto e Denúncia ==== O grafite em São Paulo tem um histórico de se posicionar como uma ferramenta de protesto e de questionamento político e social. Em diversos momentos, os grafites da cidade serviram para denunciar a violência policial, o racismo, a homofobia, a desigualdade econômica e outras questões sociais que afetam os habitantes da cidade. Muitas obras de grafite, como aquelas feitas durante manifestações e protestos, são formas de resistência contra sistemas opressores. Artistas usam suas obras para expressar descontentamento com o status quo, com as políticas públicas ou com a repressão de direitos civis. O grafite, portanto, é uma forma de tornar visível o invisível e dar voz às demandas da população. ==== Economia Criativa e Turismo ==== Além de seu impacto cultural e social, o grafite em São Paulo também é um motor econômico. Ele atrai turistas de várias partes do mundo, que visitam a cidade para explorar suas expressões de arte urbana. O turismo relacionado ao grafite tem se consolidado como parte importante da economia criativa da cidade, promovendo visitas a murais e a espaços como o Beco do Batman e outros pontos de arte urbana. Eventos e festivais de arte de rua também têm sido realizados em São Paulo, estimulando a produção artística e criando novas oportunidades para os artistas locais. Além disso, o grafite tem se tornado um mercado comercial, com artistas se profissionalizando e exibindo suas obras em galerias, além de serem contratados por marcas e empresas. ==== Relevância ==== O grafite em São Paulo transcende a mera categoria de arte de rua; ele representa um espelho da rica complexidade social, cultural e política da metrópole. Como um meio de resistência, protesto, expressão artística e inclusão social, o grafite desempenha um papel crucial na formação da identidade paulistana e na revitalização do espaço urbano. Ademais, impulsiona a economia criativa e cria oportunidades para novos talentos artísticos. No contexto global, o grafite da cidade se destaca como um dos maiores fenômenos culturais dentro da arte urbana contemporânea. = Impacto Econômico e Turístico = O impacto do grafite trouxe a fomentação da economia e do turismo na cidade de São Paulo, que se tornou um ponto de referência global na arte urbana. Do ponto de vista econômico, temos a valorização dos espaços urbanos, que além de renovar áreas danificadas, valoriza bairros e propriedades localizados principalmente nas regiões centrais e históricas da cidade, e também a geração da economia criativa, onde artistas tem suas obras reconhecidas a nível internacional, trazendo grande visibilidade e investimento para a cidade.<ref>https://agemt.pucsp.br/noticias/muitas-faces-do-grafite-em-sao-paulo</ref><ref>https://canalarte1.uol.com.br/2024/09/16/a-evolucao-do-graffiti-no-cenario-urbano-de-marginalizado-a-arte-de-prestigio/</ref> Já do ponto de vista turístico, o grafite se torna atrativo para pessoas que visitam locais com murais espalhados pela cidade e até, como exemplo, o [[w:Beco_do_Batman|Beco do Batman]]. Por ser considerada a “cidade do grafite”, São Paulo se torna anualmente um alvo de turistas que buscam explorar essa forma de arte. Além disso, temos o turismo cultural e fotográfico, que resulta na aproximação de fotógrafos, influenciadores e amantes dessa arte, estimulando o comércio local como cafés, restaurantes e lojas nas proximidades dessas exposições.<ref>https://www.seumochilao.com.br/grafites-em-sao-paulo/ </ref><ref>https://brasil.elpais.com/brasil/2013/11/23/cultura/1385165447_940154.html</ref> = Artistas Renomados = === '''Thais Ueda''' === Thais Ueda é uma artista visual, designer gráfico e ilustradora da terceira geração de uma família de japoneses nascida no Brasil. Apesar de ser formada em Propaganda e Marketing e Desenho Industrial, considera-se uma desenhista, tendo trabalhado com inúmeras atividades, como estamparia, tatuagem, ilustração, design gráfico, grafite e artes visuais.<ref>[https://arteforadomuseu.com.br/artistas/thais-ueda/ Thais Ueda - Arquivos - Arte Fora do Museu]</ref> '''Obra sem título:''' A artista plástica Thais Ueda foi uma das convidados da Primeira edição do Gastroart, que levou grafite, música e gastronomia à Barra Funda em São Paulo. A ideia do festival gratuito surgiu com o objetivo de revitalizar a região da Barra Funda e atrair público e cultura para a região. Ao longo do dia, o evento reuniu 15 grafiteiros renomados que tiveram a missão de dar cores a um muro de 250 metros lineares que faz divisa com a linha do trem da CPTM. Entre os grafiteiros estavam: Paulo Ito, Hope, Onesto, Ethos e Alex Senna.<ref>[https://arteforadomuseu.com.br/obra-sem-titulo-114/ Obra sem título - Arte Fora do Museu]</ref> ---- === '''Stefanie Fabian Torelli''' === Uma artista plástica, grafiteira, professora e arte-educadora brasileira, nascida em 4 de fevereiro de 1991, em São Paulo. Ela é uma figura proeminente no coletivo '''Mulheres de Artitude''', que é composto exclusivamente por grafiteiras e se dedica a promover o empoderamento feminino. O trabalho de Stefanie é especialmente notável por sua abordagem aos temas de inclusão e resistência. Ela utiliza a arte urbana para dar voz às minorias e defender a igualdade de gênero. Além disso, sua participação em projetos culturais e oficinas de grafite e escultura inspira muitas outras mulheres a se envolverem na arte urbana. '''Projeto Color + City:''' é uma obra de arte urbana localizada na Avenida Marechal Tito, em São Paulo. A obra é caracterizada por suas cores vibrantes e figuras estilizadas que celebram a diversidade e a inclusão. Stefanie utiliza a arte para promover a representatividade de minorias e a igualdade de gênero, tornando suas obras não apenas visualmente impactantes, mas também profundamente significativas. ---- [[Ficheiro:Os Gêmeos (2007) (1).jpg|miniaturadaimagem|'''OSGEMEOS''']] === '''OSGEMEOS (Gustavo e Otávio Pandolfo)''' === Composto pelos irmãos gêmeos '''Otavio e Gustavo Pandolfo''', são artistas de rua de São Paulo, nascidos em 29 de março de 1974. Desde a juventude, eles se destacaram no movimento hip hop, inicialmente como dançarinos de break antes de se dedicarem ao grafite. As obras deles são famosas por retratar personagens de pele amarela com rostos grandes e expressivos, criando um mundo mágico e surreal. Eles utilizam cores vibrantes e padrões elaborados, mesclando elementos tradicionais, folclóricos e contemporâneos da cultura brasileira. OSGEMEOS são um símbolo de representatividade e inclusão, promovendo a diversidade cultural e social através de suas artes.[[Ficheiro:O Estrangeiro, osgemeos (5877979043).jpg|miniaturadaimagem|'''Correios São Paulo - República, São Paulo'''|esquerda]]        '''"O Estrangeiro"''': O desenho de uma figura gigante, com os traços característicos dos irmãos Otávio e Gustavo Pandolfo, foi feito na empena de um edifício na região central de São Paulo (SP), tornando-se um dos primeiros trabalhos desse tipo no país. Criado em 2009, como parte das comemorações do Ano da França no Brasil, O Estrangeiro foi apagado em 14 de fevereiro de 2012, antes de o prédio ser demolido.<ref>[https://arteforadomuseu.com.br/o-estrangeiro/ O Estrangeiro - Arte Fora do Museu]</ref> [[Ficheiro:Os Gêmeos, Museu de Arte Moderna de São Paulo.jpg|miniaturadaimagem|'''Rua do Ibirapuera - Moema, São Paulo - MAM''']]       '''"Pintura Mural na Fachada do MAM. Parque do Ibirapuera (SP). 2010"''': Mostra a técnica dos irmãos, com pouco uso do spray e bastante látex. osgemeos são os grandes representantes da geração anos 90/00 do grafite brasileiro e ganharam visibilidade internacional. Aqui é possível ver um pouco do universo criado por eles, chamado de Tritrez, cheio de seres fantásticos e ambientes oníricos. A ideia do MAM ao convidar os artistas para preencherem esta parede era fazer uma integração com o resto do Ibirapuera, transformando uma de suas estruturas em uma tela para uma obra de arte. Os irmãos Otavio e Gustavo Pandolfo nasceram em 1974 e grafitam desde 1986.<ref>[https://arteforadomuseu.com.br/obra-sem-titulo-14/ Obra sem título - Arte Fora do Museu]</ref> ---- === '''Eduardo Kobra''' === [[Ficheiro:Kobra 27953691864 o.jpg|miniaturadaimagem|'''Kobra''']] Um famoso muralista brasileiro, nascido em 27 de agosto de 1975, na Zona Sul de São Paulo. Desde jovem, mostrou talento para a arte, começando a pintar murais ainda na adolescência. Kobra é reconhecido por suas grandes obras que utilizam cores vibrantes e retratam figuras históricas e culturais. Seus murais destacam a diversidade e a inclusão, promovendo a representatividade de minorias. Ele ganhou notoriedade internacional com murais em cinco continentes, incluindo o célebre "Las Etnias" criado para os Jogos Olímpicos de 2016 no Rio de Janeiro. A arte de Kobra não só embeleza o ambiente urbano, mas também serve como uma plataforma para celebrar diferentes culturas e histórias, inspirando e conectando pessoas ao redor do mundo. [[Ficheiro:Oscar Niemeyer .jpg|miniaturadaimagem|'''Praça Oswaldo Cruz - Av. Paulista - Bela Vista, São Paulo'''|esquerda]]        '''"Oscar Niemeyer"''': Oscar Niemeyer não era paulistano, mas, em janeiro de 2013, no aniversário de São Paulo, Eduardo Kobra presenteou a cidade com esse impressionante painel inspirado no mais famoso arquiteto brasileiro. Para Kobra, tratava-se de uma forma de retribuir as homenagens que o artista modernista fez à capital paulista, ao criar obras-primas como o Parque do Ibirapuera, o edifício Copan e o Memorial da América Latina. No ano anterior, Kobra havia pintado em uma usina termelétrica do Rio de Janeiro uma série com os principais monumentos brasileiros, vários deles de autoria do arquiteto, e até preparado uma tela com o rosto de Niemeyer. O layout deste gigantesco mural estava em andamento quando, em dezembro de 2012, veio a notícia de sua morte, aos 104 anos. No caleidoscópico painel estão detalhes de algumas das principais obras de Niemeyer, como o Palácio do Planalto, em Brasília, e a Pampulha, em Belo Horizonte. O contraste das cores com a paisagem da avenida Paulista faz desta uma das obras preferidas de seu criador.<ref>[https://arteforadomuseu.com.br/oscar-niemeyer-2/ Oscar Niemeyer - Arte Fora do Museu]</ref> [[Ficheiro:“Genial é andar de bike” - Albert Einstein por Eduardo Kobra (Rua Oscar Freire, São Paulo, SP, Brasil) (23016554119).jpg|miniaturadaimagem|'''Rua Oscar Freire, São Paulo''']]        '''"Genial é Andar de Bike"''': Em um momento em que os debates sobre a inserção das bicicletas na rede de mobilidade urbana de São Paulo se disseminavam e provocavam reações apaixonadas entre a população, Eduardo Kobra marcou sua posição em grande estilo. Mesmo não sendo um cicloativista, o paulistano queria despertar as pessoas para essa possibilidade e pintou, na rua Oscar Freire, o painel Genial é andar de bike. Como modelo, Albert Einstein, que, de acordo com a lenda, criou algumas de suas principais teorias enquanto pedalava. O físico alemão fez de fato, uma comparação lapidar em carta endereçada a seu filho Eduard: “Viver é como andar de bicicleta. Para manter-se em equilíbrio, você precisa sempre seguir em frente.” = Polêmicas = A polêmica envolvendo a "Maré Cinza" e o movimento de remoção dos grafites em São Paulo, liderado pelo ex-prefeito João Doria, levanta questões profundas sobre a liberdade de expressão e o papel da arte urbana na cidade. O movimento "São Paulo, Cidade Linda", lançado por Doria, visava promover uma limpeza visual na cidade, apagando pichações e grafites considerados poluição visual por parte da gestão. Contudo, essa iniciativa gerou grande controvérsia, especialmente entre os artistas urbanos e defensores da arte de rua, que enxergam o grafite como uma forma legítima de expressão artística e cultural. A remoção das obras, principalmente na Avenida 23 de Maio e em outros pontos icônicos da cidade, não foi vista apenas como uma ação de higienização, mas como um ataque à liberdade artística. De acordo com a reportagem de Gil Alessi (EL PAIS – Jornal digital), o prefeito ter ido às ruas, vestido com uniforme de higienização para supervisionar a remoção das pinturas, ele provocou ainda mais reações negativas. O gesto de "apagar" grafites foi interpretado por muitos como autoritário, como uma “declaração de guerra” contra a arte urbana. A falta de diálogo entre a prefeitura e os artistas responsáveis pelos grafites apagados gerou críticas, sendo considerada uma falha grave da gestão. A situação se intensificou quando surgiram novos grafites de protesto, que questionavam as ações de Doria, expressando o descontentamento da comunidade artística.<ref>[https://brasil.elpais.com/brasil/2017/01/24/politica/1485280199_418307.html El Pais]</ref> Outro ponto de grande polêmica, exibido pelo site G1, foi a criação do "Grafitódromo", um espaço destinado exclusivamente ao grafite. Embora a proposta tenha sido oferecer um local onde os artistas pudessem se expressar, muitos viram isso como uma tentativa de controlar a arte, restringindo-a a um ambiente específico. Para o artista plástico Jaime Prades, isso caracteriza um limite à liberdade de expressão. "É uma visão paternalista que quer impor o que considera 'certo'. Logo, o grafite é algo errado, que tem que ser contido e controlado", diz. "Mas nesse caso, não seria mais grafite, já que a alma do grafite é interagir com a cidade livremente", completa.<ref>[https://g1.globo.com/mundo/noticia/de-crime-a-arte-a-historia-do-grafite-nas-ruas-de-sao-paulo.ghtml G1]</ref> A "Maré Cinza" simboliza, assim, um embate entre diferentes visões sobre a cidade: de um lado, a busca por uma estética controlada e organizada; de outro, a valorização da diversidade cultural e artística, que se expressa no espaço público de maneira livre. Esse debate continua a ser central na discussão sobre o futuro do grafite e da arte urbana em São Paulo e em outras cidades. = Legislações = O grafite é uma arte reconhecida e protegida desde 15 de outubro de 2011, pela Lei nº 14.996, que o considera uma manifestação cultural brasileira, permitindo que os artistas se expressem e se comuniquem com a sociedade. A lei destaca aspectos positivos, como a legitimação da prática e a valorização da arte. Com a proteção legal, o grafite deixou de ser associado ao crime, principalmente ao vandalismo. Segundo o GEDAI-UFPR, Grupo de Estudos de Direito Autoral e Industrial, vinculado à Universidade Federal do Paraná, "O artigo 1º da lei estabelece que cabe ao poder público garantir a livre expressão artística do grafite. Isso implica que o Estado deve criar condições para que os artistas possam se expressar sem medo de repressão ou penalização"<ref>[https://gedai.ufpr.br/grafite-arte-reconhecida-e-protegida-em-lei/ GEDAI]</ref> Dessa forma, a lei tem como objetivo não apenas a legalização do grafite, mas também a criação de condições para a prática artística, permitindo que os artistas realizem suas obras. A designação de espaços para grafite, como murais ou áreas específicas em parques e praças, visa à valorização, proteção e manutenção dessas obras. O grafite permite uma comunicação direta com a sociedade, abordando temas políticos, culturais e sociais, além de promover a liberdade de expressão e contribuir para a valorização da cultura local. Contudo, a aplicação da lei pode apresentar desafios. A diferenciação entre grafite e pichação, por exemplo, pode gerar interpretações variadas por parte das autoridades, levando a confusões e ao aumento de pichações em áreas não autorizadas. Além disso, há o desafio de garantir que todos os artistas, independentemente de seus recursos, tenham as mesmas oportunidades para se expressar publicamente, sem que suas obras sejam tratadas de forma desigual. Em vista desses pontos, é necessário um equilíbrio entre os benefícios da lei e os desafios que ela impõe, de forma a garantir a plena valorização da arte urbana e sua livre expressão. == Bibliografia == <references /> ns6jevrodb5er738r2ozm6j1k0lusws Cultura e Artes: MIRADA - Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas 0 29350 167745 167571 2024-12-06T01:31:21Z GabrielxxOliveira 41255 167745 wikitext text/x-wiki == Mirada == O [https://www.sescsp.org.br/mirada-2024-o-festival/ MIRADA] – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas é um evento cultural realizado pelo SESC na cidade de Santos, São Paulo, que reúne artistas brasileiros e de outros países para promover e celebrar a produção cênica ibero-americana por meio de apresentações, workshops e encontros com artistas. Unindo artistas de diferentes países e suas obras em um mesmo espaço, o festival busca quebrar as barreiras culturais e linguísticas e promover discussões sobre as produções contemporâneas, suas inspirações, as identidades de cada país e promover uma troca cultural entre países latinos e da península ibérica. O festival traz peças de teatro de várias companhias, brasileiras e internacionais, mas também promove mesas de discussão, exposições de fotografias, instalações, intervenções artísticas, oficinas e lançamentos de livros, todos voltados à produção cênica e a identidade cultural de cada país, suas semelhanças e diferenças com os outros países convidados pelo evento. O festival costuma acontecer a cada 2 anos, no mês de setembro e têm como objetivo intensificar a relação do Brasil com os países convidados, e a cada edição, um país é escolhido para ser homenageado. Tendo uma relação construída pelo colonialismo, o MIRADA também têm como objetivo aproximar os artistas de países diferentes para promover um intercâmbio cultural e o diálogo artístico entre nações e continentes, e incentivar o turismo na cidade, promovendo apresentações em teatros, praças, ruas e outros locais públicos. Toda a programação é gratuita e possui classificação indicativa. === Primeira Edição - 2010 === A [https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2010/index.html primeira] edição do festival começou no dia 2 de setembro de 2010 e durou 10 dias, contando com 31 espetáculos vindos de 11 países diferentes que foram realizadas no SESC Santos e em outros espaços públicos da cidade. Foram convidados artistas do Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, México, Peru, Portugal, Uruguai, Venezuela e como destaque, a Argentina, que teve sua produção teatral homenageada na edição. Além das 13 peças nacionais e das 18 internacionais, foram também apresentados documentários, a instalação "Los Grumildos" da artista plástica peruana Ety Fefer, a exposição de fotos "Imaginários Urbanos" do pesquisador Armando Silva e o lançamento do livro "O Teatro segundo Antunes Filho" do autor Sebastião Milaré.*<blockquote> <nowiki>*</nowiki>(nome dos 7 espetáculos argentinos)</blockquote> === Segunda Edição - 2012 === Realizado entre 5 e 15 de setembro de 2012, a [https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2012/index.html segunda] edição do MIRADA também contou com apresentações de artistas brasileiros e internacionais, mas buscou expandir o evento para as cidades vizinhas na Baixada Santista, distribuindo suas 15 peças nacionais e 23 internacionais entre as cidades de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Praia Grande e São Vicente. Além dos espetáculos realizados em teatros e outros espaços públicos, o festival também trouxe algumas peças que foram encenadas em algumas ruas das cidades da região. O MIRADA desse ano prestigiou as obras de artistas de 14 países falantes de português e espanhol, dando destaque ao México e ofereceu debates, oficinas e show musicais, todos gratuitos.<blockquote><nowiki>*</nowiki>(nome dos 7 espetáculos mexicanos)</blockquote> === Terceira Edição - 2014 === A [https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2014/pt/index.html edição] de 2014 também contou com 40 atrações como peças, exposições, debates e workshops espalhados pelas cidades da Baixada Santista, com a adição de Peruíbe com uma das cidades sediadoras do evento. Neste ano, o país homenageado foi o Chile. A terceira edição também foi marcada por um processo artístico que teve início alguns dias antes do evento, o E.CO. - Encontro de Coletivos Fotográficos Iber-Americanos, que contou com 20 coletivos de fotógrafos convidados a participarem do evento em debates e apresentações com o objetivo de repensar a cidade visualmente e apresentar uma exposição no SESC Santos, encerrando o festival.<blockquote><nowiki>*</nowiki>(nome dos 7 espetáculos chilenos)</blockquote> === Quarta Edição - 2016 === Com sua quarta [https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2016/index.html edição] de 8 a 18 de setembro, Santos e arredores acolhem 43 espetáculos – 28 deles vindos de países da América Latina, mais Portugal e Espanha – atravessados por abordagens nos níveis do sujeito, da comunidade, da nação e do planeta. A cena contemporânea espanhola é a homenageada da vez e apresenta oito trabalhos.<blockquote><nowiki>*</nowiki>(nome dos 8 espetáculos espanhóis)</blockquote> === Quinta Edição - 2018 === A quinta [https://mirada2018.sescsp.org.br/ edição] do festival trouxe 40 espetáculos espalhados por 8 cidades da Baixada Santista. O país homenageado pelo MIRADA desse ano foi a Colômbia, que apresentou 9 peças que foram encenada pela primeira vez no Brasil.<blockquote><nowiki>*</nowiki>(nome dos 9 espetáculos colombianos)</blockquote> === Ocupação MIRADA 2021 === Durante a pandemia em 2020, o MIRADA não pôde ser realizado por conta das restrições sanitárias que estavam em vigor por conta da COVID-19. Devido ao cancelamento do evento, em novembro de 2021 houve uma [https://mirada2021.sescsp.org.br/ ocupação], o festival organizou uma programação híbrida, com algumas atrações presenciais e outras realizadas de forma remota, com peças de teatro pré-gravadas e exibições de filmes e documentários. === Sexta Edição - === Sua sexta [https://mirada2022.sescsp.org.br/ edição] de 9 a 18 de setembro, a sexta edição do MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizada pelo Sesc São Paulo, retoma ao público presencial, com uma programação na unidade do Sesc em Santos e também em teatros, espaços públicos e edifícios históricos da cidade em parceria com a Prefeitura de Santos – além de Cubatão. Em dez dias de atividades, estão programados 36 espetáculos de múltiplas linguagens em teatro, dança, performance e teatro de rua para todas as idades.<blockquote><nowiki>*</nowiki>(noma dos espetáculos portugueses)</blockquote> === Sétima Edição - === em sua mais recente [https://www.sescsp.org.br/mirada-2024-o-festival/ edição] em 5 a 15 de setembro de 2024, ocupando o Sesc Santos e diversos espaços da cidade e do seu entorno. A programação reúne 33 espetáculos, além de atividades formativas, shows, instalação imersiva e o Mirada Pro – encontro de programadores e diretores de festivais de artes cênicas nacionais e estrangeiros. == Impacto Cultural == Na sua sétima edição, o MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas reafirma sua relevância ao unir programação artística e formativa de alcance nacional e internacional, em sintonia com práticas institucionais contemporâneas. O festival promove experiências enriquecedoras para profissionais das artes cênicas do Brasil e de países ibero-americanos, oferecendo ao público momentos de reflexão, fruição e acesso democratizado a uma ampla gama de atividades. Com cada nova edição, são aprimorados os processos de gestão e sustentabilidade, além de serem ampliadas as iniciativas de acessibilidade e diálogo com diferentes segmentos sociais. Esse avanço só é possível graças à parceria com a Prefeitura Municipal de Santos, que correaliza o evento, e à colaboração de instituições nacionais e internacionais. Essas alianças fortalecem os diálogos, otimizam recursos e tornam o projeto ainda mais viável. Assim, o MIRADA renova o compromisso do Sesc com seus mantenedores — o empresariado do comércio de bens, serviços e turismo — e com toda a sociedade, reafirmando seu papel como um espaço de transformação e conexão cultural. == Referências == * https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2010/index.html * https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2012/index.html * https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2014/pt/index.html * https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2016/index.html * https://mirada2018.sescsp.org.br/ * https://mirada2021.sescsp.org.br/ * https://mirada2022.sescsp.org.br/ * https://www.sescsp.org.br/mirada/ mqiq3d3d52l1be8e9hfykxlmgiurhtk 167746 167745 2024-12-06T01:52:23Z Carol Omid 41253 167746 wikitext text/x-wiki == Mirada == O [https://www.sescsp.org.br/mirada-2024-o-festival/ MIRADA] – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas é um evento cultural realizado pelo SESC na cidade de Santos, São Paulo, que reúne artistas brasileiros e de outros países para promover e celebrar a produção cênica ibero-americana por meio de apresentações, workshops e encontros com artistas. Unindo artistas de diferentes países e suas obras em um mesmo espaço, o festival busca quebrar as barreiras culturais e linguísticas e promover discussões sobre as produções contemporâneas, suas inspirações, as identidades de cada país e promover uma troca cultural entre países latinos e da península ibérica. O festival traz peças de teatro de várias companhias, brasileiras e internacionais, mas também promove mesas de discussão, exposições de fotografias, instalações, intervenções artísticas, oficinas e lançamentos de livros, todos voltados à produção cênica e a identidade cultural de cada país, suas semelhanças e diferenças com os outros países convidados pelo evento. O festival costuma acontecer a cada 2 anos, no mês de setembro e têm como objetivo intensificar a relação do Brasil com os países convidados, e a cada edição, um país é escolhido para ser homenageado. Tendo uma relação construída pelo colonialismo, o MIRADA também têm como objetivo aproximar os artistas de países diferentes para promover um intercâmbio cultural e o diálogo artístico entre nações e continentes, e incentivar o turismo na cidade, promovendo apresentações em teatros, praças, ruas e outros locais públicos. Toda a programação é gratuita e possui classificação indicativa. === Primeira Edição - 2010 === A [https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2010/index.html primeira] edição do festival começou no dia 2 de setembro de 2010 e durou 10 dias, contando com 31 espetáculos vindos de 11 países diferentes que foram realizadas no SESC Santos e em outros espaços públicos da cidade. Foram convidados artistas do Brasil, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Espanha, México, Peru, Portugal, Uruguai, Venezuela e como destaque, a Argentina, que teve sua produção teatral homenageada na edição. Além das 13 peças nacionais e das 18 internacionais, foram também apresentados documentários, a instalação "Los Grumildos" da artista plástica peruana Ety Fefer, a exposição de fotos "Imaginários Urbanos" do pesquisador Armando Silva e o lançamento do livro "O Teatro segundo Antunes Filho" do autor Sebastião Milaré.<blockquote> * País homenageado: Argentina # Espía a una Mujer que se Mata # Nada del Amor me Produce Envidia</blockquote> === Segunda Edição - 2012 === Realizado entre 5 e 15 de setembro de 2012, a [https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2012/index.html segunda] edição do MIRADA também contou com apresentações de artistas brasileiros e internacionais, mas buscou expandir o evento para as cidades vizinhas na Baixada Santista, distribuindo suas 15 peças nacionais e 23 internacionais entre as cidades de Bertioga, Cubatão, Guarujá, Praia Grande e São Vicente. Além dos espetáculos realizados em teatros e outros espaços públicos, o festival também trouxe algumas peças que foram encenadas em algumas ruas das cidades da região. O MIRADA desse ano prestigiou as obras de artistas de 14 países falantes de português e espanhol, dando destaque ao México e ofereceu debates, oficinas e show musicais, todos gratuitos.<blockquote> * País homenageado: México # El Dragón Dorado # Incendios</blockquote> === Terceira Edição - 2014 === A [https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2014/pt/index.html edição] de 2014 também contou com 40 atrações como peças, exposições, debates e workshops espalhados pelas cidades da Baixada Santista, com a adição de Peruíbe com uma das cidades sediadoras do evento. Neste ano, o país homenageado foi o Chile. A terceira edição também foi marcada por um processo artístico que teve início alguns dias antes do evento, o E.CO. - Encontro de Coletivos Fotográficos Iber-Americanos, que contou com 20 coletivos de fotógrafos convidados a participarem do evento em debates e apresentações com o objetivo de repensar a cidade visualmente e apresentar uma exposição no SESC Santos, encerrando o festival.<blockquote> * País homenageado: Chile # Castigo # Jardim das Cerejeiras</blockquote> === Quarta Edição - 2016 === Com sua quarta [https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2016/index.html edição] de 8 a 18 de setembro, Santos e arredores acolhem 43 espetáculos – 28 deles vindos de países da América Latina, mais Portugal e Espanha – atravessados por abordagens nos níveis do sujeito, da comunidade, da nação e do planeta. A cena contemporânea espanhola é a homenageada da vez e apresenta oito trabalhos.<blockquote> * País homenageado: Espanha # Libertino # Brickman branco bubble boom</blockquote> === Quinta Edição - 2018 === A quinta [https://mirada2018.sescsp.org.br/ edição] do festival trouxe 40 espetáculos espalhados por 8 cidades da Baixada Santista. O país homenageado pelo MIRADA desse ano foi a Colômbia, que apresentou 9 peças que foram encenada pela primeira vez no Brasil.<blockquote> * País homenageado: Colombia # Cuando Estallan Las Paredes # La ciudad de los otros</blockquote> === Ocupação MIRADA 2021 === Durante a pandemia em 2020, o MIRADA não pôde ser realizado por conta das restrições sanitárias que estavam em vigor por conta da COVID-19. Devido ao cancelamento do evento, em novembro de 2021 houve uma [https://mirada2021.sescsp.org.br/ ocupação], o festival organizou uma programação híbrida, com algumas atrações presenciais e outras realizadas de forma remota, com peças de teatro pré-gravadas e exibições de filmes e documentários.<blockquote> # aurora negra # O monstro da porta da frente </blockquote> === Sexta Edição - 2022 === Sua sexta [https://mirada2022.sescsp.org.br/ edição] de 9 a 18 de setembro, a sexta edição do MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas, realizada pelo Sesc São Paulo, retoma ao público presencial, com uma programação na unidade do Sesc em Santos e também em teatros, espaços públicos e edifícios históricos da cidade em parceria com a Prefeitura de Santos – além de Cubatão. Em dez dias de atividades, estão programados 36 espetáculos de múltiplas linguagens em teatro, dança, performance e teatro de rua para todas as idades.<blockquote> * País homenageado: Portugal # Os filhos do mal # Brasa</blockquote> === Sétima Edição - 2024 === em sua mais recente [https://www.sescsp.org.br/mirada-2024-o-festival/ edição] em 5 a 15 de setembro de 2024, ocupando o Sesc Santos e diversos espaços da cidade e do seu entorno. A programação reúne 33 espetáculos, além de atividades formativas, shows, instalação imersiva e o Mirada Pro – encontro de programadores e diretores de festivais de artes cênicas nacionais e estrangeiros. <blockquote> * País homenageado: Peru # Esperanza # El teatro es un sueño </blockquote> == Impacto Cultural == Na sua sétima edição, o MIRADA – Festival Ibero-Americano de Artes Cênicas reafirma sua relevância ao unir programação artística e formativa de alcance nacional e internacional, em sintonia com práticas institucionais contemporâneas. O festival promove experiências enriquecedoras para profissionais das artes cênicas do Brasil e de países ibero-americanos, oferecendo ao público momentos de reflexão, fruição e acesso democratizado a uma ampla gama de atividades. Com cada nova edição, são aprimorados os processos de gestão e sustentabilidade, além de serem ampliadas as iniciativas de acessibilidade e diálogo com diferentes segmentos sociais. Esse avanço só é possível graças à parceria com a Prefeitura Municipal de Santos, que correaliza o evento, e à colaboração de instituições nacionais e internacionais. Essas alianças fortalecem os diálogos, otimizam recursos e tornam o projeto ainda mais viável. Assim, o MIRADA renova o compromisso do Sesc com seus mantenedores — o empresariado do comércio de bens, serviços e turismo — e com toda a sociedade, reafirmando seu papel como um espaço de transformação e conexão cultural. == Referências == * https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2010/index.html * https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2012/index.html * https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2014/pt/index.html * https://edicoesmirada.sescsp.org.br/2016/index.html * https://mirada2018.sescsp.org.br/ * https://mirada2021.sescsp.org.br/ * https://mirada2022.sescsp.org.br/ * https://www.sescsp.org.br/mirada/ h23gui2izaq8ksohsar6blnulo0g380 Discussão:Ofício ou Emprego? O contrato de trabalho no Magistério Público e o histórico de atuação sindical no Estado de São Paulo, de 1968 a 2022, por Edélcio Sereno 1 29430 167698 2024-12-05T16:24:09Z 2804:14D:1885:497A:98:F135:E09E:334C /* Emprego de Professor ou Ofício???? */ nova secção 167698 wikitext text/x-wiki == Emprego de Professor ou Ofício???? == Muito importante a discussão proposta neste artigo, sobretudo para as gerações que estão entrando no magistério. Artigo bem fundamentado no que se propõe. [[Especial:Contribuições/2804:14D:1885:497A:98:F135:E09E:334C|2804:14D:1885:497A:98:F135:E09E:334C]] 16h24min de 5 de dezembro de 2024 (UTC) 0stax2yewqir7xnz2dfzh4zl4s3lir0 Cultura e Artes: Carnaval Carioca 0 29431 167699 2024-12-05T17:27:35Z PietraVivone 41277 Adição do texto base 167699 wikitext text/x-wiki == Carnaval do Rio de Janeiro == O Carnaval Carioca é uma das festas mais famosas e vibrantes do mundo, realizada anualmente no Rio de Janeiro. Imagine uma explosão de cores, música e alegria que toma conta da cidade. Os desfiles das escolas de samba são o ponto alto, com carros alegóricos impressionantes, baterias que fazem o coração bater mais forte e passistas que encantam com suas fantasias deslumbrantes. Além dos desfiles no Sambódromo, o Carnaval também é marcado por blocos de rua, onde pessoas de todas as idades se juntam para dançar e se divertir. É uma celebração que atrai milhões de turistas de todo o mundo, todos prontos para mergulhar na cultura e na tradição brasileira. == História == Apesar das de diferentes origens podendo ser apontadas para a criação da festividade que hoje é reconhecida mundialmente como o Carnaval, uma das teorias mais conhecidas é de sua origem em um ritual pagão que comemorava o início da primavera e a passagem do ano. Porém após o crescimento do Catolicismo, acaba-se perdendo esse lado ritualístico e se torna uma comemoração Quaresma, o qual é o período de 40 dias antes da páscoa onde a abstinência de carne vermelha, álcool e outro prazeres terrenos é encorajada para refletir o sofrimento de Jesus antes de sua crucificação, fazendo assim a comemoração do Carnaval ser uma última chance de aproveitar antes da proibição. == Carnaval pelas eras == Durante a época Renascentista, a festividade ganhou grande popularidade no sul europeu, principalmente na Itália e França, onde se começa a tradição dos bailes mascarados, com a popularização dos Pierrôs e Colombinas (clássicas fantasias da época onde crianças se vestem de “palhaços”) nasce o costume das fantasias nessas comemorações. Com o rápido crescimento da popularidade por toda a Europa, logo se espalhou para Portugal que assim como outras festividades o traz para o Brasil com a colonização. Porém só realmente se torna algo do povo brasileiro após a independência, onde o povo durante esse movimento tenta se afastar do passado lusitano, dando preferências a outras culturas que haviam sido trazidas para o país na época, como a Africana, as incorporando ao Carnaval. Dessa união de culturas nasce a tradição do uso de fantasias elaboradas, não somente as de palhaços e o uso de máscaras, e também um dos principais símbolos do Carnaval carioca, o samba. == História do Samba == Inspirado pelos ritmos africanos trazidos pelos escravos ao Brasil, o samba nasce dessa influência e a vontade dos escravizados de uma maneira de estarem conectados com suas raízes. Com a abolição da escravatura, muitos desses escravos se estabeleceram em lugares como a Cidade Nova e a Praça Onze, que se tornaram grandes centros de samba, com a popularidade do samba, compositores, músicos e passistas passaram a se reunir regularmente para exibir seus talentos, formando clubes e associações que competiam uns contra os outros. Assim nasceram as escolas de samba, com o primeiro desfile oficial em 1932. == Personalidades do Carnaval Carioca == * Neguinho da Beija-Flor: Um dos maiores intérpretes de samba-enredo, Neguinho da Beija-Flor tem uma carreira de mais de 50 anos no Carnaval Carioca. Ele é conhecido por sua voz potente e carisma, sendo uma figura icônica da Beija-Flor de Nilópolis. * Thuane de Oliveira Ribeiro: A Rainha do Carnaval de 2025, Thuane é uma representante atual do Carnaval Carioca. Ela é conhecida por sua simpatia, espírito carnavalesco e domínio da arte de sambar. * Carmen Miranda: Embora não seja diretamente ligada ao Carnaval Carioca, Carmen Miranda foi uma figura importante na popularização da música e cultura brasileira no exterior. Sua influência ajudou a moldar a imagem do Brasil e do Carnaval no cenário internacional. == Curiosidades do Carnaval Carioca == * 1) A folia carioca está no Guinness Book: é o maior Carnaval do mundo; * 2) O Sambódromo da Marquês de Sapucaí foi projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, e inaugurado em 1984; * 3) Existem centenas de blocos que desfilam pelas ruas da cidade, cada um com seu próprio tema, música e fantasia. == Ligação com outros Fenômenos Culturais == * Festas Juninas: Celebradas em junho, essas festas têm raízes nas tradições portuguesas e são marcadas por danças, músicas e comidas típicas. Assim como o Carnaval, as Festas Juninas envolvem muita alegria, fantasias e celebrações comunitárias. * Bumba Meu Boi: Essa festa folclórica, que ocorre principalmente no Norte e Nordeste do Brasil, envolve música, dança e teatro para contar a história do boi. A energia e a criatividade dessa celebração têm uma conexão com o espírito festivo do Carnaval. * Lavagem do Bonfim: Realizada em Salvador, Bahia, essa festa religiosa e cultural ocorre em janeiro e envolve uma procissão até a Igreja do Bonfim. A mistura de elementos religiosos e festivos lembra a combinação de espiritualidade e celebração presente no Carnaval. bk2rb284hqhh6qz0fx09uvumiyiljmf 167710 167699 2024-12-05T21:14:16Z 186.221.5.177 Adição de referências 167710 wikitext text/x-wiki == Carnaval do Rio de Janeiro == O '''Carnaval Carioca'''<ref>Carnaval do Rio de Janeiro – Wikipédia, a enciclopédia [[w:Carnaval_do_Rio_de_Janeiro|livre]]</ref> é uma das festas mais famosas e vibrantes do mundo, realizada anualmente no ''Rio de Janeiro''. Imagine uma explosão de cores, música e alegria que toma conta da cidade. '''Os desfiles das escolas de samba''' são o ponto alto, com carros alegóricos impressionantes, baterias que fazem o coração bater mais forte e passistas que encantam com suas fantasias deslumbrantes. Além dos desfiles no Sambódromo, o Carnaval também é marcado por '''blocos de rua,''' onde pessoas de todas as idades se juntam para dançar e se divertir. É uma celebração que atrai milhões de turistas de todo o mundo, todos prontos para mergulhar na ''cultura e na tradição brasileira''. == História == Apesar das de diferentes origens podendo ser apontadas para a criação da festividade que hoje é reconhecida mundialmente como o Carnaval, uma das teorias mais conhecidas é de sua origem em um '''ritual pagão''' que comemorava o início da primavera e a passagem do ano<ref>[https://www.significados.com.br/carnaval/#:~:text=%EE%80%80Carnaval%EE%80%81%20%C3%A9%20uma%20%EE%80%80festa%EE%80%81%20popular%20que%20antecede Carnaval: signficado, o que é, origem e tradições - Significados]</ref>. Porém após o crescimento do Catolicismo, acaba-se perdendo esse lado ritualístico e se torna uma comemoração '''Quaresma'''<ref>[https://brasilescola.uol.com.br/pascoa/quaresma.htm Quaresma: o que é, quando surgiu, práticas comuns - Brasil Escola]</ref>, o qual é o período de 40 dias antes da páscoa onde a ''abstinência de carne vermelha, álcool e outro prazeres terrenos'' é encorajada para refletir o sofrimento de Jesus antes de sua crucificação, fazendo assim a comemoração do Carnaval ser uma última chance de aproveitar antes da proibição. == Carnaval pelas Épocas == Durante a época Renascentista, a festividade ganhou grande popularidade no sul europeu, principalmente na Itália e França, onde se começa a tradição dos bailes mascarados, com a popularização dos Pierrôs e Colombinas<ref>[https://super.abril.com.br/mundo-estranho/quem-sao-o-pierro-o-arlequim-e-a-colombina/ Quem são o Pierrô, o Arlequim e a Colombina? | Super]</ref> (clássicas fantasias da época onde crianças se vestem de “palhaços”) nasce o costume das fantasias nessas comemorações. Com o rápido crescimento da popularidade por toda a Europa, logo se espalhou para Portugal que assim como outras festividades o traz para o Brasil com a colonização. Porém só realmente se torna algo do povo brasileiro após a independência, onde o povo durante esse movimento tenta se afastar do passado lusitano, dando preferências a outras culturas que haviam sido trazidas para o país na época, como a Africana, as incorporando ao Carnaval. Dessa união de culturas nasce a tradição do uso de fantasias elaboradas, não somente as de palhaços e o uso de máscaras, e também um dos principais símbolos do Carnaval carioca, o samba. == História do Samba == Inspirado pelos ritmos africanos trazidos pelos escravos ao Brasil, o samba nasce dessa influência e a vontade dos escravizados de uma maneira de estarem conectados com suas raízes. Com a abolição da escravatura, muitos desses escravos se estabeleceram em lugares como a Cidade Nova e a Praça Onze, que se tornaram grandes centros de samba, com a popularidade do samba, compositores, músicos e passistas passaram a se reunir regularmente para exibir seus talentos, formando clubes e associações que competiam uns contra os outros. Assim nasceram as escolas de samba, com o primeiro desfile oficial em 1932. == Personalidades do Carnaval Carioca == * Neguinho da Beija-Flor<ref>[https://www.mgtradio.net/artista/neguinho-da-beija-flor Biografia de Neguinho Da Beija-flor]</ref>: Um dos maiores intérpretes de samba-enredo, Neguinho da Beija-Flor tem uma carreira de mais de 50 anos no Carnaval Carioca. Ele é conhecido por sua voz potente e carisma, sendo uma figura icônica da Beija-Flor de Nilópolis. * Thuane de Oliveira Ribeiro: A Rainha do Carnaval de 2025<ref>[https://carnaval.rio/conheca-a-corte-real-do-carnaval-2025/ Conheça a Corte Real do Carnaval 2025 - Carnaval]</ref>, Thuane é uma representante atual do Carnaval Carioca. Ela é conhecida por sua simpatia, espírito carnavalesco e domínio da arte de sambar. * Carmen Miranda<ref>[https://www.ebiografia.com/carmen_miranda/ Biografia de Carmen Miranda - eBiografia]</ref>: Embora não seja diretamente ligada ao Carnaval Carioca, Carmen Miranda foi uma figura importante na popularização da música e cultura brasileira no exterior. Sua influência ajudou a moldar a imagem do Brasil e do Carnaval no cenário internacional. == Curiosidades do Carnaval Carioca == * 1) A folia carioca está no Guinness Book: é o maior Carnaval do mundo;<ref>[https://www.guinnessworldrecords.com/world-records/largest-carnival Largest carnival | Guinness World Records]</ref> * 2) O Sambódromo da Marquês de Sapucaí foi projetado pelo renomado arquiteto Oscar Niemeyer, e inaugurado em 1984;<ref>[https://www.riocarnaval.org/pt/sambodromo/sambodromo Sambódromo - RioCarnaval.Org]</ref> * 3) Existem centenas de blocos que desfilam pelas ruas da cidade, cada um com seu próprio tema, música e fantasia. == Ligação com outros Fenômenos Culturais == * Festas Juninas<ref>[https://www.todamateria.com.br/festas-juninas/ Festa Junina: origem, características e a festa de São João - Toda Matéria]</ref>: Celebradas em junho, essas festas têm raízes nas tradições portuguesas e são marcadas por danças, músicas e comidas típicas. Assim como o Carnaval, as Festas Juninas envolvem muita alegria, fantasias e celebrações comunitárias. * Bumba Meu Boi<ref>[https://www.todamateria.com.br/bumba-meu-boi/ Bumba meu boi: origem, lenda, dança e festas - Toda Matéria]</ref>: Essa festa folclórica, que ocorre principalmente no Norte e Nordeste do Brasil, envolve música, dança e teatro para contar a história do boi. A energia e a criatividade dessa celebração têm uma conexão com o espírito festivo do Carnaval. * Lavagem do Bonfim<ref>[https://dicasdesalvador.com.br/2023/08/17/lavagem-do-bonfim/ Lavagem do Bonfim: fé, cultura e tradição em Salvador - Dicas de Salvador]</ref>: Realizada em Salvador, Bahia, essa festa religiosa e cultural ocorre em janeiro e envolve uma procissão até a Igreja do Bonfim. A mistura de elementos religiosos e festivos lembra a combinação de espiritualidade e celebração presente no Carnaval. == Referências == <references /> 8yebf70xtdquwu636cfvkdg1ir392yc Introdução ao Jornalismo Científico/Ética da Ciência/Atividade/ Simone Vieira da Silva 0 29432 167704 2024-12-05T20:35:29Z Simone Vieira da Silva 40140 publicado tarefa 3 167704 wikitext text/x-wiki __NOTOC__ == Nome da atividade == <!-- Não altere a informação abaixo desta linha --> <div style="font-size: 1.1em; line-height:1.2em; background: #dde7ed; padding: 1em; border-radius:10px;box-shadow:-2px -2px 1px #8e8a78;"> Esta tarefa é realizada para cumprimento do módulo 3 do curso de Introdução ao Jornalismo Científico. Tome cuidado de '''estar logado na Wikiversidade'''. Se não estiver logado, não será possível verificar o trabalho. </div> <!-- Não altere a informação acima desta linha --> == Atividade == <!-- Não altere a informação abaixo desta linha --> <div style="font-size: 1.1em; line-height:1.2em; background: #dde7ed; padding: 1em; border-radius:10px;box-shadow:-2px -2px 1px #8e8a78;"> Um dos principais desafios da prática do jornalismo científico é entrevistar cientistas sobre seu trabalho, isto porque é ao mesmo tempo necessário introduzir e aprofundar os temas abordados. Nesta tarefa, você deverá entrevistar um pesquisador ou uma pesquisadora sobre Ética da Ciência e sobre questões éticas específicas relacionadas a seu trabalho. Para a entrevista, é preciso pesquisar de antemão a produção da/do cientista selecionada/a. Procure seu trabalhos em bases de dados de publicações científicas, como o [https://scholar.google.com.br/ Google Acadêmico], e leia-os antes da conversa. Prepare então um roteiro de perguntas, pensando-o com base na pauta sobre ética proposta nesta tarefa. Há vários manuais sobre como fazer boas entrevistas, um material que pode ser é útil é [http://www.observatoriodaimprensa.com.br/imprensa-em-questao/_ed755_um_guia_para_aprimorar_a_arte_da_entrevista/ ''Um guia para aprimorar a arte da entrevista''], de Natália Mazotte. É indispensável que o/a entrevistado/a assine e lhe envie um termo de cessão de direitos, tal qual o [[Introdução ao Jornalismo Científico/Ética da Ciência/Termo|deste modelo]]. A entrevista, em formato de vídeo ou áudio, deve ter no máximo 7 minutos. Uma vez a entrevista realizada, edite o material, por exemplo melhorando o som, inserindo uma vinheta com o título e o nome da pessoa entrevista e cortando trechos desnecessários. Considere os aspectos técnicos, como iluminação e som, na momento de produção e informe sua fonte que o material será disponibilizado em licença livre. Também é necessário publicar a entrevista transcrita. A entrevista será disponibilizada no repositório Wikimedia Commons. </div> <!-- Não altere a informação acima desta linha --> == Nome de usuário(a) == <!-- Não altere a informação abaixo desta linha --> &#32;Simone Vieira da Silva <!-- Não altere a informação acima desta linha --> == Transcrição == <div style="font-size: 1.1em; line-height:1.2em; background: #dde7ed; padding: 1em; border-radius:10px;box-shadow:-2px -2px 1px #8e8a78;"> Nesta seção, você deverá publicar a transcrição da entrevista realizada. Esteja logado. Também dê acesso ao termo de cessão de direitos assinado, numa pasta de acesso restrito, mas liberada para o email comunicacao@numec.prp.usp.br </div> <!-- Escreva sua resposta abaixo desta linha --> '''SUBSTITUA ESTA MENSAGEM PELO TEXTO''' * Link para o termo de cessão: https://drive.google.com/file/d/17ivNlB-jAjLwXg_vdMtivINMttk4Ytpv/view?usp=drive_link <!-- Escreva sua resposta acima desta linha--> == Carregamento de entrevista == <div style="font-size: 1.1em; line-height:1.2em; background: #dde7ed; padding: 1em; border-radius:10px;box-shadow:-2px -2px 1px #8e8a78;"> Para esta etapa, você precisará carregar o áudio ou o vídeo no Wikimedia Commons e publicá-lo aqui na Wikiversidade. Necessariamente o arquivo de vocês deverá estar num formato livre. Os vídeos abaixo servem de instrução para carregar conteúdos no Wikimedia Commons. Esteja logado. <center> <gallery> File:Como carregar imagens no Wikimedia Commons.webm|Como carregar no Wikimedia Commons. File:Como utilizar as imagens do Wikimedia Commons na Wikipédia.webm|Como usar mídias do Wikimedia Commons. </gallery> </center> </div> <!-- Escreva sua resposta abaixo desta linha --> https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Entrevista_Simone_Vieira_da_Silva_-_%C3%89tica_na_ci%C3%AAncia.wav <!-- Escreva sua resposta acima desta linha--> == Próximos passos == Após concluir a atividade, clique no botão abaixo para ir para o próximo módulo do curso. <div class="mw-ui-button" role="button" style="margin:5px 0;background-color:;color:;">[[Introdução ao Jornalismo Científico/Temas Centrais da Ciência Contemporânea|Próximo Módulo]]</div> {{referências}} [[Categoria:Introdução ao Jornalismo Científico/Atividades|&#32;Simone Vieira da Silva]] rjpqn9miqiaeb9vzze8me7z310w6jg6 Utilizador:MariaEduSilva 2 29433 167711 2024-12-05T21:17:27Z MariaEduSilva 41287 adição do texto base 167711 wikitext text/x-wiki Maria Eduarda da Silva, é estudante de Odontologia, na cidade de Natal no Rio Grande do Norte tmoafxq4ob4vcu56lblfpywxdwqrp2s Introdução ao Jornalismo Científico/Mídias, Linguagens e Prática do Jornalismo Científico/Atividade/Simone Vieira da Silva 0 29434 167720 2024-12-05T22:40:04Z Simone Vieira da Silva 40140 publicação da tarefa 6 167720 wikitext text/x-wiki __NOTOC__ == Nome da atividade == <!-- Não altere a informação abaixo desta linha --> <div style="font-size: 1.1em; line-height:1.2em; background: #dde7ed; padding: 1em; border-radius:10px;box-shadow:-2px -2px 1px #8e8a78;"> Esta tarefa é realizada para cumprimento do módulo 6 do curso de Introdução ao Jornalismo Científico. Tome cuidado de '''estar logado na Wikiversidade'''. Se não estiver logado, não será possível verificar o trabalho. </div> <!-- Não altere a informação acima desta linha --> == Nome de usuário(a) == <!-- Não altere a informação abaixo desta linha --> Simone Vieira da Silva <!-- Não altere a informação acima desta linha --> == Análise == <!-- Não altere a informação abaixo desta linha --> <div style="font-size: 1.1em; line-height:1.2em; background: #dde7ed; padding: 1em; border-radius:10px;box-shadow:-2px -2px 1px #8e8a78;"> A partir da tabela de podcasts disponibilizada na aula 6.5, escolha dois programas, nacional ou internacional, e escute 3 episódios de cada (podendo ser trechos ou o episódio completo). Em seguida, publique na sua página de atividades as respostas das questões abaixo. </div> <!-- Escreva sua resposta abaixo desta linha --> * Qual você acha que é o público-alvo do podcast *: Resposta: O podcast ciência sem fim é amplo, pois os episódios são diversificados abordando temas sobre o universo, fenômenos da natureza e as notícias que tiveram destaques durante a semana. A força desse tipo de podcast é o amplo público ao mesmo tempo que pode ser uma fragilidade a falta de foco em se aprofundar em um tema específico. * Como você acha que ele é feito *: Resposta: Entendo que a produção dos podcast segue a estrutura recomendada, iniciando com a escolha do o assunto que será abordado, do formato, do público alvo, dos apresentadores e os convidados e definir a identidade sonora. * Qual é a principal força e a principal fragilidade do programa *: Resposta: Entendo que a produção dos podcast segue a estrutura recomendada, iniciando com a escolha do o assunto que será abordado, do formato, do público alvo, dos apresentadores e os convidados e definir a identidade sonora. <!-- Escreva sua resposta acima desta linha--> == Preparação == <div style="font-size: 1.1em; line-height:1.2em; background: #dde7ed; padding: 1em; border-radius:10px;box-shadow:-2px -2px 1px #8e8a78;"> Feita sua análise, agora é hora de produzir o seu próprio episódio de podcast científico. Ele deverá ter entre 10 e 40 minutos e ser publicado no [[https://commons.wikimedia.org/wiki/Special:UploadWizard/ Wikimedia Commons] no formato wav. Como o episódio será publicado em licença livre, não se esqueça de pedir aos convidados que assinem e lhe enviem um termo de cessão de direitos, tal qual o [[Introdução ao Jornalismo Científico/Ética da Ciência/Termo|deste modelo]]. Antes de elaborar o roteiro é necessário definir alguns pontos do seu podcast. Responda às questões abaixo. </div> * Qual será o assunto? *: O podcast é sobre ciência da implementação. * Qual será o formato (narrativo, entrevista, debate, roda de conversa)? *: Entrevista. * Quem serão os apresentadores e os convidados? *: Apresentadora: Simone / Convidado: Prof. Marcia Melo. * Qual é o público-alvo? *: Estudantes e gestores de políticas públicas. * Qual é a identidade sonora do podcast? *: Identidade sonora abstrata. == Produção == <div style="font-size: 1.1em; line-height:1.2em; background: #dde7ed; padding: 1em; border-radius:10px;box-shadow:-2px -2px 1px #8e8a78;"> Com a preparação realizada, você já pode partir para o roteiro. Aqui, disponibilizamos uma estrutura básica de um podcast de entrevista: # Vinheta de abertura # Apresentador cumprimenta o ouvinte # Apresentador comenta o tema do episódio # Apresentador introduz os convidados # Apresentador faz perguntas para os convidados # Convidados falam livremente # Encerramento # Vinheta de encerramento Anotar as perguntas para os convidados antes da gravação facilitará este processo. Durante a conversa, podem surgir outras questões, mas ter organizado os principais pontos a serem discutidos ajuda a direcionar a entrevista. Grave o conteúdo com equipamentos pessoais, tais como computador, celular e fone de ouvido. A qualidade de som é a base do podcast, por isso opte por ambientes silenciosos e, se necessário, regrave as perguntas depois da entrevista já feita. Caso realize a gravação por videochamada, o software livre [https://pt.wikipedia.org/wiki/Open_Broadcaster_Software/ OBS] pode te ajudar na gravação da tela. Na edição, procure remover ruídos, pausas longas e sons de hesitação. Intercalar vozes e adicionar efeitos sonoros são recursos que ajudam a dinamizar o episódio. Para efeitos sonoros, certifique-se de usar arquivos de bibliotecas de som livres. Algumas sugestões são: [https://commons.wikimedia.org/wiki/P%C3%A1gina_principal/ Wikimedia Commons], YouTube Library, [https://sound-effects.bbcrewind.co.uk/ BBC Sound Effects], [https://freesound.org/ Freesound], Facebook Sound Collection e [https://freesfx.co.uk/ freeSFX]. Para editar, recomendamos o software livre Audacity e o Reaper. Depois de editado, o seu podcast está pronto para ser publicado na Wikimedia Commons. </div> <!-- Não altere a informação acima desta linha --> <!-- Escreva sua resposta abaixo desta linha --> Deixe aqui o link para o podcast carregado no Wikimedia Commons: https://commons.wikimedia.org/wiki/File:Podcast_Simone_Vieira_da_Silva.wav </br> link da autorização: https://drive.google.com/file/d/1gKe-pBe-EtDnf_hd_xv0MKjAOBay5xe4/view?usp=drive_link <!-- Escreva sua resposta acima desta linha--> == Próximos passos == Após concluir a atividade, clique no botão abaixo para verificar todas as atividades concluídas do curso. <inputbox> type=create id=cf-create-open preload=Predefinição:IJC/Verificação de atividades - invoke hidden=yes default={{#titleparts:{{FULLPAGENAME}}||-1}} buttonlabel=Verificar atividades prefix = {{#titleparts:{{FULLPAGENAME}}|1}}/Verificação de atividades/ </inputbox> </div> [[Categoria:Introdução ao Jornalismo Científico/Atividades|Atividade6]] fyfntgiy010pvio6m3avr7161rzmg5u Cultura e Artes 0 29435 167723 2024-12-05T22:54:15Z ProfThainaRocha 40781 Criação da página 167723 wikitext text/x-wiki Esta página traz informações sobre as pesquisas e projetos de estudantes da Unidade Curricular de '''Cultura e Artes''', das instituições da [https://animaeducacao.com.br/ Ânima Educação]<ref>https://animaeducacao.com.br/</ref> no 2º semestre de 2024, conduzidos pela '''Profª Ma. Joana Meniconi''' e '''[[Utilizador:ProfThainaRocha|Profª. Ma.Thainá Rocha]].''' Com turmas compostas pelas instituições Universidade São Judas, qqiqjuh2v6xaq28g4urgxycwn08h63l 167724 167723 2024-12-05T23:04:50Z ProfThainaRocha 40781 inserção de conteúdos 167724 wikitext text/x-wiki Esta página traz informações sobre as pesquisas e projetos de estudantes da Unidade Curricular de '''Cultura e Artes''', das instituições da [https://animaeducacao.com.br/ Ânima Educação]<ref>https://animaeducacao.com.br/</ref> no 2º semestre de 2024, conduzidos pela '''Profª Ma. Joana Meniconi''' e '''[[Utilizador:ProfThainaRocha|Profª. Ma.Thainá Rocha]].''' A turma é composta por estudantes de diversos cursos e áreas de ensino das instituições: * Universidade São Judas - SP * Universidade Anhembi Morumbi - SP == '''Ementa da Unidade Curricular''' == loren ipsun == '''Metas de Compreensão''' == loren ipsun == '''Temática dos Projetos''' == loren ipsun == '''Produto Esperado''' == loren ipsun == '''Cronograma de Realização''' == loren ipsun == '''Produtos Finais - Verbetes''' == == '''Conclusão''' == <references /> ah076zxl3dun9m0b4yj5ooi62u2li8t 167725 167724 2024-12-05T23:05:21Z ProfThainaRocha 40781 troca de formatação 167725 wikitext text/x-wiki Esta página traz informações sobre as pesquisas e projetos de estudantes da Unidade Curricular de '''Cultura e Artes''', das instituições da [https://animaeducacao.com.br/ Ânima Educação]<ref>https://animaeducacao.com.br/</ref> no 2º semestre de 2024, conduzidos pela '''Profª Ma. Joana Meniconi''' e '''[[Utilizador:ProfThainaRocha|Profª. Ma.Thainá Rocha]].''' A turma é composta por estudantes de diversos cursos e áreas de ensino das instituições: * Universidade São Judas - SP * Universidade Anhembi Morumbi - SP = '''Ementa da Unidade Curricular''' = loren ipsun == '''Metas de Compreensão''' == loren ipsun == '''Temática dos Projetos''' == loren ipsun == '''Produto Esperado''' == loren ipsun == '''Cronograma de Realização''' == loren ipsun == '''Produtos Finais - Verbetes''' == == '''Conclusão''' == <references /> nblt4z1t8dotexo93n6gcjabr6o9x4p 167726 167725 2024-12-05T23:10:49Z ProfThainaRocha 40781 metas de compreensão e temática 167726 wikitext text/x-wiki Esta página traz informações sobre as pesquisas e projetos de estudantes da Unidade Curricular de '''Cultura e Artes''', das instituições da [https://animaeducacao.com.br/ Ânima Educação]<ref>https://animaeducacao.com.br/</ref> no 2º semestre de 2024, conduzidos pela '''Profª Ma. Joana Meniconi''' e '''[[Utilizador:ProfThainaRocha|Profª. Ma.Thainá Rocha]].''' A turma é composta por estudantes de diversos cursos e áreas de ensino das instituições: * Universidade São Judas - SP * Universidade Anhembi Morumbi - SP == '''Ementa da Unidade Curricular''' == loren ipsun == '''Metas de Compreensão''' == * Relacionar a pesquisa proposta com suas próprias experiências e em diálogo com conceitos em busca da sistematização das ideias de cultura e artes. * Expressar, em diferentes linguagens, impressões, conhecimentos e conceitos sobre cultura e arte, em diálogo consigo mesmo, com a profissão e o mundo. == '''Temática dos Projetos''' == Os grupos escolheram uma manifestação cultural ou expressão artística de uma das cidades onde um ou mais integrantes do grupo vive para realização de pesquisa e criação de conteúdo original de um verbete a ser veiculado na [[Wikiversidade:Sobre|Wikiversidade]], plataforma online que integra a [[w:Fundação_Wikimedia|Fundação Wikimedia]]. O grupo teve liberdade para definir o tema do verbete, desde que se tratasse de manifestação que tenha conexão e seja reconhecida como elemento identitário e de valor artístico e cultural de determinada localidade / região.   O desenvolvimento do projeto envolveu momentos de pesquisa, produção  de conteúdo e reflexões escritas sobre o processo, seguindo etapas de entregas parciais e finais conforme indicadas no edital disponibilizado à turma. == '''Produto Esperado''' == loren ipsun == '''Cronograma de Realização''' == loren ipsun == '''Produtos Finais - Verbetes''' == == '''Conclusão''' == <references /> mmi10dmv2fejrx3xcotbk0gv0act1tb 167727 167726 2024-12-05T23:11:16Z ProfThainaRocha 40781 167727 wikitext text/x-wiki Esta página traz informações sobre as pesquisas e projetos de estudantes da Unidade Curricular de '''Cultura e Artes''', das instituições da [https://animaeducacao.com.br/ Ânima Educação]<ref>https://animaeducacao.com.br/</ref> no 2º semestre de 2024, conduzidos pela '''Profª Ma. Joana Meniconi''' e '''[[Utilizador:ProfThainaRocha|Profª. Ma.Thainá Rocha]].''' A turma é composta por estudantes de diversos cursos e áreas de ensino das instituições: * Universidade São Judas - SP * Universidade Anhembi Morumbi - SP == '''Ementa da Unidade Curricular''' == loren ipsun = '''Metas de Compreensão''' = * Relacionar a pesquisa proposta com suas próprias experiências e em diálogo com conceitos em busca da sistematização das ideias de cultura e artes. * Expressar, em diferentes linguagens, impressões, conhecimentos e conceitos sobre cultura e arte, em diálogo consigo mesmo, com a profissão e o mundo. == '''Temática dos Projetos''' == Os grupos escolheram uma manifestação cultural ou expressão artística de uma das cidades onde um ou mais integrantes do grupo vive para realização de pesquisa e criação de conteúdo original de um verbete a ser veiculado na [[Wikiversidade:Sobre|Wikiversidade]], plataforma online que integra a [[w:Fundação_Wikimedia|Fundação Wikimedia]]. O grupo teve liberdade para definir o tema do verbete, desde que se tratasse de manifestação que tenha conexão e seja reconhecida como elemento identitário e de valor artístico e cultural de determinada localidade / região.   O desenvolvimento do projeto envolveu momentos de pesquisa, produção  de conteúdo e reflexões escritas sobre o processo, seguindo etapas de entregas parciais e finais conforme indicadas no edital disponibilizado à turma. == '''Produto Esperado''' == loren ipsun == '''Cronograma de Realização''' == loren ipsun == '''Produtos Finais - Verbetes''' == == '''Conclusão''' == <references /> fp655v1qfsbs65es4svgnyukksl2n35 167728 167727 2024-12-05T23:11:50Z ProfThainaRocha 40781 167728 wikitext text/x-wiki Esta página traz informações sobre as pesquisas e projetos de estudantes da Unidade Curricular de '''Cultura e Artes''', das instituições da [https://animaeducacao.com.br/ Ânima Educação]<ref>https://animaeducacao.com.br/</ref> no 2º semestre de 2024, conduzidos pela '''Profª Ma. Joana Meniconi''' e '''[[Utilizador:ProfThainaRocha|Profª. Ma.Thainá Rocha]].''' A turma é composta por estudantes de diversos cursos e áreas de ensino das instituições: * Universidade São Judas - SP * Universidade Anhembi Morumbi - SP == '''Ementa da Unidade Curricular''' == loren ipsun == '''Metas de Compreensão''' == * Relacionar a pesquisa proposta com suas próprias experiências e em diálogo com conceitos em busca da sistematização das ideias de cultura e artes. * Expressar, em diferentes linguagens, impressões, conhecimentos e conceitos sobre cultura e arte, em diálogo consigo mesmo, com a profissão e o mundo. == '''Temática dos Projetos''' == Os grupos escolheram uma manifestação cultural ou expressão artística de uma das cidades onde um ou mais integrantes do grupo vive para realização de pesquisa e criação de conteúdo original de um verbete a ser veiculado na [[Wikiversidade:Sobre|Wikiversidade]], plataforma online que integra a [[w:Fundação_Wikimedia|Fundação Wikimedia]]. O grupo teve liberdade para definir o tema do verbete, desde que se tratasse de manifestação que tenha conexão e seja reconhecida como elemento identitário e de valor artístico e cultural de determinada localidade / região.   O desenvolvimento do projeto envolveu momentos de pesquisa, produção  de conteúdo e reflexões escritas sobre o processo, seguindo etapas de entregas parciais e finais conforme indicadas no edital disponibilizado à turma. == '''Produto Esperado''' == loren ipsun == '''Cronograma de Realização''' == loren ipsun == '''Produtos Finais - Verbetes''' == == '''Conclusão''' == <references /> jwvez6jv518kdnhinlx7ihe5fwsfdkm 167729 167728 2024-12-05T23:25:51Z ProfThainaRocha 40781 inserção de conteúdos 167729 wikitext text/x-wiki Esta página traz informações sobre as pesquisas e projetos de estudantes da Unidade Curricular de '''Cultura e Artes''', das instituições da [https://animaeducacao.com.br/ Ânima Educação]<ref>https://animaeducacao.com.br/</ref> no 2º semestre de 2024, conduzidos pela '''Profª Ma. Joana Meniconi''' e '''[[Utilizador:ProfThainaRocha|Profª. Ma.Thainá Rocha]].''' A turma é composta por estudantes de diversos cursos e áreas de ensino das instituições: * Universidade São Judas - SP * Universidade Anhembi Morumbi - SP == '''Ementa da Unidade Curricular''' == loren ipsun == '''Metas de Compreensão''' == * Relacionar a pesquisa proposta com suas próprias experiências e em diálogo com conceitos em busca da sistematização das ideias de cultura e artes. * Expressar, em diferentes linguagens, impressões, conhecimentos e conceitos sobre cultura e arte, em diálogo consigo mesmo, com a profissão e o mundo. == '''Temática dos Projetos''' == Os grupos escolheram uma manifestação cultural ou expressão artística de uma das cidades onde um ou mais integrantes do grupo vive para realização de pesquisa e criação de conteúdo original de um verbete a ser veiculado na [[Wikiversidade:Sobre|Wikiversidade]], plataforma online que integra a [[w:Fundação_Wikimedia|Fundação Wikimedia]]. O grupo teve liberdade para definir o tema do verbete, desde que se tratasse de manifestação que tenha conexão e seja reconhecida como elemento identitário e de valor artístico e cultural de determinada localidade / região.   O desenvolvimento do projeto envolveu momentos de pesquisa, produção  de conteúdo e reflexões escritas sobre o processo, seguindo etapas de entregas parciais e finais conforme indicadas no edital disponibilizado à turma. == '''Produto Esperado''' == '''Verbete sobre manifestação cultural / expressão artística local, veiculado na Wikiversidade''' * Desenvolvimento de pesquisa sobre manifestação cultural ou expressão artística local, seguindo metodologia definida pelo grupo. * Produção de conteúdo (texto e imagem) e veiculação de verbete no site da projeto / UC na plataforma Wikiversidade, com informações apuradas e embasadas, abordando o histórico e o contexto do tema escolhido; influências e diálogos com outros fenômenos culturais e artísticas (locais ou globais); dados, curiosidades e análises; pesquisadores e artistas que são referência sobre o tema. * O conteúdo do verbete deve estar organizado em seções bem estruturadas, com textos originais, indicando aspas em citações quando necessário, bem como fotos e imagens ilustrativas produzidas pelo grupo ou por terceiros (desde que com fontes verificadas e devidamente citadas). '''PARTE ESCRITA: Relato de prática - por grupo''' * Formato de um artigo curto, com 3 a 4 páginas, que explore o processo de pesquisa, criação e veiculação do verbete na Wikipedia/ Wikiversidade sobre uma manifestação cultural ou expressão artística local. * O relato deve seguir a estrutura apresentada no edital e as normas da ABNT indicadas no manual de apresentação e formatação de trabalhos científicos disponibilizado na Biblioteca Virtual do AVA Ulife. == '''Cronograma de Realização''' == * '''25/10:''' Envio de form com apresentação do tema e metodologia de pesquisa * '''21 e 22/11:''' Orientação em grupos e indicações para fechamento dos projetos (sites e relatos) * '''29/11:''' Apresentação parcial dos verbetes em desenvolvimento já na plataforma e votação dos trabalhos para a Mostra final do Core * '''05/12:''' Mostra final do Core Curriculum (encontro geral) * '''06/12:''' Avaliação por pares no grupo e entrega dos relatos de práticas (parte escrita) * '''12 e 13/12:''' Apresentação final dos sites com os verbetes e exposição oral do relato de prática * '''13/12:''' Encerramento da UC / semestre / notas finais == '''Produtos Finais - Verbetes''' == == '''Conclusão''' == <references /> [[Categoria:Pesquisas]] [[Categoria:Cultura e Artes]] __INDEXAR__ __LINKDENOVASECAO__ dn32kqe6lwclejwcwipbeal7fnza572 167730 167729 2024-12-05T23:35:09Z ProfThainaRocha 40781 cronograma e formatação 167730 wikitext text/x-wiki Esta página traz informações sobre as pesquisas e projetos de estudantes da Unidade Curricular de '''Cultura e Artes''', das instituições da [https://animaeducacao.com.br/ Ânima Educação]<ref>https://animaeducacao.com.br/</ref> no 2º semestre de 2024, conduzidos pela '''Profª Ma. Joana Meniconi''' e '''[[Utilizador:ProfThainaRocha|Profª. Ma.Thainá Rocha]].''' A turma é composta por estudantes de diversos cursos e áreas de ensino das instituições: * Universidade São Judas - SP * Universidade Anhembi Morumbi - SP == '''Ementa da Unidade Curricular''' == Conceitos de cultura e arte; Inter-relações entre sociedade, cultura e arte; Identidades culturais; Cultura e relações interpessoais; Cultura e arte sob a perspectiva da ideologia; Cultura, arte, política e direitos humanos; Cidadania cultural; Paradigma da diversidade cultural; Inclusão pela cultura e para a cultura; Cultura e arte no tempo histórico; Cultura e território; Dimensões sustentáveis da cultura; Culturas brasileiras; Cultura e arte sob a perspectiva das relações étnico-raciais; Expressões e manifestações culturais e artísticas; Indústria cultural; Ética e estética; Relações entre gosto e saber; Feio versus bonito; beleza; Radicalidade e transgressão; As linguagens da arte na realização cotidiana; O ser artístico e o ser artista; Criação, produção, circulação e fruição das artes; Arte e sustentabilidade; Inclusão pela arte; Cultura, arte e pensamento complexo; Cultura e arte na construção do ethos profissional; Vivências culturais; Vivências artísticas. == '''Metas de Compreensão''' == * Relacionar a pesquisa proposta com suas próprias experiências e em diálogo com conceitos em busca da sistematização das ideias de cultura e artes. * Expressar, em diferentes linguagens, impressões, conhecimentos e conceitos sobre cultura e arte, em diálogo consigo mesmo, com a profissão e o mundo. == '''Temática dos Projetos''' == Os grupos escolheram uma manifestação cultural ou expressão artística de uma das cidades onde um ou mais integrantes do grupo vive para realização de pesquisa e criação de conteúdo original de um verbete a ser veiculado na [[Wikiversidade:Sobre|Wikiversidade]], plataforma online que integra a [[w:Fundação_Wikimedia|Fundação Wikimedia]]. O grupo teve liberdade para definir o tema do verbete, desde que se tratasse de manifestação que tenha conexão e seja reconhecida como elemento identitário e de valor artístico e cultural de determinada localidade / região.   O desenvolvimento do projeto envolveu momentos de pesquisa, produção  de conteúdo e reflexões escritas sobre o processo, seguindo etapas de entregas parciais e finais conforme indicadas no edital disponibilizado à turma. == '''Produto Esperado''' == '''Verbete sobre manifestação cultural / expressão artística local, veiculado na Wikiversidade''' * Desenvolvimento de pesquisa sobre manifestação cultural ou expressão artística local, seguindo metodologia definida pelo grupo. * Produção de conteúdo (texto e imagem) e veiculação de verbete no site da projeto / UC na plataforma Wikiversidade, com informações apuradas e embasadas, abordando o histórico e o contexto do tema escolhido; influências e diálogos com outros fenômenos culturais e artísticas (locais ou globais); dados, curiosidades e análises; pesquisadores e artistas que são referência sobre o tema. * O conteúdo do verbete deve estar organizado em seções bem estruturadas, com textos originais, indicando aspas em citações quando necessário, bem como fotos e imagens ilustrativas produzidas pelo grupo ou por terceiros (desde que com fontes verificadas e devidamente citadas). '''PARTE ESCRITA: Relato de prática - por grupo''' * Formato de um artigo curto, com 3 a 4 páginas, que explore o processo de pesquisa, criação e veiculação do verbete na Wikipedia/ Wikiversidade sobre uma manifestação cultural ou expressão artística local. * O relato deve seguir a estrutura apresentada no edital e as normas da ABNT indicadas no manual de apresentação e formatação de trabalhos científicos disponibilizado na Biblioteca Virtual do AVA Ulife. = '''Cronograma de Realização''' = * '''25/10:''' Envio de form com apresentação do tema e metodologia de pesquisa * '''21 e 22/11:''' Orientação em grupos e indicações para fechamento dos projetos (sites e relatos) * '''29/11:''' Apresentação parcial dos verbetes em desenvolvimento já na plataforma e votação dos trabalhos para a Mostra final do Core * '''05/12:''' Mostra final do Core Curriculum (encontro geral) * '''06/12:''' Avaliação por pares no grupo e entrega dos relatos de práticas (parte escrita) * '''12 e 13/12:''' Apresentação final dos sites com os verbetes e exposição oral do relato de prática * '''13/12:''' Encerramento da UC / semestre / notas finais = '''Produtos Finais - Verbetes''' = == '''Conclusão''' == <references /> [[Categoria:Pesquisas]] [[Categoria:Cultura e Artes]] __INDEXAR__ __LINKDENOVASECAO__ 49so6h2hba24r86e7whmsmqcwsdd4g4 167740 167730 2024-12-06T00:02:43Z ProfThainaRocha 40781 instituições de ensino 167740 wikitext text/x-wiki Esta página traz informações sobre as pesquisas e projetos de estudantes da Unidade Curricular de '''Cultura e Artes''', das instituições da [https://animaeducacao.com.br/ Ânima Educação]<ref>https://animaeducacao.com.br/</ref> no 2º semestre de 2024, conduzidos pela '''Profª Ma. Joana Meniconi''' e '''[[Utilizador:ProfThainaRocha|Profª. Ma.Thainá Rocha]].''' A turma é composta por estudantes de diversos cursos e áreas de ensino das instituições: * [https://www.fadergs.edu.br/ FADERGS - RS] * [https://www.ibmr.br/ IBMR - RJ] * [https://www.una.br/ Una - MG] * [https://www.unibh.br/ UniBH - MG] * [https://www.unifacs.br/ UNIFACS - BA] * [https://www.unisociesc.com.br/ UniSociesc - SC] * [https://www.unisul.br/ UniSul - SC] * [https://portal.anhembi.br/ Universidade Anhembi Morumbi - SP] * [https://usjt.br/ Universidade São Judas - SP] * [https://www.unp.br/ Universidade Potiguar - RN] == '''Ementa da Unidade Curricular''' == Conceitos de cultura e arte; Inter-relações entre sociedade, cultura e arte; Identidades culturais; Cultura e relações interpessoais; Cultura e arte sob a perspectiva da ideologia; Cultura, arte, política e direitos humanos; Cidadania cultural; Paradigma da diversidade cultural; Inclusão pela cultura e para a cultura; Cultura e arte no tempo histórico; Cultura e território; Dimensões sustentáveis da cultura; Culturas brasileiras; Cultura e arte sob a perspectiva das relações étnico-raciais; Expressões e manifestações culturais e artísticas; Indústria cultural; Ética e estética; Relações entre gosto e saber; Feio versus bonito; beleza; Radicalidade e transgressão; As linguagens da arte na realização cotidiana; O ser artístico e o ser artista; Criação, produção, circulação e fruição das artes; Arte e sustentabilidade; Inclusão pela arte; Cultura, arte e pensamento complexo; Cultura e arte na construção do ethos profissional; Vivências culturais; Vivências artísticas. == '''Metas de Compreensão''' == * Relacionar a pesquisa proposta com suas próprias experiências e em diálogo com conceitos em busca da sistematização das ideias de cultura e artes. * Expressar, em diferentes linguagens, impressões, conhecimentos e conceitos sobre cultura e arte, em diálogo consigo mesmo, com a profissão e o mundo. == '''Temática dos Projetos''' == Os grupos escolheram uma manifestação cultural ou expressão artística de uma das cidades onde um ou mais integrantes do grupo vive para realização de pesquisa e criação de conteúdo original de um verbete a ser veiculado na [[Wikiversidade:Sobre|Wikiversidade]], plataforma online que integra a [[w:Fundação_Wikimedia|Fundação Wikimedia]]. O grupo teve liberdade para definir o tema do verbete, desde que se tratasse de manifestação que tenha conexão e seja reconhecida como elemento identitário e de valor artístico e cultural de determinada localidade / região.   O desenvolvimento do projeto envolveu momentos de pesquisa, produção  de conteúdo e reflexões escritas sobre o processo, seguindo etapas de entregas parciais e finais conforme indicadas no edital disponibilizado à turma. == '''Produto Esperado''' == '''Verbete sobre manifestação cultural / expressão artística local, veiculado na Wikiversidade''' * Desenvolvimento de pesquisa sobre manifestação cultural ou expressão artística local, seguindo metodologia definida pelo grupo. * Produção de conteúdo (texto e imagem) e veiculação de verbete no site da projeto / UC na plataforma Wikiversidade, com informações apuradas e embasadas, abordando o histórico e o contexto do tema escolhido; influências e diálogos com outros fenômenos culturais e artísticas (locais ou globais); dados, curiosidades e análises; pesquisadores e artistas que são referência sobre o tema. * O conteúdo do verbete deve estar organizado em seções bem estruturadas, com textos originais, indicando aspas em citações quando necessário, bem como fotos e imagens ilustrativas produzidas pelo grupo ou por terceiros (desde que com fontes verificadas e devidamente citadas). '''PARTE ESCRITA: Relato de prática - por grupo''' * Formato de um artigo curto, com 3 a 4 páginas, que explore o processo de pesquisa, criação e veiculação do verbete na Wikipedia/ Wikiversidade sobre uma manifestação cultural ou expressão artística local. * O relato deve seguir a estrutura apresentada no edital e as normas da ABNT indicadas no manual de apresentação e formatação de trabalhos científicos disponibilizado na Biblioteca Virtual do AVA Ulife. == '''Cronograma de Realização''' == * '''25/10:''' Envio de form com apresentação do tema e metodologia de pesquisa * '''21 e 22/11:''' Orientação em grupos e indicações para fechamento dos projetos (sites e relatos) * '''29/11:''' Apresentação parcial dos verbetes em desenvolvimento já na plataforma e votação dos trabalhos para a Mostra final do Core * '''05/12:''' Mostra final do Core Curriculum (encontro geral) * '''06/12:''' Avaliação por pares no grupo e entrega dos relatos de práticas (parte escrita) * '''12 e 13/12:''' Apresentação final dos sites com os verbetes e exposição oral do relato de prática * '''13/12:''' Encerramento da UC / semestre / notas finais == '''Produtos Finais - Verbetes''' == == '''Conclusão''' == <references /> [[Categoria:Pesquisas]] [[Categoria:Cultura e Artes]] __INDEXAR__ __LINKDENOVASECAO__ q1wvgamqfaswp10dkkaesf0f5yeqqi1 167741 167740 2024-12-06T00:04:59Z ProfThainaRocha 40781 inserção de objetivo 167741 wikitext text/x-wiki Esta página traz informações sobre as pesquisas e projetos finais de estudantes da Unidade Curricular de '''Cultura e Artes''', das instituições da [https://animaeducacao.com.br/ Ânima Educação]<ref>https://animaeducacao.com.br/</ref> no 2º semestre de 2024, conduzidos pela '''Profª Ma. Joana Meniconi''' e '''[[Utilizador:ProfThainaRocha|Profª. Ma.Thainá Rocha]].''' A turma é composta por estudantes de diversos cursos e áreas de ensino das instituições: * [https://www.fadergs.edu.br/ FADERGS - RS] * [https://www.ibmr.br/ IBMR - RJ] * [https://www.una.br/ Una - MG] * [https://www.unibh.br/ UniBH - MG] * [https://www.unifacs.br/ UNIFACS - BA] * [https://www.unisociesc.com.br/ UniSociesc - SC] * [https://www.unisul.br/ UniSul - SC] * [https://portal.anhembi.br/ Universidade Anhembi Morumbi - SP] * [https://usjt.br/ Universidade São Judas - SP] * [https://www.unp.br/ Universidade Potiguar - RN] O objetivo deste projeto é conectar os conceitos estudados em sala com a prática de cultura, arte e territorialidade, permitindo aos estudantes a reflexão e pensamento crítico, bem como a produção de material autoral criativo, com base em pesquisas, seguindo as premissas de conteúdo colaborativo da cultura wiki. == '''Ementa da Unidade Curricular''' == Conceitos de cultura e arte; Inter-relações entre sociedade, cultura e arte; Identidades culturais; Cultura e relações interpessoais; Cultura e arte sob a perspectiva da ideologia; Cultura, arte, política e direitos humanos; Cidadania cultural; Paradigma da diversidade cultural; Inclusão pela cultura e para a cultura; Cultura e arte no tempo histórico; Cultura e território; Dimensões sustentáveis da cultura; Culturas brasileiras; Cultura e arte sob a perspectiva das relações étnico-raciais; Expressões e manifestações culturais e artísticas; Indústria cultural; Ética e estética; Relações entre gosto e saber; Feio versus bonito; beleza; Radicalidade e transgressão; As linguagens da arte na realização cotidiana; O ser artístico e o ser artista; Criação, produção, circulação e fruição das artes; Arte e sustentabilidade; Inclusão pela arte; Cultura, arte e pensamento complexo; Cultura e arte na construção do ethos profissional; Vivências culturais; Vivências artísticas. == '''Metas de Compreensão''' == * Relacionar a pesquisa proposta com suas próprias experiências e em diálogo com conceitos em busca da sistematização das ideias de cultura e artes. * Expressar, em diferentes linguagens, impressões, conhecimentos e conceitos sobre cultura e arte, em diálogo consigo mesmo, com a profissão e o mundo. == '''Temática dos Projetos''' == Os grupos escolheram uma manifestação cultural ou expressão artística de uma das cidades onde um ou mais integrantes do grupo vive para realização de pesquisa e criação de conteúdo original de um verbete a ser veiculado na [[Wikiversidade:Sobre|Wikiversidade]], plataforma online que integra a [[w:Fundação_Wikimedia|Fundação Wikimedia]]. O grupo teve liberdade para definir o tema do verbete, desde que se tratasse de manifestação que tenha conexão e seja reconhecida como elemento identitário e de valor artístico e cultural de determinada localidade / região.   O desenvolvimento do projeto envolveu momentos de pesquisa, produção  de conteúdo e reflexões escritas sobre o processo, seguindo etapas de entregas parciais e finais conforme indicadas no edital disponibilizado à turma. == '''Produto Esperado''' == '''Verbete sobre manifestação cultural / expressão artística local, veiculado na Wikiversidade''' * Desenvolvimento de pesquisa sobre manifestação cultural ou expressão artística local, seguindo metodologia definida pelo grupo. * Produção de conteúdo (texto e imagem) e veiculação de verbete no site da projeto / UC na plataforma Wikiversidade, com informações apuradas e embasadas, abordando o histórico e o contexto do tema escolhido; influências e diálogos com outros fenômenos culturais e artísticas (locais ou globais); dados, curiosidades e análises; pesquisadores e artistas que são referência sobre o tema. * O conteúdo do verbete deve estar organizado em seções bem estruturadas, com textos originais, indicando aspas em citações quando necessário, bem como fotos e imagens ilustrativas produzidas pelo grupo ou por terceiros (desde que com fontes verificadas e devidamente citadas). '''PARTE ESCRITA: Relato de prática - por grupo''' * Formato de um artigo curto, com 3 a 4 páginas, que explore o processo de pesquisa, criação e veiculação do verbete na Wikipedia/ Wikiversidade sobre uma manifestação cultural ou expressão artística local. * O relato deve seguir a estrutura apresentada no edital e as normas da ABNT indicadas no manual de apresentação e formatação de trabalhos científicos disponibilizado na Biblioteca Virtual do AVA Ulife. == '''Cronograma de Realização''' == * '''25/10:''' Envio de form com apresentação do tema e metodologia de pesquisa * '''21 e 22/11:''' Orientação em grupos e indicações para fechamento dos projetos (sites e relatos) * '''29/11:''' Apresentação parcial dos verbetes em desenvolvimento já na plataforma e votação dos trabalhos para a Mostra final do Core * '''05/12:''' Mostra final do Core Curriculum (encontro geral) * '''06/12:''' Avaliação por pares no grupo e entrega dos relatos de práticas (parte escrita) * '''12 e 13/12:''' Apresentação final dos sites com os verbetes e exposição oral do relato de prática * '''13/12:''' Encerramento da UC / semestre / notas finais == '''Produtos Finais - Verbetes''' == == '''Conclusão''' == <references /> [[Categoria:Pesquisas]] [[Categoria:Cultura e Artes]] __INDEXAR__ __LINKDENOVASECAO__ jx63xmjoijd0ahm0v2ged6p7plzmfbm 167742 167741 2024-12-06T00:15:32Z ProfThainaRocha 40781 planilha de verbetes 167742 wikitext text/x-wiki Esta página traz informações sobre as pesquisas e projetos finais de estudantes da Unidade Curricular de '''Cultura e Artes''', das instituições da [https://animaeducacao.com.br/ Ânima Educação]<ref>https://animaeducacao.com.br/</ref> no 2º semestre de 2024, conduzidos pela '''Profª Ma. Joana Meniconi''' e '''[[Utilizador:ProfThainaRocha|Profª. Ma.Thainá Rocha]].''' A turma é composta por estudantes de diversos cursos e áreas de ensino das instituições: * [https://www.fadergs.edu.br/ FADERGS - RS] * [https://www.ibmr.br/ IBMR - RJ] * [https://www.una.br/ Una - MG] * [https://www.unibh.br/ UniBH - MG] * [https://www.unifacs.br/ UNIFACS - BA] * [https://www.unisociesc.com.br/ UniSociesc - SC] * [https://www.unisul.br/ UniSul - SC] * [https://portal.anhembi.br/ Universidade Anhembi Morumbi - SP] * [https://usjt.br/ Universidade São Judas - SP] * [https://www.unp.br/ Universidade Potiguar - RN] O objetivo deste projeto é conectar os conceitos estudados em sala com a prática de cultura, arte e territorialidade, permitindo aos estudantes a reflexão e pensamento crítico, bem como a produção de material autoral criativo, com base em pesquisas, seguindo as premissas de conteúdo colaborativo da cultura wiki. == '''Ementa da Unidade Curricular''' == Conceitos de cultura e arte; Inter-relações entre sociedade, cultura e arte; Identidades culturais; Cultura e relações interpessoais; Cultura e arte sob a perspectiva da ideologia; Cultura, arte, política e direitos humanos; Cidadania cultural; Paradigma da diversidade cultural; Inclusão pela cultura e para a cultura; Cultura e arte no tempo histórico; Cultura e território; Dimensões sustentáveis da cultura; Culturas brasileiras; Cultura e arte sob a perspectiva das relações étnico-raciais; Expressões e manifestações culturais e artísticas; Indústria cultural; Ética e estética; Relações entre gosto e saber; Feio versus bonito; beleza; Radicalidade e transgressão; As linguagens da arte na realização cotidiana; O ser artístico e o ser artista; Criação, produção, circulação e fruição das artes; Arte e sustentabilidade; Inclusão pela arte; Cultura, arte e pensamento complexo; Cultura e arte na construção do ethos profissional; Vivências culturais; Vivências artísticas. == '''Metas de Compreensão''' == * Relacionar a pesquisa proposta com suas próprias experiências e em diálogo com conceitos em busca da sistematização das ideias de cultura e artes. * Expressar, em diferentes linguagens, impressões, conhecimentos e conceitos sobre cultura e arte, em diálogo consigo mesmo, com a profissão e o mundo. == '''Temática dos Projetos''' == Os grupos escolheram uma manifestação cultural ou expressão artística de uma das cidades onde um ou mais integrantes do grupo vive para realização de pesquisa e criação de conteúdo original de um verbete a ser veiculado na [[Wikiversidade:Sobre|Wikiversidade]], plataforma online que integra a [[w:Fundação_Wikimedia|Fundação Wikimedia]]. O grupo teve liberdade para definir o tema do verbete, desde que se tratasse de manifestação que tenha conexão e seja reconhecida como elemento identitário e de valor artístico e cultural de determinada localidade / região.   O desenvolvimento do projeto envolveu momentos de pesquisa, produção  de conteúdo e reflexões escritas sobre o processo, seguindo etapas de entregas parciais e finais conforme indicadas no edital disponibilizado à turma. == '''Produto Esperado''' == '''Verbete sobre manifestação cultural / expressão artística local, veiculado na Wikiversidade''' * Desenvolvimento de pesquisa sobre manifestação cultural ou expressão artística local, seguindo metodologia definida pelo grupo. * Produção de conteúdo (texto e imagem) e veiculação de verbete no site da projeto / UC na plataforma Wikiversidade, com informações apuradas e embasadas, abordando o histórico e o contexto do tema escolhido; influências e diálogos com outros fenômenos culturais e artísticas (locais ou globais); dados, curiosidades e análises; pesquisadores e artistas que são referência sobre o tema. * O conteúdo do verbete deve estar organizado em seções bem estruturadas, com textos originais, indicando aspas em citações quando necessário, bem como fotos e imagens ilustrativas produzidas pelo grupo ou por terceiros (desde que com fontes verificadas e devidamente citadas). '''PARTE ESCRITA: Relato de prática - por grupo''' * Formato de um artigo curto, com 3 a 4 páginas, que explore o processo de pesquisa, criação e veiculação do verbete na Wikipedia/ Wikiversidade sobre uma manifestação cultural ou expressão artística local. * O relato deve seguir a estrutura apresentada no edital e as normas da ABNT indicadas no manual de apresentação e formatação de trabalhos científicos disponibilizado na Biblioteca Virtual do AVA Ulife. == '''Cronograma de Realização''' == * '''25/10:''' Envio de form com apresentação do tema e metodologia de pesquisa * '''21 e 22/11:''' Orientação em grupos e indicações para fechamento dos projetos (sites e relatos) * '''29/11:''' Apresentação parcial dos verbetes em desenvolvimento já na plataforma e votação dos trabalhos para a Mostra final do Core * '''05/12:''' Mostra final do Core Curriculum (encontro geral) * '''06/12:''' Avaliação por pares no grupo e entrega dos relatos de práticas (parte escrita) * '''12 e 13/12:''' Apresentação final dos sites com os verbetes e exposição oral do relato de prática * '''13/12:''' Encerramento da UC / semestre / notas finais == '''Produtos Finais - Verbetes''' == {| class="wikitable mw-collapsible mw-collapsed" |+Confira os verbetes produzidos pelos estudantes desta unidade curricular !Grupo !Tema/Verbete !Autores |- |1 | | |- |2 |[[Festival de Dança de Joinville|Cultura e Artes: Festival de Dança de Joinvile]] |Daniela Sampaio Laysa Honda Victor Dupin |- |3 | | |- |4 |[[Cultura e Artes: Festa das Flores]] | |- |5 | | |- |6 | | |- |7 | | |- |8 | | |- |9 | | |- |10 | | |- |11 | | |- |12 | | |- |13 | | |- |14 | | |- |15 | | |- |16 | | |- |17 | | |- |18 | | |- |19 | | |- |20 | | |- |21 | | |- |22 | | |- |23 | | |- |24 | | |} == '''Conclusão''' == <references /> [[Categoria:Pesquisas]] [[Categoria:Cultura e Artes]] __INDEXAR__ __LINKDENOVASECAO__ sxo3smyxs68rgmhbo96t6x57xryr4he 167743 167742 2024-12-06T00:29:37Z ProfThainaRocha 40781 /* Produtos Finais - Verbetes */ 167743 wikitext text/x-wiki Esta página traz informações sobre as pesquisas e projetos finais de estudantes da Unidade Curricular de '''Cultura e Artes''', das instituições da [https://animaeducacao.com.br/ Ânima Educação]<ref>https://animaeducacao.com.br/</ref> no 2º semestre de 2024, conduzidos pela '''Profª Ma. Joana Meniconi''' e '''[[Utilizador:ProfThainaRocha|Profª. Ma.Thainá Rocha]].''' A turma é composta por estudantes de diversos cursos e áreas de ensino das instituições: * [https://www.fadergs.edu.br/ FADERGS - RS] * [https://www.ibmr.br/ IBMR - RJ] * [https://www.una.br/ Una - MG] * [https://www.unibh.br/ UniBH - MG] * [https://www.unifacs.br/ UNIFACS - BA] * [https://www.unisociesc.com.br/ UniSociesc - SC] * [https://www.unisul.br/ UniSul - SC] * [https://portal.anhembi.br/ Universidade Anhembi Morumbi - SP] * [https://usjt.br/ Universidade São Judas - SP] * [https://www.unp.br/ Universidade Potiguar - RN] O objetivo deste projeto é conectar os conceitos estudados em sala com a prática de cultura, arte e territorialidade, permitindo aos estudantes a reflexão e pensamento crítico, bem como a produção de material autoral criativo, com base em pesquisas, seguindo as premissas de conteúdo colaborativo da cultura wiki. == '''Ementa da Unidade Curricular''' == Conceitos de cultura e arte; Inter-relações entre sociedade, cultura e arte; Identidades culturais; Cultura e relações interpessoais; Cultura e arte sob a perspectiva da ideologia; Cultura, arte, política e direitos humanos; Cidadania cultural; Paradigma da diversidade cultural; Inclusão pela cultura e para a cultura; Cultura e arte no tempo histórico; Cultura e território; Dimensões sustentáveis da cultura; Culturas brasileiras; Cultura e arte sob a perspectiva das relações étnico-raciais; Expressões e manifestações culturais e artísticas; Indústria cultural; Ética e estética; Relações entre gosto e saber; Feio versus bonito; beleza; Radicalidade e transgressão; As linguagens da arte na realização cotidiana; O ser artístico e o ser artista; Criação, produção, circulação e fruição das artes; Arte e sustentabilidade; Inclusão pela arte; Cultura, arte e pensamento complexo; Cultura e arte na construção do ethos profissional; Vivências culturais; Vivências artísticas. == '''Metas de Compreensão''' == * Relacionar a pesquisa proposta com suas próprias experiências e em diálogo com conceitos em busca da sistematização das ideias de cultura e artes. * Expressar, em diferentes linguagens, impressões, conhecimentos e conceitos sobre cultura e arte, em diálogo consigo mesmo, com a profissão e o mundo. == '''Temática dos Projetos''' == Os grupos escolheram uma manifestação cultural ou expressão artística de uma das cidades onde um ou mais integrantes do grupo vive para realização de pesquisa e criação de conteúdo original de um verbete a ser veiculado na [[Wikiversidade:Sobre|Wikiversidade]], plataforma online que integra a [[w:Fundação_Wikimedia|Fundação Wikimedia]]. O grupo teve liberdade para definir o tema do verbete, desde que se tratasse de manifestação que tenha conexão e seja reconhecida como elemento identitário e de valor artístico e cultural de determinada localidade / região.   O desenvolvimento do projeto envolveu momentos de pesquisa, produção  de conteúdo e reflexões escritas sobre o processo, seguindo etapas de entregas parciais e finais conforme indicadas no edital disponibilizado à turma. == '''Produto Esperado''' == '''Verbete sobre manifestação cultural / expressão artística local, veiculado na Wikiversidade''' * Desenvolvimento de pesquisa sobre manifestação cultural ou expressão artística local, seguindo metodologia definida pelo grupo. * Produção de conteúdo (texto e imagem) e veiculação de verbete no site da projeto / UC na plataforma Wikiversidade, com informações apuradas e embasadas, abordando o histórico e o contexto do tema escolhido; influências e diálogos com outros fenômenos culturais e artísticas (locais ou globais); dados, curiosidades e análises; pesquisadores e artistas que são referência sobre o tema. * O conteúdo do verbete deve estar organizado em seções bem estruturadas, com textos originais, indicando aspas em citações quando necessário, bem como fotos e imagens ilustrativas produzidas pelo grupo ou por terceiros (desde que com fontes verificadas e devidamente citadas). '''PARTE ESCRITA: Relato de prática - por grupo''' * Formato de um artigo curto, com 3 a 4 páginas, que explore o processo de pesquisa, criação e veiculação do verbete na Wikipedia/ Wikiversidade sobre uma manifestação cultural ou expressão artística local. * O relato deve seguir a estrutura apresentada no edital e as normas da ABNT indicadas no manual de apresentação e formatação de trabalhos científicos disponibilizado na Biblioteca Virtual do AVA Ulife. == '''Cronograma de Realização''' == * '''25/10:''' Envio de form com apresentação do tema e metodologia de pesquisa * '''21 e 22/11:''' Orientação em grupos e indicações para fechamento dos projetos (sites e relatos) * '''29/11:''' Apresentação parcial dos verbetes em desenvolvimento já na plataforma e votação dos trabalhos para a Mostra final do Core * '''05/12:''' Mostra final do Core Curriculum (encontro geral) * '''06/12:''' Avaliação por pares no grupo e entrega dos relatos de práticas (parte escrita) * '''12 e 13/12:''' Apresentação final dos sites com os verbetes e exposição oral do relato de prática * '''13/12:''' Encerramento da UC / semestre / notas finais == '''Produtos Finais - Verbetes''' == Confira os verbetes produzidos pelos estudantes desta unidade curricular: {| class="wikitable mw-collapsible mw-collapsed" |+ !Grupo !Tema/Verbete !Autores |- |1 | | |- |2 |[[Festival de Dança de Joinville|Cultura e Artes: Festival de Dança de Joinvile]] |Daniela Sampaio, Laysa Honda, Victor Dupin |- |3 | | |- |4 |[[Cultura e Artes: Festa das Flores]] |Letícia, Pedro, Lucas e Eduardo |- |5 |[[CULTURA E ARTES: FESTIVAL DE DANÇA DE JOINVILE|Cultura e Artes: Festival de Dança de Joinvile]] |Jhennyfer Custodio, Isabela Simões |- |6 |[[Cultura e Artes: A Pedra da Feiticeira]] |Francisca Rolim, Giovanni Passerino |- |7 |[[Cultura e Arte: Oktoberfest de Blumenau]] |Kayky Santos |- |8 |[[Cultura e Artes: Mostra das Minas]] |Athena Sofia |- |9 | | |- |10 |[[Cultura e Artes: Batalha da Aldeia]] |Maria Eduarda, Giovanna Cipriano, Yam de Souza |- |11 |[[Cultura e Artes: Carnaval de rua São paulo]] |Victor Ferreira, Guilherme Vasconcelos, Maria José, Geovanna Antônio |- |12 | |Rubia Hess |- |13 |[[Cultura e Artes: Cachorro-quente de Osasco Um patrimônio cultural e símbolo da cidade|Cultura e Artes: Cachorro-quente de Osasco]] |Pamela Martins, Beatriz Lopes, Dalila Sousa |- |14 | | |- |15 | | |- |16 | | |- |17 | | |- |18 | | |- |19 | | |- |20 | | |- |21 | | |- |22 | | |- |23 | | |- |24 | | |} == '''Conclusão''' == <references /> [[Categoria:Pesquisas]] [[Categoria:Cultura e Artes]] __INDEXAR__ __LINKDENOVASECAO__ 0qerbanfwmh1zghq2xqvddk3xcnfj01 Utilizador:Fábia Paixão 2 29436 167744 2024-12-06T00:44:12Z Fábia Paixão 41275 Breve história sobre a escola de samba Vai-Vai e seus desfiles ao decorrer dos anos. 167744 wikitext text/x-wiki '''Vai-Vai: A Escola de Samba que Manifesta Cultura através de Desfiles.''' A Escola de Samba Vai-Vai é considerada um patrimônio histórico do bairro do Bixiga, localizado na Bela Vista. Sua história começa no início do século XX, com a fundação do time de futebol Cai Cai. Os principais fundadores da escola foram Livinho e Benedito Sardinha, que contaram com o apoio de Henrique Felipe da Costa, Frederico Penteado e Lorival de Almeida, figuras importantes nas festas e nos jogos do Cai Cai. Com o passar do tempo, a escola foi oficialmente registrada em 1930. Ao longo dos anos, a Vai-Vai conquistou 15 títulos no Grupo Especial, tornando-se a maior campeã do Carnaval de São Paulo. Seus sambas-enredos são marcantes, tanto para o estado de São Paulo quanto, especialmente, para o bairro do Bixiga. Entre as diversas homenagens prestadas, destacam-se desde alusões ao Descobrimento do Brasil e homenagem a Elis Regina, além de outras manifestações artísticas que celebram e valorizam a rica herança cultural do país. O primeiro título como escola de samba chegou em 1978, em sua performance celebrada em uma homenagem a Noel Rosa, uma figura fundamental para o samba. Nos anos trinta, Noel se destacou como compositor, consolidando-se como uma das personalidades mais importantes da história do gênero. A escola de samba ressaltou, em seu enredo, a relevância de Noel para as canções sambistas, destacando seu talento único de transformar letras em verdadeiras memórias imortais. No ano 2000, para comemorar seus 70 anos, a Vai-Vai entrou na avenida com um enredo todo voltado para os 500 anos do Descobrimento do Brasil, já que todas as escolas estavam trazendo temas relacionados a isso. O enredo da vez foi "Vai-Vai Brasil", que falou sobre o período de 1985 a 2000. Com o Governador de Mato Grosso da época, Dante de Oliveira, responsável pela emenda das Diretas Já, como destaque, a escola prestou uma homenagem ao movimento que lutava por eleições diretas para presidente. O carro que representava esse momento estava todo iluminado e repleto de símbolos nacionalistas. Enquanto o dia começava a amanhecer, a escola manteve o Anhembi lotado e foi ovacionada pela torcida. E, para a alegria de todos, a escola conquistou o 11º título, sob a direção do talentoso carnavalesco Flávio Tavares. No ano seguinte, a escola foi em busca do título de tetracampeã com o enredo "O Caminho da Luz, a Paz Universal", no qual fez alusões à força da alvi-negra da Bela Vista. A apresentação, marcada por grande empolgação, teve o impulso da poderosa bateria Pegada de Macaco, que deixou a avenida ainda mais vibrante. Em 2008, após sete anos sem conquistar o título, o Vai-Vai desfilou com o enredo "Acorda Brasil, a saída é ter esperança", que abordava a educação através da música no Brasil. Com uma apresentação marcante, a escola levou para casa seu 13º título. Seu desempenho foi marcado por uma crítica à corrupção que o país enfrentava na época, destacando como a educação poderia ser a chave para combater esse problema e promover a mudança. Em 2009, a escola decidi ir para um caminho mais técnico, com a escola do enredo “Mens sana et corpore sano - O milênio da superação", que retratava a história da saíde. A comissão de frente, com o tema “Em busca do homem vitruviano”, demostrou um duelo entre o bem e o mal. O carro abre-alas, designado como “Peste Negra”, fez referência à varíola, e as ala das baianas simbolizava a "Globalização Microbiana". A bateria, comovida por "Peste Negra" e "Homem Lobo do Homem", retratou as condições insalubres do Século XIV. A escola terminou em 2º lugar, com meio ponto a menos que a campeã, Mocidade Alegre. Em 2011, o Vai-Vai fez um desfile emocionante com o enredo "A Música Venceu", que contou a história do maestro e pianista João Carlos Martins. A comissão de frente, chamada "Delírio de Dalí", mostrou a biografia dele, com 16 componentes vestidos de personagens ligados à música, à política e ao futebol, representando várias fases de sua vida. O abre-alas trouxe o tema "Cortejo Divinal - Os Deuses da Inspiração", e o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira fez a homenagem a Orfeu e Eurídice. As baianas representaram "Pitonísia - A Previsão do Futuro", e a bateria performou com a fantasia "Nossa Orquestra de Samba". No final, a escola foi campeã do carnaval de São Paulo, conquistando seu 14º título. Em 2015, o Vai-Vai fez uma linda homenagem a uma das maiores cantoras da MPB, Elis Regina. Foi a penúltima escola a desfilar no segundo dia do Grupo Especial e arrasou com um desfile super harmonioso, com evolução perfeita. O samba-enredo trouxe trechos das músicas da Pimentinha e fez a galera da arquibancada ir à loucura. No final, o grito de "É campeã!" tomou conta do Anhembi, e, de fato, o Vai-Vai levou para casa o 15º título daquele ano. Em 2024, a Vai-Vai trouxe um desfile em homenagem aos 40 anos da cultura Hip Hop no Brasil. O enredo, intitulado "Capítulo 4, Versículo 3 – Da Rua e do Povo, o Hip Hop: Um Manifesto Paulistano", foi marcado pela presença da voz de Mano Brown, celebrando a influência do movimento hip-hop. A escola fez uma verdadeira imersão na linguagem popular dos MCs e DJs, utilizando o rap como forma de expressão. O tema foi assinado pelo talentoso carnavalesco Sidnei França. Os desfiles da Vai-Vai são muito mais do que uma simples apresentação no sambódromo; são uma verdadeira festa da cultura de São Paulo e do Brasil. Todo ano, a escola de samba leva para a avenida histórias fortes e importantes, que mostram a riqueza da nossa história, cultura e tradições. Com suas apresentações emocionantes, a Vai-Vai não só arrasa no samba, mas também faz o público refletir sobre questões sociais, políticas e culturais que fazem parte da nossa identidade como povo. Além de ser uma das escolas mais tradicionais do carnaval de São Paulo, a Vai-Vai tem um papel superimportante na preservação e divulgação da cultura popular, principalmente no seu bairro, a Bela Vista, e em toda a cidade. Seus desfiles espalham conhecimento e histórias que conectam várias gerações e comunidades, mantendo vivas as raízes do samba e da cultura brasileira. A Vai-Vai é muito admirada pelos moradores da região, que acompanham com orgulho e carinho o trabalho da escola. Ao longo dos anos, ela se tornou um símbolo de resistência, luta e celebração das conquistas do povo paulista e brasileiro. A escola não é só um show de samba, mas também dá voz às comunidades, principalmente às mais periféricas, e faz com que suas histórias sejam ouvidas e valorizadas. Isso só fortalece o legado da Vai-Vai, não só na cidade, mas em todo o país. Fontes: https://pt.wikipedia.org/wiki/Vai-Vai Imagens: https://www.facebook.com/vaivaioficial/photos/a.1941835169234861/4519981554753530/?type=3 https://www.facebook.com/photo.php?fbid=1315400788544972&id=326410084110719&set=a.331303113621416 https://www.facebook.com/watch/?v=440397170645453 pr6kzdvr4t733gztu1l1nd5s1oljec1